A MELHOR PRAÇA DO MUNDO...
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Eu gosto é de São José...
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Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Convento do Carmo, São Paulo. 01 de abril-2012.
Eu não gosto de santo todo poderoso com uma varinha mágica resolvendo todos os problemas. Eu gosto é de São José, que fez do trabalho o maior milagre da vida.
E não gosto do santo showman das TVs transformando a religião em curandeirismo. Eu gosto é de São José, que fez do impossível o possível com seu filho Jesus e sua esposa Maria no trabalho diário pelo pão de cada dia.
Eu não gosto de santo das orações poderosas transformando a fé e a relação com Deus em cobrança de milagres. Eu gosto é de São José, que usou a palavra para confortar Jesus e fez da oração a sua maior ação através do incansável trabalho.
Eu não gosto de santo que desata os nós, levanta os defuntos e arranca o mal pela raiz. Eu gosto é de São José, que na Sagrada Família não cansou de enfrentar os problemas, transformando o trabalho em uma ação de graças.
Eu não gosto de santo triste, com uma fisionomia rígida e roupas impecáveis nos altares. Eu gosto é de São José, com sua vestimenta surrada, seu olhar firme e sua disposição em recomeçar tudo de novo após um dia de trabalho.
Eu não gosto de santo pisando nas nuvens e com seus corpos celestiais. Eu gosto é de São José, que fez do seu lar um céu na terra, sujou as mãos nas construções e ensinou Jesus a ganhar o pão com o suor de rosto.
Eu não gosto de santo tranqueado em conventos e igrejas. Eu gosto é de São José que encontrou o itinerário da santidade ouvindo o choro do menino Jesus, as reclamações de Maria e o bate papo com os amigos de trabalho.
Eu não gosto de santo esculpido por escravos que tiveram seus nomes apagados na história e na memória da religião. Eu gosto é de São José, homem do povo e com o povo soube moldar o seu lar nos valores de Javé dos pobres e trabalhadores.
Não, eu não gosto da religião fanática, da Igreja farmácia útil às 24 horas e do pronto socorro das relíquias e dos lugares santos enquanto os trabalhadores do lixão, dos becos, das favelas e da zona rural são esquecidos e lutam para sobreviver. Sim, eu gosto é de São José, homem de Deus, trabalhador incansável, apaixonado pelo trabalho e pela vida. Eu gosto é de São José...
AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO. 2º Domingo da Quaresma.
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AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO. 2º Domingo da Quaresma. 17 de março-201. Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro, Rio de Janeiro.
AO VIVO- MISSA COM FREI PETRÔNIO. Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro/RJ.
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AO VIVO- MISSA COM FREI PETRÔNIO. Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro, Rio de Janeiro. Quinta-feira, 21 de fevereiro-2019.
QUEM SÃO OS BEM-AVENTURADOS DOS ÚLTIMOS DIAS?
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Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Padre Carmelita e Jornalista. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 17 de fevereiro-2019.
Bem-Aventurados são os 163 corpos encontrados na lama criminosa da Vale, em Brumadinho-MG, e os 147 desaparecidos. As suas famílias gritam aos céus e pedem justiça diante de uma política e uma economia assassina, corrupta e desumana que sacrifica vidas em nome do desenvolvimento, do lucro e da produtividade.
Bem-Aventurados são os moradores de rua aqui da lapa que, em volta da igreja, das nossas casas, ruas e praças, vivem anunciando às 24 horas que alguma coisa está fora da ordem. Sim, fora da ordem política, social e religiosa. Elas e eles, retratam uma realidade que nos envergonha, nos entristecem e nos questiona diante da inclusão de Jesus Cristo dos pobres e abandonados, muitas vezes esquecido por nós- igrejeiros (as).
Bem-Aventurada é ambientalista Rosane Santiago Silveira, 59 Anos, morta após ser torturada em Nova Viçosa, sul da Bahia, no dia 29 de janeiro. Ela era ativista ambiental e lutadora de causas culturais e de direitos humanos.
Bem-Aventurados são os 10 jovens queimados e sacrificados na sede do Flamengo. Os seus sonhos foram enterrados, sonhos estes de milhares de jovens que, frente ao desemprego em nosso país, fazem o possível e o impossível para buscar um novo dia para as suas famílias, mesmo que, muitas vezes, tenham que sacrificar a sua própria vida.
Bem-Aventurado é Eliseu Queres, assassinado na madrugada de sábado, dia 5 de janeiro. dentro da Fazenda Agropecuária Bauru, conhecida como Fazenda Magali, no município de Colniza, Mato Grosso.
Bem-Aventurados são os pobres desta cidade – em centenas- mortos pelas balas perdidas, pela violência brutal e assassina dos poderes constituídos desta cidade tão rica e tão pobre. Rica pelos homens e mulheres que não cruzam os braços frente às injustiças sociais, e pobre de governos éticos e comprometidos com o bem comum.
Bem-Aventurados são os religiosos, as religiosas, os pastores e leigos que, mesmo frente as eternas noites escuras do individualismo, do consumismo e da sociedade descartável e líquida, ainda insistem e persistem nos valores humanitários, seja através de ONGs, Associações Religiosas e grupos de amigos que sujam as mãos na defesa da vida.
Bem-Aventuradas são as comunidades indígenas e quilombolas que, frente ao projeto de abandono do Governo Federal, ainda encontra forças para lutar e sonhar com um novo dia.
Bem-Aventurados são todos nós que, mesmo vivendo nas grandes e pequenas cidades recheada pelo desprezo da vida, ainda somos capazes de derrotar a violência e a falta de fé com um abraço, um sorriso, um aperto de mão, um bom dia, uma boa tarde e uma boa noite. São gestos simples, pequenos e inexpressivos, mas nos transforma em construtores do Reino. Nós, todos nós! Somos Bem-Aventurados e Bem-Aventuradas porque Ele- Jesus Cristo- Caminha ao nosso lado na luta pela construção de outro mundo possível e a implantação do Reino.
*6º Domingo do Tempo Comum – Ano C. 17 de fevereiro-2019: Outro Olhar
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A Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo leva-nos a refletir sobre o protagonismo que Deus e as suas propostas têm na nossa existência. O Evangelho proclama “felizes” esses que constroem a sua vida à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a autossuficiência.
Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo.
ATUALIZAÇÃO DAS BEM-AVENTURANÇAS (EVANGELHO – Lc 6, 17.20-26)
A proposta de Jesus apresenta uma nova compreensão da existência, bem distinta da que predomina no nosso mundo. A lógica do mundo proclama “felizes” os que têm dinheiro, mesmo quando esse dinheiro resulta da exploração dos mais pobres, os que têm poder, mesmo que esse poder seja exercido com prepotência e arbitrariedade, os que têm influência, mesmo quando essa influência é obtida à custa da corrupção e dos meios ilícitos.
Mas a lógica de Deus exalta os pobres, os desfavorecidos, os débeis: é a esses que Deus se dirige com uma proposta libertadora e a quem convida a fazer parte da sua família.
O anúncio libertador que Jesus traz é, portanto, uma Boa Nova que enche de alegria os corações amargurados, os marginalizados, os oprimidos. Com o “Reino” que Jesus propõe aos homens, anuncia-se um mundo novo, um mundo de irmãos, de onde a prepotência, o egoísmo, a exploração e a miséria serão definitivamente banidos e onde os pobres e marginalizados terão lugar como filhos iguais e amados de Deus.
OUTRO OLHAR
1-Vinte e um séculos depois do nascimento de Jesus, que é feito da sua proposta? Ela mudou alguma coisa no nosso mundo?
2-Às vezes, contemplando o mundo que nos rodeia, somos tentados a crer que a proposta de Jesus falhou; mas talvez seja mais correto colocar a questão nestes termos: nós, testemunhas de Jesus, teremos conseguido passar aos pobres e aos marginalizados esse projeto libertador?
3-Teremos, com suficiente convicção e radicalidade, testemunhado esse projeto, de forma que ele tivesse um impacto real na história dos homens?
*Leia a reflexão na íntegra. Clique no link ao lado- EVANGELHO DO DIA.
QUEM SÃO OS BEM-AVENTURADOS DOS ÚLTIMOS DIAS?
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Padre Carmelita e Jornalista. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 17 de fevereiro-2019.
Bem-Aventurados são os 163 corpos encontrados na lama criminosa da Vale, em Brumadinho-MG, e os 147 desaparecidos. As suas famílias gritam aos céus e pedem justiça diante de uma política e uma economia assassina, corrupta e desumana que sacrifica vidas em nome do desenvolvimento, do lucro e da produtividade.
Bem-Aventurados são os moradores de rua aqui da lapa que, em volta da igreja, das nossas casas, ruas e praças, vivem anunciando às 24 horas que alguma coisa está fora da ordem. Sim, fora da ordem política, social e religiosa. Elas e eles, retratam uma realidade que nos envergonha, nos entristecem e nos questiona diante da inclusão de Jesus Cristo dos pobres e abandonados, muitas vezes esquecido por nós- igrejeiros (as).
Bem-Aventurada é ambientalista Rosane Santiago Silveira, 59 Anos, morta após ser torturada em Nova Viçosa, sul da Bahia, no dia 29 de janeiro. Ela era ativista ambiental e lutadora de causas culturais e de direitos humanos.
Bem-Aventurados são os 10 jovens queimados e sacrificados na sede do Flamengo. Os seus sonhos foram enterrados, sonhos estes de milhares de jovens que, frente ao desemprego em nosso país, fazem o possível e o impossível para buscar um novo dia para as suas famílias, mesmo que, muitas vezes, tenham que sacrificar a sua própria vida.
Bem-Aventurado é Eliseu Queres, assassinado na madrugada de sábado, dia 5 de janeiro. dentro da Fazenda Agropecuária Bauru, conhecida como Fazenda Magali, no município de Colniza, Mato Grosso.
Bem-Aventurados são os pobres desta cidade – em centenas- mortos pelas balas perdidas, pela violência brutal e assassina dos poderes constituídos desta cidade tão rica e tão pobre. Rica pelos homens e mulheres que não cruzam os braços frente às injustiças sociais, e pobre de governos éticos e comprometidos com o bem comum.
Bem-Aventurados são os religiosos, as religiosas, os pastores e leigos que, mesmo frente as eternas noites escuras do individualismo, do consumismo e da sociedade descartável e líquida, ainda insistem e persistem nos valores humanitários, seja através de ONGs, Associações Religiosas e grupos de amigos que sujam as mãos na defesa da vida.
Bem-Aventuradas são as comunidades indígenas e quilombolas que, frente ao projeto de abandono do Governo Federal, ainda encontra forças para lutar e sonhar com um novo dia.
Bem-Aventurados são todos nós que, mesmo vivendo nas grandes e pequenas cidades recheada pelo desprezo da vida, ainda somos capazes de derrotar a violência e a falta de fé com um abraço, um sorriso, um aperto de mão, um bom dia, uma boa tarde e uma boa noite. São gestos simples, pequenos e inexpressivos, mas nos transforma em construtores do Reino. Nós, todos nós! Somos Bem-Aventurados e Bem-Aventuradas porque Ele- Jesus Cristo- Caminha ao nosso lado na luta pela construção de outro mundo possível e a implantação do Reino.
*A MISSÃO DO PROFETA: 4º Domingo do Tempo Comum – Ano C. 3 de fevereiro-2019.
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*A MISSÃO DO PROFETA: 4º Domingo do Tempo Comum – Ano C. 3 de fevereiro-2019.
O tema da liturgia deste domingo convida a refletir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.
A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.
O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espetacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.
MENSAGEM 1ª Leitura. 1,4-5.17-19
O texto que nos é proposto apresenta o relato que Jeremias faz do seu chamamento por Deus. Mais do que uma reportagem do “momento” em que Deus chamou o profeta, trata-se de uma reflexão e de uma catequese sobre esse mistério sempre antigo e sempre novo a que chamamos “vocação”.
A vocação profética, na perspectiva de Jeremias, é, em primeiro lugar, um encontro com Deus e com a sua Palavra (“a Palavra do Senhor foi-me dirigida…” – vers. 4). A Palavra marca, a partir daí, a vida do profeta e passa a ser, para ele, a única coisa decisiva.
Em segundo lugar, a vocação é um desígnio divino: foi Deus que escolheu, consagrou e constituiu Jeremias como profeta. Dizer que Deus “escolheu” o profeta (literalmente, “conheceu” – do verbo “yada‘”) é dizer que Deus, por sua iniciativa, estabeleceu desde sempre com ele uma relação estreita e íntima, de forma que o profeta, vivendo na órbita de Deus, aprendesse a discernir os planos de Deus para os homens e para o mundo. Dizer que Deus “consagrou” o profeta significa que Deus o “reservou”, que o “pôs à parte” para o seu serviço. Dizer que Deus “constituiu” o profeta “para as nações” significa que Deus lhe confiou uma missão, missão que tem um alcance universal. Tudo isto, no entanto, resulta da acção e da escolha de Deus, é iniciativa de Deus e não escolha do homem.
Na segunda parte do texto, temos o envio formal do profeta. Ele deve ir “dizer o que o Senhor ordenar”, sem medo nem servilismo, enfrentando os grandes da terra, armado apenas com a força de Deus. É a definição do “caminho profético”, percorrido no sofrimento, no risco, na solidão, no conflito com todos os que se opõem à proposta de Deus. A leitura de hoje termina com um convite à confiança: “não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te salvar” – vers. 19).
A vida de Jeremias realizou, integralmente, o projeto de Deus. A propósito e a despropósito, Jeremias denunciou, criticou, demoliu e destruiu, edificou e plantou. Não teve muito êxito: a família, os amigos, o povo de Jerusalém, as autoridades, os sacerdotes, viraram-lhe as costas, marginalizaram-no, perseguiram-no e maltrataram-no. No entanto, Jeremias nunca renunciou: Deus invadiu-lhe de tal forma a vida, e a paixão pela Palavra de Deus “apanhou-o” de tal forma, que o profeta viveu até ao fim, com a máxima intensidade, a sua missão.
ATUALIZAÇÃO
1-Os “profetas” não são uma classe de animais extintos há muitos séculos, mas são uma realidade com que Deus continua a contar para intervir no mundo e para recriar a história. Quem são, hoje, os profetas? Onde estão eles?
2-No Batismo, fomos ungidos como profetas, à imagem de Cristo. Estamos conscientes dessa vocação a que Deus a todos nos convocou? Temos a noção de que somos a “boca” através da qual a Palavra de Deus se dirige aos homens?
3-O profeta é o homem que vive de olhos postos em Deus e de olhos postos no mundo (numa mão a Bíblia, na outra o jornal diário). Vivendo em comunhão com Deus e intuindo o projeto que Ele tem para o mundo, e confrontando esse projeto com a realidade humana, o profeta percebe a distância que vai do sonho de Deus à realidade dos homens. É aí que ele intervém, em nome de Deus, para denunciar, para avisar, para corrigir. Somos estas pessoas, simultaneamente em comunhão com Deus e atentas às realidades que desfeiam o nosso mundo?
4-A denúncia profética implica, tantas vezes, a perseguição, o sofrimento, a marginalização e, em tantos casos, a própria morte (Óscar Romero, Luther King, Gandhi…). Como lidamos com a injustiça e com tudo aquilo que rouba a dignidade dos homens? O medo, o comodismo, a preguiça, alguma vez nos impediram de ser profetas?
5-Em concreto, em que situações sou chamado, no dia a dia, a exercer a minha vocação profética?
EVANGELHO (Lc 4,21-30): ATUALIZAÇÃO
“Nenhum profeta é bem recebido na sua terra”. Os habitantes de Nazaré julgam conhecer Jesus, viram-n’O crescer, sabem identificar a sua família e os seus amigos mas, na realidade, não perceberam a profundidade do seu mistério. Trata-se de um conhecimento superficial, teórico, que não leva a uma verdadeira adesão à proposta de Jesus. Na realidade, é uma situação que pode não nos ser totalmente estranha: lidamos todos os dias com Jesus, somos capazes de falar algumas horas sobre Ele; mas a sua proposta tem impacto em nós e transforma a nossa existência?
“Faz também aqui na terra o que ouvimos dizer que fizestes em Cafarnaum” – pedem os habitantes de Nazaré. Esta é a atitude de quem procura Jesus para ver o seu espetáculo ou para resolver os seus problemazinhos pessoais. Supõe a perspectiva de um Deus comerciante, de quem nos aproximamos para fazer negócio. Qual é o nosso Deus? O Deus de quem esperamos espetáculo em nosso favor, ou o Deus que em Jesus nos apresenta uma proposta séria de salvação que é preciso concretizar na vida do dia a dia?
Como na primeira leitura, o Evangelho propõe-nos uma reflexão sobre o “caminho do profeta”: é um caminho onde se lida, permanentemente, com a incompreensão, com a solidão, com o risco… É, no entanto, um caminho que Deus nos chama a percorrer, na fidelidade à sua Palavra. Temos a coragem de seguir este caminho? As “bocas” dos outros, as críticas que magoam, a solidão e o abandono, alguma vez nos impediram de cumprir a missão que o nosso Deus nos confiou?
*LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE NO LINK AO LADO- Evangelho do dia.
AS SURPRESAS DA VIDA: Frei Petrônio (Direto de Mogi das Cruzes, São Paulo. 1º de fevereiro-2019).
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SURPRESAS DA VIDA!
Barbara Nice Torres
Um jovem estava para se formar. Havia muitos anos que ele admirava um carro esporte.
Sabendo que seu pai podia arcar com aquela despesa, disse-lhe do seu grande desejo. Na manhã da formatura, o pai, chamando-o no escritório, disse-lhe que estava orgulhoso de sua conquista e queria dar-lhe um presente. O jovem, ansioso, esperava ganhar a chave do carro tão desejado. Porém, qual não foi sua decepção quando o pai lhe deu uma Bíblia com seu nome gravado em ouro recomendando-lhe:
- Abra este livro e você terá tudo o que deseja.
O jovem ficou furioso e disse ao pai:
- Com todo dinheiro que você tem, você me dá uma Bíblia de presente?! E jogando-a num canto, saiu de casa e não mais retornou.
Passaram-se os anos. O jovem casou-se teve filhos. Um dia recebeu um telegrama comunicando que o pai, cuja saúde inspirava cuidados, queria vê-lo.
Foi então visita-lo, mas, quando chegou, o pai havia morrido. O jovem entristecido e arrependido, percorreu com o olhar as coisas do pai no escritório, deparando-se subitamente com a Bíblia- a sua Bíblia- presente de formatura que recebeu de seu pai. Pela primeira vez o jovem começou a folheá-la ...
De repente, no meio de suas folhas caiu um cheque, exatamente do valor do carro que ele tanto havia desejado. A data do cheque era o dia de sua formatura... Mas já era tarde demais.
REFLEXÃO
Antes que seja tarde, devemos ser agradecidos pelo presente que Deus nos dá todos os dias, que é o dom da vida, especialmente a sua a palavra!
Esta história é verídica e foi relatada pelo Pe. Contini, em setembro de 2006, no curso para Formação de Líderes Cristãos na Paróquia Divino Salvador. Fonte: https://www.webartigos.com
AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO (Rio de Janeiro. 30 de janeiro-2019. 18h 30min)
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AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO, CARMELITA. Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro. Quarta-feira, 30 de janeiro-2019.
A NOVIDADE DE JESUS: Evangelho do dia. (Terça-feira, 15)
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A NOVIDADE DE JESUS... Reflexão Com Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ- sobre o Evangelho deste dia 15. (Mc 1, 21b-28). Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 15 de janeiro-2019.
2019... Ainda é possível sonhar.
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2019... Ainda é possível sonhar. Acredite! São os votos do Olhar Jornalístico e das nossas mídias sociais.
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DIA 30. DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA: Outro olhar
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Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 29 de dezembro-2018.
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Ei, você que evangeliza na Pastoral do Batismo...
E se chegar na sua pastoral um casal gay querendo batizar os seus filhos (as)? Você está preparado para esta nova realidade? Ou melhor, o padre da sua paróquia está preparado?
Ei, você da Pastoral da Juventude...
E se aparecer aí no seu grupo um jovem tatuado, tipo “fora dos padrões paroquiais" querendo caminhar na comunidade. Você e os seus irmãos estão preparados para acolher esta nova realidade?
Ei, você do grupo de adoração, renovação carismática ou um outro movimento “cheio do Espírito Santo”...
E se aparecer um travesti para caminhar no teu movimento, você, os seus irmãos e o seu padre está preparado para acolher este “novo rosto” no seio da sua comunidade?
Ei, você do grupo terço dos homens, grupo da Mãe Rainha ou cursilho de cristandade
E se aparecer um pai ex-drogado, ex-prisioneiro ou um ex-traficante, será que a sua comunidade-paroquia vai abrir as portas para esta realidade das grandes metrópoles?
Ei, você do Apostolado da Oração, Legião de Maria, Ordem Terceira do Carmo, de São Francisco ou de São Domingos...
E se aparecer uma mãe com o coração partido pós-divórcio a procura de uma palavra amiga e de uma família religiosa para ser acolhida, qual será a sua atitude? Você acha que esta irmã na fé vai encontrar espaço e apoio para caminhar na sua comunidade?
Ei, você “igrejeiro” e “misseiro”...
E se o seu filho (a) confessar que é gay? E se a sua irmã- piedosa e caridosa- da comunidade depois de 36 anos resolver pedir o divórcio? Qual será a sua reação? Você vai acolher ou, em nome da Sagrada Família de Nazaré vai jogar pedras e crucificar esta pobre alma?
Ei... Ei... e Ei...
São interrogações e mais interrogações que não se resolve com palavras, doutrinas, tradições ou imposições, mas com amor, humildade, abertura e diálogo a exemplo da exortação apostólica do Papa Francisco- Amoris Laetitia- uma tentativa para responder a realidade e os desafios das famílias. E tenho dito!
Eu não acredito no Natal…
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Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 25 de dezembro-2018.
Eu não acredito no Natal do consumo
Onde as palavras são comidas e repartidas.
Enquanto a presença na família não acontece.
Enquanto os irmãos se odeiam.
Enquanto o divórcio divide.
Enquanto o ódio cresce nos corações.
Enquanto o amor não é amado.
Enquanto o Menino Deus é abandonado.
Eu acredito, sim.
No Natal da solidariedade e do compromisso.
No Natal do perdão e do companheirismo.
No Natal do abraço sincero e amigo.
No Natal do sorriso e da alegria.
No Natal da simplicidade e da cumplicidade.
No Natal do diálogo e das verdades.
No Natal do olhar e do caminhar.
Eu não acredito no Natal dos pisca-piscas.
Enquanto as famílias continuam na escuridão.
Enquanto os jovens vivem a noite escura das drogas.
Enquanto as crianças não têm o pão na mesa.
Enquanto os anciãos são abandonados em abrigos.
Enquanto a natureza é destruída.
Enquanto as águas dos nossos rios são poluídas.
Enquanto vidas são podadas e massacradas.
Eu acredito sim
No Natal que nos faz renascer e crescer.
No Natal que destrói o ódio e a violência.
No Natal que nos valoriza e nos faz crescer.
No Natal que destrói a inveja e a falsidade.
No Natal da democracia e da ética.
No Natal que liberta e nos ajuda a lutar.
No Natal sem meias verdades e sincero.
Eu não acredito no Natal da mesa farta.
Enquanto acumulamos bens e somos corruptos.
Enquanto maltratamos o nosso próximo com palavras.
Enquanto não partilhamos o que Deus nos deu.
Enquanto apoiamos políticos corruptos e projetos faraônicos.
Enquanto fechamos os olhos para a fome.
Enquanto fugimos da nossa missão de pais e mães.
Enquanto temos medo de olhar para os crucificados.
Eu acredito, sim.
No Natal ecumênico sem fronteiras.
No Natal sem preconceito e sem cor.
No Natal sem raça e sem brilho.
No Natal sem neve e sem trenó.
No Natal que nos renova e nos faz renascer.
No Natal que reúne a família e nos faz irmãos.
No Natal sem embrulhos e sem disfarces.
Eu não acredito no Natal do Panetone e dos cartões.
Acredito sim, no Natal da partilha e da compaixão.
Eu não acredito no Natal do peru e das bebidas.
Acredito sim, no Natal da solidariedade e dos pobres.
Eu não acredito no Natal da neve ou da roupa fina.
Acredito sim, no Natal dos Pastores e da manjedoura.
Eu não acredito no Natal do Papai Noel.
Acredito sim, no Natal de Maria e de José.
Que este seja de fato e de direito o nosso Natal!
ELE VAI NASCER: Frei Petrônio
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