FREI PETRÔNIO EM ANGRA: Missa neste domingo, 18.
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MISSA COM FREI PETRÔNIO EM ANGRA: Fotos da Missa com Frei Petrônio de Miranda na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Angra dos Reis, Rio de Janeiro- Missa das 6h: 30min- Próxima Missa às 9h. Logo mais, veja a homilia aqui no olhar.
Paraguai: inicia a assembleia das Comunidades Eclesiais de Base da América Latina
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"Continuando a caminhar proclamando o Reino" é o slogan que acompanha a assembleia que as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da América Latina realizam a partir dessa segunda-feira, 13 de setembro, até o sábado, 17 de setembro, em Luque, noParaguai. A reportagem é da Agência SIR, 13-09-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Trata-se de uma assembleia importante, pois serão lembrados os 50 anos de presença dasCEBs na América Latina e, ao mesmo tempo, serão lançadas as bases para uma nova refundação e uma reorientação dos objetivos de tais realidades, em referência aos novos sinais dos tempos, através de grupos de trabalho que terão uma abordagem bíblica, teológica e sociológica.
Um trabalho que será realizado em estreita relação com o CELAM, o Conselho Episcopal Latino-Americano, representado nessa assembleia por Dom Sergio Gualberti, arcebispo de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia).
Não faltará, dentro desse olhar ao mesmo tempo celebrativo e aberto ao futuro, uma troca de experiências sobre a realidade atual das CEBs, na consciência de que a sua presença marca profundamente a vida das Igrejas do continente.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Luta de Dom Paulo Evaristo contra ditadura vai para as telas do cinema
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A ditadura brasileira (1964-1985) é mais lembrada pela cara de seus algozes e menos pelos rostos daqueles que lutaram para livrar o país do autoritarismo e da violência dos militares. Entre eles, está o de dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, que foi o quinto arcebispo da cidade entre os anos 60 e 70 e mais tarde recebeu o título de cardeal. O religioso, que completa 95 anos nesta quarta-feira, 14 de setembro, é conhecido como “o inimigo número um da ditadura brasileira” depois de décadas de luta contra as torturas praticadas nos anos de chumbo e em prol das Diretas Já. Atualmente, vive recluso em um convento em Taboão da Serra, longe da imprensa com a qual contava para denunciar os abusos do regime. A reportagem é de Camila Moraes, publicada por El País, 14-09-2016.
Sua história, contada em dois livros lançados pelo jornalista Ricardo de Carvalho, O Cardeal e o Repórter e O Cardeal da Resistência, chegará em novembro às telas do cinema com a estreia de Coragem – As muitas vidas de dom Paulo Evaristo Arns. Dirigido por Carvalho, o documentário – coproduzido pela Globo Filmes e o primeiro a ser feito sobre o arcebispo – retrata sua resistência ao regime militar, denunciando os crimes praticados nos porões do Exército brasileiro. A estreia está prevista para meados de novembro.
Filho de imigrantes alemães, nascido em 1921, em Forquilhinha (Santa Catarina), dom Paulo foi ordenado sacerdote em 1945 e se formou depois em estudos brasileiros, latinos, gregos e literatura antiga na Sorbonne de Paris. Em 1972, ele criou a Comissão Brasileira Justiça e Paz, que articulou denúncias contra abusos do regime militar. Mais tarde, fundou também o projeto Brasil: Nunca Mais, que reuniu documentos oficiais sobre o uso da tortura durante o regime militar no Brasil. Chegou a ser fichado no Dops (Departamento de Ordem Política e Social) em 1979.
Em 1985, o cardeal criou a Pastoral da Infância com o apoio da irmã Zilda Arns, que morreu no Haiti vítima do forte terremoto que destruiu parte do país, em 2010, realizando trabalhos humanitários. É o mais antigo cardeal da Igreja Católica no mundo inteiro.
Ex-repórter da Folha de S.Paulo, Ricardo Carvalho conheceu dom Paulo em 1976 por conta de sua intensa relação com a imprensa. Relata o diretor: “Ele foi, sem dúvida, a mais importante fonte de informações contra o regime militar. Como jornalista que é, dom Paulo não errava uma e tudo que dizia ou denunciava, vinha com provas, relatos... Foi assim quando o pastor Jaime Wright, ligadíssimo a dom Paulo, me passou, em 1978, a conta-gotas, a primeira lista de desaparecidos políticos checadas em diferentes fontes”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Crucificados e crucificadores
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O tempo da caça às bruxas terminou. Porém, sempre foi verdadeira a lei do pêndulo. Ao deixar a caça às bruxas, chega outro mal chamado “globalização da indiferença”. Esta, é tão desastrosa como o outro extremo do pêndulo. O Papa Francisco despontou como um profeta para ajudar a humanidade a despertar critérios de solidariedade e resgatar a dignidade das pessoas e dos povos. Precisamos reaprender a chorar, a recuperar o anonimato e cultivar a corresponsabilidade pela vida um do outro.
Em sua visita a Lampedusa, Francisco conta-nos o enredo de uma comédia da literatura Espanhola de Lopes de Vega. Os habitantes da cidade de Fonte Ovejuna mataram o Governador, porque era um crucificador e tirano. O crime foi tramado de tal modo que ninguém ficaria sabendo quem o mataria. Quando o Juiz do Rei perguntou: “Quem matou o governador?”, todos responderam: “Fonte Ovejuna, Senhor Juiz!” Na verdade todos e ninguém!
Hoje, o mundo virou um campo de cruzes e crucificados de todos os jeitos, de todos os modos. Quem os crucifica? Todos e ninguém! O desfile trágico dos crucificados de hoje já começa nos seres humanos sem defesa que são expulsos da vida antes de nascer. Há cruzes que são impostas às crianças forçadas a tecerem a vida pela amargura da revolta, porque chegam ao mundo rejeitadas. Outras tantas são jogadas de um lado a outro, sofrendo a orfandade de pais vivos. Num mundo que tanto exalta o progresso, ainda são demais as crianças crucificadas pela fome, pela ausência de qualquer oportunidade de estudo e cuidado de saúde.
E as vítimas adolescentes e jovens, crucificados pelas drogas, até onde conseguem suportar o peso da cruz? Tantos, por não conseguirem mais carregá-la sozinhos terminam crucificando os pais, os avós e ameaçando a sociedade. O desfile dos crucificados, ao invés de diminuir, parece aumentar em tantas tragédias familiares que assombram a sociedade e são incrementadas pelo sensacionalismo dos meios de comunicação.
O tráfico de pessoas configura em nossos dias uma grande chaga social, que desumaniza e crucifica milhões de pessoas em todo o planeta. Esta prática abominável se aproveita da vulnerabilidade econômica e social. São aliciadas com promessas ilusórias, levando à exploração do trabalho, a exploração sexual e a extração de órgãos. No mundo do tráfico o que mais envergonha é o tráfico de crianças e adolescentes crucificados por traições de promessas fáceis que terminam com a morte de suas esperanças.
Infelizmente, faz parte do lucro e do poder desalmado, silenciar os crucificados para fazer ouvir os gritos de vitória dos crucificadores. Assim aconteceu para o Crucificado Jesus de Nazaré e com os crucificadores de Jerusalém. Diante de tantas cruzes impostas por crucificadores frios e insensíveis, continuamos ouvindo o convite de Cristo a assumirmos a cruz proposta do serviço à vida : “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8,34). Esta cruz é vitoriosa.
14 DE SETEMBRO: Festividade da Exaltação da Santa Cruz.
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Frei Jorge V. Kampen, O. Carm. In Memoriam. ( * 17/04/1932 + 08/08/2013)
Ao crucificar Jesus no meio de dois ladrões os chefes judeus pensaram em rebaixar Jesus. Mas sem dar conta fazem cumprir até em detalhes a profecia de Isaías (53,9), sobre a morte de Cristo. Os dois ladrões representam a humanidade pecadora ao lado de Jesus, que morre. Um deles se agarra às esperanças humanas e desejaria ganhar alguns momentos, antes de apagar a sua vida. Para ele Cristo não serve. O outro se deixa levar pela confiança neste amigo maior, que é Jesus, e que vê mais além da morte. Com um só ato de fé alcança a vida eterna. Já no tempo de Jesus, os judeus acreditavam na ressurreição dos mortos, e também sabiam que o homem não deixa de existir entre o momento da sua morte e a hora da ressurreição de todos os mortos. Comparavam o lugar dos mortos a um país extenso, dividido em duas extensões separadas ( Lc16,19 ss). Uma dessas regiões era o inferno, da qual ninguém podia salvar-se. O outro era o Paraíso, em que os bons estariam juntos (Luc. 16,22), esperando a ressurreição. Nesta festividade da Santa Cruz queremos lembrar-nos que Cristo deu a Sua vida para nos salvar.
Introdução às leituras.
Nesta vida devemos lembrar-nos que os nossos sofrimentos e contratempos desta vida nos deve levar à conversão e arrependimento das nossas falhas. A primeira leitura (Num. 21,4-9) mostra que a ingratidão do povo leva Deus ao perdão e cura. A segunda leitura (Fil. 2,6-11) Paulo lembra os cristãos de Filipos, que pecaram pelas divisões e orgulho e que Cristo sofreu na cruz com toda a humildade. O evangelho (João 3,13-17) mostra que Cristo morreu na cruz para dar vida, aos que não dão valor à vida.
Reflexão.
Nicodemos é membro do Conselho Supremo dos Judeus, homem culto e de boa fé, que reconhece em Jesus o enviado de Deus. Elogia-o com o título tão apreciado de Mestre, esperando dele algum ensinamento religioso.
O que falaram aquela noite? Sabemos que Nicodemos permaneceu fiel admirador de Jesus, mas não entrou no grupo dos seus discípulos.
Suas relações e suas tradições não o permitiram mudar o rumo da sua vida e entrar no grupo dos que seguiam Jesus, totalmente entregues ao Reino, que anunciavam: para entrar no Reino, tinha que nascer de novo.
Sem dúvida, o Evangelho usa uma expressão, que se pode entender de duas maneiras: nascer de novo e nascer do alto. É que a vida cristã não é somente uma mudança exterior. Como se tratasse de ir pregar o Evangelho ao lado de Jesus ou de reformar os nossos costumes. Ele que crê e se batiza, nasce de Deus, como diz João em vários lugares. E a pergunta desatinada de Nicodemos dá a Jesus a oportunidade para insistir na mudança profunda e misteriosa, que se produz naquele que crê, porque há de nascer da água e do Espírito Santo. Água quer dizer: pelo rito do batismo efetuado pelos homens; do Espírito, que quer dizer, que por este gesto Deus comunica o Seu próprio Espírito. Nos Atos dos Apóstolos se ressalta a atuação nos primeiros anos da Igreja dos cristãos batizados,que guardava e viviam a palavra de Deus,outorgada por Jesus. Por isso acreditamos na vida eterna e somos filhos de Deus. Jesus veio ao mundo como uma luz, que clareia o caminho da vida, para ressuscitar para a vida eterna.
MISSA DE AÇÃO DE GRAÇAS... Hoje, dia 13 na Lapa/RJ.
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MISSA DE AÇÃO DE GRAÇAS. Daqui a pouco, às 15: 30min na Casa das Irmãs de Calcutá, na Lapa, Rio de Janeiro, celebro a Missa de Ação de Graças pela canonização da Madre Teresa de Calcutá com os Moradores de Rua. Vc aqui do Rio, participe e leve o quilo de alimento.
ELIAS PEREGRINO EM APARECIDA DO NORTE...
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FINAL DO ANO ELIANO MISSIONÁRIO: Aqui está mais um material que vc vai receber no dia 25 de setembro em Aparecida do Norte/SP, no encerramento do Ano Eliano Missionário da Província Carmelitana de Santo Elias- Ordem Terceira do Carmo. Esperamos você! Veja o vídeo- convite. Clique aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=d3VQYUshTIU
(Confirme a sua presença diretamente com o coordenador da Comissão Provincial Provincial, Paulo Dhaer. E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.)
ACIDENTE ENTRE O BISPO E O TREM: Décio Zandonade se recupera bem após acidente
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Carro do bispo colidiu com trem na quinta-feira
O bispo emérito da diocese de Colatina (ES), dom Décio Sossai Zandonade, se recupera bem de um acidente de automóvel, ocorrido na tarde de quinta-feira, dia 8. De acordo com a cúria, ele permanece internado no Hospital São Camilo, em Aracruz (ES), a cerca de 70 quilômetros de Colatina.
Segundo o boletim médico divulgado hoje, 9, pelo hospital, dom Décio passa bem e está acomodado em apartamento aguardando nova avaliação médica. A informação é de que o prelado realizou exames de imagem “que não evidenciaram nenhuma alteração aguda. Apresenta bom prognóstico”. A diocese de Colatina pediu que todos continuem rezando para sua plena recuperação.
Ainda, de acordo com o boletim, dom Décio Sossai Zandonade será transferido para o Hospital Unimed Noroeste Capixaba, em Colatina, no começo da tarde. Com a transferência para Colatina, ficará mais próximo de seus médicos pessoais. Na sede da diocese, o bispo deve passar por novos exames. Por orientação médica, as visitas estão suspensas, a fim de que ele descanse, informou a cúria.
Acidente
Conforme informações da diocese, dom Décio deixava o Santuário Nossa Senhora da Saúde, em Ibiraçu (ES), na tarde de quinta-feira, quando o acidente aconteceu. Ele seguia com seu automóvel e, ao tentar atravessar a linha de ferro, colidiu com um trem que passava pelo local. O carro foi jogado para fora da ferrovia. Ele estava sozinho. Dom Décio sofreu um ferimento na cabeça e uma luxação na clavícula. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Deus, marketing e negócios: Francisco, precursor de Jobs. Artigo de Alessandro Barbero.
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"As analogias entre as ordens religiosas da Idade Média e as grandes empresas atuais são tão vistosas que nos perguntamos se as estratégias e a linguagem das multinacionais não se inspiraram conscientemente naquela experiência. Hoje, não há documento de marketing ou manual de comunicação empresarial que não empregue em cada linha as palavras vision e mission, que revelam imediatamente o seu pertencimento à linguagem dos frades e dos monges. E, por outro lado, por que as empresas não deveriam se inspirar em um modelo de tamanho sucesso?". A opinião é do historiador italiano Alessandro Barbero, professor da Università del Piemonte Orientale, em artigo publicado no jornal La Stampa, 06-09-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Imaginemos uma grande organização multinacional, conhecida em todo o mundo, fundada graças ao impulso visionário de um jovem fundador carismático, que se tornou um mito ainda vivo e mais ainda depois da morte; uma organização reconhecível também visualmente pelas suas escolhas de comunicação e pelo look inconfundível que a caracteriza. Estou falando da Apple e de Steve Jobs? Não, estou falando de São Francisco e da Ordem Franciscana.
As analogias entre as ordens religiosas da Idade Média e as grandes empresas atuais são tão vistosas que nos perguntamos se as estratégias e a linguagem das multinacionais não se inspiraram conscientemente naquela experiência. Hoje, não há documento de marketing ou manual de comunicação empresarial que não empregue em cada linha as palavras vision e mission, que revelam imediatamente o seu pertencimento à linguagem dos frades e dos monges. E, por outro lado, por que as empresas não deveriam se inspirar em um modelo de tamanho sucesso?
Dez anos depois que Francisco teve a intuição de fundar a sua ordem, os franciscanos já eram alguns milhares, o que significa que tinham quase duplicado a cada ano; para ser exato, calculou-se uma taxa de crescimento de 80% ao ano.
A conquista de novos mercados era gerida com campanhas dirigidas: nascidos na Itália central, depois de pouco tempo, os franciscanos decidem se expandir para o norte e enviam forças-tarefa especiais na Lombardia e na Alemanha, confiadas a frades que sabem pregar nas línguas estrangeiras, "in lombardico et in theutonico". Em 1219, Francisco decide enviar um grupo de frades para a França, para difundir a Ordem também naquele reino; 20 anos depois, já tinham sido fundados cerca de 72 conventos.
Não é de se admirar que Francisco, em certo ponto, abriu os olhos e se deu conta de que havia criado um monstro: estava à frente de uma multinacional, ele que queria ir por aí descalço com um grupinho de amigos, falando de Jesus às pessoas e descarregando caixas no mercado para se manterem.
Nos últimos anos de vida, Francisco renunciou à chefia da ordem, criando enormes problemas para os seus sucessores, porque, para a imagem da organização e a motivação dos membros, o mito do fundador é essencial.
Entre os séculos XVIII e XIX, os grandes fundadores de empresas, Henry Ford, Bill Gates, Steve Jobs foram mitificados em vida e se tornaram lendas depois da morte, graças também à invenção daquele peculiar gênero literário, a biografia autorizada, herdeira direta da hagiografia medieval.
O caso de Steve Jobs confirma que os visionários da Idade Média tinham razão quando insistiam na importância do look. A biografia autorizada de Walter Isaacson nos revela que, certamente, não era por acaso que Jobs se vestia sempre igual, jeans azul sem cinto e camiseta preta de gola alta. Várias vezes, o fundador da Apple propôs que todos os empregados da empresa se vestissem do mesmo modo, mas os trabalhadores não gostavam da ideia, e Jobs teve que se contentar em vestir-se, ele mesmo, assim: no armário, ele tinha uma centena de camisetas pretas, todas iguais e previu corretamente que elas seriam suficientes para toda a vida.
Francisco, ao contrário, conseguiu impor aos frades que se vestissem todos do mesmo modo, com uma túnica cinza e um capuz pontudo, como os camponeses; mas, depois da sua morte, os franciscanos tinham túnicas largas e cômodas, de ótimo tecido, e o capuz se tornou amplo e arredondado, como queria a moda.
Graças às tecnologias modernas, os historiadores da arte descobriram que diversa tábuas com o retrato de São Francisco foram modificadas depois da sua morte, apagando o odiado capuz pontudo e substituindo-o por um capuz de jovem elegante.
Todos sabiam que a imediata reconhecibilidade era um ingrediente de sucesso. Quando o mosteiro de Cîteaux começou a competir com o de Cluny, os cistercienses descobriram que, na regra beneditina, não estava escrito em parte alguma de que cor tinha que ser o hábito; por tradição, era preto, mas eles se vestiram de branco, porque as pessoas tinham que ver a diferença. O manto branco também era a prerrogativa dos Templários, e, quando uma ordem concorrente, os Teutônicos, quis adotá-lo, os Templários protestaram com o papa, para que impedisse essa concorrência desleal: o copyright era deles!
Depois, as ordens militares tiveram o problema, comum a muitas empresas, de uma crise de mercado que reduziu a demanda. Depois da perda da Terra Santa e o fim das Cruzadas, não havia mais uma grande necessidade de monges guerreiros. Havia nada menos do que três ordens militares, os Templários, os Hospitalários e os Teutônicos, e cada vez mais vozes se levantavam contra essas entidades inúteis, que, para a cristandade, representavam um passivo líquido.
As ordens reagiram, apresentando um projeto de fusão: assim, argumentou o Grão-Mestre do Templo, vão ser feitas grandes economias, onde antes havia três cadeiras permanecerá apenas uma. Mas o antitruste interveio: os soberanos europeus mandaram dizer ao papa que não tinham nenhuma vontade de se deparar com uma multinacional monopolista e extrapoderosa. No fim, como se sabe, Filipe, o Belo, resolveu a seu modo o problema da redundância dos Templários; mas os seus rivais, os Hospitalários, ainda existem, com o nome de Ordem de Malta.
E, a esse propósito, existem duas organizações que recentemente lançaram um projeto chamado Vision 2050. São projetos que não têm nada em comum, mas foram chamados do mesmo modo, por acaso, por gestores que compartilham o mesmo tipo de linguagem. Uma delas é a WBCSD, organização que reúne cerca de 200 multinacionais e que, com o projeto Vision 2050, propõe-se a guiar a "global business community" rumo a um futuro sustentável.
A outra é precisamente a Ordem de Malta, que, com o projeto Vision 2050, propõe-se a recrutar jovens e iniciativas financeiras até meados do século. Assim, uma poderosíssima associação de multinacionais, fundada em 1992, com sede em Genebra, e a Ordem de Malta, o velho concorrente dos Templários, que, no seu site oficial, declara estar em atividade desde 1048, usam a mesma linguagem; e é muito difícil decidir quem está imitando o outro. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Madre Teresa, a santa que não encontrava Deus.
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Aqueles que ainda sonham com os santos como pessoas perfeitas em admirável diálogo com Deus ficarão perplexos. Porque o Papa Francisco, convidando todos os fiéis na Praça de São Pedro a imitarem a Madre Teresa de Calcutá, fazendo "aquela revolução da ternura iniciada por Jesus Cristo com o Seu amor de predileção pelos pequenos", proclamou santa uma mulher albanesa, que, durante 50 anos da sua vida – e não antes da sua "conversão", mas exatamente no último meio século da sua existência – não acreditou em Deus, não O encontrou, deparando-se apenas com uma enorme escuridão. As suas últimas palavras no seu leito de morte não foram uma invocação piedosa qualquer, mas um suspiro muito terrestre: "Não consigo respirar". A reportagem é de Marco Politi, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 04-09-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A Madre Teresa de Calcutá, "mão estendida de Cristo", de acordo com a eficaz expressão do Papa Bergoglio, válida para ela e para todos os voluntários que se consomem pelo próximo, é uma personagem muito mais interessante do que o ícone que ela já se tornou, manchada em parte pela opinião pública laica de ter se envolvido, nos anos 1990, na violenta luta ideológica da Igreja Católica contra o direito de escolha das mulheres de abortar.
Karol Wojtyla, durante as inúmeras beatificações e canonizações do seu pontificado, fez uma virada na imagem de "santo" do passado. Não mais apenas padres, bispos e papas e algumas freiras excepcionais, além de mártires individuais. Da fábrica de santos wojtyliana, saíram personagens de extrações mais variadas, de todas as culturas, de todos os países, incluindo leigos e leigas, simples pais e mães de família.
Na visão de Wojtyla, não deviam ser necessariamente figuras extraordinárias, mas testemunhas reais da mensagem cristã na normalidade da vida cotidiana. Santos não mais em uma acepção clerical, mas modelos de comportamento inseridos em uma sociedade de massa, no mundo globalizado. Nesse sentido, João Paulo II foi muito moderno.
A Madre Teresa de Calcutá, venerada por Wojtyla pelo seu estrênuo compromisso em favor dos miseráveis e, não por acaso, escolhida por Francisco para marcar a fase culminante do seu Jubileu da Misericórdia, é um passo ainda mais à frente.
Um salto. Justamente por causa da sua relação problemática com Deus.
Anjezë Gonxhe Bojaxhiu, nascida em Skopje em 1910 e falecida aos 87 anos de idade, atravessou todo o século XX, um século nada curto, e hoje, a 20 anos do seu falecimento – com a justa distância dada pelo tempo –, torna-se um estímulo de reflexão muito bergogliano: uma personagem, pelo calibre da sua existência, de significativa relevância para o mundo contemporâneo e – para aqueles que querem refletir – não só para a área dos crentes, mas também para a dos não crentes pensantes.
O primeiro elemento de absoluta realidade é a sua escolha radical de deixar um trabalho tranquilo como professora em uma escola frequentada por alunos de classe média para se comprometer irrevogavelmente ao lado dos "mais pobres dos pobres". Os condenados da Terra, se diria na linguagem política dos anos 1960-1970. E a essa escolha de campo deve ser adicionada a decisão de se dedicar aos destituídos "morrentes".
Não são mais questões do Terceiro Mundo, não são em nada problemas do século passado. Hoje, a miséria – no próprio coração das sociedades aparentemente opulentes do Primeiro Mundo – e a morte no abandono da solidão se tornaram questões centrais da sociedade contemporânea.
A personagem histórica de Teresa representa, com a sua escolha, um indicador precioso dos dramas que as elites políticas e econômicas contemporâneas preferem remover e diante do qual cada contemporâneo é chamado a tomar posição: comprometer-se para superá-los ou fechar-se na esfera individualista. Tema sobre o qual o Papa Francisco recorda com obstinação os homens e as mulheres do nosso tempo, para além das fronteiras confessionais ou filosóficas.
O segundo aspecto de atualidade na vida de Teresa é, justamente, o fato de não encontrar Deus. Na sua correspondência privada, encontram-se frases chocantes para uma futura santa: "Sinto que Deus não é Deus (…) que Ele realmente não existe (…) Eu chamo, eu me agarro, eu quero, mas há Alguém que responda. Ninguém, ninguém... Eu não tenho fé alguma. Nenhuma fé".
Interrogações radicais mantidas às escondidas durante décadas. Porque aqui não se trata simplesmente, como os apologetas preferem dizer, daquele fenômeno que os teólogos católicos chamam de "noite da fé". Fenômeno que afetou mais de um santo. Não foi uma noite de escurecimento temporário, uma crise passageira.
Ao contrário, foi uma condição que marcou toda a segunda parte da vida de Madre Teresa até a sua morte. O padre Brian Kolodiejchuk, postulador oficial da sua causa de canonização, escreveu: "Ela não sentia a presença de Deus, nem no seu coração, nem na eucaristia".
Se um santo (para a Igreja Católica) é um modelo que tem algo a dizer para a sociedade, Teresa é um aguilhão à reflexão sobre o problema-Deus na era contemporânea. Agora que Deus não é mais pensável como o Onipotente com a barba grande, que decide os destinos da humanidade, que pune com os terremotos, que premia evitando o granizo, agora que Deus – depois de Auschwitz – não é sequer imaginável como portador de uma Providência que tem uma finalidade benéfica própria através dos infortúnios, a escuridão sentida sistematicamente por Teresa toca qualquer um (crente ou não crente) que se faça a pergunta sobre a existência ou não de um princípio, que vá além do transitório.
O silêncio de Deus, a inimaginabilidade de Deus e a pergunta por Deus estão inextrincavelmente imbricados na era contemporânea para qualquer homem ou mulher que se faça filosoficamente perguntas de fundo sobre a existência – até mesmo para rejeitar a ideia de uma divindade.
Assim, Teresa, a mulher que escolheu como hábito o sari indiano com a cor azul dos párias, a casta dos intocáveis desterrados, a cristã que não encontra Deus, mas se entrega pela humanidade abandonada, acaba se tornando um ponto de interrogação para muitos.
Por outro lado, o Papa Wojtyla proclamou "Doutora da Igreja", isto é, grande mestra dos fiéis, Santa Teresa de Lysieux, que morreu não acreditando na vida após a morte. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
SÃO JOÃO DEL REI: 270 Anos da Ordem Terceira do Carmo.
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Celebração dos 270 anos da VOTC de São João del Rei-MG, da Paroquia da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, que contou com a presença de diversos representantes dos Sodalícios de Barbacena, Ouro Preto, Angra dos Reis, Lapa-RJ, Sapopemba- Grande São Paulo e Joée dos Campos.
A Missa foi celebrada pelo Revmo Frei Evaldo Xavier, Provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, além dos frades Frei Geraldo Bezerra, Frei Márcio Silvan, Pe. Alex, Pe. Ramiro e Pe. Geraldo Magela. Ainda contamos com a presença de diversos postulantes do Carmo de BH e duas monjas que virão para São Joao del Rei. Após a Santa Mmiss, houve uma rasoura pelas com a imagem de Nossa Senhora e na chegada o canto do Te Deum Laudamus.
Que a Virgem do Carmo continue abençoando muito esta cidade e seus devotos!
Fonte: https://www.facebook.com/ordem.carmelitana?hc_ref=NEWSFEED
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