Gratidão e despedida. Morre ex-frade carmelita.
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É com muito pesar que nós da Associação Rede Rua, comunicamos o falecimento do nosso companheiro Argemiro, chamado carinhosamente, de "Arge", nesta madrugada de domingo, em Salvador.
Arge militava a favor de uma comunicação popular, comunitária e inclusiva. Acreditou no poder da comunicação como uma grande aliada das lutas sociais. Não só acreditava como fazia acontecer esta comunicação.
Foi para a universidade (UMESP) se tornar um mestre e produziu muitas imagens das lutas, quando esteve conosco, na Rede Rua de Comunicação.
Arge deixa um legado de produção de audiovisuais que comunicou a luta, a resistência, a formação, a organização, as dores, os gritos, os clamores e as conquistas da nossa gente lutadora dos movimentos, coletivos e grupos sociais.
A todos nós da Rede Rua de Comunicação fica este aprendizado e tudo o que ele construiu e produziu em nosso projeto.
Arge: querido, doce, complacente, comunicador, educador, mestre, pesquisador, nossa GRATIDÃO pelos sonhos compartilhados, pela comunicação produzida e por ter levado a nossa Rede por muitos e tantos lugares. ARGE: SEMPRE PRESENTE!
Um dia (talvez, muito próximo) tornaremos a Rede Rua de Comunicação, uma TV para fortalecer as lutas e as resistências do nosso povo - como você sempre sonhou, viu?
Sua morte foi em decorrência das doenças de chagas que combatia a muitos anos, mas, seu coração não mais resistiu.
Nossa singela homenagem, claro, com imagens da sua atuação. Fonte: https://www.facebook.com/associacaorederua/?fref=ts
NOTA DO OLHAR: O sepultamento será esta tarde em Salvador- BA
*30º DOMINGO DO TEMPO COMUM. ANO C: Reflexão.
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A liturgia deste domingo ensina-nos que Deus tem um “fraco” pelos humildes e pelos pobres, pelos marginalizados; e que são estes, no seu despojamento, na sua humildade, na sua finitude (e até no seu pecado), que estão mais perto da salvação, pois são os mais disponíveis para acolher o dom de Deus.
A primeira leitura define Deus como um “juiz justo”, que não se deixa subornar pelas ofertas desses poderosos que praticam injustiças na comunidade; em contrapartida, esse Deus justo ama os humildes e escuta as suas súplicas.
ATUALIZAÇÃO: Evangelho de Lucas. ( 18, 9-14)
Este texto coloca, fundamentalmente, o problema da atitude do homem face a Deus. Desautoriza completamente aqueles que se apresentam diante de Deus carregados de autossuficiência, convencidos da sua “bondade”, muito certos dos seus méritos, como se pudessem ser eles a exigir algo de Deus e a ditar-Lhe as suas condições; propõe, em contrapartida, uma atitude de reconhecimento humilde dos próprios limites, uma confiança absol uta na misericórdia de Deus e uma entrega confiada nas mãos de Deus. É esta segunda atitude que somos convidados a assumir.
- Este texto coloca, também, a questão da imagem de Deus… Diz-nos que Deus não é um contabilista, uma simples máquina de recompensas e de castigos, mas que é o Deus da bondade, do amor, da misericórdia, sempre disposto a derramar sobre o homem a salvação (mesmo que o homem não mereça) como puro dom. A única condição para “ser justificado” é aceitar humildemente a oferta de salvação que Ele faz.
- A atitude de orgulho e de autossuficiência, a certeza de possuir qualidades e méritos em abundância, acaba por gerar o desprezo pelos irmãos. Então, criam-se barreiras de separação (de um lado os “bons”, de outro os “maus”), que provocam segregação e exclusão… Isto acontece com alguma frequência nas nossas comunidades cristãs (e até em muitas comunidades religiosas). Como entender isto, à luz da parábola que Jesus hoje nos propõe?
- Nos últimos séculos os homens desenvolveram, a par de uma consciência muito profunda da sua dignidade, uma consciência muito viva das suas capacidades. Isto levou-os, com frequência, à presunção da sua autossuficiência… O desenvolvimento da tecnologia, da medicina, da química, dos sistemas políticos convenceram o homem de que podia prescindir de Deus pois, por si só, podia ser feliz. Onde nos tem conduzido esta presunção? Podemos chegar à salvação, à felicidade plena, apenas pelos nossos próprios meios?
- Leia na íntegra aqui no olhar. Acesse o link: EVANGELHO DO DIA).
DOMINGO, 23. Papa, Mensagem para o Dia Mundial das Missões: testemunhas de misericórdia
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Testemunhas de misericórdia.
“Igreja missionária, testemunha de misericórdia” é o título da mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Missões, a ser celebrado no terceiro domingo de outubro. No Regina Coeli deste Domingo de Pentecostes o Papa Francisco falou sobre a mensagem aos presentes:
"Hoje, no contexto muito apropriado de Pentecostes, é publicada a minha mensagem para o próximo Dia Mundial das Missões, celebrado cada ano no mês de outubro. Que o Espírito Santo dê força a todos os missionários ad gentes e apoie a missão da Igreja no mundo inteiro. E que o Espírito Santo nos dê jovens - meninas e rapazes - fortes, que tenham vontade de anunciar o Evangelho. Peçamos isto hoje ao Espírito Santo".
Eis na íntegra o texto da Mensagem:
“Queridos irmãos e irmãs!
O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que a Igreja está a viver, proporciona uma luz particular também ao Dia Mundial das Missões de 2016: convida-nos a olhar a missão ad gentes como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material. Com efeito, neste Dia Mundial das Missões, todos somos convidados a «sair», como discípulos missionários, pondo cada um a render os seus talentos, a sua criatividade, a sua sabedoria e experiência para levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus à família humana inteira. Em virtude do mandato missionário, a Igreja tem a peito quantos não conhecem o Evangelho, pois deseja que todos sejam salvos e cheguem a experimentar o amor do Senhor. Ela «tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho» (Bula Misericordiae Vultus, 12), e anunciá-la em todos os cantos da terra, até alcançar toda a mulher, homem, idoso, jovem e criança.
A misericórdia gera íntima alegria no coração do Pai, sempre que encontra cada criatura humana; desde o princípio, Ele dirige-Se amorosamente mesmo às mais vulneráveis, porque a sua grandeza e poder manifestam-se precisamente na capacidade de empatia com os mais pequenos, os descartados, os oprimidos (cf. Dt 4, 31; Sal 86, 15; 103, 8; 111, 4). É o Deus benigno, solícito, fiel; aproxima-Se de quem passa necessidade para estar perto de todos, sobretudo dos pobres; envolve-Se com ternura na realidade humana, tal como fariam um pai e uma mãe na vida dos seus filhos (cf. Jr 31, 20). É ao ventre materno que alude o termo utilizado na Bíblia hebraica para dizer misericórdia: trata-se, pois, do amor duma mãe pelos filhos; filhos que ela amará sempre, em todas as circunstâncias suceda o que suceder, porque são fruto do seu ventre. Este é um aspeto essencial também do amor que Deus nutre por todos os seus filhos, especialmente pelos membros do povo que gerou e deseja criar e educar: perante as suas fragilidades e infidelidades, o seu íntimo comove-se e estremece de compaixão (cf. Os 11, 8). Mas Ele é misericordioso para com todos, o seu amor é para todos os povos e a sua ternura estende-se sobre todas as criaturas (cf. Sal 144, 8-9).
A misericórdia encontra a sua manifestação mais alta e perfeita no Verbo encarnado. Ele revela o rosto do Pai, rico em misericórdia: «não somente fala dela e a explica com o uso de comparações e parábolas, mas sobretudo Ele próprio a encarna e a personifica» (JOÃO PAULO II, Enc. Dives in misericordia, 2). Aceitando e seguindo Jesus por meio do Evangelho e dos Sacramentos, com a ação do Espírito Santo, podemos tornar-nos misericordiosos como o nosso Pai celestial, aprendendo a amar como Ele nos ama e fazendo da nossa vida um dom gratuito, um sinal da sua bondade (cf. Bula Misericordiae Vultus, 3). A primeira comunidade que, no meio da humanidade, vive a misericórdia de Cristo é a Igreja: sempre sente sobre si o olhar d’Ele que a escolhe com amor misericordioso e, deste amor, ela deduz o estilo do seu mandato, vive dele e dá-o a conhecer aos povos num diálogo respeitoso por cada cultura e convicção religiosa.
Como nos primeiros tempos da experiência eclesial, há tantos homens e mulheres de todas as idades e condições que dão testemunho deste amor de misericórdia. Sinal eloquente do amor materno de Deus é uma considerável e crescente presença feminina no mundo missionário, ao lado da presença masculina. As mulheres, leigas ou consagradas – e hoje também numerosas famílias –, realizam a sua vocação missionária nas mais variadas formas: desde o anúncio direto do Evangelho ao serviço sociocaritativo. Ao lado da obra evangelizadora e sacramental dos missionários, aparecem as mulheres e as famílias que entendem, de forma muitas vezes mais adequada, os problemas das pessoas e sabem enfrentá-los de modo oportuno e por vezes inédito: cuidando da vida, com uma acrescida atenção centrada mais nas pessoas do que nas estruturas e fazendo valer todos os recursos humanos e espirituais para construir harmonia, relacionamento, paz, solidariedade, diálogo, cooperação e fraternidade, tanto no setor das relações interpessoais como na área mais ampla da vida social e cultural e, de modo particular, no cuidado dos pobres.
Em muitos lugares, a evangelização parte da atividade educativa, à qual o trabalho missionário dedica esforço e tempo, como o vinhateiro misericordioso do Evangelho (cf. Lc 13, 7-9; Jo 15, 1), com paciência para esperar os frutos depois de anos de lenta formação; geram-se assim pessoas capazes de evangelizar e fazer chegar o Evangelho onde ninguém esperaria vê-lo realizado. A Igreja pode ser definida «mãe», mesmo para aqueles que poderão um dia chegar à fé em Cristo. Espero, pois, que o povo santo de Deus exerça o serviço materno da misericórdia, que tanto ajuda os povos que ainda não conhecem o Senhor a encontrá-Lo e a amá-Lo. Com efeito a fé é dom de Deus, e não fruto de proselitismo; mas cresce graças à fé e à caridade dos evangelizadores, que são testemunhas de Cristo. Quando os discípulos de Jesus percorrem as estradas do mundo, é-lhes pedido aquele amor sem medida que tende a aplicar a todos a mesma medida do Senhor; anunciamos o dom mais belo e maior que Ele nos ofereceu: a sua vida e o seu amor.
Cada povo e cultura tem direito de receber a mensagem de salvação, que é dom de Deus para todos. E a necessidade dela redobra ao considerarmos quantas injustiças, guerras, crises humanitárias aguardam, hoje, por uma solução. Os missionários sabem, por experiência, que o Evangelho do perdão e da misericórdia pode levar alegria e reconciliação, justiça e paz. O mandato do Evangelho – «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20) – não terminou, antes pelo contrário impele-nos a todos, nos cenários presentes e desafios atuais, a sentir-nos chamados para uma renovada «saída» missionária, como indiquei na Exortação Apostólica Evangelii gaudium: «cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (n. 20).
Precisamente neste Ano Jubilar, celebra o seu nonagésimo aniversário o Dia Mundial das Missões, promovido pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé e aprovado pelo Papa Pio XI em 1926. Por isso, considero oportuno recordar as sábias indicações dos meus Predecessores, estabelecendo que fossem destinadas a esta Opera todas as ofertas que cada diocese, paróquia, comunidade religiosa, associação e movimento, de todo o mundo, pudessem recolher para socorrer as comunidades cristãs necessitadas de ajuda e revigorar o anúncio do Evangelho até aos últimos confins da terra. Também nos nossos dias, não nos subtraiamos a este gesto de comunhão eclesial missionário; não restrinjamos o coração às nossas preocupações particulares, mas alarguemo-lo aos horizontes da humanidade inteira.
Santa Maria, ícone sublime da humanidade redimida, modelo missionário para a Igreja, ensine a todos, homens, mulheres e famílias, a gerar e guardar por todo o lado a presença viva e misteriosa do Senhor Ressuscitado, que renova e enche de jubilosa misericórdia as relações entre as pessoas, as culturas e os povos”.
Vaticano, 15 de maio – Solenidade de Pentecostes – de 2016.
Fonte: http://pt.radiovaticana.va
Presidência da CNBB é recebida pelo papa Francisco: Pontífice informou que não poderá visitar o Brasil em 2017
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A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi recebida pelo papa Francisco, nesta quinta-feira, 20, no Vaticano. Na ocasião, ao falarem sobre o Ano Nacional Mariano, aberto no último dia 12 de outubro em preparação para as comemorações do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, os bispos foram informados que não será possível a visita papal na ocasião. A expectativa era que Francisco visitasse o Santuário Nacional de Aparecida durante as comemorações dos 300 anos do encontro da imagem.
“Ele disse que ano que vem não poderá ir a Aparecida porque teria que ir também na Argentina, Chile, Uruguai e não há condições porque esse ano suspendeu as visitas dos bispos e ano que vem vai pegar as visitas que seriam deste ano e do próximo”, explicou o arcebispo de Salvador (BA) e o vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger.
Durante o encontro, o pontífice expressou seu carinho e atenção pelos brasileiros. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, demonstrou esperança de receber Francisco em breve. “Nós esperamos que no futuro ele venha nos visitar mais uma vez. Isso, certamente acontecerá, porque existe sempre uma conjuntura de elementos, de momento e também a necessidade da presenta do santo padre em outros lugares do mundo”, ressaltou. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Evangélicos pedem ajuda do governo para conseguir financiar construção de templos
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Em nome da fé Líderes evangélicos pediram que o governo Temer faça a interlocução com bancos públicos e privados para que as igrejas consigam linhas de financiamento para a construção de templos. “Queremos ser tratadas como clientes comuns, sem preconceitos nem privilégios”, diz o bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil e fundador da Sara Nossa Terra. Hoje, diz, quando tentam pegar empréstimos, as instituições não aceitam.
Aqui se paga A demanda de Rodovalho é que o governo ajude na articulação com os conselhos de administração dos bancos. “Ainda não se tem confiança na igreja como cliente. Apresentamos nosso patrimônio como garantia e não aceitam.”
Confessionário O bispo da Sara Nossa Terra, que tem cerca de 3 milhões de fiéis, discutiu o pleito com o presidente Michel Temer e com o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), em julho, ainda durante o governo interino.
JESUS É VIDA: Teresópolis.
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LETRA: Jesus é Vida
Jesus é vida! Jesus é luz!
Ele é quem me convida
A seguir os seus passos
E tomar minha cruz.
Quando tudo - tudo parece envolver-se de sombra
Nesta hora eu grito: Jesus!
E quando a vida insiste em esquecer o sentido
Num instante eu grito: Jesus!
Mas quando é a alegria
A deliciar minha vida
Eu canto também
Quando a solidão me assola ameaçando meu sonho
Nesta hora eu grito:Jesus!
E quando a noite persiste ofuscando o meu rumo
Nesta hora eu grito: Jesus!
Mas quando o Sol resplandece
E a sua luz me aquece
Eu canto também.
A Padroeira
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Dom Genival Saraiva de França, Administrador Apostólico da arquidiocese da Paraíba.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que os fiéis prestam o culto de adoração a Deus (latria); os santos e santas recebem o culto de veneração (dulia); em razão de sua condição de Mãe do Salvador, a Maria é reservado um especial culto de veneração (hiperdulia). Aos santos e santas a Igreja confia a proteção de nações, cidades, pessoas e instituições. A devoção ao(à) Padroeiro(a) tem sua história. “Anteriormente ao século VII, as catedrais, igrejas ou localidades não possuíam santos titulares ou padroeiros. Apenas as basílicas e igrejas que conservavam as relíquias de um santo mártir podiam adotar o seu nome como santo padroeiro ou titular desses lugares sagrados. A partir desse século, quase todas as igrejas começaram a se organizar no sentido de elegerem os seus padroeiros, sendo escolhidos, em primeiro lugar, naturalmente, as figuras do Divino Salvador e da Virgem Maria, seguidos dos Santos Mártires”. Para os fiéis e para as comunidades, “o santo padroeiro significa o amparo e o confidente, o protetor, aquele que, por sua intercessão junto de Deus, tem a faculdade e a missão de defender e obter Deus, tem a faculdade e a missão de defender e obter para quem a Ele recorre, louva-O e nEle confia as graças pedidas em oração e voto de promessa - particularmente, nas alturas mais precisas e difíceis da vida de cada um”.
Algumas nações têm seu(ua) Padroeiro(a), como Argentina: Nossa Senhora de Lurán; França: Santa Joana d’Arc; Itália: São Francisco de Assis e Santa Catarina de Sena; Espanha: São Tiago e Santa Teresa. O Papa Pio XI, em 1930, “proclamou Nossa Senhora Aparecida a Padroeira do Brasil”. Ao fazer isso, o Papa quis “promover o bem espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de Deus”. A estatística eclesiástica registra um expressivo número de dioceses, paróquias, matrizes e capelas que têm Nossa Senhora Aparecida como sua Padroeira e comprova o crescimento do número de romeiros que visitam o Santuário, anualmente e, de modo especial, no dia de sua Festa Litúrgica, no dia 12 de outubro. Dessa forma, a história religiosa no Brasil confirma que o bem espiritual dos fiéis vem sendo alcançado e a devoção a Maria é garantia de fidelidade a Jesus.
Este ano, a celebração de Nossa Senhora Aparecida teve uma significação especial porque abriu o Ano Jubilar que prepara os fiéis para a comemoração do tricentenário do encontro da Imagem de Nossa Senhora. “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano, a se iniciar aos 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer. (...) A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Todas as Dioceses do Brasil, desde 2014, preparam-se, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus. (...) Todas as famílias e comunidades são convidadas a participar intensamente desse Ano Mariano”.
No atual contexto de escândalos praticados por políticos e empresários, de desarrumação da economia nacional e de crise social, os católicos confiam a nação brasileira à proteção de sua Padroeira, a fim de que possa proporcionar aos cidadãos e cidadãs uma melhor qualidade de vida. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Os opositores de Francisco: nostálgicos e contrários à mudança. Entrevista com Bruno
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"Quem tem medo da renovação não acredita no Evangelho." Aos opositores deFrancisco que identificam em Putin o defensor da cristandade, o arcebispo de Chieti-Vasto, Bruno Forte, aplica as categorias da "cegueira ideológica" e da "nostalgia instrumental". A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no jornal La Stampa, 17-10-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Na pesquisa publicada no último domingo pelo jornal La Stampa, é reconstruída agaláxia anti-Bergoglio, e o presidente da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Episcopal Italiana identifica as "distorções teológicas" da dissidência ao pontífice da misericórdia.
Eis a entrevista.
Lefebvrianos, ultraconservadores que evocam cruzadas contra a invasão islâmica, inimigos do Concílio e adversários das aberturas pastorais do papa argentino em torno da comunhão aos divorciados recasados e do diálogo com o governo chinês. Você foi secretário especial no recente Sínodo dos bispos sobre a família: o que mantém unida uma oposição ao pontífice tão diversificada?
O interesse unificador é a manutenção do status quo. O Evangelho é liberdade, renovação, docilidade ao Espírito Santo. Não crer no Evangelho leva a confundir como perigoso subversivo aquele que prega a palavra de Jesus. O medo da renovação esconde o medo do Espírito Santo que guia a Igreja. Mas é um fenômeno que deve ser colocado nas suas dimensões reais. E a lição do Sínodo é útil precisamente a esse respeito.
Refere-se às resistências internas contra a hierarquia eclesiástica?
No início, parecia que a Igreja estava dividida, mas, no fim, houve uma grande maioria no Sínodo. A colegialidade episcopal repudiou as posições extremas de encerramento e de oposição a um debate livre.
O papa também é cobrado por causa da acolhida aos imigrantes?
Diante de uma mudança radical como o fenômeno migratório, uma coisa é uma atitude de compreensível preocupação; outra é a negação ideológica, preconceituosa e antievangélica de qualquer forma de acolhida. As migrações não são apenas uma questão de transferência de pessoas. É justo se perguntar sobre como garantir uma boa integração.
Por que Francisco provoca reações intensas de dissidência?
Contra o papa, coalizam-se fechamento cultural, nostalgias, natureza estática de atitudes ideológicas e políticas. Em vez de se abandonarem a Deus, alas minoritárias se encastelam. Mas é uma operação sem perspectivas.
Chama a sua atenção a exaltação do presidente russo, Vladimir Putin, por parte dos ultratradicionalistas que atacam o Papa Bergoglio?
Não. É a demonstração de que, quando prevalece a cegueira ideológica, tudo se torna instrumental e nos agarramos aos espelhos a fim de sustentar as próprias razões, até alcançar cenários impensáveis. Jesus estende os braços na cruz para abraçar todos. Por isso, rezemos para que os opositores do papa reencontrem serenidade e lucidez para discernir. Só assim eles verão como esse pontificado é um dom providencial. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
O ministério da homilia
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Dom Aloísio A. Dilli, Bispo de Santa Cruz do Sul.
Caros diocesanos. Já refletimos sobre o valor e a importância da Palavra de Deus nas celebrações litúrgicas da Igreja e o conseqüente cuidado que merece o Ambão (Mesa da Palavra), como local digno de sua proclamação, assim como a atenção aos leitores que exercem o ministério do anúncio dos textos sagrados.
Entre as funções relativas à proclamação da Palavra de Deus está também a Homilia, parte integrante da ação litúrgica, com o objetivo de favorecer a compreensão e a eficácia da Palavra, atualizando-a na vida dos fiéis. Ela deve favorecer a compreensão do mistério celebrado e levar à missão evangelizadora, além de preparar para as partes subseqüentes da celebração em curso. Os pregadores são alertados para evitar inúteis abstrações ou longas divagações e, sobretudo, não chamem atenção maior sobre si mesmos do que para o coração da mensagem evangélica, que é o próprio Cristo. Isso exige preparação, familiaridade com a Palavra, meditação e oração (VD 59).
O Papa Francisco dedica na Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho) ampla reflexão sobre a homilia (EG 136-159), afirmando que Deus deseja alcançar os outros através do diálogo do pregador, qual mãe que conversa com os filhos, colocando-os em sintonia de amor: “O pregador tem a belíssima e difícil missão de unir os corações que se amam: o do Senhor e os do seu povo” (EG 143). Este ministério exige séria preparação: “Um pregador que não se prepara não é ‘espiritual’: é desonesto e irresponsável quanto aos dons que recebeu” (EG 145). Quem faz a homilia deve ser o primeiro a ter grande familiaridade com a Palavra de Deus, estando próximo dela com coração dócil e orante, pois a boca fala da abundância do coração (cf Mt 12, 34). E lembremos sempre: as atuais gerações preferem ouvir testemunhas que mestres (EN 41).
O bom pregador também se põe na escuta do povo para descobrir aquilo que os fiéis mais precisam ouvir: “Um pregador é um contemplativo da Palavra e também um contemplativo do povo” (EG 154). Ele evita pregações de cunho excessivamente negativo e moralizante, mas oferece pistas de esperança e orienta para o futuro.
Ainda convém apresentar uma palavra do Papa Francisco sobre a importância da invocação do Espírito Santo na pregação: “A confiança no Espírito Santo que atua na pregação não é meramente passiva, mas ativa e criativa. Implica oferecer-se como instrumento (cf Rm 12, 1), com todas as próprias capacidades, para que possam ser utilizadas por Deus” (EG 145). O mesmo Espírito Santo que inspirou a Palavra na mente e no coração dos escritores sagrados, nos primórdios da Igreja, continua a agir em cada evangelizador que se deixa possuir e conduzir por Ele.
A Palavra de Deus mereça atenção especial, seja em nosso estudo, em nossas celebrações, assim como no anúncio missionário. Tenhamos cuidado particular com o espaço onde a Bíblia ou o Lecionário são colocados (Ambão ou Mesa da Palavra); os leitores e os responsáveis pela homilia estejam devidamente preparados para seu ministério e, sobretudo, tenhamos sempre coração aberto para acolher a Palavra em nossa vida. Fonte: http://www.cnbb.org.br
DEUS FAZ JUSTIÇA? Frei Petrônio.
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Argentina. Padres comunicadores alternativos
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“As cartas, que não são dirigidas exclusivamente aos católicos, transformaram-se em uma experiência de comunicação alternativa digna de ser analisada na perspectiva religiosa, certamente, mas também na perspectiva de quem se ocupa dos temas da comunicação”, escreve Washington Uranga, jornalista, em artigo publicado por Página/12, 12-10-2016. A tradução é d e André Langer.
Eis o artigo.
Há quase nove meses, o chamado Grupo de Padres na Opção pelos Pobres começou a publicar quinzenalmente uma Carta ao Povo de Deus na qual fazem um apanhado de informações nacionais de toda ordem e aproveitam para expor suas opiniões sobre a situação do país. O Grupo de Padres na Opção pelos Pobres é formado por sacerdotes católicos que trabalham em meios populares e costumam expressar-se com autonomia em relação à instituição eclesiástica e suas autoridades.
As cartas, que não são dirigidas exclusivamente aos católicos, transformaram-se em uma experiência de comunicação alternativa digna de ser analisada na perspectiva religiosa, certamente, mas também na perspectiva de quem se ocupa dos temas da comunicação.
“Pouco antes de o governo do Mudemos completar dois meses (começo de fevereiro) estávamos preocupados com a falta de informação”, afirma o Pe. Eduardo de la Serna, coordenador do Grupo de Padres na Opção pelos Pobres, em conversa com Página/12 sobre a iniciativa. “As vozes da oposição eram muito poucas e o aparato midiático de publicidade era muito forte”, disse. E relata que “um grupo de padres reuniu-se nesse momento em Berazategui, em uma paróquia, para ver o que se podia fazer e dizer... e surgiu a ideia de escrever uma carta quinzenal – que chamamos “ao Povo de Deus” – informando aqueles que quisessem ouvir algumas coisas que aconteciam e não recebiam a devida importância”.
Por que agora e não antes?, pergunta-se a ele. “Não negávamos que aconteciam coisas em tempos anteriores, mas havia centenas de vozes que informavam sobre isso, ou – com frequência – deformavam. Antes não faltavam vozes que mostrassem coisas questionáveis do governo anterior”, afirma o sacerdote.
E lá já vão 17 edições da Carta ao Povo de Deus e nelas se pode encontrar um compêndio de informações e vozes que não têm repercussão no sistema midiático. Com o passar do tempo, a carta também cresceu em extensão devido às informações que os padres recolhem aqui e ali entre seus fiéis, mas também pela contribuição de organizações e grupos que apreciam a existência deste canal aberto de comunicação alternativa. As cartas são cada vez mais longas. A última tem 17 páginas.
“A questão seguinte que nos propusemos foi não nos preocuparmos com a extensão da carta”, disse De la Serna, sabedor de que os textos excessivamente longos dificilmente conseguem espaços nos meios de comunicação. “É do conhecimento de todos que a extensão atenta contra a leitura, mas orientou-nos o exemplo de dom (Óscar) Romero(arcebispo salvadorenho assassinado no dia 24 de março de 1980) que domingo a domingo, pela rádio diocesana (ou outras quando as bombas interrompiam o sinal), informava a todos sobre tudo o que acontecia na semana anterior em termos de violações dos direitos humanos, em atentados, no que atingia os pobres”.
Está claro que o propósito do Grupo de Padres na Opção pelos Pobres não é aparecer principalmente nos meios massivos de comunicação, mas serem lidas, nas redes sociais, na forma impressa e circulando de mão em mão, nas capelas e paróquias. Para muitos, estas cartas são documentos que servem para debater a realidade do país na perspectiva dos pobres.
“As homilias de Romero eram longuíssimas, o contrário do que se espera de uma homilia, mas o país inteiro parava para ouvi-lo. Ter uma voz profética foi o critério, provavelmente pouco jornalístico”, acrescenta a este respeito o coordenador do Grupo de Padres na Opção pelos Pobres.
Também existe o cuidado para que a informação seja veraz e comprovada. “Nos comunicamos nas redes para que toda a informação, devidamente checada, pudesse ser reunida para depois distribuí-la por temas na carta”, sustenta o sacerdote.
Não se recusa o debate e o posicionamento político. “Há alguns temas que são recorrentes, especialmente porque nos negamos ao esquecimento, como a prisão política e injusta de Milagro Sala e seus companheiros e companheiras e o escândalo dos Panamá Papers”, assegura De la Serna.
Nem ele nem os demais companheiros sacerdotes seus desconhecem a importância política e comunicacional do que estão fazendo. “Sabemos que as cartas têm uma grande importância. Fiéis ou não, de diferentes grupos e regiões, tomam-nas como ponto de referência. E isso incomoda o Governo. Incomoda e infectaram com trolls os nossos espaços, ou inclusive nos perseguiram, ou mesmo apareceu gente ‘mordida’ ou simpática para nos encantar, seduzir e fazer ‘pisar na bola’”, avaliou.
“Sabemos que o Governo e seus amigos estão incomodados, como vemos em algumas reações e publicações. Um Governo que segue tentando calar todas as vozes possíveis, espiar jornalistas, não pagar pauta publicitária, mostra todo o seu autoritarismo, e como padres, a partir da Palavra de Deus e olhando a realidade, ‘com um ouvido no Evangelho e outro no coração do povo’, seguimos decididos a fazer ouvir a nossa voz”, concluiEduardo de la Serna. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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