SANTORAL CARMELITANO- 09 DE JANEIRO: Santo André Corsini, Bispo Carmelita.
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Nascido em Florença, no final do século XIV. Seus pais, Nicolau e Corsini Gema degli Stracciabende pertenciam a famílias da aristocracia da cidade. Eles tiveram doze filhos.Ainda muito jovem, ingressou na Ordem do Carmo e se propôs em observar a mais estrita observância da Regra Carmelita. Distinguiu-se pelo seu amor fraterno, austeridade e rigor na penitência. Como provincial, soube manter o espírito religioso da disciplina, o culto da pobreza e da oração e observância da Regra, cuidando especialmente da formação dos jovens segundo o espírito e tradição da Ordem infundindo a todos o zelo apostólico. Durante a peste que assolou a região, se entregou com heroísmo ao cuidado dos enfermos.
No ano 1349 foi nomeado bispo de Fiesole, diocese perto de Florença, onde logo se revelou suas qualidades de bondade e sabedoria com que o Senhor tinha o abençoado. Escolheu para ele, em seu palácio, uma cela reservada, onde ele dormia em uma cama de ramos e onde passava longas horas da noite em oração.
Seus biógrafos apresentam-no como bispo muito leal a Santa Sé. Ele se entregou totalmente à sua diocese. Defendeu com firmeza e fidelidade o patrimônio da Igreja, advogando que os bens da Igreja são dos pobres. Zeloso e reformador da fé e dos costumes. Consciente do principal oficio do ministério sacerdotal, que é adorar a Deus e evangelizar as pessoas conduzindo-os para Deus.
O papa lhe confiava, com frequência, importantes missões para resolver conflitos, e tentar apaziguar queixas ou visitar mosteiros relaxados.
Ele morreu em 6/1/1374.
Em seu túmulo, que é mantido na Basílica del Carmen, em Florença, foi gravado este epitáfio: “Admirável pelo exemplo da sua vida e sua eloquência”
Seu culto começou após a sua morte, mas a solenidade da sua canonização foi em 29/4/1629.
Na Basílica de São João Laterano, Roma, existe uma linda capela dedicada a ele desde 1734
Sua festa é celebrada em 9 de janeiro.
Sua Espiritualidade
Este santo é um dos mais dedicados filhos do Carmelo, proposto pelo Papa Urbano VIII, ao canoniza-lo, como um modelo para bispos e superiores.
Amante da sua Ordem, cujo hábito cujo hábito nunca deixou de vesti-lo mesmo como bispo, para indicar que ele queria viver e morrer como um autêntico religioso carmelita.
Rezava todos os dias, além do ofício divino, os sete salmos penitenciais e as orações dos santos, disciplinando-se em sua continuação. Sua abstinência foi perpétua e sua comida, apesar de pouca, era frequentemente partilhada com os pobres.
Professava particular e filial devoção à Virgem, reconhecia que ela tinha o tinha salvado da corrupção do mundo sedutor e que devia tudo a sua proteção maternal.
Verdadeiro “Mensageiro e Anjo de Deus”, como disse seu primeiro biógrafo, um defensor da paz em Florença e Bolonha, um trabalhador incansável pela salvação das almas.
Sempre soube combinar a sua caridade e benevolência com o zelo incansável pela santificação do clero. foi a força dos justos com a ternura de um pai. Assim, foi capaz de ver introduzidas na sua diocese uma florescente reforma. Tudo, graças a um enorme trabalho pastoral, uma vida regular de oração e de uma forma mais austera do que o comumente se vivida no claustro. Ele sempre foi uma estrela guia e pregador incansável a revelar os erros e vaidades do mundo. Seu discurso atingia os corações e muitos vinham de longe para ouvi-lo.
Sua mensagem
Que nos convertamos de lobos em cordeiros.
Que pratiquemos a virtude da humildade.
Que vivamos o amor com os pobres.
Que o zelo pelo reino de Deus abrase nossos corações.
Oração:
Senhor, Tu disseste que aqueles que trabalham pela paz serão chamados filhos de Deus; por intercessão de Santo André Corsini, admirável artífice da concórdia, concede-nos entregar-nos sem descanso a instaurar no mundo a justiça que pode garantir aos homens uma paz firme e verdadeira. Amém. Fonte: http://fradescarmelitas.org.br
Herodes e o menino
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"Em outros tempos a Igreja católica não ficaria em silêncio diante de um crime como o cometido contra o menino Kaingang Vitor. esse. A nota do CIMI seria acompanhada de uma nota dos bispos e repercutiria por dezenas de milhares de comunidades de base de todo o Brasil. Celebraríamos os Reis magos, com certeza, mas não deixaríamos em silêncio o crime cometido por Herodes apenas uma semana antes. Pediríamos perdão por não termos evitado, com uma legislação e uma educação corretas, o preconceito contra os povos indígenas e nos comprometeríamos com os Santos Reis a tomar outro rumo nos caminhos da história", escreve Pedro A. Ribeiro de Oliveira, sociólogo, professor na PUC-MG.
Eis o comentário.
Nesse dia seis de janeiro, ao celebrar com a Folia de Reis a visita dos Magos ao menino que amedrontou Herodes, me veio o gosto amargo da derrota sofrida em Imbituba, há apenas uma semana: Herodes mandou degolar mais um menino. Com o requinte de crueldade de ser a criança atacada justamente onde nos sentimos maior segurança – o colo materno.
Se Vitor fosse branco e estivesse com a família em uma praça do Rio ou São Paulo, o crime hediondo estaria em todos os noticiários e provocaria repulsa maior do que as fotos de prisioneiros prestes a serem degolados por terroristas do Estado Islâmico. Mas Vitor é Kaingang e só foi morto porque índio não tem valor para a sociedade capitalista. Não se sabe até o momento de quem é a mão que passou o estilete mortal na garganta do menino. Sabemos, porém, quem são os mandantes do assassinato: grandes proprietários e proprietárias de terra que não respeitam o direito dos Povos Indígenas a terem seu próprio modo de produção e de consumo. Tal como o Herodes bíblico, eliminam até mesmo crianças que possam um dia ameaçar seu poder econômico.
Em outros tempos a Igreja católica não ficaria em silêncio diante de um crime como esse. A nota do CIMI seria acompanhada de uma nota dos bispos e repercutiria por dezenas de milhares de comunidades de base de todo o Brasil. Celebraríamos os Reis magos, com certeza, mas não deixaríamos em silêncio o crime cometido por Herodes apenas uma semana antes. Pediríamos perdão por não termos evitado, com uma legislação e uma educação corretas, o preconceito contra os povos indígenas e nos comprometeríamos com os Santos Reis a tomar outro rumo nos caminhos da história. O sofrimento daquela pequena família Kaingang ao ver seu filho caçula esvaindo-se em sangue deveria dar um sentido mais realista à celebração da Epífania: aprender com os Santos Reis da bela tradição popular, a ver naquela criança degolada o anúncio da Libertação dos Povos Indígenas.
Que neste ano da Misericórdia, ao passar pela porta do jubileu e entrarmos numa igreja, sejamos chamados à conversão e saiamos pela mesma porta para assumir a defesa da Vida das crianças Kaingang, Kayová, Mundurucu e de todos os outros povos que há quinhentos anos querem nos ensinar a viver em Paz com eles. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
2016- ANO ELIANO MISSIONÁRIO: Elias, o homem do deserto.
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Frei Carlos Mesters, Carmelita.
A experiência do deserto marcou a vida de Elias. Ele enfrentou o deserto de Karit (1 R 17,5), o deserto de Beersheba (1 R 19, 4), o deserto de Horeb (1 R 19,8). Deserto, não só como lugar geográfico, mas também como experiência interior. Tanto a profecia como a mística são elementos constitutivos da missão do povo de Deus que se refazem no deserto.
O deserto era o lugar da origem do povo, da volta às fontes, onde se recuperavam a memória e a identidade; o lugar para onde o povo escapou para a liberdade, onde morreram os restos da ideologia do faraó, e onde o povo se reorganizou; o lugar da longa caminhada, quarenta anos, onde morreu uma geração inteira; o lugar do murmúrio, da luta, da tentação e da queda; o lugar do namoro, do noivado, da experiência de Deus, da oração.
O deserto fez Elias se reaproximar da origem do povo. Os 40 dias lembram os 40 anos. No deserto Elias experimentou os seus próprios limites. Não chegou a perder a fé, mas já não sabia como usar a fé antiga para enfrentar a situação nova. Foi o momento de viver e sofrer a crise do próprio povo. Por isso mesmo, ao superar a sua crise pessoal e ao reencontrar a presença da Deus para si mesmo, ele estava redescobrindo o sentido de Deus para a vida do povo.
A experiência do deserto marcou para sempre a vida dos primeiros eremitas do Monte Carmelo. Saindo da Palestina, levaram o deserto consigo, dentro de si. Vivendo na Europa, reencontraram o deserto, não na vida regular dos grandes mosteiros independentes e auto-suficientes, longe das cidades, mas sim na vida pobre dos Mendicantes nas periferias da grandes cidades.
2016- Ano Eliano Missionário. Círculo Bíblico: O Profeta Elias.
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Tema: Onde encontrar os sinais de Deus na vida?
Frei Carlos Mesters, O. Carm.
Abertura Inicial
- Um canto para começar
- O animador acolhe o pessoal
- Invocar a luz e a força do Espírito Santo
PARTIR DE UM FATO DA VIDA
Neste círculo vamos refletir sobre o Profeta Elias. No título está escrito: "O profeta Elias: onde encontrar os sinais de Deus na vida?" às vezes imaginamos os Santos e os Profetas como pessoas que nunca tiveram momentos de fraqueza e de escuridão. Foi exatamente o contrário! Como todos nós, eles passaram por momentos difíceis e de grande desânimo, em que Deus parecia estar ausente. É sobre isto que vamos refletir e rezar neste Círculo Bíblico.
A pergunta é esta: "Onde encontrar os sinais de Deus na vida?" Há muitas respostas. Nem todas iguais. Antes de darmos a nossa resposta, vamos ouvir algumas das respostas dos outros:
- "Deus fala pela Bíblia, pela Igreja, pelas pessoas santas!”
- "Fecho os olhos, faço silêncio e o escuto dentro de mim!"
- "Quando um pobre bate na porta, eu digo: É Deus que chama!"
- "Sinto Deus nas festas bonitas, nas procissões e romarias"
- "Para mim, Deus está em todo canto, sempre, em tudo e todos!"
- "Praia, mar, montanha, pôr do sol: tudo me fala de Deus!"
Vamos conversar sobre este assunto e aprender uns dos outros:
- O que pensar de cada uma destas respostas?
- Qual a resposta que nós damos a esta pergunta?
MEDITAR A PALAVRA DE DEUS: 1 Reis 19,1-14
Vamos agora ouvir a Palavra de Deus. A leitura do Texto da Bíblia é um momento solene. É Deus quem nos dirige a Palavra. Por isso, vamos abrir o coração para Ele, cantando um canto de aclamação.
Para introduzir a leitura. O texto que vamos ouvir descreve como Elias ficou com medo e fugiu. Procurou Deus no terremoto, no fogo e na tempestade, e não o encontrou. Deus se fez presente de maneira bem diferente do que Elias imaginava. Enquanto formos ouvindo a leitura, fiquemos com esta pergunta na cabeça: "Como se deu o encontro entre Deus e Elias?"
LEITURA DO TEXTO DA BÍBLIA: 1 REIS 19,1-14
Momento de silêncio para a Palavra de Deus poder calar em nós.
Vamos descobrir o que Deus nos tem a dizer por meio deste texto:
- O que você sentiu dentro de você ao ouvir esta história?
- Como se deu o encontro entre Deus e Elias?
- Conte como se deu o encontro entre Deus e você
- Como este texto ilumina o problema que discutimos no início?
CELEBRAR A PALAVRA DE DEUS
Jesus também teve momentos muito difíceis. Foi no Horto das Oliveiras e na Cruz. Vamos unir-nos a Ele e expressar em forma de prece as intenções e sentimentos que neste momento estão no nosso coração.
Aqui, na presença de Deus, vamos formular e assumir juntos um compromisso de praticar a Palavra que ouvimos e meditamos. Vamos rezar o Salmo 22 que Jesus rezou quando estava na Cruz. Ele nos revela os sentimentos de Jesus na hora de morrer. Podemos concluir com uma dezena do terço ou com um canto.
MAÍSA MIRANDA: São Pedro Tomás.
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SÃO PEDRO TOMÁS, Bispo Carmelita e Patriarca Latino de Constantinopla (século XIV)
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Nasceu, segundo registros antigos, em Salimaso de Thomas, diocese de Sarlat; outros creem que talvez tenha sido em Lebreil, parte do município de Salas de Belvés (Dordonya). Seu pai era agricultor; empenhou-se a estudar em Monpazier, vivendo da caridade e ensinando aos outros mais jovens. Foi a Agen e voltou a Monpazier em 1325. Atraído pela Ordem do Carmelo, estudou um ano em Leitora e, aos 21 anos de idade, ingressou na Ordem, fazendo o noviciado em Cordom ou Bergerac.
Professou em Bergerac e estudou dois anos, passando depois a Agen e Bordeus. Ensinou lógica e filosofia em Albi. Também deu aulas em Paris. Voltou a Aquitânia em 1345, quando foi eleito procurador geral da Ordem; depois de acabar os estudos de teologia em Paris, onde obteve o grau de mestre em 1348, foi à corte do Papa Clemente VI, em Avinhão, e fez a oração fúnebre em seu funeral.
Atividade Diplomática como Conciliador de Conflitos e Representante do Santo Padre
Conhecido por sua habilidade diplomática e sua oratória, ajudou aos Papas seguintes como seu representante, intentando resolver conflitos entre reis cristãos, a unificação das Igrejas Católica e Ortodoxas e a união para combaterem contra os muçulmanos.
Foi delegado papal em negociações com Gênova (1352, para conseguir a paz com Veneza), Milão e Veneza. Em 1354 foi nomeado bispo de Patti e Lipari e representou o papa na coroação de Carlos IV de Luxemburgo. Em Serbia, em 1356, intentou acalmar o conflito entre Veneza e Hungria.
Entre 1357 e 1359 foi enviado a Constantinopla, onde recebeu o apoio de nobres e do próprio João V Paleólogo para a unificação das Igrejas Católica e Ortodoxa. Foi a Chipre e empreendeu uma peregrinação à Terra Santa, voltando depois à Sicília e Chipre. Em 1359 foi enviado com as tropas como Delegado Universal à Igreja do Oriente e bispo de Corinto, com a mesma missão de combater aos turcos, aliado com Veneza, Chipre e os cavaleiros da Ordem de Malta. Em Chipre, coroou Pedro I de Chipre como rei de Jerusalém.
Concebe a ideia de uma nova cruzada e marcha para pedir ajuda ao Ocidente, aproveitando para por paz em um conflito entre Milão e Roma. Em 1363 foi nomeado arcebispo de Creta e, em maio de 1364, Patriarca Latino de Constantinopla (era um título simbólico, sem jurisdição real) e legado papal de Urbano V, sucedendo ao cardeal Talleyrand. Nesse mesmo ano foi cofundador da Faculdade de Teologia da Universidade de Bolonha. Preocupou-se em consolidar a paz entre os reis cristãos e de trabalhar pela união das Igrejas, convertendo-se em um precursor do ecumenismo. Entre suas missões diplomáticas, levou uma vida austera e modelar, preocupado pela evangelização dos povos e a caridade para com os mais necessitados.
Apesar dos altos cargos que exerceu, nas suas viagens Frei Pedro Tomás procurava sempre, como residência, os conventos dos seus irmãos carmelitas, vivendo ali como irmão e com os irmãos de Nossa Senhora do Carmo a vida normal da comunidade, segundo a Regra.
Com Pedro I de Chipre, participou na cruzada contra Alexandria em outubro de 1365, que foi tomada, porém, imediatamente abandonada, por medo de um contra-ataque turco. A tradição diz que em um dos ataques das tropas cristãs o bispo foi ferido com uma flecha e morreu em Chipre três meses depois, em 06 de janeiro de 1366. Por isso era tido como “mártir”.
Na realidade, voltou a Famagusta são e salvo, porém, enquanto preparava uma viagem até Roma, enfermo “de um catarro” e muito magro (“reduzido à pele e ossos”, conforme relatos da época), morreu em um convento carmelita de sua cidade no dia 6 de Janeiro de 1366. Apesar de ser bispo pediu que o levassem para sua última morada vestido com o hábito da Ordem. Fonte: http://santosebeatoscatolicos.blogspot.com.br
8 DE JANEIRO-SANTORAL CARMELITANO: SÃO PEDRO TOMÁS, BISPO. Festa na OC. Memória na OCD
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Nasceu na França por volta de 1305. Tendo exercido o cargo de procurador geral da Ordem junto da Cúria pontifícia em Avinhão e depois o de pregador apostólico, em 1354 foi nomeado Bispo de Patti e Lipari.
Desempenhou funções de legado pontifício junto de Reis e Imperadores do tempo com o objectivo de consolidar a paz e promover a união com as Igrejas Orientais. Em 1364 foi nomeado Patriarca latino de Constantinopla. Os seus esforços em favor da unidade da Igreja fazem deste Santo uma figura ecuménica do séc. XIV. Morreu em Famagusta (Chipre) em 1366.
ORAÇÃO
Senhor, Deus da paz, que concedestes ao bispo São Pedro Tomás a força do vosso Espírito para estabelecer a paz e promover a unidade dos cristãos, concedei que, pelo seu exemplo e intercessão,testemunhemos a integridade da fé e vivamos unidos pela integridade da fé e pelo vínculo da caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Papa falará aos católicos uma vez por mês por meio de mensagens de vídeo
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Francisco dá início, nesta quarta-feira, a uma iniciativa para promover a oração. Bergoglio falará sempre em espanhol. A reportagem é de Pablo Ordaz, publicada por El País, 06-01-2016.
A partir desta quarta-feira, o papa Francisco falará aos fiéis uma vez por mês por meio de mensagens de vídeo gravadas em espanhol e distribuídas pelas redes sociais. Jorge Mario Bergoglio já havia gravado mensagens de vídeo em ocasiões especiais — às vésperas das viagens a Cuba e à África, e durante um congresso de teologia em Buenos Aires —, mas agora tomou a decisão de fazer dessas mensagens um canal de comunicação direto com os católicos.
No primeiro vídeo, de um minuto e meio de duração, o Papa apela ao diálogo entre as religiões para buscar a paz e a justiça, “Muitos pensam de forma diferente, sentem de forma diferente, buscam Deus ou encontram Deus de maneira diferente (...). Confio em vocês para divulgar o meu pedido deste mês. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de várias religiões traga frutos de paz e de justiça”.
De acordo com o jesuíta Frederic Fornos, diretor internacional do Apostolado da Oração, a iniciativa se destina “a todas as pessoas que quiserem se juntar pela oração às intenções do Papa, a rezar com ele para os desafios da humanidade”. Apesar de Bergoglio falar sempre em espanhol, os vídeos, que serão gravados pelo Centro Televisivo Vaticano, estarão disponíveis em 10 idiomas e serão distribuídos através do Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.
A última vez que o papa gravou uma mensagem de vídeo foi na véspera de sua viagem à África. Na segunda-feira 23 de novembro, as televisões do Quênia, Uganda e República Centro Africana transmitiram uma gravação em que Bergoglio chamava “à reconciliação e à paz”. Dois meses antes, a televisão cubana também transmitira um vídeo em que Francisco se dirigia aos cubanos diante de sua iminente visita: “Vou como um missionário da misericórdia, da ternura de Deus (...). Que todo o mundo saiba que Deus sempre perdoa”.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o jesuíta Frederic Fornos se referiu à decisão de Francisco gravar as mensagens em espanhol e não em italiano, a língua oficial da Santa Sé: “É bonito ouvi-lo falar na sua língua. Naturalmente, será feita a tradução para outras línguas, pois, além disso, seria difícil que ele falasse em chinês ou em árabe, mas preferimos que ele fale em sua própria língua, a do seu coração, da oração, da sua intimidade com o Senhor”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
FONTE DE INSPIRAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE CARMELITANA: Profeta Elias.
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A experiência original dos carmelitas, até o século XV, tem como fontes de inspiração e de vida duas personalidades bíblicas: pela sua “presença” no monte Carmelo – Elias, pela sua presença de “senhora do lugar” na capela a ela dedicada – Maria. Juntam-se a Jesus (centro) e à fraternidade (evangelho).
A IMITAÇÃO DE ELIAS: O ser carmelitano, nascido no monte Carmelo, é marcado profunda e originalmente pelo exemplo de Elias, que se torna mestre e modelo da vida consagrada de forma especial à perfeição evangélica e à oração contemplativa. Os carmelitas destacam nele a vida de oração e a contínuo viver na presença de Deus (totalidade do amor divino); a pureza do coração e a castidade; a pobreza de habitante do deserto, a solidão e as práticas de penitência. <> Biblicamente, conhecemos Elias no significado do seu nome: “Meu Deus é o Senhor”, O profeta defendeu a religião judaica da época contra a influência da religião de Baal.
O impacto do ser e do agir de Elias marcou profundamente a vida e a mente do povo (cf. 1e 2 RS). As narrativas do “ciclo eliano” fazem despontar cinco atitudes que caracterizam o profeta: defensor e restaurador do monoteísmo contra o politeísmo; questionador do poder régio em coisas da religião e da sociedade; discrição humana que se mostra no mistério do aparecimento em público e na conclusão de sua vida; fé de quem fala face a face com Deus e é capaz de silenciar pela vida solitária; artífice da paz... Ver também ECLO 48, 1-11; ML 3,22-24; MC 9,9.
A necessidade jurídica de ter um fundador - personificação do ideal de vida – fez nascer entre os carmelitas a consciência de serem “filhos de Elias”, considerando-se seus “sucessores”. Tal consciência evoluiu para o sentido de que Elias é realmente “modelo de união com Deus e vida contemplativa”, acrescentando-se o aspecto de sua exemplaridade como “profeta de singular atividade apostólica, a serviço do povo”, chegando a declará-lo “chefe e pai”.
*CONSOLIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO ESPIRITUAL CARMELITANO. PERÍODO: DO SÉCULO XIII (REGRA) AO SÉCULO XVI (REFORMA).
*ORDEM DO CARMO: As figuras de Elias e Maria
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Livro VI, cap. 5: centralização sobre esses dois caracteres da Ordem. Moldura disso: a relação ”Elias ß> Maria”, nó teológico importantíssimo e fator que acompanha a caminhada carmelita: a imitação recíproca. Ribot garimpa ideias em textos bem anteriores ao seu. Fator de exemplaridade e internalização de ambos como patrimônio carmelita. “Conditio sine qua non” para a relação de fraternidade entre Maria e os frades.
A passagem do AT para o NT não é vista como ruptura, mas indicação de fraternidade com a Virgem, o que torna mais válida sua imitação, pois esta é antecipada e fundamentada na Encarnação (Hb 1, 1-3). De Elias ( presença em Mt 17, 3 e paralelos) se vai a Cristo, cuja encarnação engrendece Maria e a Igreja.
* ASPECTOS MARIANOS DO LIVRO “DE INSTITUTIONE”, AUTOR: FELIPE RIBOT († 1391). Autor do artigo: Lucas M. di Girolamo, OSM, Revista CARMELUS, 52, 1, 2005)
MISSA NA COMUNIDADE CAPIM: Convite.
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Um Deus assassino e em fuga na capa do próximo ‘Charlie Hebdo’
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O semanário Charlie Hebdo lançará uma edição especial dupla na quarta-feira por ocasião do primeiro aniversário do atentado contra sua redação no qual morreram 11 pessoas. Fiel à defesa feroz da laicidade e ao seu anticlericalismo, a capa mostra um Deus barbudo em fuga, manchado de sangue, com um fuzil Kalashnikov pendurado no ombro e a manchete: “Um ano depois, o assassino continua solto”. A capa vem acompanhada por um incisivo editorial de seu atual diretor, o cartunista Riss, no qual faz a seguinte advertência: “Não são dois idiotas encapuzados que vão jogar por terra o trabalho de nossas vidas”. A reportagem foi publicada por El País, 04-01-2016.
“As convicções dos ateus e dos laicos podem mover muito mais montanhas do que a fé dos crentes”, escreve Riss, que ficou ferido no ataque de 7 de janeiro do ano passado e também autor da capa. Denuncia os “fanáticos embrutecidos pelo Corão” e os “oriundos de outras religiões” que desejaram a morte do sempre irreverente semanário por “ter se atrevido a rir da religião”. Desde a publicação das caricaturas de Maomé, em 2006, escreve ele, “muitos esperavam que um dia alguém nos colocasse no nosso lugar (...) que nos matassem”. E recorda os problemas financeiros do semanário. “Todos os anos nos surpreendíamos por continuarmos vivos”.
O próprio Riss admite que haviam subestimado o risco de um ataque físico. “Um mês antes do 7 de janeiro perguntei a Charb [diretor da publicação assassinado] se a sua proteção continuava a ter sentido. A história das caricaturas era algo do passado (...) Mas um crente, especialmente um fanático, jamais esquece a afronta à sua fé porque tem a eternidade atrás e diante de si (...). A eternidade caiu em cima de nós como um raio naquela quarta-feira, 7 de janeiro”.
Riss lembra o “imenso silêncio” que invadiu a redação naquela manhã depois do “barulho ensurdecedor de cerca de 60 tiros em três minutos”. Foi esse silêncio que confirmou a morte de seus companheiros, entre eles Charb e os veteranos cartunistas Cabu e Wolinski. “Quando finalmente um bombeiro me ajudou a levantar, depois de ter tido de passar por cima do corpo de Charb caído ao meu lado, evitei dirigir o olhar para a redação para não ver os mortos do Charlie. Para não ver a morte do Charlie”.
“Como fazer um jornal depois de tudo isso? O que vivemos há 23 anos é o que nos dá a coragem” para continuar, diz. “Não são dois idiotas encapuzados que vão jogar por terra o trabalho de nossas vidas. Não são eles que verão o Charlie morrer. É o Charlie que vai vê-los morrer”, conclui.
A edição especial terá uma tiragem de um milhão de exemplares, dos quais dezenas de milhares serão distribuídos no exterior, com 32 páginas em vez das habituais 18. A edição inclui um caderno de desenhos dos assassinados Cabu, Wolinski, Charb, Tignous e Honoré, e artigos da ministra da Cultura, Fleur Pellerin, das atrizes Juliette Binoche, Isabelle Adjani e Charlotte Gainsbourg, de intelectuais como a feminista Elisabeth Badinter, da bengali Taslima Nasreen, do norte-americano O Russel Banks e do músico Ibrahim Maalouf. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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