Bombeiros: há mortos e feridos em Brumadinho. Autoridades vão ao local
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Para comandante dos Bombeiros, tragédia em Brumadinho será maior do que a der Mariana
O Corpo de Bombeiros confirmou no início desta tarde que pelo menos três pessoas morreram e 200 ficaram feridas após o rompimento de uma barragem de resíduos de minérios no município de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. Tanto o número de mortos quanto o de feridos devem subir no decorrer das próximas horas.
Segundo o Ministério da Saúde, há 150 leitos hospitalares montados em Brumadinho para amenizar os efeitos da tragédia. O equipamento deverá ser necessário. De acordo com o tenente-coronel Eduardo Ângelo Gomes, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres, se suas suspeitas forem confirmadas, a tragédia desta sexta-feira será maior do que a ocorrida quando outra barragem da Vale, em Mariana (MG), também rompeu, em novembro de 2015, deixando 18 mortos e um desastre ambiental sem precedentes no estado de Minas Gerais. O presidente Jair Bolsonaro lamentou, em mensagem no Twitter, o rompimento da barragem na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
“Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional [Gustavo Canuto] e Minas e Energia [Bento Costa Lima], bem como nosso secretário Nacional de Defesa Civil [Alexandre Lucas] para a região afirmou o presidente na rede social. O ministro do Meio Ambiente [Ricardo Salles] também está a caminho. Todas as providências cabíveis estão sendo tomadas. Nossa maior preocupação neste momento é atender eventuais vítimas desta grave tragédia”. A uma rádio de Brumadinho, o presidente disse que não esperava uma tragédia como essa tão cedo, principalmente após o que ocorreu em Mariana (MG), em novembro de 2015.
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas, informou à imprensa que está a caminho do município mineiro. “Uma equipe da Defesa Civil Nacional está se deslocando para a região para apoiar as operações do estado e dos municípios”, disse.
Vale
A Vale, empresa responsável pela barragem, divulgou nota:
“No início desta tarde, ocorreu o rompimento da Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho (MG). A companhia lamenta profundamente o acidente e está empenhando todos os esforços no socorro e apoio aos atingidos.
Havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas. Parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida.
O resgate e os atendimentos aos feridos estão sendo realizados no local pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil. Ainda não há confirmação sobre a causa do acidente. A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais.”. Fonte: www.cartacapital.com.br
Protestos contra governo venezuelano deixam 13 pessoas mortas
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Centenas de milhares de venezuelanos saíram ontem às ruas em todo o país para protestar contra o regime de Nicolás Maduro
Treze pessoas morreram na Venezuela nas últimas 24 horas em protestos contra o presidente Nicolás Maduro, informou a ONG Observatório Venezuelano da Conflitividade Social (OVCS).
As mortes, a maioria por armas de fogo, ocorreram em Caracas e nos estados de Táchira, Barinas, Portuguesa, Amazonas e Bolívar, na fronteira com o Brasil, onde ocorreram saques. Os distúrbios mais violentos ocorreram na noite de terça-feira em Caracas e Bolívar, e prosseguiram nesta quarta em outras regiões do país em um dia de manifestações de opositores e chavistas.
A polícia de choque enfrentou um grupo de manifestantes nesta quarta-feira em um bairro do leste de Caracas, após uma passeata na qual o líder do Parlamento, Juan Guaidó, se proclamou presidente interino da Venezuela.
Os choques começaram quando dezenas de jovens, alguns encapuzados, bloquearam uma importante avenida no bairro de Altamira, e a polícia de choque utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes.
Em Bolívar, uma estátua do finado presidente Hugo Chávez foi queimada por dezenas de manifestantes na cidade de San Félix, por volta da meia-noite de terça. Os protestos desta quarta-feira, que deixaram cerca de 20 detidos, foram a primeira grande queda de braço entre Maduro e a oposição nas ruas, após as manifestações que deixaram 125 mortos entre abril e julho de 2017.
Convocados por Guaidó, os opositores exigiram a saída de Maduro e a convocação de eleições livres por um governo de transição, enquanto os chavistas rejeitaram o golpe de Estado em curso orquestrado por Washington. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
O dia em que o encontro entre indígenas, supremacistas e católicos viralizou nos EUA
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Confronto em Washington entre jovens católicos trumpistas, indígenas norte-americanos e um grupo supremacista negro se transforma em um símbolo da fratura do país e do papel incendiário das redes
O lugar não podia ser mais simbólico: o Monumento a Lincoln, em Washington. E os protagonistas não podiam proceder de galáxias mais afastadas entre si: um grupo de alunos brancos de um colégio masculino católico, manifestando-se contra o aborto; outro de indígenas norte-americanos que marchavam contra as injustiças impostas aos povos nativos do país; e vários membros do grupo afro-americano Israelitas Negros Hebreus, apontado pela ONG Southern Poverty Law Center como um movimento de ódio, supremacista e polígamo, que se considera escolhido por Deus. Estes, segundo as notícias daquele dia, estavam protestando contra um pouco de tudo.
Quando as três manifestações se encontraram na sexta-feira neste local sagrado da história americana – que homenageia o presidente responsável por abolir a escravidão, e onde Martin Luther King pronunciou seu famoso discurso “Eu tenho um sonho” –, ocorreu um confronto que revelou com crueldade as tensões raciais, religiosas e políticas que assolam o país. Qual uma bola de neve, o episódio foi ganhando corpo dia após dia. Tirou metade do país do sério, inflamou o debate sobre os vídeos virais e, claro, provocou uma reação do presidente Donald Trump. O colégio católico suspendeu suas aulas nesta terça-feira devido aos protestos, e pelo menos um dos envolvidos recebeu ameaças de morte.
Os adolescentes, alunos do Colégio Covington, no Kentucky, faziam uma visita à capital dos EUA para participar da grande manifestação anual contra o aborto, a Marcha pela Vida. Um primeiro vídeo mostrou um círculo com dezenas deles, todos brancos, e muitos usando os bonés trumpistas com o slogan “Torne a América Grande Outra Vez”. Zombavam de Nathan Phillips, um idoso da tribo Omaha e veterano da Guerra do Vietnã que se encontrava na esplanada de Washington para engrossar a Marcha do Povo Indígena. Phillips, um ativista calejado, aparecia dançando e tocando um tambor, rodeado de adolescentes que o ironizavam, cantarolavam e riam. Em outro trecho, um dos adolescentes o encara a poucos centímetros de distância, sorrindo de maneira afetada, enquanto o idoso canta e dança.
O ativista contou que os meninos antes haviam gritado frases como “Construa o muro” – o grande lema de Trump contra a imigração irregular – e “Volte para a sua reserva”, algo também mencionado por testemunhas citadas em uma reportagem do The Washington Post, mas que os vídeos não mostram. As imagens dos menores, em todo caso, já exalavam racismo por si sós, e as redes sociais pegaram fogo. Ao longo do sábado, a grande mídia norte-americana ecoou o fato, e os organizadores da Marcha pela Vida emitiram um comunicado condenando as atitudes dos garotos.
No domingo, a narrativa virou. O jovem que protagoniza um dos dois vídeos mais compartilhados, Nick Sandmann, emitiu, por intermédio de um advogado e de uma agência de relações públicas, um comunicado alegando que os menores haviam sido previamente insultados (“racistas”, viados”, “ratos brancos”) pelo grupo dos Hebreus Negros, e que os estudantes então pediram a seus monitores para responderem com coros “em tom positivo”. Foi então, segundo o adolescente, que Phillips apareceu, avançou até eles e encarou Sandmann. “Achei que permanecendo quieto e tranquilo ajudaria a suavizar a situação”, afirmou.
Nesse mesmo dia, de fato, outro vídeo, este de duas horas, publicado no Facebook por um dos membros dos Hebreus Negros, registrava insultos aos garotos, mas também contra os indígenas que protestavam. Os organizadores da Marcha pela Vida divulgaram um segundo comunicado alertando que os novos vídeos mostravam uma história mais complexa do que parecia inicialmente, e que não fariam novos comentários. O deputado Thomas Massie, do Kentucky, defendeu que os garotos, cercados por insultos, evitaram responder e faltar com o respeito aos demais.
A imprensa também mostrou uma reação pendular. “Emerge uma imagem mais completa do vídeo viral do nativo americano e dos estudantes católicos”, titulou o The New York Times. “A encarada viral entre um ancião de uma tribo e um secundarista é mais complicado do que parecia a princípio”, observa o The Washington Post. Meghan McCain, comentarista da ABC, entoou o mea culpa na televisão: “Eu, como muitos, reagi rápido demais”. Os meios conservadores, com a Fox à frente, também saíram em defesa dos adolescentes.
Na verdade, os vídeos posteriores e os insultos do grupo Hebreus Negros aos estudantes não ajudam a explicar as zombarias dos garotos contra Phillips. Mas o relato já havia mudado. “Como destruímos vidas hoje em dia”, escrevia o colunista David Brooks no Times, refletindo sobre o dano à imagem dos menores. Phillips diz que foi ao encontro dos meninos para ouvir seus ataques.
Todo o episódio resume a atmosfera polarizada dos Estados Unidos, a tensão racial e o caráter maleável das narrativas na era das redes sociais e da informação instantânea. O jovem Sandmann diz que começou a receber ameaças de morte. A escola decidiu suspender as aulas nesta terça (a segunda-feira foi feriado) para evitar problemas decorrentes de alguns protestos convocados diante da instituição de ensino. Pela manhã, Trump entrou na história: “Nick Sandmann e os alunos do Covington se tornaram símbolos de como essa mídia mentirosa pode ser nociva. Chamaram a atenção do mundo, e sei que mesmo assim usarão isso para fazer o bem, talvez para unir as pessoas. Começou como algo desagradável, mas pode acabar como um sonho”, escreveu no Twitter, em um ataque contra um de seus inimigos prediletos. Fonte: https://brasil.elpais.com
Estudo aponta o registro de 107 casos de feminicídios em 2019
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Segundo levantamento realizado por Jefferson Nascimento, professor e doutor em Direito Internacional, 68 casos foram consumados e houve mais 39 tentativas
Em apenas 21 dias, o ano de 2019 já registrou, até o momento, 107 casos de feminicídios, o que representa uma média de cinco por dia. A pesquisa foi realizada por Jefferson Nascimento, professor e doutor em Direito Internacional pela USP. Ele tomou como base o noticiário nacional, de acordo com informações de Pedro Capetti e Renato Grandelle, do Extra.
Conforme indica o levantamento, 68 casos foram consumados e houve mais 39 tentativas. Há registros de em pelo menos 94 cidades, distribuídas por 21 estados. Com base dos dados de Nascimento, mais de metade dos episódios (55%) ocorreram entre sexta-feira e domingo.
Bila Sorj, professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atribui o altíssimo índice de feminicídios à resistência dos agressores em aceitar as transformações da sociedade.
“Nas últimas décadas, os homens não se transformaram na mesma proporção que as mulheres, há uma diferença cada vez maior na forma como eles e elas pensam o mundo. As mulheres ganharam autonomia para fazer suas próprias escolhas. Querem que o casamento seja uma relação negociada, e não a palavra final do marido. O feminicídio é resultado da incapacidade dos homens de aceitarem essas mudanças”, avalia. Fonte: www.revistaforum.com.br
Estamos correndo perigo
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Violência doméstica tornou-se um caso de segurança pública
Luiza Brunet
O ano começou com 33 assassinatos de mulheres nos primeiros 11 dias. A manchete do
GLOBO (“A escalada do feminicídio”, no sábado, 12) estampa uma realidade assustadora e dolorosa. Vivemos uma epidemia de violência contra a mulher. Feroz e sistêmica. Os casos aumentam aceleradamente. Essa tragédia ultrapassou todos os limites. Esqueça bordões como “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. A questão não é mais de foro íntimo. A violência doméstica tornou-se um caso de segurança pública.
Além das 33 mortes, foram registradas outras 17 tentativas de assassinato após a virada do ano. Em 2018, a Central de Atendimento à Mulher (o Ligue 180) registrou 92.323 denúncias. Crimes contra mulheres cometidos por maridos ou ex-maridos chocam. São cruéis e covardes. Elas foram atacadas por pessoas que, um dia, amaram e nas quais confiaram.
Medidas protetivas não foram suficientes para salvar Tamires, Marcelle, Iolanda, Maria, Elizângela e outras mulheres que perderam suas vidas, talvez depois de terem desejado feliz Ano Novo aos companheiros que as mataram com facadas, tiros, socos e marteladas. Casos de feminicídios registrados em 2019 já tinham antecedentes. Quantas outras Tamires, Marias e Elizângelas serão mortas, agredidas e ameaçadas nas próximas horas? Atenção. Estamos correndo perigo.
Há urgência. É preciso unir policiais, promotores, juízes, governantes. Mulheres e homens. É fundamental que a sociedade abrace essa causa. Todos devem trabalhar para formar uma grande rede de segurança para a mulher. O novo governo deve se posicionar. O Ministério da Justiça e o Congresso Nacional precisam priorizar essa pauta. Medidas mais duras e emergenciais são necessárias. É imprescindível aparelhar as mulheres com instrumentos mais eficazes de denúncia e de proteção. Os sistemas de fiscalização e vigilância precisam funcionar.
Uma campanha de conscientização e prevenção de violência doméstica deve ser deflagrada. Que seja dirigida às mulheres, para que saibam como se defender. Mas também deve focar os homens, para que repensem seus atos violentos. Penalizar o agressor significa mostrar que ele deve ser responsabilizado. Mas não basta a repressão. É preciso um trabalho para mudar o comportamento.
A violência contra a mulher tem raízes nas sociedades patriarcais. O machismo deixa rastros macabros no século 21. A Lei Maria da Penha, que completará 13 anos, foi um passo importantíssimo. Mas é preciso mais. A legislação penal deve ter mais rigor, com penas mais elevadas. É preciso uma legislação processual mais rígida. Que seja instituída a impossibilidade de fiança e de liberdade provisória, se houver antecedentes ou se o agressor descumprir a medida protetiva, como tem cobrado a promotora pública Gabriela Manssur.
É vital uma lei rigorosa para proteger mulheres de um crime tão hediondo como o de ser morta por uma pessoa em quem confia, mas o problema deve ser atacado desde o começo, como qualquer doença. Uma mulher deve ser fortalecida para saber como sair de um relacionamento abusivo. Mas, sozinha, não conseguirá deter um agressor. Ela não controla a decisão de um marido de usar a violência. Não cabe a ela a responsabilidade de evitar a agressão. Esse peso não pode cair sobre as vítimas. Fonte: https://oglobo.globo.com
MÍDIAS SOCIAIS: WhatsApp limita reenvios de mensagens a cinco destinatários
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Medida vale a partir desta segunda em atualização do app já disponível
O WhatsApp limitá globalmente para cinco o número de vezes que um usuário pode reenviar uma mensagem, em uma tentativa de combater disseminação de informações falsas e rumores, afirmaram executivos da companhia nesta segunda-feira (21/1).
“Estamos impondo um limite de cinco mensagens em todo o mundo a partir de hoje”, disse Victoria Grand, vice-presidente de comunicações do WhatsApp, em evento na capital da Indonésia.
Anteriormente, um usuário do WhatsApp poderia reenviar uma mensagem para 20 outros usuários ou grupos. O limite de cinco reenvios expande para nível global uma medida que o WhatsApp colocou em prática na Índia em julho, depois da disseminação de rumores em mídias sociais que levaram a assassinatos e tentativas de linchamento.
O WhatsApp, que tem 1,5 bilhão de usuários, está tentando encontrar formas de impedir o uso indevido do aplicativo, em meio a preocupações globais de que a plataforma está sendo usada para disseminar notícias falsas, fotos manipuladas, vídeos fora de contexto e boatos transmitidos por mensagens de áudio.
A encriptação de ponta a ponta do aplicativo permite que grupos de centenas de usuários troquem textos, fotos e vídeo fora do alcance de checadores de fatos ou mesmo da própria plataforma.
O WhatsApp vai lançar uma atualização para ativar o limite a partir desta segunda-feira, afirmou diretor de comunicações do WhatsApp, Carl Woog.
Os usuários de dispositivos Android receberão a atualização primeiro e depois os usuários de aparelhos da Apple terão que atualizar o aplicativo. Fonte: www.metropoles.com
JOVEM ALAGOANO MORRE EM MINAS GERAIS
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Armas matam mulheres
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Armas matam mulheres
*DEBORA DINIZ E GISELLE CARINO
Se há casos em que elas sobrevivem à tentativa de feminicídio é, em larga medida, porque o instrumento de violência foi de mais baixa letalidade
Arma de fogo é um objeto de desejo dos homens. Há gênero na política de armas: em quem ambiciona sua posse e em quem a utiliza para matar. É, particularmente, um instrumento de guerra e de poder dos homens latino-americanos. Brasil, Colômbia, México e Venezuela juntos somam um quarto de todos os homicídios do planeta. Homens matam homens, homens matam mulheres. É verdade que homens morrem mais do que mulheres por homicídio – são eles que estão diretamente envolvidos no narcotráfico, nos conflitos armados, nas lutas por propriedade. Se homicídio é a categoria penal genérica para este tipo de crime, feminicídio foi palavra inventada na América Latina: somos a região do mundo em que as mulheres mais morrem por maridos, namorados, pais ou filhos.
De 25 países com altas taxas de feminicídio, 14 estão na América Latina. São os homens das relações afetivas e familiares que matam as mulheres por feminicídio. Na maior parte dos casos não é um desconhecido da rua que mata uma mulher, mas alguém que justifica a matança porque houve uma “provocação da vítima”. A provocação foi, no século 19, descrita como “crime passional” pela legislação penal e a justiça inocentava os homens. Em muitos países não há mais a categoria jurídica “crime passional”, mas a ideia de que houve “provocação da vítima” ainda ronda o imaginário social. Por isso é tão comum a pergunta: “o que será que ela fez?”. As razões, para os que buscam resposta a um feito injustificável, é que os homens matam as mulheres por ciúme, por duvidar de sua palavra ou de sua conduta. Mas, principalmente, por considerar que as mulheres sejam sua propriedade e que precisam controlá-la. Nem que seja matando-as.
É assim que a alteração na política de armas no Brasil ou em outros países latino-americanos precisa ser analisada. Propriedade não é apenas o território da casa a ser protegido do malfeitor – propriedade é tudo aquilo sob o domínio de homens que já matam as mulheres com armas, mesmo antes de a posse ser reconhecida como um direito. Se, hoje, há casos em que as mulheres sobrevivem à tentativa de feminicídio é, em larga medida, porque o instrumento de violência foi a força física ou outros instrumentos com mais baixa letalidade, como facas ou cordas. Em caso de uso de armas, as chances de uma mulher sobreviver são muito mais raras.
A política criminal de armas necessita ser sensível às normas de gênero de nossos países. Não há importação neutra de dados populacionais em que se sustenta haver menor índice de criminalidade nos países em que a posse ou porte de armas é legalizado, como é o caso dos Estados Unidos. Há dois erros neste argumento. O primeiro é sociológico – são fenômenos multicausais os que levam à redução ou aumento de homicídios. O segundo é cultural – há uma realidade patriarcal em que as armas serão uma tática de domínio na casa. Mesmo em países pacíficos, como o Uruguai, as armas são o principal instrumento para matar mulheres em violência de gênero ou doméstica. É assim na Colômbia, será ainda mais no Brasil caso se altere a política de armas. Fonte: https://brasil.elpais.com
*Debora Diniz é brasileira, antropóloga, professora da Universidade de Brasília. Giselle Carino é argentina, cientista política e diretora da IPPF/WHR
Galaxy A9: celular Samsung com câmera quádrupla tem data de lançamento no país
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Galaxy A9: celular Samsung com câmera quádrupla tem data de lançamento no país
Smartphone se destaca pelo conjunto fotográfico e ficha técnica intermediária. Preço ainda é mistério.
Por Bruno de Blasi, da redação
O primeiro celular da Samsung com sistema quádruplo de câmeras tem data de lançamento no Brasil: o preço do Galaxy A9 (2018) será divulgado em 22 de janeiro, num evento que a gigante asiática marcou em São Paulo. O smartphone chamou a atenção durante o anúncio global devido ao conjunto fotográfico e à ficha técnica intermediária, com memória RAM de até 8 GB no exterior, a mesma vista na edição turbinada do Galaxy Note 9. Todos os detalhes sobre o telefone serão conhecidos daqui a duas semanas.
O celular foi anunciado em outubro de 2018 no mercado internacional. Ele vai chegar ao país poucos meses após o lançamento do Galaxy A7 (2018), o primeiro com câmera tripla da marca no país.
A parte de trás do Galaxy A9 comporta a poderosa câmera quádrupla, cujos sensores e lentes se dividem desta forma:
24 megapixels (abertura de f/1.7).
8 megapixels com lente grande-angular (f/2.4).
10 megapixels com lente teleobjetiva (f/2.4).
5 megapixels com sensor de profundidade – para fotos com o famoso modo retrato.
A câmera frontal com lente única também tira fotos em 24 megapixels.
Além do conjunto fotográfico, a ficha técnica traz processador Snapdragon 660, chip octa-core com velocidade de até 2,2 GHz. No exterior, o celular foi anunciado em edições com memória RAM de 6 GB ou 8 GB, ambas com armazenamento de 128 GB. A Samsung, porém, não informou se os dois modelos serão comercializados no Brasil.
Ficha técnica do Galaxy A9 (2018)
Tamanho da tela: 6,3 polegadas
Resolução da tela: Full HD+ (2220 x 1080 pixels)
Painel da tela: Super AMOLED
Câmera principal: quadrúpla (20, 10, 8 e 5 MP)
Câmera frontal (selfie): 24 MP
Sistema: Android 8 Oreo
Processador: Snapdragon 660 (8 núcleos e 2,2 GHz)
Memória RAM: 6 GB ou 8 GB
Armazenamento: 128 GB
Cartão de memória: microSD de até 512 GB
Capacidade da bateria: 3.800 mAh
Dual SIM: sim
Telefonia: LTE
Peso: 183 gramas
Cores: azul, rosa e preto
Fonte: www.techtudo.com.br
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