VIOLÊNCIA NO RIO: Criança de seis anos morre após ser baleada em briga de trânsito
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Caso ocorreu em Campo Grande e Bryan estava internado no Rocha Faria; onde deu entrada na madrugada deste domingo em estado gravíssimo
Rio - A violência no estado vitimou mais uma criança neste fim de semana. Bryan Eduardo Mercês, de apenas seis anos, foi baleado por volta de meia-noite após uma briga de trânsito na Estrada do Campinho esquina com a Estrada de Inhoaíba, em Campo Grande, Zona Oeste. Ele foi internado neste domingo no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, e não resistiu.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o menino deu entrada na unidade em estado gravíssimo. Ele passou por cirurgia, mas teve uma parada cardiorrespiratória por volta das 17h, quando estava sendo transferido para o CTI pediátrico do Hospital Albert Schweitzer.
Segundo o tio da vítima, o mecânico e voluntário da patrulha aérea civil, Edmilson dos Santos, 37 anos, Bryan estava junto com sua irmã, Jullyene Vitória Mercês, de 3 anos, dentro do carro do pai e da mãe. A menina também foi ferida.
"Todos voltavam para casa por volta de meia-noite. Meu primo (pai de Bryan) me relatou que o sinal estava parado e um homem estava se irritando por ele não avançar. Houve uma discussão e, quando o sinal abriu,o homem, que estava num gol branco, colocou o braço para fora do veículo e saiu atirando contra o carro do meu primo", contou Edmilson.
Segundo informações de familiares, a bala atravessou o tórax de Bryan e ele chegou a ter os dois pulmões perfurados. A Secretaria de Saúde informou que, desde sua internação, Bryan estava muito instável.
O pai, Christian Lopes da Cruz, registrou o caso na 35ª DP (Campo Grande). Nos últimos 10 dias, três crianças foram baleadas e uma morta. Fonte: http://odia.ig.com.br
MÃE É SEMPRE MÃE... Mãe de assaltante tenta registrar B.O. contra vítima que agrediu o filho em SP
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Dupla tentou roubar a carga de um caminhão em Praia Grande, no litoral paulista. As vítimas reagiram e agrediram os suspeitos.
Dois jovens foram presos em flagrante ao tentar roubar a carga de um caminhão em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite desta quinta-feira (6). As vítimas reagiram e agrediram a dupla, que foi presa. Na delegacia, a mãe de um dos suspeitos quis registrar um boletim de ocorrência em favor do filho, por conta da agressão. O delegado se recusou.
O crime ocorreu na Rua Gastão de Souza Oliveira, no bairro Quietude. O veículo era descarregado quando a dupla, identificada como Erick Thadeu Pariz de Oliveira, de 23 anos, e Gregory Perciliano de Jesus, de 20, abordou um dos empregados da firma. Com um revólver, eles anunciaram o assalto.
Outros funcionários da empresa notaram o ocorrido e reagiram, segundo a Polícia Civil. Houve uma luta corporal até que os dois suspeitos fossem imobilizados e desarmados. A Polícia Militar foi acionada e uma equipe conseguiu prender os dois rapazes em flagrante no local.
A arma que eles utilizavam era falsa e foi apreendida. Encaminhados à delegacia, ambos foram autuados em flagrante por roubo pelo delegado Alexandre Comin. Durante o registro da ocorrência, os policiais foram surpreendidos pela a chegada de familiares de um dos suspeitos.
Entre eles estava a mãe de Gregory, que queria registrar um boletim de ocorrência de lesão corporal contra as pessoas que agrediram seu filho. "Eu expliquei que não registraria, pois as vítimas do roubo estavam em legítima defesa e agiram com respaldo da lei", informou o delegado.
O caso foi registrado na Delegacia Sede da cidade e segue em investigação. A dupla presa foi encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para realizar curativos nos ferimentos, e depois levada para a Cadeia Pública. As vítimas da tentativa de roubo não se feriram com gravidade e passam bem. Fonte: http://g1.globo.com
SEXTA-FEIRA, 7: Olhar do dia.
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OLHAR DO DIA: Frei Raul Maravi, O.Carm e Frei Benny, O. Carm. Conselheiros Gerais da Ordem do Carmo-de Roma-em visita ao Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.
Ladrão é preso em rodovia de MS após trancar freiras em convento e roubar caminhonete
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Vítimas foram assaltadas em assentamento de Sidrolândia. Ladrão foi preso pela PRF, na BR-163, a caminho do Paraguai. Um dos suspeitos fugiu.
Dois assaltantes invadiram um convento na noite de segunda-feira (3), em Sidrolândia, a 64 quilômetros de Campo Grande, renderam cinco freiras, entre 31 e 71 anos, e roubaram uma caminhonete. O veículo foi recuperado pela polícia em Dourados, na região sul de Mato Grosso do Sul, a caminho do Paraguai. As vítimas foram socorridas e um dos ladrões conseguiu fugir.
De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 20h30 (de MS), os assaltantes encapuzados invadiram a residência localizada em um assentamento rural. As religiosas foram ameaçadas com uma arma de fogo e trancadas no banheiro.
Os ladrões reviraram o imóvel a procura de objetos de valor, um deles fugiu com uma caminhonete, enquanto o outro ficou no local monitorando as vítimas.
A caminhonete roubada foi parada em uma abordagem de rotina pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-163. Ao ser entrevistado, o motorista de 25 anos entrou em contradição, levantando suspeita e acabou confessando o crime.
Outra equipe da PRF foi acionada para libertar as vítimas do cativeiro. Bastante assustadas, as freiras foram levadas à Delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento, na sequência foram liberadas para voltar para casa.
O veículo e o rapaz preso vão ser encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia, onde o caso vai ser registrado. Fonte: http://www.jornalcorreioms.com
Com 6,1°C, Belo Horizonte tem menor temperatura desde recorde de 1975, diz Inmet
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Segundo o instituto, mínima foi registrada em estação na Região Centro-Sul entre 6h e 7h, com sensação térmica de -9°C.
Na manhã desta quarta-feira (4), Belo Horizonte registrou a menor temperatura dos últimos 42 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O termômetro marcou a mínima de 6,1°C na Estação Meteorológica da Mata do Cercadinho, na Região Centro-Sul da capital mineira, entre 6h e 7h.
Conforme o Departamento de Meteorologia da Cemig, que analisa dados do Inmet, foi também a menor temperatura entre as capitais brasileiras. O instituto informa que o recorde de frio em Belo Horizonte foi no inverno de 1975, quando os termômetros marcaram 5,4°C em 7 de julho daquele ano.
Segundo o meteorologista Luiz Ladeia, a sensação térmica – temperatura sentida em virtude da combinação entre temperatura do ar, velocidade e umidade do vento – foi abaixo de zero, ficando em - 9°C na Estação Cercadinho. Mas para sentir este frio, é preciso estar ao ar livre e sem proteção. No horário, entre 6h e 7h, os ventos eram de 50 km/h.
A temperatura máxima prevista para esta terça-feira é de 19°C.
A madrugada anterior já havia sido gelada na capital mineira com mínima de 8,9°C e sensação termina de - 5°C, conforme dados do Inmet.
O frio é resultado de uma massa de ar polar que está atuando sobre o Sudeste do país. “A gente está observando que a massa polar está muito ativa. Deve perder a partir de quinta-feira, mas o frio continua”, disse Ladeia.
Para esta quarta-feira (5), a mínima deve ser de 6 °C e a máxima de 19 °C, conforme o meteorologista. Fonte: http://g1.globo.com
OLHAR DE DOMINGO, 2: Acidente grave deixa mortos e feridos na BR-040 em Juiz de Fora
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Batida entre dois carros ocorreu em Dias Tavares; pelo menos cinco pessoas morreram e quatro estão feridas. Ocorrência está em andamento.
Pelo menos cinco pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas na tarde deste domingo (2) durante um acidente na BR-040, em Juiz de Fora. De acordo com o Corpo de Bombeiros, dois carros bateram de frente, na altura do Km 769, em Dias Tavares. Entre as vítimas, está uma gestante, que não resistiu aos ferimentos e faleceu. A ocorrência está em andamento.
Ainda de acordo com os bombeiros, após a colisão, um dos veículos desceu um barranco. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Concessionária Via 040, responsável pelo trecho, também estão no local. O trânsito está lento nas proximidades.
Os nomes das vítimas não foram divulgados pelos militares, por isso não foi possível consultar o estado de saúde delas nem para onde os corpos foram levados. Fonte: http://g1.globo.com
LAGOA DA CANOA: Festa Junina.
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Jovem morre após passar mal em academia de Salvador
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Caso ocorreu no bairro de Tancredo Neves. Atividades no local foram suspensas.
Uma jovem de 25 anos morreu após passar mal enquanto praticava exercícios dentro de uma academia do bairro de Tancredo Neves, em Salvador. O caso ocorreu por volta das 20h de terça-feira (27), segundo informações da Centro Integrado de Comunicação da Secretaria de Segurança de Pública (Cicom).
Jéssica Avelino Morais ainda chegou a ser socorrida por populares para um posto médico do bairro, mas não resistiu. Ainda não há informações sobre as causas da morte. Em nota publicada na rede social Facebook, a academia On Shape lamentou o ocorrido. As atividades no local foram suspensas após a morte da aluna.
"É com grande pesar que a direção comunica aos alunos que nesta quarta-feira, 28/06, academia não irá funcionar, em memória do falecimento de uma aluna. A direção agradece a compreensão de todos", diz a nota.
Conforme o Cicom, o corpo da mulher foi encaminhado para o Departamento de Polícia Ténica (DPT) e o caso será investigado pela 11ª Delegacia de Tancredo Neves. Amigos utilizaram as redes sociais para lamentar a morte da jovem.
"Fica a saudade e a lembraça do abraço apertado que você me deu quando nos encontramos. Que tristeza sem tamanho e o meu amor eterno!!!", diz trecho de uma das mensagens postadas por uma colega. Fonte: http://g1.globo.com
NESTE DOMINGO, 25: Falha faz poltronas de avião tremerem em voo para a Malásia
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Aeronave precisou retornar ao aeroporto de origem, na Austrália
Um avião da companhia AirAsia que decolou da Austrália rumo a Malásia na manhã deste domingo (25) teve de retornar depois que a aeronave começou a tremer fortemente.
O voo D7237 decolou às 6h40 de domingo (25) no horário local em Perth, na Austrália (19h40 de sábado em Brasilia), com 359 pessoas a bordo, e pousou de volta no mesmo aeroporto, às 10h. Não houve feridos.
O avião da Airbus, modelo A330, teve um problema técnico no motor esquerdo, de acordo com informações passadas aos passageiros a bordo.
Passageiros disseram ao jornal "The West Australian" ter ouvido um forte estrondo antes dos assentos começarem a sacudir, cerca de uma hora após a decolagem"Pensei que poderia morrer", disse Saya Mae, que postou um vídeo do avião tremendo em uma rede social.
O aviso do comandante de que o avião retornaria à Perth assustou os passageiros. "Ele disse: 'Espero que todos vocês façam uma oração. Eu vou orar também e vamos torcer para que todos nós voltemos pra casa em segurança'. Foi assustador", disse Sophie Nicolas ao "West Australian".
Enquanto o avião fazia o caminho de volta, os passageiros tiveram de treinar as posições para se proteger em caso de pouso forçado, como abraçar as pernas.Durante a aterrissagem, os passageiros tiveram de ficar nas posições de segurança, mas o avião tocou a pista de modo normal. O piloto foi muito aplaudido após o pouso. Com informações da Folhapress.
Fonte: www.noticiasaominuto.com.br
Do Cariri a Paris: ator tira sarro do verão europeu e faz sucesso em vídeo
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Nascido na região do Cariri, ali na divisa entre Ceará e Pernambuco, Max Petterson mora em Paris há quase três anos. Estudando teatro na capital francesa, o ator pode não ser conhecido do grande público brasileiro, mas em menos de 48 horas já foi visto mais de 1 milhão de vezes no Facebook, em um vídeo em que Max tira um sarro do verão francês.
Fonte: https://extra.globo.com
Sobe para dez número de mortos em acidente com ônibus clandestino em Minas
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Entre as vítimas fatais estão pelo menos duas crianças, segundo a PRF
RIO — Subiu para dez o número de mortos num acidente com um ônibus clandestino ocorrido na madrugada desta segunda-feira, na BR 251, na altura de Salinas, no Norte de Minas Gerais. Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas. Entre os mortos, há duas crianças. As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Corpo de Bombeiros de Montes Claros.
O veículo, com placa de São Paulo, seguia para Euclides da Cunha, na Bahia, quando saiu da pista e tombou, por volta das 4h10. No momento do acidente, havia 27 passageiros no coletivo. Os feridos foram levados para o Hospital de Salinas por ambulâncias do Samu.
O motorista do ônibus não se apresentou aos agentes da PRF que compareceram ao local do acidente. Os passageiros que não se feriram foram encaminhados para a Polícia Civil de Salinas, onde prestam depoimento.
O pedreiro Edivaldo da Silva Gomes estava no coletivo e descreveu o momento do acidente. Segundo ele, não havia cinto de segurança no veículo.
— A gente só sentiu o povo embolando dentro do ônibus. Na hora a gente não pensa muita coisa. Só pedi a Deus mesmo — contou ele à Rádio Alvorada FM Salinas.
Os corpos das vítimas fatais estão sob o ônibus tombado. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para o local para fazer a remoção dos cadáveres. Fonte: https://oglobo.globo.com
Acidente entre dois carros mata três pessoas da mesma família na BA; criança de 6 anos está entre vítimas
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Quarta vítima da batida morreu carbonizada. Colisão ocorreu no sul do estado, na altura da cidade de Caravelas.
Quatro pessoas morreram após uma batida entre dois carros perto da cidade de Caravelas, no sul da Bahia. De acordo com a Polícia Militar da Alcobaça, responsável pela região, o acidente ocorreu na noite de sábado (17). Entre as vítimas, está uma criança de seis anos.
Segundo a polícia, um carro seguia com seis pessoas da mesma família e três morreram. A criança que foi vítima estava nesse veículo. No outro, estavam quatro pessoas, uma ficou presa às ferragens, o carro pegou fogo e ela morreu carbonizada.
Informações iniciais apontam que a colisão foi frontal, mas ainda não há detalhes do que teria causado o acidente. Os feridos foram levados para hospitais da região. Não há informações sobre o estado de saúde delas, nem do sepultamento daqueles que morreram.
Fonte: http://g1.globo.com
SUICÍDIO: As razões que fazem a Nova Zelândia ter o maior índice de suicídio entre jovens em países desenvolvidos
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Especialistas veem 'combinação tóxica' entre taxas de violência familiar, abuso infantil e pobreza
BBC BRASIL.com
Quando você pensa na Nova Zelândia, o que vem à mente provavelmente são as belezas naturais - fiordes, montanhas, paisagens remotas e paradisíacas - em um país distante. Mas, há alguns anos, o país vem lutando contra outra forma de isolamento - depressão e suicídio.
Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revela um dado alarmante. A Nova Zelândia tem, disparado, a maior taxa de suicídio de jovens entre países desenvolvidos. São 15,6 suicídios por 100 mil pessoas - duas vezes maior que a taxa dos Estados Unidos e quase cinco vezes a da Grã-Bretanha.
O índice é preocupante, mas não surpreende. Não é a primeira vez que o país lidera o ranking, que contabiliza a taxa de suicídios de jovens entre 15 e 19 anos em 41 nações, da União Europeia (UE) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No Brasil, o índice de suicídios nessa faixa etária é de 5,6 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa relativamente baixa se comparada aos países que lideram o ranking. No entanto, esse índice apresentou um aumento de quase 10% nos últimos 12 anos, segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Por que a Nova Zelândia?
Há diversos motivos. E, segundo o Unicef, os dados não devem ser analisados isoladamente. A elevada taxa de suicídios está ligada a outras estatísticas, como pobreza na infância, altas taxas de gravidez na adolescência ou famílias em que nenhum dos pais trabalha. A Nova Zelândia também tem "um dos piores índices de bullying escolar do mundo", diz Shaun Robinson, da Fundação de Saúde Mental da Nova Zelândia.
Segundo ele, há uma "combinação tóxica" de taxas muito altas de violência familiar, abuso infantil e pobreza que precisam ser abordadas para se enfrentar o problema. Estatísticas da própria Nova Zelândia revelam que as taxas de suicídio são mais elevadas entre os jovens homens maori - povo indígena da NZ - e das ilhas do Pacífico.
"Isso mostra que também há questões em torno da identidade cultural e do impacto da colonização", explica Prudence Stone, do Unicef da Nova Zelândia. O levantamento mais recente, de 2014, mostra que a taxa de suicídio entre homens maori é cerca de 1,4 vezes a de não-maori em todas as faixas etárias. "É alarmante. Talvez seja um indicador do nível de racismo institucional e cultural em nossa sociedade", avalia. "Não há uma pesquisa que nos diga isso de forma conclusiva, mas é certamente o que sugerem", acrescenta.
Há ainda outras possíveis causas para o problema.
Os serviços de saúde e assistência social em todos os países ocidentais vêm lutando há anos contra o estigma que associa a depressão à fraqueza. E isso pode ter um peso maior na Nova Zelândia do que em outros países. "Existe uma tradição cultural de que homens devem ser durões na Nova Zelândia", afirma Stone. "Isso pressiona os meninos a se tornarem aquele tipo de homem durão que bebe cerveja", completa.
Segundo ela, houve uma ligeira mudança nos últimos anos. Músicos e cineastas emergiram como modelos para um tipo diferente de homem na Nova Zelândia - não são os "típicos torcedores durões do All Black (seleção neozelandesa de rugby)", mas mostram que pode haver uma abordagem mais leve para a masculinidade.
"Eu acho realmente que há uma rigidez maior de princípios morais na psique da Nova Zelândia em torno do 'eu tenho que resolver isso sozinho', o que pode não acontecer tanto em outros países", concorda Briana Hill, porta-voz da Youthline, linha telefônica que oferece apoio a jovens. Não é que não haja um sistema de suporte para abordar o problema. A questão é que está sobrecarregado.
De acordo com Robinson, a demanda por esses serviços aumentou 70% na última década, enquanto o número de casos com indícios de suicídio subiu 30% nos últimos quatro anos, segundo a polícia. Esse é um problema que Briana Hill, da Youthline, conhece de perto. São tantas chamadas que ela simplesmente não dá conta de atender, por falta de braços.
O consenso entre os especialistas é de que há necessidade de mais fundos para ajudar a financiar esse tipo de serviço. Mas igualmente importante é chamar a atenção para o problema, conscientizar as pessoas e priorizá-lo.
"O país não está fazendo um bom trabalho em ajudar os jovens a serem capazes de lidar com a pressão, o estresse e os desafios emocionais e mentais que enfrentam", diz Shaun Robinson.
A continuidade do problema ao longo dos anos já colocou, no entanto, a questão no topo da agenda política. O tema se tornou, por exemplo, pauta de debates antes das eleições gerais do país, que acontecem em setembro deste ano. Em abril, o governo divulgou o esboço de uma estratégia nacional para prevenção do suicídio, que atualmente está em consulta pública.
Há um grande debate em torno do projeto. E, mesmo aqueles que acreditam que não seja suficiente, concordam que é um passo importante para reduzir as taxas de suicídio no país. Fonte: www.terra.com.br
MORADORES DE RUA DE SALVADOR: Entre vícios e dramas familiares, G1 mostra história de pessoas em situação de rua: 'Todos têm valor'
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Cerca de 17 mil pessoas vivem nas ruas de Salvador, de acordo com pesquisa divulgada este ano pelo projeto Axé.
Por Danutta Rodrigues, G1 BA
Fábio, Scarlet, Luís Ricardo e Andréa. Quatro histórias que se cruzam no Largo dos Mares, na Cidade Baixa, em Salvador. Como um universo paralelo, o espaço abriga e acolhe diariamente dezenas de pessoas em situação de rua. O olhar desviado e o passo apressado de quem circula na região escancara a invisibilização desses sujeitos que sofrem com a violação de direitos, a discriminação social e racial.
Os quatro fazem parte de cerca de 17 mil pessoas que vivem em situação de rua em Salvador, de acordo com a pesquisa "Cartografias dos Desejos e Direitos: Mapeamento e Contagem da População em Situação de Rua na Cidade de Salvador, Bahia, Brasil".
O estudo foi realizado pelo projeto Axé, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Movimento Nacional População de Rua e União dos Baleiros, com financiamento da Unesco, por meio do prêmio Criança Esperança 30 anos. Em um seminário realizado no mês de abril deste ano, a pesquisa foi apresentada.
'Cheguei a me prostituir'
"Eu sou Scarlet. Não sou daqui da Bahia, sou de Sergipe, e vivo hoje, atualmente, em situação de rua na cidade de Salvador. Tenho 25 anos de idade. Eu vivo aqui na cidade, passo por vários conflitos, preconceitos por causa da minha opção sexual. Mas também, assim, tenho um pouco de felicidade, né, porque eu conheço pessoas novas e tudo mais". A jovem, que é formada em Terapia Ocupacional, assumiu a orientação sexual aos 14 anos, quando começou a ter conflitos familiares. Com 17, passou a ser usuária de substâncias psicoativas como crack, cocaína e heroína.
"Eu cheguei até a me prostituir, a fazer programa para sustentar meu vício porque quando eu começava a usar drogas, eu tinha uma compulsão muito grande e eu queria usar, usar, usar e não parava", revela.
Ela conta que morava com os pais em Sergipe. Depois da separação deles e o uso abusivo de drogas, os conflitos dentro de casa aumentaram e motivaram a ida para as ruas. "Hoje é uma das coisas mais difíceis que eu estou tentando lidar é com a minha própria família, por causa dos conflitos que foram gerados devido ao resultado do meu uso de drogas. Eu perdi o controle e foi na época que eu fui viver em situação de rua e eu acabei migrando para dentro de Salvador", conta.
Há 1 ano e 10 meses e 23 dias sem fazer uso de substâncias psicoativas, Scarlet dorme em uma calçada na região da Cidade Baixa, junto com outros colegas, e durante o dia atua como pesquisadora do projeto 'Cartografias dos Desejos e Direitos', que faz o mapeamento das pessoas em situação de rua. "É um trabalho em que eu vou ser remunerada por isso. Eu passo o dia fazendo essa pesquisa, lá com a equipe. À noite estou aqui, pelo menos atualmente, não sei daqui pra frente", conta.
Ainda sem contato com a família, Scarlet tem o sonho de, um dia, trabalhar na área em que se formou. "Às vezes eu fico até triste. Eu estudei tanto, passei quatro anos numa faculdade e hoje eu não exerço a minha profissão por causa de barreiras que me impedem. Eu pretendo exercer minha profissão, ter minha casa, minha família, melhorar o contato com a minha família e ser feliz", planeja.
'Todos têm valor'
Aos 32 anos, Luís Ricardo carrega um sorriso expressivo e um olhar cansado de quem vive na rua desde os 12 anos de idade. A saída de casa ocorreu após problemas com o padrasto. Além de deixar a família, os estudos também ficaram para trás. "Oportunidade de estudo eu tive muita. Tive a oportunidade de estudo para ser hoje em dia outra pessoa, mas a mentalidade que eu tinha naquele tempo não era disso, era só de ficar na rua. Cheguei até a 3ª série", lamenta.
Para Luís, a maior dificuldade das pessoas em situação de rua é a discriminação. "Quando não é um que agride, é a polícia que chega, bate. Chega outras pessoas também e humilha [sic] a gente, porque acha que a gente é morador de rua e não tem valor. Mas todo morador de rua, eu creio, que todos eles têm um valor. Nem todos que moram na rua é ladrão, nem todos que moram na rua é vagabundo. Tem os que moram na rua porque não têm casa, não têm família. Outros porque se revoltou [sic] com a família, quer ir embora. Todo dia é uma luta, todo dia a gente mata um leão para sobreviver”, define.
Ele conta que ainda faz uso de álcool e cocaína, além de já ter sido usuário de crack, cola, maconha, entre outras substâncias psicoativas. Luís atua como 'garoto propaganda' e passa o dia andando pela cidade entregando panfletos, colando propagandas em postes. Ao ser perguntado sobre a vontade de voltar a estudar, a resposta foi imediata: "Oxe! Muita!".
Apesar de manter contato constante com a família, ele diz que não tem contato com o filho de 4 anos há mais de um ano. "A mãe do garoto não quer que eu veja. Mas às vezes passo por onde ele mora e só em ver ele já é uma alegria", disse. Com todos os revezes de viver em situação de rua, Luís Ricardo não perde o sorriso no rosto. "Não é porque a vida é difícil que a gente pode ficar triste, cabisbaixo. A gente tem sempre que ficar pra cima, sempre tem que ser uma pessoa coração aberto, alegre, sempre assim".
'Se era ruim em casa, pior é na rua'
“Aqui é assim, ó, você tem que andar sozinho, não se envolver com ninguém. Qualquer passo em falso é motivo de faca, é motivo de morte, é motivo de tocar fogo. Eu nunca fui presa, nunca levei uma tapa, nenhum traficante nunca me chamou atenção”. O relato é de Andréa Barbosa, de 32 anos. Há 17, ela vive nas ruas de Salvador. A saída de casa foi motivada pelo uso do crack, aos 15 anos. Desde então, Andréa circulava no "Pela Porco", na Sete Portas, e há oito meses vive na região do Largo dos Mares.
“Eu levanto 11h, tomo café, porque eu não gosto de tomar banho. Depois eu vou orar. Aí almoço, rezo de novo, e umas 17h, 19h, fico por aqui [pelo Largo dos Mares]. Depois pego o sopão, um mingau, e vou ficando por aqui”. O local onde dorme é em frente a um supermercado do bairro. O banho, a cada dois dias, é em um chuveiro que tem em uma praia próxima. Com ajuda de um projeto do governo do estado, ela tem reduzido o consumo de substâncias psicoativas e se arrepende de um dia ter abandonado a família.
"Sonho em voltar para casa, mas minha família já não acredita mais em mim, tem a visão de que usuário de crack não é confiável, e ainda mais quando é ‘maloqueiro'. Se era ruim em casa, pior é na rua", conta. Andréa tem um filho de 18 anos e já nem lembra a última vez que o encontrou. Soropositiva, ela toma o coquetel de remédios há 12 anos. Sobre o futuro, o desejo de voltar de onde acredita que nunca deveria ter saído. "Paz, prosperidade, saúde... e sair da rua”, diz.
'Fui na porta do inferno e voltei'
Com andar debilitado por problemas físicos decorrentes de uma queda, Fábio mantém o olhar desconfiado e atento. Nascido e criado em Camaçari, região metropolitana de Salvador, foi para as ruas de Salvador após a separação dos pais e do uso de substâncias psicoativas, aos 14 anos.
"Eu fui na porta do inferno e voltei, né. Aí o cara pega mais a visão e fica mais de quebrada. Muitas coisas que o cara fazia antes, o cara vê bicho, o cara tem medo, o bagulho é louco. Para o que eu estava, a onda agora é só diminuir a droga, é só eu controlar, tirar o crack que eu fico de boa, fico de quebrada. O crack quebra a imunidade legal. O crack e a cachaça", revela.
À época da entrevista, Fábio dormia em uma casa alugada no bairro da Massaranduba, que fica na Cidade Baixa. Mas, devido ao custo alto, ele voltou a dormir em uma calçada próxima ao Largo dos Mares, onde fica durante o dia e também à noite. O 'corre', que é trabalho do dia a dia, se divide em guardar e lavar carros e motos na região. Ele também recebe um benefício do governo federal por causa da deficiência que adquiriu após a queda.
Fábio tem um filho, que não foi registrado por ele e com quem perdeu contato. Ainda assim, ele conta com a atenção da mãe e com a visita esporádica do irmão. A relação não incita o desejo de voltar para casa. "Eu vou voltar pra a família para quê? Todo mundo com seus 'bagulhos', seus ‘corres’, seus empregos, suas paradas, e ainda tem aquela situação já da ‘ovelha negra’ da família. Aí minha família que eu vejo assim, às vezes dá um apoio quando eu tô precisando de alguma parada, porque mãe é mãe", disse.
Para ele, a rua é uma escola. "Estudar pra quê? A pista aí ensinando...A sociedade hoje sempre tem aquela onda, aquele preconceito, aquela viagem. Não é pessoa, não é ser humano, e ninguém pode confiar. A sociedade vê assim, eu vejo que a sociedade vê assim. Eu não tenho um futuro muito próspero não. Como eu disse a você, é o fim de carreira. Quase fim de carreira. Só Jesus para mudar o quadro, mas a teimosia do homem é a derrota dele”, conclui.
Acompanhamento
Scarlet, Fábio, André e Luís Ricardo são acompanhados pela equipe do Corra pro Abraço, ação da Secrataria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). "A gente não faz um trabalho de conscientização. Eu acredito que ninguém conscientiza ninguém. A gente vem para cá para promover uma série de trabalhos e atividades, e através dessas atividades, as pessoas fazem uma compreensão no que se refere a cidadania, política, e muitas vezes a gente aprende muito com eles", relata Daniele Rebouças, que é assistente social, advogada e supervisora de campo do Corra pro Abraço.
De acordo com Daniele, o programa trabalha na perspectiva da redução de danos. "A gente não acredita na lógica da abstinência porque a gente sabe que isso não resolve. A gente tenta trabalhar com relação ao uso, tentando compreender como é que ele se vê nesse uso, se ele entende que esse uso está trazendo para ele consequências prejudiciais, então a gente respeita muito isso", conta Daniele. Segundo ela, se há o desejo de diminuir o uso de substâncias psicoativas, ou de tentar usar de uma outra forma, há uma orientação no sentido da redução de danos.
"A gente também sabe que não existe um modelo pronto para todo mundo, cada um é um indivíduo, cada um é diferente, a gente respeita o desejo e através disso a gente dialoga com ele, para saber qual é o melhor para ela, qual é o melhor caminho a ser seguido, para cada sujeito", destaca a assistente social. Para ela, a potência do trabalho do Corra pro Abraço está no vínculo. "A gente consegue através de uma escuta qualificada, sensível, respeitando esse sujeito, respeitando seus desejos, é que a gente consegue produzir o vínculo e através do vínculo a gente consegue fazer o nosso trabalho, que seria, no caso, encaminhar para os serviços, articular a efetivação de alguma demanda, e é através do vínculo mesmo. Eu acho que a potência do nosso trabalho está aí. Eu acho que o diferencial da gente é esse", conclui. Fonte: http://g1.globo.com
OLHAR DO DIA: Ordem Terceira do Carmo de Salvador.
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Reunião com a mesa administrativa da Ordem Terceira do Carmo de Salvador-BA.
OLHAR DO DIA: Missa de 1 Ano de Falecimento de Estelita Lima Calmon.
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Missa de 1 Ano de Falecimento de Estelita Lima Calmon ( Iyalorixá Estelita de Oyá ).
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