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Um pastor evangélico foi filmado pedindo votos durante o culto para uma candidata a vereadora em Campinas (SP). O caso aconteceu no último sábado (10), em uma Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira e o vídeo mostra o pastor pedindo o apoio dos fiéis à candidata Leonice da Paz (PMDB).
No vídeo, o pastor Thiago Sans, que seria um dos líderes do ministério na cidade, divulga o número de Leonice ao pedir 15.444 orações -- número da candidata – aos fiéis. Ele, inclusive, pede para os membros da igreja repetirem o número em voz alta. Em seu discurso, o pastor justificou sua atitude dizendo que, caso fosse eleita, ela seria representante das igrejas na Câmara.
"Quantas igrejas já perdemos, foram fechadas e lacradas porque não tivemos quem defendesse a nossa causa? Então, em função disso, Deus deu uma direção ao nosso líder, ao nosso pastor e neste ano, no dia 2 de outubro, nós já temos algo determinado por Deus e pela nossa liderança. Nós vamos daqui até lá fazer 15.444 orações. Diga 15.444", disse o religioso. Depois, o pastor chamou a candidata para discursar. O caso já foi denunciado ao Ministério Público.
De acordo com a lei eleitoral, o candidato pode assistir ao culto, mas é proibido de pedir votos ou fazer qualquer tipo de propaganda. Segundo o artigo 37 da lei, é proibido propaganda de qualquer espécie em locais de uso comum, como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.
O descumprimento da lei pode gerar multa por propaganda irregular no valor de R$ 2.000 a R$ 8.000. O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), ressaltou, em nota, que é necessário que o Ministério Público ou partido/coligação apresente representação à Justiça Eleitoral para que o caso seja analisado e julgado pelo juiz eleitoral do município. "Caso uma das partes recorra da decisão proferida, o recurso é julgado pelo TRE-SP e, conforme o caso, posteriormente pelo TSE", informou o comunicado.
De acordo com um membro da igreja, que preferiu não ser identificado, na mesma noite, a candidata e o pastor filmado passaram por três igrejas da cidade, do mesmo ministério, para pedir apoio. "Eu achei muito exagerado. Eles interromperam o sermão de um pastor convidado para fazer campanha. Isso atrapalhou o culto e muita gente levantou e foi embora. E depois eu soube que eles fizeram a mesma coisa em outras duas igrejas", comentou.
Outro lado
A reportagem do UOL entrou em contato com a igreja para falar com o pastor que aparece no vídeo e foi informada pela atendente que o religioso não estava, mas que ela passaria o recado. Entretanto, até a publicação da matéria, ninguém havia retornado. Já o assessor de Leonice da Paz informou que entraria em contato com a candidata para responder, mas também não retornou. Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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Uma multidão voltou a ocupar a avenida Paulista neste domingo, 11 de setembro, para protestar contra o Governo de Michel Temer — que assumiu a presidência da República após o impeachment de Dilma Rousseff — e pedir novas eleições presidenciais. A concentração em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) começou às 14h e, pouco a pouco, a principal via de São Paulo foi sendo tomada por movimentos sociais, jovens, famílias e amigos em clima de confraternização. Por volta das 17h, quando os gritos de "Fora, Temer" e "Diretas Já" ecoavam por algumas quadras da Paulista, o ato saiu em direção ao parque Ibirapuera, onde foi encerrado pacificamente depois das 19h. Os organizadores — Frente Brasil Popular e Povo sem Medo — estimam que 60.000 pessoas compareceram na passeata. A Polícia Militar (PM) não ofereceu cifras. A reportagem é de Felipe Betim, publicada por El Pais, 11-09-2016.
Apesar do clima pacífico que marcou o início e o fim do protesto, a PM reprimiu um pequeno grupo de jovens que levava máscaras na mochila e lenços pendurados no pescoço — um deles estava com o rosto coberto. Houve tumulto entre manifestantes, jornalistas e policiais na descida da Alameda Casa Branca. Três pessoas acabaram detidas. Uma delas era um fotojornalista que, segundo pôde ver a reportagem, foi jogado de forma violenta na mala de uma viatura por dois policiais. Também foi detida uma menina, menor de idade, que esteve entre os 21 jovens presos no último domingo. Na ocasião, o juiz que mandou soltá-los com o argumento de que a detenção havia sido ilegal.
Os três detidos deste domingo foram levados para a 78º Departamento de Polícia, onde até o fechamento desta edição ainda prestavam depoimento. Os agentes apreenderam uma faca de cozinha, um soco inglês, bolas de gude e máscaras brancas pintadas nas mochilas dos jovens. Sobre o soco inglês, uma menina que se identificou como Lais, de 17 anos, explicou que sempre o leva para autodefesa, já que mora longe. Disse ainda que as máscaras serviam para fazer um “ato artístico” durante a passeata. A jovem chegou a ser levada pelos agentes — de forma violenta, mas sem agressões, segundo relatou — e foi liberada momentos depois. Outra jovem, de 19 anos, também chegou a ser levada e liberada em questão de minutos.
Enquanto ocorria a ação da Polícia, diversas lideranças políticas e sindicais discursavam no caminhão de som. A poucas semanas das eleições municipais, estiveram presentes no ato alguns dos principais nomes da esquerda brasileira: Fernando Haddad (PT), prefeito da capital paulista e candidato à reeleição; Guilherme Bolos, líder do MTST; Eduardo Suplicy, ex-senador petista e candidato a vereador; Luiza Erundina e Ivan Valente, ambos deputados pelo PSOL e companheiros de chapa nas eleições à prefeitura de São Paulo; Rui Falcão, presidente do PT; Lindbergh Farias, senador petista pelo Rio de Janeiro; entre outros. Ao chegar, Haddad se posicionou imediatamente ao lado de Erundina, sua adversária nas eleições municipais, e levantou seu braço. Em claro aceno à deputada, teceu elogios a ela ao começar seu discurso.
Momentos antes, Erundina conversou com o EL PAÍS. "Estamos aqui para proteger os direitos duramente conquistados nas últimas décadas. O povo não vai sair das ruas até tirar todos esses golpistas do poder. E amanhã, na Câmara dos Deputados, vamos derrubar o Eduardo Cunha!", disse a deputada, lembrando que a cassação do ex-presidente da Casa será votada nesta segunda-feira. Em diversas ocasiões, os manifestantes também aproveitaram o ato para reafirmar o "Fora, Cunha".
Para o deputado Ivan Valente, companheiro de chapa de Erundina, "muitos dos que se manifestaram contra Dilma já estão percebendo que os que estão no poder são golpistas, e que querem retirar os direitos da população". E acrescentou: "A Lava Jato já encrencou o PT, mas agora, com a delação do Marcelo Odebrecht, também vai derrubar os partidos golpistas". Já Guilherme Boulos, a principal liderança dos protestos contra o Governo, opinou que "Temer conseguiu unificar o país como pretendia", mas contra o seu Governo. "Não tem ninguém decente pedindo 'Fica, Temer'. Quem achou que a mobilização iria acabar no Senado com o impeachment não entendeu nada. Isso é só o começo".
O ato desceu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio em direção ao parque Ibirapuera sem incidentes. Com músicas e gritos, as milhares de pessoas presentes exigiram o "Fora, Temer" e "Diretas Já" a todo o momento. "Temer, seu otário, o seu Governo continua temporário", cantaram. "Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar", pediram. A ex-presidenta Dilma Rousseff não foi citada em nenhum momento pelos manifestantes e nem pelas lideranças políticas presentes.
A Polícia chegou a bloquear a passagem da Brigadeiro Luís Antônio na altura com a Travessa Leon Berry, impedindo a passagem do protesto. Os organizadores conversaram com os agentes até que a passagem finalmente foi aberta. A multidão chegou então ao Monumento às Bandeiras e ocupou todo o gramado em volta. Em seu discurso final, Boulos chamou à atenção para as "provocações" da Polícia Militar ao longo do ato, lembrando das três detenções em seu início, e prometeu reunir o dobro de pessoas no próximo domingo na avenida Paulista. A manifestação foi encerrada por volta das 19h da mesma forma que começou: com famílias e amigos confraternizado, enquanto que grupos musicais assumiam o controle. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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As liberdades democráticas básicas requerem o respeito a direitos fundamentais, seja por parte do Estado, seja por outros cidadãos. Dentre tais liberdades básicas incluem-se a de reunião e a de manifestação com fins políticos. O direito à expressão pública – e em espaços públicos – de interesses, ideias e valores não pode estar submetido ao arbítrio das autoridades policiais ou de seus chefes, ocupantes de cargos governamentais eletivos ou não.
Como já ocorreu outras vezes, a manifestação de domingo, dia 4 de setembro, iniciada na Avenida Paulista e concluída no Largo da Batata, foi pacífica do começo ao fim, tendo perdido esse caráter unicamente pela ação desproporcional e truculenta da Polícia Militar. Antes mesmo que a manifestação principiasse, jovens (dentre eles menores de idade) foram detidos e mantidos incomunicáveis por diversas horas, sem que lhes fosse autorizado o acesso a suas famílias ou a advogados.
Tais condutas das autoridades policiais retratam um padrão na atuação das forças de segurança paulistas, que se reproduz frequentemente no trato cotidiano com a população, nos índices de letalidade policial e na impunidade dos crimes cometidos por policiais, como as chacinas.
Não bastasse a violação cotidiana dos direitos civis de cidadãos comuns, o uso desregrado da força em manifestações políticas coloca em risco não apenas a segurança individual das pessoas, mas atinge o cerne do próprio regime democrático. A discricionariedade necessária à ação policial não pode ser confundida com a arbitrariedade que motiva ações ao arrepio da ordem democrática.
A suposta defesa da ordem, que vale frisar, é muito mal definida na nossa legislação e objeto de fortes disputas sobre seu significado cotidiano, não pode se constituir num salvo-conduto para ações violentas de intimidação a manifestações legítimas numa democracia, nem se tornar um instrumento de imposição de outra ordem, não democrática, que atente contra a garantia de direitos e da vida.
A eventual presença ou ação de grupos violentos no interior de uma manifestação pacífica não pode se tornar justificativa para ações repressivas, de retaliação e à margem da lei, que atinjam o conjunto dos manifestantes, jornalistas ou mesmo transeuntes sem qualquer relação com as atitudes de grupos isolados.
Exigimos que as forças policiais se conformem à ordem democrática, tendo claro que o desempenho de suas tarefas tem como pressuposto básico administrar conflitos e reconhecer a legitimidade das manifestações sociais, não se deixando levar por orientações morais ou por motivações político-partidárias, pautando-se – isto sim – pelos valores maiores que definem nosso Estado de Direito, previstos na Constituição Federal de 1988. Excessos no uso da força e ações arbitrárias poderão levar a uma escalada de violência sem precedentes, e é dever das corporações policiais e de seus chefes hierárquicos impedir que isso aconteça, sob o risco de comprometerem a convivência social pacífica, a ordem legal e os fundamentos do regime democrático.
Fonte: https://www.change.org
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Professores e artistas assinam carta aberta ao governador de São Paulo e criam abaixo-assinado virtual para resguardar o direito à manifestação. A reportagem é de Débora Melo e publicada por CartaCapital, 08-09-2016.
Diante da violência com que a Polícia Militar de São Paulo dispersou uma manifestação pacífica contra o presidente Michel Temer no domingo 4, um grupo de artistas e intelectuais escreveu uma carta aberta ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) para exigir que as forças policiais do Estado “se conformem à ordem democrática”.
Assinada por mais de 900 pessoas, a carta faz parte de um abaixo-assinado virtual hospedado na plataforma Change.org. O documento será enviado a Alckmin, ao vice-governador Marcio França (PSB) e às secretarias de Justiça e da Segurança Pública.
“As liberdades democráticas básicas requerem o respeito a direitos fundamentais, seja por parte do Estado, seja por outros cidadãos”, diz a primeira linha do texto. “O direito à expressão pública – e em espaços públicos – de interesses, ideias e valores não pode estar submetido ao arbítrio das autoridades policiais ou de seus chefes, ocupantes de cargos governamentais eletivos ou não”.
A manifestação do último domingo seguiu da Avenida Paulista até o Largo da Batata sem qualquer ato de vandalismo. De acordo com a organização, 100 mil pessoas pediram a saída de Temer e a realização de novas eleições.
Após o fim do protesto, quando muitos já se dirigiam à estação Faria Lima do Metrô, a polícia resolveu dispersar a multidão com bombas de gás lacrimogêneo, jatos de água e balas de borracha. Muitos passaram mal e tentaram se refugiar em bares da região.
“O dono de um bar levou gás de pimenta na cara. Foi uma ação totalmente absurda e arbitrária”, diz o cientista político Cláudio Couto, professor da FGV-SP, um dos signatários da carta. “É a Polícia Militar repetindo o mesmo enredo de sempre, agredindo manifestantes sem justificativa alguma. Entendemos que isso é inaceitável”, continua professor.
A carta, que fala em “ação desproporcional e truculenta”, lembra que manifestantes – incluindo oito menores de idade – foram detidos pela PM mesmo antes de o protesto começar. "Tais condutas das autoridades policiais retratam um padrão na atuação das forças de segurança paulistas, que se reproduz frequentemente no trato cotidiano com a população, nos índices de letalidade policial e na impunidade dos crimes cometidos por policiais, como as chacinas”, diz o texto. “Não bastasse a violação cotidiana dos direitos civis de cidadãos comuns, o uso desregrado da força em manifestações políticas coloca em risco não apenas a segurança individual das pessoas, mas atinge o cerne do próprio regime democrático”.
Milton Hatoum: "Estado policialesco"
O escritor Milton Hatoum, que também assina a carta, afirma que hoje não é possível dizer que vivemos em uma democracia. “Eu não considero este regime democrático. A polícia reprimiu uma manifestação pacífica, eu estava lá. E que democracia é esta, que interrompe de forma vil o mandato de uma presidente? Nós sabemos das manobras, foram todas reveladas naquele telefonema do Romero Jucá [em conversa com Sérgio Machado]”.
Para Hatoum, a ação da polícia teve "o objetivo claro de desmoralizar o teor pacifico da manifestação". A escritora Noemi Jaffe concorda. "Estávamos em uma manifestação completamente pacífica, com famílias, cachorros e crianças. Então me parece que aquilo foi uma ação tática, feita exclusivamente para a imprensa, para que mostrassem cenas de suposto vandalismo", afirma Jaffe.
O escritor Ricardo Lísias lembra que a revolução digital já não permite que excessos sejam escondidos. "Estamos na era do WhatsApp, do celular. Mas parece que o pessoal da segurança pública não percebeu. Os vídeos mostram que muitas vezes a repressão é totalmente gratuita."
A carta endereçada a Alckmin pede, por fim, que o governo reconheça a “legitimidade das manifestações” sem se deixar levar por “orientações morais ou motivações político-partidárias”.
“Excessos no uso da força e ações arbitrárias poderão levar a uma escalada de violência sem precedentes, e é dever das corporações policiais e de seus chefes hierárquicos impedir que isso aconteça, sob o risco de comprometerem a convivência social pacífica, a ordem legal e os fundamentos do regime democrático”, encerra a carta.
Para Hatoum, se Alckmin tem "alguma ambição política", ele precisa "educar" seus secretários de segurança. "Mas, se eles pretendem governar sobre essa tensão, estaremos falando de um estado policialesco. E isso vai criar tensões sociais graves."
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Levantamento feito pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou indícios de irregularidade em doações que totalizam cerca de R$ 266 milhões. Entre os volumes mais expressivos colocados sob suspeita estão os de doações de pessoas com indícios de falta de capacidade econômica (R$ 168,3 milhões), doações feitas por sócios de empresas que receberam recursos públicos (R$ 66,2 milhões) e doações feitas por grupos (R$ 14,2 milhões), como o caso de 114 funcionários de uma mesma prefeitura que doaram R$ 230 mil para diretório municipal de um partido.
O TSE também identificou doações em que houve cessão temporária de veículos por doador que não é proprietário do veículo - foram 3.028 casos desse tipo, que totalizam R$ 7,1 milhões. No caso de beneficiários do Bolsa Família, o grupo de trabalho que fez um pente fino nas doações encontrou indícios de irregularidades envolvendo 4.630 pessoas atendidas pelo programa - inclusive um beneficiário que doou R$ 67 mil para uma campanha.
O grupo de trabalho também identificou uma produtora de filme com apenas dois funcionários que foi contratada no valor de R$ 100 mil. O caso se enquadra em uma situação de empresas com indícios de falta de capacidade. Ao todo, foram encontrados 241 casos desse tipo, que representam um valor de R$ 2 milhões do total de R$ 266 milhões sob suspeita de irregularidade.
Técnicos encontraram indícios de irregularidades em um de cada três doadores, a partir do cruzamento de informações prestadas pelas campanhas dos candidatos e o banco de dados do governo federal, como o Sistema de Controle de Óbitos (Sisob) e o Cadastro Único.
A nova legislação eleitoral não permite mais a possibilidade de doações de empresas para campanhas eleitorais. No caso das pessoas físicas, a doação é limitada a 10% dos rendimentos brutos conforme declaração do imposto de renda do doador referente ao ano anterior à eleição.
Mesmo assim, há 21.072 pessoas que fizeram doações significativas, ainda que haja indícios de falta de capacidade econômica. Dez pessoas, por exemplo, doaram mais de R$ 1 milhão, mas a renda conhecida não é compatível com o valor doado. Um outro doador contribuiu para uma campanha com R$ 93 mil, porém sua última renda conhecida é do ano de 2010, o que acendeu o "sinal amarelo" quanto a uma eventual irregularidade.
Também chamou a atenção dos técnicos o fato de sócios de empresas que recebem recursos públicos terem feito doações expressivas, com gestores de recursos públicos realizando doações de valores superiores a R$ 1 milhão. O valor de doações que se enquadram nesse tipo de caso chega a R$ 66,2 milhões.
Os nomes dos doadores e beneficiários não serão divulgados pelo TSE.
Pente-fino
Nesta quinta-feira (8), o presidente do TSE, Gilmar Mendes, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, formalizaram uma parceria para aprofundar a verificação de irregularidades nas contas.
A Receita receberá uma lista completa de candidatos, fornecedores, partidos políticos e prestadores de serviços que entraram na mira do TCU e do TSE depois de serem identificados indícios de irregularidade. "Depois das eleições, imaginamos que podemos fazer um balanço rigoroso da situação. É necessário que a prestação de contas deixe de ser um faz de contas", disse Gilmar Mendes.
Uma fonte ouvida pela reportagem acredita que o banco de dados da Receita Federal fortalecerá a operação pente-fino, já que as informações do órgão são robustas, mais completas e constantemente atualizadas - no caso do Sisob, por exemplo, há a possibilidade de um homônimo ter sido registrado como morto.
O TSE já repassou as informações coletadas ao Ministério Público Eleitoral e aos juízes eleitorais. Caso as irregularidades sejam confirmadas, elas podem eventualmente levar à impugnação de candidaturas. Fonte: http://noticias.uol.com.br
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Oficial Henrique Motta não vai mais comandar a PM nos atos, diz secretário. Policial postou mensagem que dizia que manifestante 'colheu rabanete'.
O tenente-coronel da Polícia Militar Henrique Motta foi afastado do comando do policiamento nas manifestações em São Paulo, informou nesta quinta-feira (8) o secretário de Segurança Pública do estado, Mágino Alves Barbosa Filho.
Na semana passada, Motta compartilhou em sua página no Facebook uma publicação que une um suposto tweet de Deborah Fabri, que teve olho esquerdo perfurado por bomba da PM em protesto em São Paulo, dizendo ser favorável a depredações com objetivos, com o post em que ela comunica que perdeu a visão. Na montagem, há o texto: "Quem planta rabanete, colhe rabanete".
"Para preservar o oficial e a ordem pública, ele vai deixar de fazer o comando nas manifestações", afirmou o secretário. Motta continua como coronel da PM mas não atuará nos protestos na capital. Para Mágino Alves, o oficial fez um comentário nas redes sociais "como pessoa física. "Eu não concordo com o comentário, mas garanto que não é uma posição institucional da Polícia Militar", afirmou o secretário.
O secretário disse que a conduta do tenente-coronel "não é uma infração" e acredita que não vá influenciar a tropa.
Além de Motta, a SSP afastou de manifestações dois policiais que atropelaram um manifestante na Rua João Adolfo, no Centro de São Paulo, durante protestos no dia 1º. "Estamos apurando a conduta deles no âmbito da polícia militar."
'Socialista de Iphone'
A publicação compartilhada pelo coronel é da página "socialista de iphone" e traz a montagem com o suposto tweet de Deborah de novembro de 2015 que diz: "Cara, eu sou a favor de qualquer ato de qualquer destruição em protesto de cunho político que tenha objetivos sólidos!".
O outro post é de um do dia 1º de setembro, um dia depois do protesto do dia 31, em que ficou ferida: "Oi pessoal estou saindo do hospital agora. Sofri uma lesão e perdi a visão do olho esquerdo mas estou bem. Obrigada pelas mensagens e apoio logo logo respondo todos!!!".
Para comentar a publicação, o coronel usou um texto que diz ser do padre Fábio de Melo: "As escolhas que você procura (...) tudo será determinante para a colheita futura".
Após as críticas da publicação sobre plantar e colher rabanete, o coronel mudou a foto do seu perfil no Facebook. Insistindo na temática da colheita, ele colocou uma imagem que diz: "Quem quiser boa colheita, a melhor receita é ser bom plantador".
A Polícia Militar disse que "respeita a liberdade de expressão e o direito de opinião, desde que não configure crime. Isso vale também para os seus integrantes". Segundo a nota enviada, "não há indícios de que as suas opiniões tenham em algum momento interferido em seu trabalho técnico, que tem se mostrado isento e imparcial".
A nota ainda diz que "O fato de ter e de expressar uma opinião política não implica em ações parciais, tanto é que inúmeros jornalistas, por exemplo, manifestam nas redes sociais posicionamentos políticos, mas não deixam de exercer suas funções nos respectivos veículos de comunicação".
Estudante teve olho perfurado
A manifestante Deborah Fabri, 19 anos, ferida por bomba da Polícia Militar na manifestação contra o governo Michel Temer na noite do dia 31 no Centro de São Paulo, disse que perdeu a visão do olho esquerdo.
O Hospital de Olhos informou em boletim médico que a paciente "foi internada em nosso serviço às 2h37 do dia 1º de setembro de 2016, com trauma na região da face, escoriações nas pálpebras e região malar esquerda, e lesão perfuro contusa no olho esquerdo". Deborah passou por cirurgia de urgência. O hospital também disse que "por ser tratar de um procedimento de alta complexidade oftalmológica, o prognóstico requer cuidados especiais".
O Doutor William Fidelix, diretor operacional do hospital, explicou ao G1 que "pela extensão das lesões, o prognóstico visual é bastente reservado, bem grave. As chances são pequenas para recuperação da visão". Fonte: http://g1.globo.com
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Em mensagem, por ocasião do 7 de setembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) "reafirma que o Brasil é um país livre, soberano e religioso", marcado por "uma história construída na diversidade, na tolerância e na convivência pacífica".
Entretanto, de acordo com o texto assinado pela Presidência da CNBB, o país passa por "um triste momento da história". "A ausência de valores éticos e morais provocou a profunda crise política, econômica e social que estamos atravessando. A histórica desigualdade social não foi superada. Corremos o risco de vê-la agravada pela desconstrução de políticas públicas, que resultam em perda de direitos", dizem os bispos. Confira, abaixo, a íntegra do texto:
MENSAGEM POR OCASIÃO DA COMEMORAÇÃO DO DIA DA INDEPENDÊNCIA
“A esperança não decepciona” (Rm 5,5)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, por ocasião das comemorações de 7 de setembro, dia da Independência, reafirma que o Brasil é um país livre, soberano e religioso. É uma das dez maiores economias do mundo, território vasto e diverso, mais de 200 milhões de brasileiras e brasileiros. Testemunhas de uma história construída na diversidade, na tolerância e na convivência pacífica.
Contudo, vivemos um triste momento de nossa história. A ausência de valores éticos e morais provocou a profunda crise política, econômica e social que estamos atravessando. A histórica desigualdade social não foi superada. Corremos o risco de vê-la agravada pela desconstrução de políticas públicas, que resultam em perda de direitos.
Constatamos as dificuldades do momento, mas acreditamos na capacidade do povo brasileiro de superar adversidades, sempre através de manifestações pacíficas. Cada instituição é chamada a cumprir seus respectivos deveres, no Estado Democrático de Direito, atuando no que lhe é específico, em favor do povo brasileiro, nunca por interesses particulares ou corporativos. A Carta Magna de 1988, fruto de um processo de participação popular, guardiã da democracia brasileira, deve ser arduamente defendida.
Menos de um mês nos separam das eleições municipais. É uma oportunidade para nossa população falar através das urnas. Não percamos a chance de ter uma participação ativa e consciente que resgate a política e eduque para cidadania. Recordemos que se trata de uma eleição sem o financiamento empresarial e regida pela lei da Ficha Limpa, relevantes conquistas da sociedade brasileira. “Gigante pela própria natureza... teu futuro espelha essa grandeza”.
O dia da pátria seja uma ocasião para reafirmar o compromisso de todo o povo brasileiro com a democracia, por meio do diálogo e da busca incansável pela paz, para construirmos juntos um Brasil fraterno e justo. A “esperança não decepciona” (Rm 5,5).
Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda por nós!
Brasília-DF, 07 de setembro de 2016
Dom Sergio da Rocha Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de Brasília-DF Arcebispo de S. Salvador da Bahia-BA
Presidente da CNBB Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário-Geral da CNBB
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Protestos em pelo menos 18 capitais contra o presidente Michel Temer estão programados para o feriado de 7 de Setembro. Alguns atos estão sendo convocados pelas redes sociais para começar já na noite desta terça-feira (6). As manifestações pedem a saída do peemedebista do poder, a convocação de novas eleições e ainda destacam oposição à agenda econômica do novo governo.
Em Brasília, diversos movimentos de esquerda assinam a organização de um ato marcado para as 8h30 em frente à Catedral Metropolitana, na Esplanada dos Ministérios. Segundo um grupo da Universidade de Brasília (UnB), a ideia é ficar no local até à noite. No Facebook, 3,8 mil pessoas confirmaram presença na manifestação até as 13h30 desta terça-feira.
"O povo brasileiro sofre cada vez mais com a crise. Só em agosto mais de 100 mil pessoas ficaram desempregadas. O salário já não dá mais para as compras do mês. E se Temer continuar realizando suas medidas, isso só tende a piorar. Não podemos esperar nada de bom de um governo que não foi escolhido pelo povo", diz o texto do evento no Facebook.
Na capital paulista, o primeiro ato do dia ocorre na Praça Oswaldo Cruz, às 9h, e ocupará a avenida Paulista. O evento é organizado pela Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo e sua convocação no Facebook destaca o protesto contra as reações de Temer às manifestações. A concentração será na Praça Oswaldo Cruz, que fica entre as estações Brigadeiro e Paraíso do Metrô. Dessa esquina na avenida Paulista, o grupo vai caminhar até o Parque do Ibirapuera.
Outra manifestação está programada na Praça da Sé para as 14h e está sendo chamada pela Frente Periferia Revolucionária. "Quem votou na Dilma, votou ciente - ou ao menos deveria - de que o vice-presidente seria o Temer, mas isso não significa que os mais de 54 milhões de brasileiros apoiam as ideias neoliberais do peemedebista", diz a convocação do evento na rede social. Até as 12h desta terça-feira, 7 mil pessoas confirmaram presença no ato.
Às 17h, um ato organizado pela Frente Brasil Popular vai estar concentrado no Largo da Batata. Um dos lemas usados no protesto é "nenhum direito a menos", destacando oposição à agenda econômica de Michel Temer.
No Rio de Janeiro, uma emissora de televisão será alvo de protestos neste 7 de Setembro. Às 18h, manifestantes vão se reunir em frente à sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. "A Rede Golpe de Televisão apoiou a ditadura militar em 1964 e a mesma articulou e viabilizou o golpe dado em nossa democracia no dia 31 de agosto de 2016", diz o evento. Ao meio-dia desta terça-feira, 1,3 mil pessoas confirmaram presença através da internet.
Também no Rio, um ato "Fora Temer" está programado pela frente Povo sem Medo para as 11h na esquina da rua Uruguaiana com a avenida Presidente Vargas. O evento chamado na internet destaca a data simbólica do feriado e diz que o objetivo é gritar pela "verdade liberdade e independência", pedindo a saída de Temer da Presidência e a realização de eleições.
Contra a corrupção
Outra manifestação está sendo organizada às 9h pelo Movimento Brasil Contra Corrupção na Esplanada, em Brasília, mesmo local do ato marcado por oposicionistas de Michel Temer. O movimento tem lideranças que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e pede aprovação imediata e sem mudanças do projeto que estabelece as "dez medidas contra a corrupção", que está sendo discutido em comissão especial na Câmara dos Deputados.
A chamada Marcha Contra a Corrupção já foi promovida pelo movimento em feriados de 2011 e 2012, segundo a própria organização. O evento convocado na internet também coloca na pauta do protesto a aplicação da Lei da Ficha Limpa e o fim do Foro de São Paulo, que reúne partidos de esquerda da América Latina.
O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua, que protagonizaram os protestos pedindo a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, não estão chamando para manifestações no feriado. Nas redes sociais, as organizações têm criticado os atos contra o presidente Temer afirmando que esses protestos pedem a volta de corruptos ao poder. Nos últimos dias, o MBL tem dedicado publicações para promover integrantes do movimento que são candidatos nas eleições municipais, além de pedir o impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, por ele ter decidido fatiar a votação do processo que cassou Dilma Rousseff. Fonte: http://noticias.uol.com.br
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Lula, ex-presidente da República, escreve ao Papa: "é um golpe político para apossar-se do patrimônio nacional – como já começa a acontecer com as reservas petrolíferas em águas profundas – e desmontar a rede de proteção aos trabalhadores e aos pobres que foi ampliada e consolidada nos últimos treze anos". A íntegra da carta, em português, foi também enviada com a tradução espanhola.
Eis a carta.
Vossa Santidade
Papa Francisco
São Paulo, 30 de agosto de 2016.
Santíssimo Padre,
Dirijo-me a Vossa Santidade para informá-lo da gravíssima situação política e institucional que vive o Brasil, país que tive a honra de presidir de 2003 a 2010.
Tomo a liberdade de escrever-lhe considerando o respeito e a amizade que Vossa Santidade tem pelo Brasil, pelos quais somos todos imensamente gratos.
Orgulho-me de ter conseguido, apesar da complexidade inerente às grandes democracias e dos problemas crônicos do Brasil, unir o meu país em torno de um projeto de desenvolvimento econômico com inclusão social, que nos fez dar um verdadeiro salto histórico em termos de crescimento produtivo, geração de empregos, distribuição de renda, combate à pobreza e ampliação das oportunidades educacionais...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
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Cobri o protesto contra o presidente da República, Michel Temer, desde o seu início na avenida Paulista, às 16h30.
A manifestação seguiu sem problemas até o largo da Batata, na zona oeste da capital. No caminho, membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto obrigaram supostos black blocs a tirarem suas máscaras ou deixarem o ato.
A intenção do MTST, segundo eles, era evitar que ocorressem atos de vandalismo. Minutos após os manifestantes começarem a se dispersar, por volta das 21h, a polícia começou a jogar bombas de gás lacrimôgeneo e efeito moral pelas ruas de Pinheiros. Também foram disparados diversos tiros de bala de borracha.
A Secretaria da Segurança Pública informou que a confusão começou após um princípio de tumulto na estação Faria Lima, "que se transformou em depredação". A pasta informa ainda que "vândalos quebraram catracas, colocando em risco funcionários" e que a "Polícia Militar atuou para restabelecer a ordem pública, sendo recebida a pedradas, intervindo com munição química e utilização de jato d'água".
Enquanto manifestantes atiravam garrafas e colocavam fogo em barricadas, eu acompanhava os confrontos atrás dos policiais, na rua Sumidouro. De repente, eles decidiram mudar de rota e se voltaram para o lado oposto ao que seguiam.
Nesse momento, a Tropa de Choque ficou de frente para mim e ao menos outros dois repórteres fotográficos. Ao perceber que poderia ficar encurralado, procurei uma rota de fuga e me encostei na parede para aguardar a passagem dos policiais.
Identificado com colete e crachá da BBC Brasil, levantei minhas mãos e me identifiquei como imprensa. Mesmo assim, os policiais avançaram contra mim enquanto gritavam para eu sair da frente. "Sai da frente! Vaza, vaza!", diziam ao menos quatro policiais pouco antes de me atingir com golpes de cassetete no antebraço direito, na mão esquerda, no ombro direito, no peito e na perna direita. Um deles ainda me chamou de lixo, mas o áudio do vídeo que fiz não captou.
As marcas das agressões ficaram no meu corpo, principalmente no antebraço, que inchou e ficou roxo. Por sorte, o golpe que levei no peito foi amortecido pelo colete. Eu também usava capacete e máscara de gás. A utilização desses equipamentos de segurança é exigência de normas internas da BBC para cobertura de manifestações.
O celular que eu usava caiu no chão após a agressão e ficou com a tela danificada. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que "os fatos narrados pelo repórter serão investigados e solicita que o jornalista registre um boletim de ocorrência".
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Um grupo de manifestantes pró-Dilma Rousseff protestou na manhã deste domingo, 4, na quadra onde mora o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), em Brasília. Segundo a assessoria do senador, os manifestantes ameaçam invadir o prédio da residência de Cristovam. Eles reclamaram contra o parlamentar porque ele votou a favor do impeachment de Dilma, decidido pelo plenário do Senado no dia 31 de agosto, por 61 votos a 20.
Apesar das ameaças, não houve invasão e o protesto já terminou. Segundo a assessoria de Cristovam, os manifestantes prometeram voltar outras vezes.
O senador, que foi ministro da Educação no gverno Lula e foi demitido, desde então rompeu com a gestão petista. Na última quinta-feira, Cristovam também foi agredido verbalmente por manifestantes enquanto presidia audiência pública da Comissão de Educação do Senado sobre a proposta conhecida como "Escola Sem Partido". A sessão contava com a presença de convidados de movimentos sociais organizados. Sob gritos de "golpista" e "traidor", Cristovam desistiu de presidir a reunião e acabou encerrando a sessão. Fonte: http://noticias.uol.com.br
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Convocado em redes sociais por manifestantes, um protesto percorreu ruas do Centro do Rio na noite desta sexta-feira (2). Como em outras manifestações ocorridas nos últimos dias, o objetivo principal dos ativistas é a saída do presidente recém-empossado, Michel Temer. O ato teve a presença de mascarados e uma confusão pouco antes das 20h.
O tumulto foi na Avenida Mem de Sá, próximo aos Arcos da Lapa. Os ativistas atiraram algumas garrafas e os PMs fizeram uso de spray de pimenta. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas e foram atendidas por socorristas da Cruz Vermelha. Uma mulher afirmou que caiu e, em seguida, PMs acertaram ela com cassetetes.
O número de policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar superava o número de manifestantes, que seguiam sem trajeto definido. Composto em sua maioria por jovens, os manifestantes se locomoviam rápido por ruas do Centro, dificultando o acompanhamento dos PMs.
Além do Choque, militares da cavalaria também acompanharam a manifestação. Os militantes se embrenharam entre os carros durante o percurso. Os PMs fizeram um cordão de isolamento em volta do grupo para acompanhar a caminhada. Alguns manifestantes foram revistados por PMs da operação Centro Presente. Fonte: http://g1.globo.com
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