Padre Júlio Lancelotti denuncia ameaças de morte e recebe apoio da base de Lula: 'Revoltante'
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Padre Júlio Lancelotti denuncia ameaças de morte e recebe apoio da base de Lula: 'Revoltante'
'Petista vagabundo', dizia o bilhete deixado na porta da igreja do religioso; nomes como Alexandre Padilha e Randolfe Rodrigues repudiaram os ataques
Padre Júlio Lancelotti recebe apoio de parlamentares após denunciar ameaças de morte — Foto: Reprodução
Por Luísa Marzullo
Conhecido nacionalmente por seu trabalho filantrópico com moradores de rua, o padre Júlio Lancelotti recebeu neste domingo um bilhete com ameaças de morte. No pedaço de papel foi deixado na porta de sua igreja, o o autor lhe chama de "petista vagabundo" e afirma que os dias dele de "reinado" irão acabar.
"Padreco de merda, pensa que aqui é partido político. Defensor dos direitos dos bandidos. Usa o povo para te favorecer. Seus dias de reinado vão acabar. Pode esperar", diz a nota. No ano passado, padre Júlio Lancelotti declarou apoio à eleição de Lula e deu declarações favoráveis ao então candidato.
—Lula não fecha igrejas, ele abre corações — disse o religioso em encontro com o então candidato um mês antes do primeiro turno das eleições.
Diante da grande repercussão das ameaças, políticos da base de apoio do presidente saíram em repúdio ao ocorrido. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lancelotti "não está sozinho".
Já o líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP), desejou solidariedade ao padre e disse ser "revoltante" que casos como este ainda ocorram: "É inacreditável que alguém sofra ameaças por praticar o bem e fazer a diferença na vida de tantas pessoas! Hoje nosso querido Padre Júlio Lancelotti sofreu grave ameaça à vida. O ódio e o fascismo não passarão", disse o senador.
Já a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirmou que a violência sofrida pelo padre revela uma "inversão de valores" que ocorreu no país: "O ódio contra ele se dá, justamente, pelo seu acolhimento e cuidado com o próximo, premissas do cristianismo e motivos pelos quais o próprio Cristo foi perseguido.
O movimento foi acompanhado por outros deputados do PT como Luizianne Lins (CE) que aproveitou a ocasião para eleger Lancelotti: "um humanista incansável".
Esta não é a primeira vez que o padre relata ameaças. Em 2020, prestou queixa à Polícia Civil após ter sido xingado por um homem enquanto atendia moradores de rua no Centro da cidade de São Paulo.
‘Estava aqui na praça com os irmãos de rua e passou uma moto por aqui e o cara falou: ‘padre filho da puta que defende noia [usuários de droga]’. Depois dos ataques de alguns candidatos à prefeitura contra mim, eu estou cada vez mais em risco. Então quero deixar claro, se me acontecer alguma coisa, se eu for atingido por alguém vocês sabem de quem é a culpa, de quem cobrar’, relatou à época. Fonte: https://oglobo.globo.com
O difícil problema da manipulação religiosa
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O difícil problema da manipulação religiosa
Liberdade religiosa é um enorme bem para a sociedade. Mas não se pode ignorar que, no Brasil, vem crescendo a manipulação religiosa, com nefastas consequências sociais e
O levantamento segundo o qual 17 templos são abertos por dia em média no País traz à tona um tema difícil de ser tratado, mas nem por isso menos real ou menos daninho: a manipulação religiosa, isto é, o uso da religião para fins políticos ou financeiros e a utilização da vulnerabilidade social e econômica para dominação social e política. É uma modalidade de coronelismo, profundamente perversa, que subjuga parcelas crescentes da população à condição de subcidadania.
O tema exige muito cuidado. A liberdade religiosa é um enorme bem para a sociedade, parte essencial dos direitos fundamentais. Sem liberdade religiosa, não há cidadania. Além disso, grandes conquistas civilizatórias foram motivadas por ideais religiosos, como o movimento abolicionista no século 19.
O Estado laico não tem uma religião oficial. Ele é absolutamente incompetente para fazer qualquer afirmação em matéria teológica. Consequentemente, ele também não vê as religiões – nenhuma delas – como inimigas. Ao contrário, reconhecendo a profunda atuação social e humanitária de tantos credos, o poder público trabalha em parceria com muitas igrejas em várias áreas, como saúde e educação. Mais do que uma relação de oposição ou de conflito, o Estado Democrático de Direito – mantendo-se rigorosamente isento nas questões especificamente religiosas – vislumbra nas igrejas uma realidade humana e social que merece ser preservada e respeitada.
Esse é o espírito consagrado na Constituição de 1988, que reconheceu e protegeu a liberdade religiosa. Vendo nas diversas manifestações religiosas um importante bem social, o legislador constituinte estabeleceu a imunidade tributária das igrejas. “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre templos de qualquer culto”, diz o art. 150, VI, b. Ver no fenômeno religioso, seja qual for sua matriz espiritual ou filosófica, uma oposição ao Estado Democrático de Direito é manifestamente inconstitucional: é reconhecer que não se entendeu nada sobre a liberdade própria de uma democracia. O Estado contemporâneo não vem dizer como os cidadãos devem viver – em que devem acreditar ou como devem amar –, e sim assegurar o espaço de liberdade para que cada um, respeitando a lei e os direitos dos outros, viva como bem entender.
As religiões fazem parte do passado, do presente e do futuro do País, de modo que integram nosso patrimônio histórico, arquitetônico, social e cultural, mas todo esse panorama formidável não esconde o fato de que, sob aparência de fenômeno religioso, há muita gente aproveitando-se da condição de vulnerabilidade de outros cidadãos para fins políticos e financeiros. No Brasil, fundar uma igreja virou, muitas vezes, um lucrativo negócio. A imunidade tributária, cujo objetivo é assegurar a liberdade religiosa da população, transformou-se em ocasião de enriquecimento. Não é nenhum exagero: ao longo das últimas décadas, lideranças religiosas acumularam milhões.
No ano passado, criticou-se, neste espaço, “o uso abusivo do estatuto especial das igrejas para fazer proselitismo eleitoral” (ver o editorial Púlpito não é palanque eleitoral, do dia 13/8/2022). Além de constituir uma manipulação de liberdades fundamentais, a prática é vedada pela legislação eleitoral. O problema já foi tratado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), algum limite às atividades eclesiásticas é “medida necessária à proteção da liberdade de voto e da própria legitimidade do processo eleitoral, dada a ascendência incorporada pelos expoentes das igrejas em setores específicos da comunidade”.
O País não pode fingir que o problema da manipulação religiosa não existe, sob pena de permitir a exploração de cidadãos por seus iguais. Não é fácil estabelecer critérios para a distinção entre o que é religião e o que é instrumentalização da religião. Mas não cabe abdicar dessa tarefa. Só será possível defender efetivamente a liberdade religiosa se, enquanto sociedade, soubermos o que não é liberdade religiosa. Fonte: https://www.estadao.com.br
Padre Júlio Lancellotti recebe bilhete com ameaça: 'seu dia de reinado aqui vai acabar'
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O coordenador da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo disse que acionou a Secretaria de Segurança Pública e vai fornecer imagens de câmera de segurança à polícia para identificar suspeito.
Padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, recebeu bilhete com ameaça deixado na porta da paróquia. — Foto: Reprodução/EPTV e Instagram
Por g1 SP — São Paulo
O Padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, recebeu neste sábado (26) um bilhete com ameaças (veja imagem acima).
A mensagem, deixada na porta da Paróquia São Miguel Arcanjo, na Zona Leste da capital, diz que "seu dia de reinado aqui vai acabar". O religioso também é xingado e chamado de "defensor dos direitos de bandidos".
Ao g1, o Padre Júlio afirmou que entrou em contato com o secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, para informar sobre o caso.
Segundo Lancellotti, câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito deixa o bilhete no final da tarde de sábado. Ele diz que não conseguiu identificar a pessoa, mas as imagens serão entregues à polícia.
Júlio Lancellotti é conhecido por seu trabalho de assistência a pessoas em situação de rua. Em suas redes sociais, ele denuncia com frequência casos de violência policial e de construções com arquitetura hostil, que restringem o uso do espaço público.
Esta não é a primeira vez que o padre é ameaçado. Em 2018, entidades de diretos humanos entraram com uma representação no Ministério Público após o coordenador da pastoral receber ameaças de morte. Fonte: https://g1.globo.com
Morre o cardeal Geraldo Majella Agnelo, ex-presidente da CNBB
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A saúde de dom Geraldo se agravou em dezembro do ano passado, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC)
O cardeal Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador, morreu aos 89 anos. — Foto: Reprodução/Instagram CNBB
Por O GLOBO — São Paulo
O cardeal Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) morreu neste sábado (26), aos 89 anos. A notícia foi comunicada pela arquidiocese de Londrina (PR), onde o cardeal residia desde 2014.
De acordo com informações da CNBB, a saúde de dom Geraldo se agravou em dezembro do ano passado, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Ele estava em internamento domiciliar e teve uma piora nos últimos dias.
Dom Geraldo Majella Agnelo nasceu no dia 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora (MG). Aos 12 anos ingressou no Seminário Menor Diocesano Santo Antônio, também em Juiz de Fora.
Dom Geraldo, cujo lema episcopal é “Caridade com fé”, foi bispo de Toledo (PR), de 5 de maio a 27 outubro de 1982, arcebispo de Londrina (PR) de 1982 a janeiro de 1999, quando foi nomeado como arcebispo Primaz do Brasil e assumiu o governo pastoral da arquidiocese de São Salvador da Bahia.
Ele presidiu a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, de 1983-1987, foi vice-presidente do Regional Sul 2 da CNBB e 2º Vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), em 1999. Dom Geraldo presidiu a CNBB de 2003 a 2007.
No Vaticano, foi membro do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes e da Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja. Participou de dois conclaves, um, em 2005, que elegeu o Papa Bento XVI, e outro, em 2013, no qual foi escolhido o Papa Francisco. Ele foi um dos três presidentes da Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe realizada em Aparecida (SP), em maio de 2007.
Dom Geraldo também era formado em Filosofia e em Teologia e foi professor na Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Fonte: https://oglobo.globo.com
21º Domingo do Tempo Comum: Um Olhar
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PROFESSAR A FÉ COM SÃO PEDRO E O PAPA
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará (PA)
Mais uma vez a Liturgia nos apresenta as figuras de São Pedro e da Casa, a grande casa da Igreja, em cuja edificação todos nós entramos. A imagem da construção ocorre muitas vezes na Sagrada Escritura, apontando, ora para a dignidade dos edifícios, ora para o material utilizado ou as pessoas envolvidas nas edificações. São comparações nas quais podem ser como que dependuradas as várias atitudes diante do mistério de Deus e a aventura da fé, a que todos são chamados. São Pedro absorveu de forma interessante esta imagem: “Como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. Com efeito, nas Escrituras se lê: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida, honrosa; quem nela confiar, não será confundido’. De vós, que credes, ela é a honra! Mas para os que não creem, ‘a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular’ (Sl 117, 22-23), pedra que faz cair’: nela tropeçam os que não acolhem a Palavra; esse é o destino deles. Mas vós sois a gente escolhida, o sacerdócio régio, a nação santa, o povo que ele adquiriu, a fim de que proclameis os grandes feitos daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa.” (Cf. 1 Pd 2, 5-10).
Ele mesmo teve que se confrontar com aquela pedra angular da construção, sem a qual tudo vem abaixo. E Jesus Cristo, que é a porta necessária (Cf. Jo 10, 7-9), veio ao seu encontro, talhando pouco a pouco aquele que veio a ser também chamado com o nome Pedro, que vem de Pedra. Na região de Cesareia de Filipe, como nos narra o Evangelista São Mateus (Cf. Mt 6, 13-20), aconteceu um diálogo fundamental na compreensão da vocação de Pedro. Até àquela altura da narrativa evangélica, eram muitas as multidões que se acercavam de Jesus. Delas emerge, pouco a pouco, o grupo dos discípulos e entre eles os doze, que foram depois chamados apóstolos. É um processo de formação, com o qual o Senhor prepara aqueles que deveriam continuar o anúncio do Reino de Deus e a constituição da Igreja. Chega um momento decisivo, os discípulos próximos de Jesus, uma pergunta sobre a opinião corrente a seu respeito, seguida da mais importante questão para qualquer discípulo de todos os tempos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16, 15). É a virada radical para aqueles homens simples! O dono da resposta e da responsabilidade se chama Simão: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16).
Simão era pescador, homem de um temperamento rico de defeitos e qualidades, generosidade e insegurança. Tudo o que era humano nele estava presente. Veio do mundo do trabalho, tinha família e sogra, barco e rede. Certamente não lhe faltava nada no horizonte que se abria em torno do Lago de Nazaré, Mar da Galileia. Foi cultivado pelo Senhor Jesus com a paciência que só Deus tem, e Ele é Deus! Agora, aquele que humanamente talvez não fosse o melhor de todos, dá a resposta da fé, conduzido interiormente pelo Pai que está no Céu. E o Senhor muda seu nome. Simão se torna Pedro, o pescador de Peixes se transforma em Pescador de Homens (Cf. Lc 5, 1-11). Sobre a sua profissão de fé há de se edificar a Igreja. Ao Pescador são entregues as chaves do Reino, donde a devoção cultivada àquele que sempre é visto de plantão à porta do Céu!
São atribuições desproporcionais à pequenez do homem simples da Galileia: “Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 19). O Céu se compromete com a Terra, para agradável surpresa da humanidade ansiosa pela eternidade! O nó que ata os homens e mulheres aos seus próprios defeitos e pecados pode ser desfeito pelo ministério do perdão e da misericórdia, à disposição de quem se abre à graça! Generosidade eterna que se põe à disposição no dia a dia dos cristãos.
Após a confissão de fé proferida por Pedro, em nome de todo o grupo de discípulos, o processo formativo continua. Simão Pedro deverá entender, a duras penas, a realidade da Cruz, cujo anúncio escandaliza! “Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: ‘Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!’ Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: ‘Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!’” precisou ouvir do Senhor palavras exigentes, marcadas com o timbre da verdade, que o conduziu ao cumprimento da exigente missão de ser “Pedra”: ‘“Simão, Simão! Satanás pediu permissão para peneirar-vos, como se faz com o trigo. Eu, porém, orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos’. Simão disse: ‘Senhor, eu estou pronto para ir contigo até mesmo à prisão e à morte!’ Jesus, porém, respondeu: ‘Pedro, eu te digo que hoje, antes que o galo cante, três vezes negarás que me conheces’” (Lc 22, 31-34).
Passados os anos, veio efetivamente a confirmar os irmãos com o derramamento de seu sangue, na cidade de Roma. Seu ministério permanece nos sucessores que vieram. O ofício pastoral de Pedro se realiza no Papa, Bispo de Roma, princípio e fundamento da unidade da Igreja (Cf. Catecismo da Igreja Católica, 880-882). Por um costume secular, que liga nome e missão, hoje o sucessor de Pedro se chama Francisco, um nome escolhido para não se esquecer dos pobres, onde encontrou o eixo de seu ministério. Realiza-se nele o que um apóstolo, antes chamado Saulo e que veio a ser Paulo, afirmou de forma tão bonita: “O que nos recomendaram foi somente que nos lembrássemos dos pobres. E isso procurei fazer sempre, com toda a solicitude” (Gl 2, 10).
O pontificado do Papa Francisco, homem chamado a ser “ponte” para unir as pessoas, tem se caracterizado pela clareza de rumos, tão necessária a nossos tempos. Gestos surpreendentes, atenção aos mais sofredores, palavras fortes e cheias de ternura, com as quais a Igreja é impulsionada a sair de si mesma, com um olhar missionário e evangelizador, aliado a uma notável firmeza doutrinal. Não há situações humanas em qualquer parte do mundo que fiquem sem um sinal de presença da Igreja, a partir de iniciativa sua. A cada momento as pessoas se encantam com suas atitudes. Sabe ser profundamente humano, diz claramente ser homem limitado como todos os outros, pergunta, escuta com atenção, quer ajuda, olha nos olhos das pessoas, é gente!
Há poucos dias, teve a delicadeza de enviar-me uma encorajadora mensagem autografa: “Ao celebrar o teu jubileu de ouro de ordenação sacerdotal, expressamos nosso apoio espiritual e, levando em conta teu trabalho pastoral de longo prazo exercido para a vida do mundo, em várias comunidades eclesiais, pedimos a Deus para ti as forças necessárias ao ministério, solicitando para tanto a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, Assunta ao Céu. De bom grado concedemos a bênção para teu clero, os fiéis e teus familiares, pedindo orações pelo nosso Ministério Petrino”.
Acompanhamos recentemente sua presença carismática impressionante na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa. Agora, vai à distante Mongólia, visitando as periferias geográficas e existenciais. Este é o Sucessor de Pedro que a Providência nos deu. Longa vida, saúde e força ao Papa! Fonte: https://www.cnbb.org.br
Sábado, 26 de agosto-2023. 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, que preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 23,1-12)
1Depois, Jesus falou às multidões e aos discípulos: 2“Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. 3Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros, usam faixas bem largas com trechos da Lei e põem no manto franjas bem longas. 6Gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, 7de serem cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de ‘rabi’. 8Quanto a vós, não vos façais chamar de ‘rabi’, pois um só é vosso Mestre e todos vós sóis irmãos. 9Não chameis a ninguém na terra de ‘pai’, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia, o Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.
3) Reflexão Mateus 23,1-12
(Na América Latina, hoje, 23 de agosto, celebra-se a festa de Santa Rosa de Lima que tem um evangelho próprio: Mateus 13,44-46, cujo comentário se encontra no dia 30 de julho).
O evangelho de hoje faz parte da longa crítica de Jesus contra os escribas e fariseus (Mt 23,1-39). Lucas e Marcos têm apenas alguns trechos desta crítica contra as lideranças religiosas da época. Só o evangelho de Mateus traz o discurso por inteiro. Este texto tão severo deixa entrever com era grande a polêmica das comunidades de Mateus com as comunidades dos judeus daquela época na Galiléia e Síria.
Ao ler estes textos fortemente contrários aos fariseus devemos tomar muito cuidado para não sermos injustos com o povo judeu. Nós cristãos, durante séculos, tivemos atitudes anti-judaicas e, por isso mesmo, anti-cristãs. O que importa ao meditar estes textos é descobrir o seu objetivo: Jesus condena a incoerência e a falta de sinceridade no relacionamento com Deus e com o próximo. Ele está falando contra a hipocrisia tanto a deles de ontem, como a nossa de hoje!
Mateus 23,1-3: O erro básico: dizem mas não fazem
Jesus se dirige à multidão e aos discípulos e faz uma crítica aos escribas e fariseus. O motivo do ataque é a incoerência entre a palavra e a prática. Falam e não praticam. Jesus reconhece a autoridade e o conhecimento dos escribas. “Estão sentados na cátedra de Moisés. Por isso, observai o que eles mandam! Mas não imitai suas ações, pois dizem mas não fazem!”
Mateus 23,4-7: O erro básico se manifesta de várias maneiras.
O erro básico é a incoerência: “Dizem mas não fazem”. Jesus enumera vários pontos que revelam a incoerência. Alguns escribas e fariseus impunham leis pesadas ao povo. Eles conheciam bem as leis mas não as praticavam, nem usavam o seu conhecimento para aliviar a carga nos ombros do povo. Faziam tudo para serem vistos e elogiados, usavam roupas especiais de oração, gostavam dos lugares de honra e das saudações em praça pública. Queriam ser chamados de “Mestre!” Eles representavam um tipo de comunidade que mantinha, legitimava e alimentava as diferenças de classe e de posição social. Legitimava os privilégios dos grandes e a posição inferior dos pequenos. Ora, se há uma coisa de que Jesus não gostava é de aparências que enganam.
Mateus 23,8-12: Como combater o erro básico.
Como deve ser uma comunidade cristã? Todas as funções comunitárias devem ser assumidas como um serviço: “O maior entre você será aquele que serve!” A ninguém devem chamar de Mestre (Rabino), nem de Pai, nem de Guia. Pois a comunidade de Jesus deve manter, legitimar e alimentar não as diferenças, mas sim a fraternidade. Esta é a lei básica: “Vocês todos são irmãos e irmãs!” A fraternidade nasce da experiência de que Deus é Pai, o que faz de todos nós irmãos e irmãs. “Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado!”
O grupo dos Fariseus. O grupo dos fariseus nasceu no século II antes de Cristo com a proposta de uma observância mais perfeita da Lei de Deus, sobretudo das prescrições da pureza. Eles eram mais abertos às novidades do que os saduceus. Por exemplo, aceitavam a fé na ressurreição e a fé nos anjos, coisa que os saduceus não aceitavam. A vida dos fariseus era um testemunho exemplar: rezavam e estudavam a lei durante oito horas por dia; trabalhavam durante oito horas para poder sobreviver; faziam descanso e lazer durante oito horas. Por isso, tinham grande liderança junto do povo. Deste modo, eles ajudaram o povo a conservar sua identidade e a não se perder, ao longo dos séculos.
A mentalidade chamada farisaica. Com o tempo, porém, os fariseus se agarraram ao poder e já não escutavam os apelos do povo nem deixavam o povo falar. A palavra “fariseu” significa “separado”. A observância deles era tão estrita e rigorosa, que eles se distanciavam do comum do povo. Por isso, eram chamados de “separados”. Daí nasce a expressão "mentalidade farisaica" É de pessoas que pensam poder conquistar a justiça através de uma observância estrita e rigorosa da Lei de Deus. Geralmente, são pessoas medrosas, que não têm coragem de assumir o risco da liberdade e da responsabilidade. Elas se escondem atrás das leis e das autoridades. Quando estas pessoas alcançam uma função de mando, tornam-se duras e insensíveis para esconder a sua imperfeição.
Rabino, Guia, Mestre, Pai. São os quatro títulos que Jesus proíbe a gente de usar. Hoje, na igreja, os sacerdotes são chamados de “pai” (padre). Muitos estudam nas universidades da igreja e conquistam o título de “Doutor” (mestre). Muita gente faz direção espiritual e se aconselha com pessoas que são chamadas “Diretor espiritual” (guia). O que importa é que se tenha em conta o motivo que levou Jesus a proibir o uso destes títulos. Se forem usados para a pessoa se firmar numa posição de autoridade e de poder, ela estará errada e cai debaixo da crítica de Jesus. Se forem usados para alimentar e aprofundar a fraternidade e o serviço, não caem debaixo da crítica de Jesus.
4) Para um confronto pessoal
- Quais as motivações que eu tenho para viver e trabalhar na comunidade?
- Como a comunidade vem me ajudando a corrigir e melhorar minhas motivações?
5) Oração final
Ouvirei o que diz o Senhor Deus: ele anuncia paz para seu povo, para seus fiéis, para quem volta para ele de todo coração. Sua salvação está próxima de quem o teme e sua glória habitará em nossa terra. (Sl 84, 9-10)
Frei Betto convida o Papa para a Cop30, que vai se realizar em Belém do Pará em 2025
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A Conferência mundial sobre o clima vai se realizar em Belém, no Pará, em plena Amazônia, em novembro de 2025. O religioso dominicano convidou o Papa a participar da Cop30 sobre o clima, afirmando que Francisco disse estar pensando sobre isso. Em entrevista concedida à Rádio Vaticano – Vatican News, ele tratou de vários temas destacando, entre outros, o "Grito dos Excluídos" para 7 de setembro deste ano, com a demanda de aprimorar nossa democracia e aumentar a distribuição de renda no Brasil
Raimundo de Lima – Vatican News
De passagem por Roma estes dias, o teólogo e escritor Frei Betto participou da audiência geral desta quarta (23/08) na Sala Paulo VI, no Vaticano, na qual encontrou o Papa Francisco.
Na oportunidade, o religioso dominicano convidou-o a participar da Cop30 sobre o clima, afirmando que o Pontífice disse estar pensando sobre isso. A esse propósito, ele acrescentou que também o Presidente Lula já havia insistido nesse convite ao Santo Padre. A Conferência mundial sobre o clima vai se realizar em Belém, no Pará, em plena Amazônia, em novembro de 2025.
Dez anos de Pontificado do primeiro Papa Latino-americano
Em visita à Rádio Vaticano – Vatican News, Frei Betto concedeu-nos uma longa entrevista na qual também nos falou, entre outras coisas, sobre os dez anos de Pontificado de Jorge Mario Bergoglio - primeiro Papa latino-americano -; sobre a Laudato si’ de Francisco e a preservação do meio ambiente em nossa realidade diante do que se promete e do que realmente se faz; agosto, mês vocacional e a crise de vocações para a vida consagrada e religiosa, representando um desafio para a Igreja a abrir-se a novas experiências; setembro, mês da Bíblia, a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja; e o Grito dos Excluídos para 7 de setembro deste ano, com a demanda de aprimorar nossa democracia, aumentar a distribuição de renda no Brasil, fazer com que os direitos dos mais pobres sejam assegurados, principalmente dos povos indígenas, como a melhor maneira de celebrar nossa Independência (Ouça a entrevista na íntegra clicando acima). Fonte: https://www.vaticannews.va
DOMINGO, 27 DE AGOSTO: DIA DO CATEQUISTA
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Dom Carmo José Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
Textos inspirantes: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (1Cor 9, 16)
E disse-lhes: Ide pelo mundo inteiro proclamar o Evangelho a todas as criaturas. “Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado” (Mt 16,15)
A situação atual, religiosamente falando, é preocupante. Por que? A ignorância religiosa é grande. Nossos cristãos não conhecem, suficientemente, Jesus Cristo, a Igreja, a Palavra de Deus. Os sacramentos não são devidamente valorizados. Ademais, há muita confusão religiosa; surgem, constantemente, novas denominações. Muitas, até agressivas e outras parecem mais supermercados da fé…
A escola, muito pouco favorece a evangelização. As famílias -patrimônio da humanidade – (Bento XVI), está em processo de esfacelamento. A mídia repassa conteúdos questionáveis, quando não preocupantes ou até nocivas. A igreja, através da pastoral de suas dioceses e paróquias, deixa a desejar. Faltam autênticos catequistas e formação para eles. Não basta ter boa vontade. Ademais, os pais que deveriam ser os primeiros catequistas, são omissos. Falta investimento na formação de catequistas. A frequência aos sacramentos e a participação ao culto, após a COVID, como será? Boa pergunta…
O testemunho dos cristãos está comprometido: o domingo se tornou o dia do futebol, da praia ou de outros entretenimentos. Muitas famílias nem participam mais da comunidade. São omissos. Não assumem sua função catequética: sua missão. Quem sofre mais com isso? As crianças, ou seja, os filhos. O índice de agressividade é alto entre os jovens e, até, entre casais. O “DA” (Documento de Aparecida) recorda, até, o direito das crianças sobre a formação (DA 286-326). Adiantou?
Qual o futuro das crianças e jovens não evangelizados? Como transformar esse quadro? Não são poucas as advertências da Igreja para a renovação pastoral: Roma, CNBB, Dioceses, etc, etc…
Aos catequistas, hoje e sempre, nossa admiração, incentivo e felicitações. Possa Maria, a catequista por excelência, ser referência e modelo para todos ou todas. Parabéns e gratidão. E a todos que te admiram e incentivam. Fonte: https://www.cnbb.org.br
VIDA CONSAGRADA – MISSÃO E PROFETISMO
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Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! A Igreja no Brasil celebra com seus filhos e filhas, neste Domingo, a Assunção de Nossa Senhora. É uma Solenidade litúrgica, na qual somos envolvidos pela ação de Deus que toca a realidade humana, através da sua palavra, e faz o homem perceber que o seu destino final não é habitar na terra entre os mortos, mas no céu, para participar da glória do Pai, na eternidade, através da ressurreição.
Dentro das celebrações do Mês Vocacional, com gratidão, alegria e esperança, rezamos por todos os religiosos e religiosas, que se consagraram a Cristo, vivendo a vocação, dom de Deus, e servindo a Igreja, Povo de Deus, através dos carismas das Ordens e Congregações Religiosas. A consagração da vida a Cristo, pelos votos de pobreza, obediência e castidade, é uma das mais belas formas do seguimento de Jesus. A pessoa se consagra para viver a sua consagração no seio de uma comunidade, em profunda comunhão com o Senhor, mas sem deixar de anunciar e testemunhar os valores do Reino de Deus, através da missão no mundo. Nestes dois mil anos de cristianismo, a vida consagrada é um sinal visível da ação do Espírito Santo na vida da Igreja. Podemos dizer que, ao longo dos séculos, passou por muitas dificuldades, mas graças a ação do Espírito Santo, soube responder sempre com uma nova primavera aos desafios advindos das mudanças de época, e dar uma resposta criativa, missionária, profética e evangelizadora, para a missão da Igreja, inserida na realidade histórica do Povo de Deus a caminho da casa do Pai. Podemos dizer que os vários carismas da vida consagrada tiveram e têm na Igreja a força para fazer florescer uma nova primavera na evangelização, através da participação ativa no processo sinodal, de uma Igreja em saída, missionária e profética.
Ao longo da história da Igreja, a Vida Consagrada teve um papel profético e ajudou a própria Igreja a fazer um caminho de conversão. A vida religiosa nasce e se desenvolve como uma forma original de seguir Jesus; não é um estado de perfeição, mas um estado de peregrinação. A Igreja reconhece e expressa gratidão aos religiosos e religiosas pelo empenho na ação evangelizadora, nas frentes missionárias e na implantação da Igreja em muitos lugares. Não esquecendo todo o trabalho feito na catequese, na educação, na saúde e nos seminários.
O carisma de cada uma das Ordens e Congregações é dom de Deus, não só para a vida dos membros dos Institutos, mas também para a Igreja e o povo de Deus. Todo carisma só tem sentido quando vivido nesta dimensão. No aspecto vocacional, a Vida Consagrada é um chamado; em modo simbólico, ela manifesta o absoluto de Deus na nossa vida e um modo de ser segundo o Evangelho. Foi no amor a Cristo e por amor a Ele, que os fundadores iniciaram os Institutos de vida consagrada na Igreja, para dar uma resposta de humanização e evangelização, diante de realidades bem concretas, que tocavam a vida da sociedade. Se a vida consagrada, viesse a faltar, seria uma perda enorme para a Igreja. Mas de modo especial, do amor de Cristo, vivido de forma profética, na proximidade, na alegria e na esperança. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Justiça proíbe Câmaras Municipais de iniciar sessões com leitura da Bíblia
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'O Estado brasileiro é laico e garante a pluralidade de crenças', disse o procurador
O procurador-geral Mario Luiz Sarrubbo - Karime Xavier - 20.mar.20/ Folhapress
O Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a realização da leitura de trechos da Bíblia durante sessões em Câmaras Municipais.
A decisão foi tomada em quatro julgamentos recentes realizados pelos desembargadores paulistas em razão de ações de inconstitucionalidade abertas pelo Ministério Público contra as Câmaras Municipais de Artur Nogueira, São Carlos, Araçatuba e Engenheiro Coelho.
Nas ações, Mário Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça, disse que são ilegais as normas aprovadas nos Legislativos que determinam a leitura da Bíblia no início das sessões.
"O Estado brasileiro é laico e garante a pluralidade de crenças", afirmou o procurador nas ações. "O ato normativo em análise tem nítido caráter religioso, instituindo preferência por determinadas religiões, deixando de contemplar as que não se orientam pela Bíblia."
A mais recente decisão foi tomada no dia 9 de agosto contra a Câmara de Artur Nogueira. O desembargador Evaristo dos Santos, relator do processo, afirmou que a imposição da leitura da Bíblia é uma "afronta ao princípio da laicidade do Estado".
Mesmo entendimento foi adotado pelo desembargador Jarbas Gomes ao analisar resolução da Câmara Municipal de São Carlos, que, além de estabelecer a leitura de trechos da Bíblia, determina a manutenção de um exemplar do livro religioso sobre a Mesa Diretora do Legislativo.
"Essa predileção pela Bíblia Sagrada contrasta com os princípios da igualdade e interesse público", afirmou na decisão.
As Câmaras ainda podem recorrer.
A de São Carlos, por exemplo, afirmou à Justiça que a pura e simples manutenção de um exemplar da Bíblia, bem como a leitura de um pequeno trecho, não podem ser consideradas como uma violação à liberdade de crença.
"A laicidade estatal não significa aversão à fé, pois o texto constitucional não impede a colaboração com confissões religiosas", declarou no processo.
Já a Câmara de Artur Nogueira declarou no processo que, pela lei, tem autonomia para disciplinar seus trabalhos. "Não cabe ao Ministério Público a tentativa de interferência nos seus ritos e procedimentos, sendo assunto eminentemente local, ou seja, que apenas e tão somente cabe à população de Artur Nogueira e seus representantes."
Argumentos semelhantes foram apresentados pelas Câmaras de Engenheiro Coelho e de Araçatuba. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Quinta-feira, 17 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 18,21-19,1)
18:21Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? 22Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos. 24Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida. 26Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo! 27Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida. 28Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: Paga o que me deves! 29O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: Dá-me um prazo e eu te pagarei! 30Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. 31Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. 32Então o senhor o chamou e lhe disse: Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. 33Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti? 34E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. 35Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração. 19:1Após esses discursos, Jesus deixou a Galiléia e veio para a Judéia, além do Jordão.
3) Reflexão Mateus 18,21-19,1
No evangelho de ontem ouvimos as palavras de Jesus sobre a correção fraterna (Mt 18,15-20). No evangelho de hoje (Mt 18,21-39) o assunto central é o perdão e a reconciliação.
Mateus 18,21-22: Perdoar setenta vezes sete!.
Diante das palavras de Jesus sobre a correção fraterna e a reconciliação, Pedro pergunta: “Quantas vezes devo perdoar? Sete vezes?” Sete é um número que indica uma perfeição e, no caso da proposta de Pedro, sete é sinônimo de sempre. Mas Jesus vai mais longe. Ele elimina todo e qualquer possível limite para o perdão: "Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete!” É como se dissesse: “Sempre, não! Pedro, mas setenta vezes sempre!” Pois não há proporção entre o amor de Deus para conosco e o nosso amor para com o irmão. Aqui se evoca o episódio de Lamec do AT. “Lamec disse para as suas mulheres: da e Sela, ouçam minha voz; mulheres de Lamec, escutem minha palavra: Por uma ferida, eu matarei um homem, e por uma cicatriz matarei um jovem. Se a vingança de Caim valia por sete, a de Lamec valerá por setenta e sete" (Gn 4,23-24). A tarefa das comunidades é a de reverter o processo da espiral da violência. Para esclarecer a sua resposta a Pedro Jesus conta a parábola do perdão sem limite.
Mateus 18,23-27: A atitude do patrão
Esta parábola é uma alegoria, isto é, Jesus fala de um patrão, mas pensa em Deus. Isto explica os contrastes enormes desta parábola. Como veremos, apesar de se tratar de coisas normais diários, existe algo nesta história que não acontece nunca na vida diária. Na história que Jesus conta, o patrão segue as normas do direito da época. Era um direito dele de prender o empregado com toda a sua família e mantê-lo na prisão até que tivesse pago pelo trabalho escravo a sua dívida. Mas diante do pedido do empregado endividado, o patrão perdoa a dívida. O que chama a atenção é o tamanho da dívida: dez mil talentos. Um talento equivale a 35 kg. Segundo os cálculos feitos, dez mil talentos equivalem a 350 toneladas de ouro. Mesmo que o devedor junto com mulher e filhos fossem trabalhar a vida inteira, jamais seriam capazes de juntar 350 toneladas de ouro. O cálculo extremo é proposital. Nossa dívida frente a Deus é incalculável e impagável.
Mateus 18,28-31: A atitude do empregado
Ao sair daí, esse empregado perdoado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague logo o que me deve'. Dívida de cem denários é o salário de cem dias de trabalho. Alguns calculam que era de 30 gramas de ouro. Não existe meio de comparação entre os dois! Nem dá para entender a atitude do empregado: Deus lhe perdoou 350 toneladas de outro e ele não quer perdoas 30 gramas de ouro. Em vez de perdoar, ele faz com o companheiro aquilo que o patrão ia fazer, mas não fez. Mandou prender o companheiro de acordo com as normas da lei, até que fosse paga a dívida. Atitude chocante para qualquer ser humano. Chocou os outros companheiros. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. Qualquer um de nós teria tido a mesma atitude de desaprovação.
Mateus 18,32-35: A atitude de Deus
“O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: 'Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?' O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida”. Diante do amor de Deus que perdoa gratuitamente nossa dívida de 350 toneladas de ouro, é nada mais que justo que nós perdoemos ao irmão a pequena dívida de 30 gramas de ouro. O perdão de Deus é sem limites. O único limite para a gratuidade da misericórdia de Deus vem de nós mesmos, da nossa incapacidade de perdoar o irmão! (Mt 18,34). É o que dizemos e pedimos no Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” (Mt 6,12-15).
A comunidade como espaço alternativo de solidariedade e fraternidade
A sociedade do Império Romano era dura e sem coração, sem espaço para os pequenos. Estes buscavam um abrigo para o coração e não o encontravam. As sinagogas também eram exigentes e não ofereciam um lugar para eles. Nas comunidades cristãs, o rigor de alguns na observância da Lei levava para dentro da convivência os mesmos critérios da sociedade e da sinagoga. Assim, nas comunidades começavam a aparecer as mesmas divisões que existiam na sociedade e na sinagoga entre rico e pobre, dominação e submissão, homem e mulher, raça e religião. Em vez da comunidade ser um espaço de acolhimento, tornava-se um lugar de condenação. Juntando palavras de Jesus, Mateus quer iluminar a caminhada dos seguidores e das seguidoras de Jesus, para que as comunidades sejam um espaço alternativo de solidariedade e de fraternidade. Devem ser uma Boa Notícia para os pobres.
4) Para um confronto pessoal
1) Perdoar. Tem gente que diz: “Perdôo, mas não esqueço!” E eu? Sou capaz de imitar a Deus?
2) Jesus deu o exemplo. Na hora de ser morto pediu perdão para os seus assassinos (Lc 23,34). Será que sou capaz de imitar Jesus?
5) Oração final
Desde o nascer ao pôr-do-sol, seja louvado o nome do Senhor. O Senhor é excelso sobre todos os povos, sua glória ultrapassa a altura dos céus. (Sl 112, 3-4)
Quarta-feira, 16 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 18,15-20)
Naquele tempo, disse Jesus: 15Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. 16Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. 17Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. 18Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. 19Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. 20Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
3) Reflexão Mateus 18,15-20
No evangelho de hoje e de amanhã vamos ler e meditar a segunda parte do Sermão da Comunidade. O evangelho de hoje fala da correção fraterna (Mt 18,15-18) e da oração em comum (Mt 18,19-20). O de amanhã fala do perdão (Mt 18,21-22) e traz a parábola do perdão sem limites (Mt 18,23-35). A palavra chave desta segunda parte é “perdoar”. O acento cai na reconciliação. Para que possa haver reconciliação que permita o retorno dos pequenos, é importante saber dialogar e perdoar. pois o fundamento da fraternidade é o amor gratuito de Deus. Só assim a comunidade será um sinal do Reino. Não é fácil perdoar. Certas mágoas continuam machucando o coração. Há pessoas que dizem: "Eu perdôo, mas não esqueço!" Rancor, tensões, brigas, opiniões diferentes, ofensas, provocações dificultam o perdão e a reconciliação.
A organização das palavras de Jesus nos cinco grandes Sermões do evangelho de Mateus mostra que, já no fim do primeiro século, as comunidades tinham formas bem concretas de catequese. O Sermão da Comunidade (Mt 18,1-35), por exemplo, traz instruções atualizadas de como proceder em caso de algum conflito entre os membros da comunidade e como encontrar critérios para solucionar os conflitos. Mateus reuniu aquelas frases de Jesus que pudessem ajudar as comunidades do fim do primeiro século a superar os dois problemas agudos que elas enfrentavam naquele momento, a saber, a saída dos pequenos por causa do escândalo de alguns e a necessidade de diálogo para superar o rigorismo de outros e acolher os pequenos, os pobres, na comunidade.
Mateus 18,15-18: A correção fraterna e o poder de perdoar.
Estes versículos trazem normas simples de como proceder no caso de algum conflito na comunidade. Se um irmão ou uma irmã pecar, isto é, se tiver um comportamento não de acordo com a vida da comunidade, não se deve logo denunciá-los. Primeiro, procure conversar a sós. Procure saber os motivos do outro. Se não der resultado, leve mais duas ou três pessoas da comunidade para ver se consegue algum resultado. Só em caso extremo, deve levar o problema para a comunidade toda. E se a pessoa não quiser escutar a comunidade, que ela seja para você “como um publicano ou pagão”, isto é, como alguém que já não faz parte da comunidade. Não é você que está excluindo, mas é a pessoa, ela mesma, que se exclui a si mesma. A comunidade reunida apenas constata e ratifica a exclusão. A graça de poder perdoar e reconciliar em nome de Deus foi dada a Pedro (Mt 16,19), aos apóstolos (Jo 20,23) e, aqui no Sermão da Comunidade, à própria comunidade (Mt 18,18). Isto revela a importância das decisões que a comunidade toma com relação a seus membros.
Mateus 18,19: A oração em comum
A exclusão não significa que a pessoa seja abandonada à sua própria sorte. Não! Ela pode estar separada da comunidade, mas nunca estará separada de Deus. Caso a conversa na comunidade não der resultado e a pessoa não quiser integrar-se na vida da comunidade, resta o último recurso de rezar juntos ao Pai para conseguir a reconciliação. E Jesus garante que o Pai vai atender: “Se dois de vocês na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está no céu”.
Mateus 18,20: A presença de Jesus na comunidade.
O motivo da certeza de ser ouvido pelo Pai é a promessa de Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, estarei no meio deles!” Jesus é o centro, o eixo, da comunidade e, como tal, junto com a Comunidade ele estará rezando conosco ao Pai, para que conceda o dom do retorno ao irmão ou à irmã que se excluiu.
4) Para um confronto pessoal
- Por que será que é tão difícil perdoar? Na nossa comunidade existe espaço para a reconciliação? De que maneira?
- Jesus disse: "Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, estarei no meio deles". O que significa isto para nós hoje?
5) Oração final
Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre. (Sl 112, 1-2)
Festa da Boa Morte celebra tradição secular de mulheres negras na Bahia
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Celebração religiosa em Cachoeira (BA) une catolicismo ao candomblé e é organizada por irmandade bicentenária
Mulheres da Irmandade da Boa Morte dentro da casa da Irmandade, em Cachoeira, no Recôncavo da Bahia- Rafaela Araújo/Folhapress
João Pedro Pitombo- CACHOEIRA (BA)
As roupas de gala são bordadas com renda branca pelas próprias irmãs, assim como os turbantes amarrados nas cabeças. Completam a indumentária um pano da costa vermelho, além de anéis, pulseiras, balagandãs, colares e os chamados correntões cachoeiranos.
Era por volta de 9h da manhã de terça-feira (15) e, enquanto o país se via às voltas com um apagão que atingia 25 estados, o grupo com cerca de 40 mulheres negras tomou as ruas de pedra de Cachoeira (120 quilômetros de Salvador) para celebrar a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte.
As protagonistas do dia formam a Irmandade da Boa Morte, confraria religiosa afro-católica de tradição secular, formada apenas por mulheres negras e que se mantém viva há mais de 200 anos.
A associação, que une o culto católico ao candomblé, foi criada na primeira metade do século 18 para celebrar a Nossa Senhora da Boa Morte. A irmandade foi formada em Salvador, mas acabou migrando para Cachoeira em meio a um cenário de revoltas e rebeliões que marcaram a capital baiana.
Em seus dois séculos de história, a entidade atuou na assistência social aos mais necessitados e deu apoio à organização de funerais dignos para suas associadas. Também teve perfil antiescravista, trabalhando para conseguir alforria de negros escravizados e apoio aos recém-libertos.
A irmandade é atualmente considerada um ícone do feminismo negro no Brasil.
"Eu, como mulher negra, por respeito aos meus ancestrais, não posso deixar que essa memória se perca. É um pedaço de mim zelar, crer, respeitar e amar o nosso passado e a Nossa Senhora da Boa Morte", afirma Edite Marques de Souza, 77, escolhida como provedora da irmandade para a festa deste ano.
Ela conta que tem origem religiosa dentro do candomblé, sempre acompanhou de perto a irmandade em Cachoeira até se tornar uma das irmãs, há cerca de 30 anos: "Me sinto plena porque tenho a felicidade de servir à Nossa Senhora".
A festa acontece entre 13 e 17 de agosto. Todos os anos, quatro irmãs são escolhidas para ocupar os cargos de provedora, procuradora, tesoureira e escrivã, atuando na organização dos festejos.
A celebração é patrimônio imaterial do estado desde 2010, ano em que foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.
Nesta terça-feira, os festejos começaram por volta das 6h, com uma alvorada de fogos de artifício na cidade. Na sede da irmandade, as associadas se preparavam desde cedo para ganhar as ruas da cidade e receberam a visita do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e da prefeita Eliana Gonzaga (Republicanos).
Por volta das 9h, as irmãs caminharam pelas ruas e ladeiras da cidade até na Igreja Matriz do Rosário, templo católico erguido no final do século 17. A falta de energia elétrica não impediu a realização da missa e da solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Rezaram dentro do templo escuro.
Após a cerimônia na igreja, as irmãs saíram em procissão acompanhadas por moradores e turistas. Filarmônicas e bandas se apresentaram pelas ruas da cidade. A programação religiosa foi encerrada com um samba de roda e o Almoço das Irmãs, na sede da irmandade.
Os festejos tiveram início no domingo (13), com a procissão com a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte, a Missa de Réquiem pelas irmãs falecidas e a Ceia Branca.
No dia seguinte, as irmãs participaram da Missa da Dormição de Nossa Senhora, na Capela de Nossa Senhora da Boa Morte. Com trajes brancos, cabeças cobertas e velas nas mãos, participam de uma nova procissão e da cerimônia que marca o enterro simbólico da santa.
A festa ainda prossegue nesta quarta-feira (16) e quinta-feira (17), com mais samba de roda nas praças da cidade e almoços nos quais serão servidos um cozido (prato a base de carnes e verduras, acompanhado de pirão) e o caruru, prato típico da culinária baiana.
Durante os cinco dias de festejos, também estão sendo realizadas atividades culturais, exposição de fotografias, uma feira do empreendedorismo negro e uma feira de artesanato.
Aos 85 anos, Lindaura Paz dos Santos, que ocupou o posto de procuradora da Festa da Boa Morte, celebra a festa da qual faz parte há 43 anos. "Se não tivesse fé, não estaria na irmandade até hoje. É a fé que nos faz manter a tradição." Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Terça-feira, 15 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 18,1-5.10.12-14)
1Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? 2Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: 3Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. 4Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. 5E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. 10Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? 13E se a encontra, sente mais júbilo do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos.
3) Reflexão Mateus 18,1-5.10.12-14
Aqui no capítulo 18 do evangelho de Mateus começa o quarto grande discurso da Nova Lei, o Sermão da Comunidade. Como já foi informado anteriormente (dia 9 de junho de 2008), o Evangelho de Mateus, escrito para as comunidades dos judeus cristãos da Galiléia e Síria, apresenta Jesus como o novo Moisés. No AT, a Lei de Moisés foi codificada nos cinco livros do Pentateuco. Imitando o modelo antigo, Mateus apresenta a Nova Lei em cinco grandes Sermões: 1) O Sermão da Montanha (Mt 5,1 a 7,29); 2) O Sermão da Missão (Mt 10,1-42); 3) O Sermão das Parábolas (Mt 13,1-52); 4) O Sermão da Comunidade (Mt 18,1-35); 5) O Sermão do Futuro do Reino (Mt 24,1 a 25,46). As partes narrativas, intercaladas entre os cinco Sermões, descrevem a prática de Jesus e mostram como ele praticava e encarnava a nova Lei em sua vida.
O evangelho de hoje traz a primeira parte do Sermão da Comunidade (Mt 18,1-14) que tem como palavra chave os “pequenos”. Os pequenos não são só as crianças, mas também as pessoas pobres e sem importância na sociedade e na comunidade, inclusive as crianças. Jesus pede que estes pequenos estejam no centro das preocupações da comunidade, pois "o Pai não quer que um só destes pequenos se perca" (Mt 18,14).
Mateus 18,1: A pergunta dos discípulos que provocou o ensinamento de Jesus
Os discípulos querem saber quem é o maior no Reino. Só o fato de eles fazerem esta pergunta revela que pouco ou nada tinham entendido da mensagem de Jesus. O Sermão da Comunidade, todo inteiro, é para fazer entender que entre os seguidores e as seguidoras de Jesus deve vigorar o espírito de serviço, doação, perdão, reconciliação e amor gratuito, sem buscar o próprio interesse e a autopromoção.
Mateus 18,2-5: O critério básico: o menor é o maior.
Os discípulos querem um critério para poder medir a importância das pessoas na comunidade: "Quem é o maior no Reino do Céu?". Jesus responde que o critério é a criança! Criança não tem importância social, não pertence ao mundo dos grandes. Os discípulos devem tornar-se como crianças. Em vez de querer crescer para cima, devem crescer para baixo e para a periferia, onde vivem os pobres, os pequenos. Assim serão os maiores no Reino! E o motivo é este: “Quem recebe a um destes pequenos, recebe a mim!” Jesus se identifica com eles. O amor de Jesus pelos pequenos não tem explicação. Criança não tem mérito. É a pura gratuidade do amor de Deus que aqui se manifesta e pede para ser imitada na comunidade dos que se dizem discípulos e discípulas de Jesus.
Mateus 18,6-9: Não escandalizar os pequenos.
Estes quatro versículos sobre os escândalo dos pequenos foram omitidos no texto do evangelho de hoje. Damos um breve comentário. Escandalizar os pequenos significa: ser motivo para que os pequenos percam a fé em Deus e abandonem a comunidade. Mateus conservou uma frase muito dura de Jesus: “Quem escandalizar um desses pequeninos que acreditam em mim, melhor seria para ele pendurar uma pedra de moinho no pescoço, e ser jogado no fundo do mar”. Sinal de que naquele tempo muitos pequenos já não se identificavam mais com a comunidade e procuravam outros abrigos. E hoje? Na América Latina, por exemplo, cada ano, são em torno de 3 milhões de pessoas que abandonam as igrejas históricas e mudam para as igrejas evangélicas. Sinal de que já não se sentem em casa entre nós. E muitas vezes são os mais pobres que nos abandonam. O que falta em nós? Qual a causa deste escândalo dos pequenos? Para evitar o escândalo, Jesus manda cortar mão ou pé e arrancar o olho. Esta frase não pode ser tomada ao pé da letra. Ela significa que se deve ser muito exigente no combate ao escândalo que afasta os pequenos. Não podemos permitir, de forma nenhuma, que os pequenos se sintam marginalizados na nossa comunidade. Pois neste caso a comunidade já não seria um sinal do Reino de Deus.
Mateus 18,10-11: Os anjos dos pequenos estão na presença do Pai
Jesus evoca o salmo 91. Os pequenos fazem de Javé o seu refúgio e tomam o Altíssimo como defensor (Sl 91,9) e, por isso : “A desgraça jamais o atingirá, e praga nenhuma vai chegar à sua tenda, pois ele ordenou aos seus anjos que guardem você em seus caminhos. Eles o levarão nas mãos, para que seu pé não tropece numa pedra”. (Sl 91,10-12).
Mateus 18,12-14: A parábola das cem ovelhas
Para Lucas, esta parábola revela a alegria de Deus pela conversão de um pecador (Lc 15,3-7). Para Mateus, ela revela que o Pai não quer que um destes pequeninos se perca. Com outras palavras, os pequenos devem ser a prioridade pastoral da Comunidade, da Igreja. Eles devem estar no centro da preocupação de todos. O amor aos pequenos e excluídos deve ser o eixo da comunidade dos que querem seguir Jesus. Pois é deste modo que a comunidade se torna amostra do amor gratuito de Deus que acolhe a todos.
4) Para um confronto pessoal
- As pessoas mais pobres do bairro participam da nossa comunidade? Elas se sentem bem ou encontram em nós motivo para se afastar?
- Deus Pai não quer que se perca nenhum dos pequenos. O que significa isto para a nossa comunidade?
5) Oração final
Minha herança eterna são as vossas prescrições, porque fazem a alegria de meu coração. Abro a boca para aspirar, num intenso amor de vossa lei. (Sl 118, 111.131)
Aliança entre Bolsonaro e evangélicos sobrevive
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Masculinidade e WhatsApp sustentam o feitiço do ex-presidente
Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, desembarca de avião da PF em Brasília após ser preso em Florianópolis - Pedro Ladeira - 9.ago.23/Folhapress
A Polícia Federal costuma recorrer ao humor sarcástico para nomear suas operações. Seria esse o caso da "Lucas 12:2", que investiga suposto esquema de venda ilegal de joias e objetos de Jair Bolsonaro nos EUA?
Intencional ou não, o nome da operação traz em si potencial para viralizar nas redes sociais entre os milhões de evangélicos. A linguagem bíblica aproxima simbolicamente o caso investigado da liderança cristã que mobilizou fieis, transformou púlpito em palanque, profetizou a vitória do ex-presidente, repreendeu ou expulsou quem discordava e fez contorcionismo teológico para compatibilizar o gesto da arminha com a mensagem de Jesus.
Apesar do provocativo nome, o site Fuxico Gospel, conhecido por noticiar escândalos no mundo evangélico, não havia mencionado a operação até a manhã desta segunda (14). Mas o mesmo não pode ser dito da imprensa secular, que "evangelizou" seu público sobre a passagem bíblica em Lucas 12:2, que diz: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".
Cristãos desigrejados por causa de tensões políticas em 2022 também se manifestaram nas redes. "O pessoal não está refletindo, está apenas rindo", relata o sociólogo Leonardo Rossatto, membro de uma dessas comunidades. Em suas redes sociais, a notícia circula com comentários como: "Olha o nome da operação kkkkk" ou "Eita, como ele é honesto", referindo-se Bolsonaro.
Comentaristas do campo evangélico explicam de modo semelhante o envolvimento das principais igrejas nas campanhas do ex-presidente. Para eles, líderes influentes receberam, do Planalto e pela primeira vez, tratamento VIP. Viajaram no avião presidencial, postaram selfies com empresários e celebridades e ganharam milhões de seguidores nas redes. É, portanto, uma união mundana, sem inspiração religiosa.
Contudo, a exposição de possíveis crimes de Bolsonaro não garante que o eleitor cristão se arrependa e mude suas escolhas. Os EUA têm sido um espelho do Brasil no campo político, especialmente pela importância eleitoral de evangélicos. E, de olho nas eleições de 2024, o New York Times divulgou dados de junho indicando que a maioria dos evangélicos brancos (56%) segue apoiando Donald Trump. E 76% deles afirmam não acreditar que o ex-presidente tenha cometido algum crime federal.
"Há um encantamento, quase um feitiço, em torno dele," comentou um interlocutor sobre o vínculo de evangélicos com Trump. Entre os componentes dessa "magia" estão a masculinidade agressiva, presente em Trump e em Bolsonaro, e a comunicação. O governo mudou, mas o ex-presidente continua com sua bandeira hasteada nos territórios do WhatsApp e do Telegram. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Segunda-feira, 14 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 17, 22-27)
22Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia, Jesus lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, 23e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará”. E os discípulos ficaram extremamente tristes.
24Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do templo?” 25Pedro respondeu: “Paga, sim!” Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: “Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?” 26Ele respondeu: “Dos estranhos!” – “Logo os filhos estão isentos”, retrucou Jesus, 27“mas, para não escandalizar essa gente, vai até o lago, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por mim e por ti”.
3) Reflexão Mateus 17,22-27
Os cinco versículos do evangelho de hoje falam de dois assuntos bem diferentes um do outro: 1) Trazem o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus (Mt 17,22-23): 2) Informam sobre a conversa de Jesus com Pedro sobre o pagamento das taxas e impostos ao templo (Mt 17,24-27).
Mateus 17,22-23: O anúncio da morte e ressurreição de Jesus
O primeiro anúncio (Mt 16,21) havia provocado uma forte reação da parte de Pedro que não quis saber de sofrimento nem de cruz. Jesus tinha respondido com a mesma força: “Atrás der mim, satanás!” (Mt 16,23) Aqui, no segundo anúncio, a reação dos discípulos é mais branda, menos agressiva. O anúncio provoca tristeza. Parece que eles começam a compreender que a cruz faz parte do caminho. A proximidade da morte e do sofrimento pesa neles, gerando desânimo. Por mais que Jesus procurasse ajuda-los, a resistência de séculos contra a idéia de um messias crucificado era maior.
Mateus 17,24-25a: A pergunta dos fiscais do imposto a Pedro
Quando chegaram em Cafarnaum, os fiscais do imposto do Templo perguntaram a Pedro: "O mestre de vocês não paga o imposto do Templo?" Pedro responde: “Paga sim!” Desde os tempos de Neemias, (Séc V aC), os judeus que tinham voltado do cativeiro da Babilônia, comprometeram-se solenemente em assembléia a pagar vários impostos e taxas para poder manter funcionando o culto no Templo e para cuidar da manutenção tanto do serviço sacerdotal como do prédio do Templo (Ne 10,33-40). Pelo que transparece na resposta de Pedro, Jesus pagava este imposto como, aliás, todos os judeus faziam.
Mateus 17,25b-26: A pergunta de Jesus a Pedro sobre o imposto
É curiosa a conversa entre Jesus e Pedro. Quando eles chegam em casa, Jesus pergunta: "O que é que você acha, Simão? De quem os reis da terra recebem taxas ou impostos: dos filhos ou dos estrangeiros?" Pedro respondeu: "Dos estrangeiros!" Então Jesus disse: "Isso quer dizer que os filhos não precisam pagar!” Provavelmente, aqui se reflete uma discussão entre os judeus cristãos anterior à destruição do Templo no ano 70. Eles se perguntavam se deviam ou não continuar a pagar o imposto do Templo, como faziam antes. Pela resposta de Jesus, eles descobrem que não há obrigação de pagar esse imposto: “Os filhos não precisam pagar”. Os filhos são os cristãos. Mas mesmo não havendo obrigação, a recomendação de Jesus é pagar para não provocar escândalo.
Mateus 17,27: A conclusão da conversa sobre o pagamento do imposto
Mais curiosa do que a conversa é a solução que Jesus dá à questão. Ele diz a Pedro: “Para não provocar escândalo, vá ao mar, e jogue o anzol. Na boca do primeiro peixe que você pegar, vai encontrar uma moeda de prata para pagar o imposto. Pegue-a, e pague por mim e por você". Milagre curioso! Tão curioso como aquele dos 2000 porcos que se precipitaram no mar (Mc 5,13). Qualquer que seja a interpretação deste fato miraculoso, esta maneira de solucionar o problema sugere que se trata de um assunto que não tem muita importância para Jesus.
4) Para um confronto pessoal
1) O sofrimento e a cruz abateram e entristeceram os discípulos. Isto já aconteceu na sua vida?
2) Como você entende o episódio da moeda encontrada na boca do peixe?
5) Oração final
Nos céus, louvai o Senhor, louvai-o nas alturas do firmamento. Louvai-o, todos os seus anjos. Louvai-o, todos os seus exércitos. (Sl 148, 1-2)
5 dados curiosos sobre a vida de São Maximiliano Kolbe, mártir do século XX
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REDAÇÃO CENTRAL, 14 Ago. 20 / 06:00 am (ACI).
Neste dia 14 de agosto, é celebrado São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote membro da ordem dos frades menores conventuais, que morreu mártir nos campos de concentração nazistas, ao oferecer a sua vida em troca pela de um pai de família condenado à morte.
A seguir, alguns dados curiosos da vida deste santo do século XX.
1- A Virgem Maria apareceu a ele quando era criança
Ainda criança, realizou uma travessura que sua mãe reprovou. Tempos depois, a mãe viu que Kolbe tinha mudado de atitude e que, frequentemente, rezava chorando diante de um pequeno altar.
O menino lhe disse: “Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha”.
“A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu”.
2- Foi condenado a morrer de fome em uma cela e sobreviveu
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi preso e enviado aos campos de concentração. No tempo em que esteve ali, condenaram a morrer de fome em uma cela 10 prisioneiros que tentaram escapar.
São Maximiliano trocou sua vida pela do sargento polonês Franciszek Gajowniczek, que tinha explicado: “Meu Deus, eu tenho esposa e filhos”.
Nessa cela, o sacerdote seguiu incentivando seus companheiros na fé, com orações e cantos. Após duas semanas, somente São Maximiliano continuava vivo. Necessitando da cela para outros réus, os nazistas decidiram acabar com sua vida injetando-lhe ácido carbônico na veia.
3- Foi muito devoto à Imaculada Conceição
Maximiliano sempre foi muito devoto à Imaculada Conceição. Em 1917, fundou um movimento chamado “A Milícia da Imaculada”, o qual se consagrou à Virgem para lutar com todos os meios pela construção do Reino de Deus em todo o mundo.
Também iniciou a publicação de uma revista mensal chamada “Cavaleiros da Imaculada”, orientada a promover o conhecimento, o amor e o serviço à Virgem Maria.
4- Papa Francisco visitou seu túmulo
Durante sua visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz, no marco de sua viagem apostólica à Polônia pela Jornada Mundial da Juventude Cracóvia 2016, o Papa Francisco conheceu a “cela da fome”, onde São Maximiliano foi preso até o dia de sua morte, em 14 de agosto de 1941.
No recinto escuro, em cujas paredes há uma placa de recordação e estão gravadas as vítimas com três velas ao centro, o Santo Padre se sentou e rezou sozinho e em silêncio por cerca de seis minutos.
5- Na Polônia existem os frades bombeiros de São Maximiliano
Em 1927, o santo fundou a “Cidade da Imaculada” no convento franciscano de Niepokalanów, há 40 quilômetros de Varsóvia.
Há mais de 80 anos, aquele lugar conta com um Corpo de Bombeiros Frades de São Maximiliano Maria Kolbe.
Em 1928, Kolbe reuniu e disse aos frades: “Recebemos isso das pessoas, não é nosso, por isso, temos que nos assegurarmos de que não se destrua”. Logo colocaram mãos à obra e organizaram uma guarda contra incêndios. Fonte: https://www.acidigital.com
O testemunho de Pe. Kolbe que transformou o evangelho em vida
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A Igreja recorda nesta segunda-feira, 14 de agosto, São Maximiliano Maria Kolbe, "um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentração de Auschwitz", afirma Pe. Maicon André Malacarne em artigo. O "testemunho de liberdade, de dom, de entrega" do padre polonês "é o ressoar de quem assumiu radicalmente a Páscoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida".
Pe. Maicon André Malacarne*
O anúncio da paixão de Jesus Cristo é atravessado pela pergunta dos cobradores de impostos a Pedro: «o vosso mestre não paga o imposto do Templo?» (Mt 17,22-27). Trata-se da permanente tensão entre o ‘dom’ e a ‘obrigação’. De fato, Jesus viveu toda a vida como entrega, como ‘pagamento’, e a prova maior foi a cruz. A taxa do Templo era infinitamente menor do significado da Páscoa de Jesus, mas, para não escandalizar ninguém, Jesus disse a Pedro: «pega, então, a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti». A liberdade com que Jesus realizava cada gesto era firmada no compromisso de não gastar tantas forças com questões secundárias.
Uma das grandes conquistas da vida é a liberdade! Pessoas livres são muito fáceis para conversar, para conviver e são sempre generosas em acolher! Pessoas livres não se preocupam tanto com ‘o que os outros vão achar’, mas também descobrem que a liberdade é sempre um caminho de libertação, um ‘sapato’ para calçar todos os dias. A liberdade não é um ponto de chegada, sempre um ponto de partida na dinâmica de ‘livremente ser’.
Um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentração de Auschwitz, foi de São Maximiliano Maria Kolbe, cuja memória a Igreja celebra hoje! O padre polonês foi preso em 1941 e partilhou o destino de sofrimento de muitos prisioneiros. O episódio mais conhecido da sua história data julho de 1941, quando um dos prisioneiros fugiu e, como castigo, a ‘lei do campo’ escolhia dez presos para morrer sem comer. Um dos escolhidos era Franciszek Gajowniczek, pai de família que, quando ouviu seu nome, começou chorar por causa dos filhos.
O Pe. Kolbe, então, se ofereceu para ir no lugar daquele pai. Por ser um padre, logo a guarda acolheu o pedido. Os dez presos sobreviveram 14 dias e, em 14 de agosto, para apressar a morte daqueles que os guardas encontravam sempre rezando, decidiram matá-los com uma injeção de fenol. Também partiu assim Maximiliano! O seu testemunho de liberdade, de dom, de entrega é o ressoar de quem assumiu radicalmente a Páscoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida.
* Diocese de Erexim/RS. Fonte: https://www.vaticannews.va
Corpo do padre encontrado morto depois de ficar desaparecido é sepultado
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População de Itaguara lotou o cemitério para se despedir do Padre Carvalho (foto: Divulgação Itapax)
Fiéis lotaram o velório do Padre Carvalho no Cemitério de Itaguara
Sepultado no início da tarde deste domingo (13/8), no Cemitério Jardim Parque Nossa Senhora das Dores, em Itaguara, o corpo do padre José de Souza Carvalho, de 61 anos, chamado carinhosamente de “Padre Carvalho”. Ele estava desaparecido desde o último dia 4 de agosto. O corpo foi encontrado, neste sábado (12/8), próximo à rodovia MG-431, em Itaúna, na região central do estado.
O velório foi realizado no mesmo local do sepultamento e reuniu praticamente toda a população de Itagura. Ele era muito querido e o que se viu foi muita choradeira por parte dos fiéis. Padre Carvalho comandou a Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de Itaguara, por seis anos.
Segundo a Polícia Militar, o corpo foi encontrado à beira de um córrego às margens da estrada em trecho que liga Itatiaiuçu a Itaúna. O cadáver estava parcialmente nu e a perícia não conseguiu fazer a identificação, mas há a suspeita de que a morte pode ter ocorrido há mais de dois dias.
A identificação do corpo foi feita por familiares que foram ao Instituto Médico Legal (IML). Mesmo com o reconhecimento, devido ao estado de decomposição, foi solicitado um exame de DNA para a confirmação da identidade.
A Polícia Civil aguarda a conclusão do exame de corpo de delito para dar continuidade às investigações sobre o que levou o padre à morte. Fonte: https://www.em.com.br
Notícia das mídias...
Padre desaparecido há uma semana é encontrado morto em Itaúna (MG)
Corpo de José de Souza Carvalho estava seminu, dentro de um córrego na MGC-431; Polícia Civil investiga causa da morte
Pollyana Sales, da Record TV Minas
O padre desaparecido há uma semana em Minas Gerais foi encontrado morto, neste sábado (12), a 76 km de Belo Horizonte. O corpo do homem estava seminu, dentro de um córrego próximo à MGC-431. A Polícia Civil investiga a causa da morte.
O pároco estava afastado das atividades há três anos. O motivo do afastamento não foi informado pela Diocese.
José de Souza Carvalho desapareceu no último dia 4 de agosto. O padre afastado morava com o pai em Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a família, ele saiu de casa sem os documentos, deixando o idoso sozinho, o que não era comum.
A sobrinha de Carvalho relatou à polícia que o tio teria ido encontrar um homem chamado Danilo que, segundo a PM, já cometeu crimes e foi preso. Desde o dia do desaparecimento, policiais tentaram contato com Danilo, mas ele não foi localizado.
O carro de Carvalho foi visto pela última vez na Avenida Amazonas, no Centro de Belo Horizonte, na madrugada do dia 5 de agosto.
Em nota, Diocese de Itaguara lamentou o ocorrido e declarou que aguarda esclarecimentos das circunstâncias da morte por autoridades policiais. Já a Polícia Civil informou que uma equipe foi ao córrego para realizar os levantamentos necessários para a identificação. O corpo do homem estavam em estado avançado de decomposição e será sepultado neste domingo (13), em Itaguara. Fonte: https://noticias.r7.com
Notícia das mídias...
Às margens de um rio em Minas é encontrado morto padre desaparecido
Detalhes do desaparecimento e da descoberta do corpo do Padre José de Souza Carvalho
Por Plox
Na última sexta-feira (11), uma descoberta chocante aconteceu em Itaúna, Região Central de Minas Gerais. O corpo de José de Souza Carvalho, um padre que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado às margens de um rio. A identificação do corpo foi confirmada pelos familiares e pela Polícia Civil.
José de Souza Carvalho, um respeitado membro da comunidade eclesiástica, estava desaparecido desde o dia 4 de agosto. Naquele dia, ele mencionou que sairia para dar uma volta de carro no final da tarde, e depois disso, não foi mais visto.
A Diocese de Oliveira, local onde o padre já atuou, foi uma das primeiras a comunicar a morte do religioso. Sua carreira também incluiu atuação em cidades como Itaguara, Santana do Jacaré e Ribeirão Vermelho. Segundo informações da Diocese, ele estava afastado da função desde dezembro de 2020 para cuidar do pai, que se encontrava em idade avançada.
Investigação em Curso:
A investigação sobre o caso ainda está em andamento e os detalhes permanecem escassos. A Polícia Civil declarou que o corpo foi encontrado em um estado avançado de decomposição, tornando a determinação das causas da morte um desafio no momento. "O corpo encontrado e identificado pelos familiares trata-se do padre José de Souza Carvalho, desaparecido desde o dia 06 deste mês", informou a Polícia Civil.
A comunidade religiosa e os residentes locais aguardam com angústia por respostas, enquanto as autoridades continuam suas investigações para elucidar as circunstâncias que cercam o trágico destino do Padre Carvalho.
O caso tocou corações em todo o estado e reforça a necessidade constante de vigilância e cuidado dentro e fora das comunidades eclesiásticas. As atualizações sobre a investigação são esperadas nas próximas semanas, enquanto as autoridades trabalham para esclarecer este mistério. Fonte: https://plox.com.br
19º DOMINGO DO TEMPO COMUM
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Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
Mensagem central do Evangelho – Jesus lhes disse: “não vos inquieteis, sou Eu mesmo. Não tenhais medo” (Mt 14, 22-33).
Jesus veio para evangelizar, edificar o Reino de Deus: salvar-nos da condenação eterna. Devia, por isso, continuar a educação do povo medroso, fraco e desanimado, como aquele do Êxodo. Razão pela qual, Ele é tido como o verdadeiro Moisés, do qual o anterior foi apenas pálido representante. Por isso, formou Seu povo pela Palavra, pelo agir e orar.
É preciso, portanto, conhecer bem Jesus Cristo: Sua obra, pessoa e missão. O relato, do Evangelho de hoje, não é mera crônica. É catequese, pela qual Mateus ensina que, mesmo havendo perseguições e dificuldades é preciso manter-se firme, pois Ele (Cristo) está sempre presente. Num mundo, como o de hoje, haverá forçosamente desânimos, defecções e abandonos da verdadeira vida cristã. Somos fracos. Mas acentuo: Cristo permanece eternamente conosco. Contudo, não podemos ser ingênuos, nem também, precisamos ver sempre fantasmas…. Onde existe o pecado, há também pecadores, assim como também, santos e até mártires. O discipulado cristão nunca foi fácil. Há, por isso, também hoje, Pedros se afogando, Thomés querendo ver os sinais do crucificado, como Judas traindo, mas, graças a Deus, há também, Joãos que dirão: “Cristo não falha, Ele está, sempre conosco, crede-O e crescereis, sempre, no amor e não vereis novos fantasmas. ”
Jesus é fiel à missão, porque está em união com o Pai, A quem ouve, ama, e por isso, ora. Educa, assim, o povo a Ele confiado pelo exemplo. Pedro impelido, pelo temperamento e não pela fé, ia naufragando, mesmo sendo tido, como bom pescador…. Pede, então, socorro e é atendido. Mostra fraqueza, mas aprende com seus erros. Iluminado pelo Espírito Santo, torna-se fiel e o demonstra, por seu martírio de cruz, como o mestre. Cumpriu, o que prometera a Jesus, quando este lhe perguntou: “Tu me amas mais, do que estes? Apascenta, então, meu rebanho.” (Jo 21,15). Fez uma bela caminhada. Portanto, se o imitamos no erro, aprendamos com ele. Imitemo-lo, na busca da fidelidade, mesmo quando enfrentarmos tempestades. Fonte: https://www.cnbb.org.br
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