OLHAR DO DIA: 2 Anos de Padre
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FREI MARLOM, O.CARM. Aniversário de 2 Anos de Padre. Comemoração em Mogi das Cruzes/SP. Fotos: Frei Marcelo de Jesus, O. Carm.
Capítulo Geral da Ordem do Carmo -01
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Imagem do Capítulo Geral da Ordem do Carmo em Sassone, Roma. Nota: O Capítulo acontece de 10-27 de setembro-2019. Reportagem: Frei João Paulo. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 9 de setembro-2019.
OLHAR DO DIA: Conversa com João Paulo
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No Olhar do dia desta sexta-feira 6 de setembro-2019- Direto do Carmo da Lapa /RJ- vamos conversar com o Frei João Paulo, O. Carm, do Carmo de Belo Horizonte -MG. Vamos que vamos!
*Vozes que desafiam. Teresa de Ávila, a feminilidade da mística transgressora
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Por: Cleusa Maria Andreatta, Susana Rocca, Wagner Fernandes de Azevedo
Teresa de Ávila aos 21 anos opta por deixar a vida em uma família nobre, contra a vontade do pai, para optar pela radicalidade de uma vida monástica. A radicalidade não é apenas na opção social da vida em comunidade no Convento Carmelita de Encarnacíon, em Ávila, na Espanha. Em verdade, Teresa optou por confrontar os desejos materiais e carnais, aflorar em seu espírito a sua feminilidade, enfrentando qualquer submissão aos padrões patriarcais e hierárquicos, libertando-se ao seu descontrole, aprendendo, por si mesma, a dominar-se e elevar-se a Deus, o Senhor, esposo ideal, que contradizia a transcendência e o alcançava. Entendia, que ao desafiar a si, enfrentava o controle de corpos e almas. Conforme relata a jornalista Nicole Sotelo, "Teresa exortou suas companheiras a acreditarem em suas próprias capacidades de reza e acesso a Deus. 'Se alguém lhes disser que a oração é perigosa, considerem esta pessoa o verdadeiro perigo e fujam dela'".
A vida monástica de Teresa não foi ensimesmada em clausura, por isso decide sair da casa de mais de 100 monjas, para espalhar pelo território espanhol pequenos mosteiros. Giselle Gómez descreve a desobediência de Teresa, uma apóstola em movimento, e coletividade, com suas irmãs. "Ela sai do âmbito do privado desafiando o lugar assinalado às mulheres, visita as suas monjas, acompanha-as, forma-as... Seu estilo de vida provoca a crítica das autoridades da Igreja, tanto que dela se diz que era 'mulher irrequieta e andarilha, desobediente e contumaz". Sua vida em caminho trazia consigo um trabalho de transformação inspirada por sua mística a fim de "que suas irmãs acreditem verdadeiramente que não estão ocas por dentro, mas que são mulheres habitadas por Deus", explica Gómez.
Como explica Faustino Teixeira, a alma para a monja era "como um castelo feito de um só diamante, feita à imagem e semelhança do Deus misericordioso". O teólogo destaca que para ela era essencial "romper com os limites e ultrapassar a camada espessa que impede o despojamento". Esse rompimento vai para além do tema espiritual, "a ousadia feminina de Teresa, avançando em reflexões místicas de impressionante alcance — numa sociedade dominada pela presença de homens, de letrados masculinos, instauradores da ordenação da vida religiosa — rompe com esse esquema e instaura uma dinâmica nova, diversa, quebrando a rotina desta marca na dinâmica interpretativa da escritura".
A mística, que viveu entre os ano 1515 e 1582, deixou uma vasta produção de livros, entre os quais se destacam o Livro da Vida, As Moradas do Castelo Interior e Caminho da Perfeição, obras dedicadas ao "ensino espiritual", de complexidade e ousadia e para o período em que encerrava a Idade Média europeia, sobretudo em um país marcado pela forte perseguição da Inquisição. No entanto, a centralidade dos escritos "é o amor", como aponta Teixeira, "tudo é tão simples". "Teresa oferece um caminho acessível, mas essencial: o amor a Deus e o amor ao próximo".
É o amor e o êxtase pelo Outro que faz de Teresa uma amante insaciável. A psicanalista Julia Kristeva aponta "a travessia de Teresa – ou melhor, uma decomposição – da sua identidade intelectual-físico-mental dentro e através da transferência amorosa com o Ser Completamente Outro". Uma imersão espiritual, tatível, de encontro, de composição única, "uma metamorfose mortal e orgásmica, que remedia a melancolia da sua dor de mulher separada, abandonada e inconsolável, Teresa se apropria do Ser Outro em um contato infracognitivo, psicossomático, que a leva a uma regressão perigosa e deliciosa, acompanhada por um prazer masoquista", expressa a psicanalista.
A ousadia da monja a ressignificou também como mulher. Como argumenta Lúcia Pedroso Pádua, a mística pode ter três aspectos: "experiência mesma (experiência mística), o sujeito da experiência (o místico) e os escritos místicos (a mística). A feminilidade de Teresa se expressa em todos esses aspectos". Ao viver a experiência mística de ser com Deus, expressa a sua relacionalidade, a constante procura e encontro do Outro, para a teóloga "as relações tornam-se cada vez mais fortes em amor e desejo, ao mesmo tempo, mais livres e gratuitas, mais críticas e discernidas. Esse é um traço marcante da experiência mística de Teresa como mulher".
Como a mística Teresa, sujeito da experiência, "adquiriu apuradíssima autoconsciência de seu ser mulher. Rejeitou os estreitos papéis preestabelecidos e ultrapassou vários limites impostos culturalmente às mulheres", adiciona Pádua, "Teresa foi refeita como mulher".
O terceiro aspecto, referente à escrita e à linguagem de Teresa, demonstra a multiplicidade de alguém que se esvai e rompe os padrões, sendo aquilo que se propõe a cada momento e possibilidade. "Como mulher, sua linguagem é pluridimensional. Isenta da impessoalidade e rigores escolásticos. Teresa é muito livre em suas comparações e os símbolos são metamorfoseados segundo o objetivo pedagógico ou o sentir da autora", explica Lúcia Pedroso Pádua.
A ousadia de Teresa pode ser compreendida na descrição de Faustino Teixeira, ao relatar que "a experiência espiritual de Teresa vem sempre pontuada por essa intensidade do desejo, pelos toques da corporalidade [...] Num quadro masculino e repressivo, insere em sua pluma uma nota diversa, marcada por sensualidade única, desafiando todo pudor. O seu vocabulário vem carregado de expressões sensuais, sinalizando a centralidade do corpo como espaço da realização dos favores divinos". Luciana Barbosa, doutora em Ciências da Religião, enfatiza que "ela não recusa seu corpo nem seus prazeres corporais. Ao contrário, os assume ao Senhor. Se o corpo pode passar por tais momentos de prazer, só o faz porque Deus o permite: 'E quer o Senhor algumas vezes, como digo, que goze o corpo, pois obedece o que quer a alma'”.
De forma sintática, de como a monja transgrediu as normas e padrões, atrevendo-se a um encontro impossível, de realização do desejo corporal de uma mulher no Ser Divino, Kristeva explica, "a transcendência, para Teresa, se revela como imanente: o Senhor não está além dela, mas nela!".
Sobre aquelas palavras:
"Meu Amado é meu e eu sou dele,
Já toda me entreguei e dei,
e de tal modo hei mudado
que é meu amado para mim
e eu sou para meu amado.
Quando o doce caçador,
me acertou e deixou rendida,
nos braços do amor,
minha alma ficou abatida.
E cobrando nova vida,
de tal jeito hei mudado,
que é meu amado para mim
e eu sou para meu amado.
Feriu-me com uma flecha,
empeçonhada de amor,
e minha alma ficou feita
uma com seu Criador.
já não quero outro amor,
pois a meu Deus tenho-me dado,
e meu amado é para mim
e eu sou para meu amado".
Teresa de Ávila.
*A série Vozes que Desafiam. Mulheres na Igreja produzida pela equipe de Teologia Pública do Instituto Humanitas Unisinos tem como objetivo recuperar e visibilizar figuras de mulheres e contribuir no reconhecimento do lugar delas na vida da Igreja. Abaixo compartilhamos revistas, entrevistas e artigos publicados pelo IHU que retomam a mística e a espiritualidade feminina de Teresa de Ávila, canonizada pelo papa Gregório XV em 1622 e declarada oficialmente doutora da Igreja por Paulo VI em 1970. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
CONGRESSO EM APARECIDA: Frei Evaldo-06
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Conferência do Frei Evaldo Xavier, O. Carm, (6ª Parte), Superior Provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, no Congresso da Ordem Terceira do Carmo em Aparecida, São Paulo. NOTA: Com o tema; A Fraternidade em Obséquio de Jesus Cristo, o Congresso aconteceu nos dias 3-4 de agosto-2019. Além da presença dos Sodalícios da Província, tivemos também o Sodalício do Comissariado do Paraná e da Bolívia. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 31 de agosto-2019.
CONGRESSO EM APARECIDA: Frei Evaldo-05
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Conferência do Frei Evaldo Xavier, O. Carm, (5ª Parte), Superior Provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, no Congresso da Ordem Terceira do Carmo em Aparecida, São Paulo. NOTA: Com o tema; A Fraternidade em Obséquio de Jesus Cristo, o Congresso aconteceu nos dias 3-4 de agosto-2019. Além da presença dos Sodalícios da Província, tivemos também o Sodalício do Comissariado do Paraná e da Bolívia. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 30 de agosto-2019.
CONGRESSO EM APARECIDA: Frei Evaldo-04
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Conferência do Frei Evaldo Xavier, O. Carm, (4ª Parte), Superior Provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, no Congresso da Ordem Terceira do Carmo em Aparecida, São Paulo. NOTA: Com o tema; A Fraternidade em Obséquio de Jesus Cristo, o Congresso aconteceu nos dias 3-4 de agosto-2019. Além da presença dos Sodalícios da Província, tivemos também o Sodalício do Comissariado do Paraná e da Bolívia. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 29 de agosto-2019.
*Ordem Terceira do Carmo: Não somos clube, somos comunidade: Encontro sobre a vida fraterna.
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1º Texto Bíblico para iluminar a caminhada
(Mt 18,15-20)
2-Uma história para ilustrar
Certa vez, notei que uma irmã de comunidade tinha desistido da caminhada no sodalício. Perguntei, você não quer mais ser carmelita? Ela respondeu; “sabe frei, eu trabalho pesado toda a semana para sustentar a minha família, a vida não é fácil na empresa, fui para Igreja com o objetivo de crescer espiritualmente e na amizade com todos. Depois de 8 meses no grupo fiquei decepcionada. Muita fofoca! Disputa por cargos... Tudo é motivo de disse-me disse. Pensei, basta! Quero isso não frei”.
3-Um Olhar para o Sodalício
Ninguém é perfeito e todos podemos causar problemas aos outros, mas existe uma situação realmente que complica uma comunidade quando a vida de todos gira em torno de uma única pessoa.
O caso clássico seria o de um alcoólatra no sodalício. Ninguém contesta o indivíduo sobre a bebida e não se enfrenta o problema. Nenhum encontro comunitário pode ser realizado na santa Paz porque os outros têm medo de como o indivíduo (a) reagirá e tudo é feito em nome da paz. Nesse caso, toda a comunidade está alcoolizada porque o problema de um domina e estabelece a ordem do dia de todo o sodalício. Aliás, já diz o provérbio popular, “Apenas uma laranja podre, estraga todas as outras”.
Acima de tudo, cabe ao prior e seu conselho intervir em tal situação para ter certeza de que tal indivíduo (a) possa obter o apoio de que necessita. Se o irmão (a) não aceitar ajuda, ao menos não devemos permitir que ele domine a vida do sodalício.
Cada um de nós precisa se examinar no tocante à nossa própria vida em comunidade na Ordem Terceira do Carmo. Deus usará as pequenas falhas de nossos irmãos e irmãs para nos purificar e usará nossas fraquezas para purificar toda a comunidade.
4-Perguntas para reflexão em grupo ou individual
1-A convivência conosco é agradável?
2-Somos egoístas ou realmente tentamos viver uma vida fraterna?
3-Estamos preparados para permitir que nossos irmãos desafiem e purifiquem o nosso modo de vida?
4-Não adianta sermos especialistas na Regra da Ordem Terceira do Carmo ou na espiritualidade carmelitana, se não tivermos o amor pelo nosso próximo. Na prática, permito se corrigido ou sou uma pedra no caminho dos outros?
5- Porque muitas vezes julgamos o nosso irmão (a) do sodalício e preferimos contar aos outros, sem dizer a ele (a) diretamente sobre nosso julgamento!
*ASSEMBLÉIA DA PROVÍNCIA CARMELITANA DE SANTO ELIAS. Convento do Carmo – São Paulo- JANEIRO 2007.
(Adaptação para Ordem Terceira do Carmo por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 28 de agosto-2019)
CONGRESSO EM APARECIDA: Frei Evaldo-03
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Conferência do Frei Evaldo Xavier, O. Carm, (3ª Parte), Superior Provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, no Congresso da Ordem Terceira do Carmo em Aparecida, São Paulo. NOTA: Com o tema; A Fraternidade em Obséquio de Jesus Cristo, o Congresso aconteceu nos dias 3-4 de agosto-2019. Além da presença dos Sodalícios da Província, tivemos também o Sodalício do Comissariado do Paraná e da Bolívia. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 28 de agosto-2019. www.olharjornalistico.com.br
CONGRESSO EM APARECIDA: Frei Evaldo-02
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Conferência do Frei Evaldo Xavier, O. Carm, (2ª Parte), Superior Provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, no Congresso da Ordem Terceira do Carmo em Aparecida, São Paulo. NOTA: Com o tema; A Fraternidade em Obséquio de Jesus Cristo, o Congresso aconteceu nos dias 3-4 de agosto-2019. Além da presença dos Sodalícios da Província, tivemos também o Sodalício do Comissariado do Paraná e da Bolívia. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 27 de agosto-2019.
Fala do Provincial, Frei Evaldo Xavier, O. Carm, no Congresso da Ordem Terceira de Aparecida do Norte –Agosto 2019.
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O padre geral na sua fala, nos recorda os fundamentos da espiritualidade dos carmelitas, somos filhos da Virgem Santíssima. Nossa Senhora do Carmo, a roupa da qual nós nos revestimos nós chamamos de hábito do Carmo. É a veste de Nossa Senhora do Carmo.
Estamos vestidos como a Virgem do Carmo está no altar, portanto é o pilar primeiro, a dimensão mariana, a Virgem Santíssima, a regra que Santo Alberto deu aos carmelitas dizia que no centro de onde eles viviam existia uma capela essa capela e essa referência a capela indica duas coisas, em primeiro lugar é que o centro de Nossa Vida é Nosso Senhor Jesus Cristo, portanto a Eucaristia, os carmelitas tinham como centro de sua vida Nosso Senhor verdadeiramente presente na celebração eucarística. Mas a capela é dedicada segundo a nossa tradição à Virgem Santíssima, portanto o pilar primeiro nós somos marianos e o verdadeiro carmelita é filho de Nossa Senhora, o segundo pilar não de forma hierárquica, mas por sequência a Ordem nasce no Monte Carmelo no lugar onde vivia um personagem do Antigo Testamento, o profeta Elias. Nós somos filhos da Virgem Santíssima e filhos do profeta Elias.
A nossa tradição reconhece na capa da qual se reveste a Virgem Maria e nós com o nosso hábito como uma recordação de que nós somos herdeiros do profeta Elias, antes de subir aos céus arrebatado ele entrega seu manto para seu discípulo Eliseu que estava de joelhos suplicando o seu manto. Cada carmelita quando ingressa na Ordem Terceira, quando faz seus votos, seu compromisso, recebe do profeta Elias o seu manto.
Portanto são os dois fundamentos primeiros daquilo que nós somos, recordava nosso superior geral. É fundamental a natureza da Ordem Terceira. Alguém me fala: “Frei eu sou da irmandade do Carmo” “Eu sou da associação do Carmo”, eu frequento. Eu respondo você não é de irmandade, a Ordem Terceira do Carmo é irmandade? Não! Uma irmandade é algo com uma finalidade específica, a Ordem Terceira do Carmo é de uma natureza totalmente distinta. O que é ser irmão terceiro do Carmo? É ter somente uma devoção? É ter uma ação ou uma finalidade? Não! A Ordem Terceira do Carmo é um caminho de santidade. Alguém pergunta a vocês, você é membro da Ordem Terceira, você responde: “Sou”, a pessoa pergunta: “O que vocês fazem lá?” Vocês ajudam os pobres? Sim! Visitam os doentes? Sim! A pessoa responde eu sou da legião de Maria e visito os doentes, eu sou vicentino e ajudo os pobres, qual é a diferença? A Ordem Terceira do Carmo é tudo isso, é tudo o que fazem os vicentinos, a legião de Maria, é tudo o que é necessário neste mundo para ajudar o próximo e o irmão porque é um caminho de santidade.
O leque é imenso? É infinito, como são infinitas as necessidades do povo de Deus. E alguém pergunta, mas tem oração? Tem muita, óbvio. Mas padre eu sou do apostolado da oração e no apostolado nós fazemos adoração ao Santíssimo, nós rezamos para o Sagrado Coração, qual a diferença entre o apostolado e a Ordem Terceira? Sob o aspecto da oração nenhum, pois nós da Ordem Terceira também somos pessoas de oração, mas é distinto, pois somos de oração, mas não é como alguém que entra no apostolado porque você quando se reveste do hábito você se torna carmelita. Você deve ser como carmelita um homem, mulher, uma pessoa de oração constante.
Alguns perguntam frei. O que é ordem primeira, segunda e terceira? A nossa ordem que tem como fundamento a dimensão Mariana-Eliana, essa mesma Ordem podemos entender da seguinte forma para facilitar a compreensão, os frades carmelitas formam a Ordem Primeira, as monjas carmelitas formam a Ordem Segunda e os demais formam a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, não existe hierarquia, alguém pergunta, se tem de primeira, segunda ou terceira categoria, não existe, isso é nomenclatura de carne no açougue. Perante Deus não tem diferença nenhuma. Primeira, Segunda e Terceira significa o que? Status de vida. Portanto, o frade carmelita ingressa na Ordem primeira e abraça um estado de vida, ele vai se casar? Jamais! O frade vai morar em uma casa como vocês moram com seus empregos fora, pagando suas contas, com sua família, levando seus filhos na escola? De forma nenhuma, a vida deles é no convento, é distinta. Portanto ele abraça o estado de vida que nós chamados de vida religiosa.
A Ordem segunda, não significa que seja uma ordem de segunda categoria, mas por ordem de nascimento, primeiro nasceram os frades, depois as monjas. A Ordem segunda é constituída apenas pelas monjas de clausura que abraçam o estado de vida que não é dos frades nem dos membros da Ordem Terceira, portanto, são monjas, fazem votos e a partir do momento que ingressam na vida religiosa passam a morar no mosteiro. Renunciando a vida de família, poderia ser mãe estar casada com meninos, mas não. Elas escolhem ter filhos, não de seu ventre, mas filhos de natureza espiritual. É um estado de vida diferente. Essa expressão é muito importante para ajudar a entender.
O outro grupo da vida carmelitana com os mesmos pilares é a Ordem Terceira do Carmo, não são frades, nem monjas, mas quem? Os leigos, mas não só leigos é um erro gravíssimo dizer que é formada de leigos. Tem padre na Ordem Terceira? Sim! Padre é leigo? Não! A Ordem Terceira não é somente laical, a maioria é de leigos é verdade, mas são leigos e padres, portanto ela é secular. Senão cairia na incoerência ou na contradição dizendo que é uma ordem de leigos mas tem o padre que acabou de entrar, então ele virou leigo quando ele entrou? De forma alguma.
A natureza da Ordem Terceira é secular, ela reúne, congrega, recebe aqueles que não são por exclusão nem frades nem monjas, um bispo pode ser um irmão da Ordem Terceira? Pode? Tem bispo que é membro da Ordem Terceira? Tem vários. O bispo de Barretos é irmão da nossa ordem? É irmão terceiro como vocês? É. Vem essa dúvida, porque ele é bispo membro da Ordem Terceira, por que ele não é membro da Ordem Primeira, não vem essa dúvida? Porque ele não mora no convento. Ele não tem superior provincial, não tem prior, não tem as obrigações próprias da vida religiosa dos frades carmelitas, ele é secular. Portanto a natureza da Ordem Terceira é laical? É, mas é mais do que laical, é secular porque abrange é uma porta aberta para todos aqueles que dela desejam participar.
Eu já contei diversas vezes, tem uma história famosa do Papa João Paulo II, ele foi visitar a cúria geral do Carmo, o superior geral era um frei chamado John Marley e dizem que quando o Papa foi visitar nossa cúria ele celebrou missa na cúria geral, após a missa, o almoço, e dizem que durante o almoço ele pergunta ao geral: “Quantos são os carmelitas no mundo?” O geral responde: “Os carmelitas no mundo são cerca de 50.000 contando Ordem Primeira, Segunda e Terceira”, o papa João Paulo II corrigiu-o falando que não era verdade que o número correto era 50.001 pois o papa também era um carmelita.
Em síntese vocês carmelitas que se revestem do hábito, desta fita, do escapulário, vocês participam de que? Da espiritualidade da nossa Ordem, este pilar que dizíamos no início que é a Virgem Santíssima, é pilar na vida de quem? Na nossa! O pilar de Santo Elias, é pilar na vida de quem? Na nossa. E a partir desses dois fundamentos que nasce uma das maiores escolas de santidade da Igreja Católica. A nossa Ordem segundo alguns é a que mais tem santos e beatos, é obvio que não há uma estatística. Dizem que no tempo do Papa João Paulo II foi o pontificado que houve mais beatificações e canonizações foi a Ordem do Carmo.
É uma escola de santidade e vem a pergunta específica. Você irmão terceiro, você tem as preocupações cotidianas da sua casa? Seus vizinhos? Pagar conta? Despesa? Preocupação com família? Seguro de saúde? Preocupações de qualquer pessoa na vida cotidiana do mundo? Sim, são as preocupações normais do mundo, da vida laical e secular. Você é chamado a santidade por estes pilares como carmelita, revestindo do escapulário, do hábito e da capa e ao mesmo tempo manter e sanar os problemas e preocupações da vida cotidiana, portanto, como membro da Ordem você é carmelita no mundo, na sociedade, você é carmelita na sua casa, no seu endereço. E se reúne no sodalício do seu grupo da sua família. A Ordem Terceira do Carmo se constitui como uma família.
E vocês dizem, eu tenho minha família, tenho minha casa, é verdade! Como irmão e irmã terceiros vocês devem ser uma família religiosa, em termos práticos. Ouvi isso estes dias, tem irmãs que estão doentes e ninguém está visitando. Olha a preocupação, você não pensa nisso, se você vai apenas à missa em uma Igreja, estou aqui participando da missa e esse aqui do lado não me visitou, na Ordem Terceira tem essa preocupação. Por que é uma família! Se tem alguém doente você vai visitar, se ele está enfermo e não tem uma maça para ele comer, você vai visitar e levar algo para ele comer. Se ele é enfermo e doente e não tem ninguém que fique no hospital tomando conta, vocês têm que se reunir e tomar conta. Nós te acompanhamos ao hospital, não se preocupe.
É família e deve ser família e é muito importante frisar este ponto porque na prática muitos consideram a Ordem Terceira não como família, mas como uma associação. Eu vou lá, agora não vou mais não, mudou a priora eu não gosto dela, eu não vou não porque meu pai morreu e ninguém veio me dar os pêsames. Se é família você reclama, você fala. Existe uma falta de consciência, uma consciência maior daquilo que vocês são. Isso é um grave prejuízo. No caso daquela Ordem Terceira tem uma irmã que está na cama a dois anos, nunca houve nenhuma visita, um dia eu fui visitar com alguns irmãos, neste caso ela está na cama a dois anos e não recebeu nenhuma visita, porque? Porque não existe consciência de família. É consciência de associação, é achar que é associação. E a expressão que denota que é uma associação qual é? Eu vou lá! Esse mês eu não apareci não, porque não é família. Portanto é fundamental que em primeiro lugar tomando esses dois pilares vocês se constituam como família religiosa, com a seriedade das famílias religiosas, oração profunda, amizade
Existe diferença na Ordem Terceira? Claro que sim, mas se resolve como? Com diálogo, com amizade, naquele diálogo que chamamos de diálogo fraterno, perdoando, olhando nos olhos, resolvendo os problemas com seriedade. Tem um que tem um problema gravíssimo frei, como resolvo? Olha nos olhos e fala! E o evangelho dá a regra não dá? Se o seu irmão está pecando como corrigi-lo? Chama sozinho e conversa. Tem gente que fala, tem muito problema aquela pessoa, mas não vou falar não porque ela vai ficar com raiva de mim. Aí não fala na cara, mas fala por trás. Não fala olhando nos olhos, mas difama. Falou com o sodalício todo, pegou um na esquina e diz: “menino você não sabe o que está acontecendo aquela pessoa, Nossa Senhora é um problema grave. ” Mas você já falou com ela? Ah eu não vou falar não, por que ela vai ficar com raiva de mim. Eu que vou me expor e pagar o preço? Olha a deslealdade, você espalhou a má fama. Chama, eu posso até ficar com a má fama, mas eu vou falar com você eu te corrijo, seja sincero e autêntico, fale a verdade. E a verdade falada com amor pode até doer, mas é melhor do que não ouvir. A pior coisa que pode acontecer é você ficar sabendo que alguém está falando mal de você e você diz, nossa, mas aquela pessoa? Não pode ser, ela ri na minha frente, ela conversa comigo, me trata tão bem, acabei de falar com ela e porque ela não me falou. Isso é o que? É família.
O evangelho aconselha o que em primeiro lugar se o teu irmão peca chame-o e fala com amor e caridade se ele ouve a sua voz e não dá credibilidade o que fazer? Chama mais alguém, olha eu já falei e não mudou nada e é coisa grave, chama mais dois para conversar. E diz o evangelho que senão funcionar ainda sim, aí vai chamar o sodalício, que não precisa chamar o sodalício marcando uma reunião extraordinária, basta chamar a mesa para dizer o problema, o irmão está com problemas de alcoolismo, está fazendo dividas demais, tem problema de comportamento, isso é alerta, isso significa que estamos constituindo uma família de natureza religiosa, que não é no sentido técnico como os frades ou monjas.
Existem outros pilares? Obvio, claro que sim, todos os outros santos carmelitas, Santa Teresinha é modelo para nós? Claro! E vocês como irmãos agora retomando, os frades carmelitas tem as constituições da Ordem, as monjas tem as constituições das monjas, a Ordem Terceira do Carmo tem a regra da Ordem Terceira do Carmo. A vida de vocês como se organiza o sodalício, como se constitui é regido e determinado pela regra da Ordem Terceira do Carmo que se divide em duas partes, a primeira parte é a espiritualidade, portanto, na primeira parte não há indicações práticas, como é a votação, conselho, quem pode ser membro, formação. A primeira parte é a espiritualidade, portanto em toda a reunião e encontro, recomendo que leiam a primeira parte da regra. Cada irmão deve ter esta regra? Deve! A segunda parte é a parte de aplicação prática da regra, portanto na segunda parte como se rege a vida da Ordem Terceira, eleições, tempo de formação, postulantado, noviciado, profissão simples, perpétua, votos definitivos, tudo isso é determinado pela regra da Ordem Terceira do Carmo.
Abaixo da regra, que a traduz em termos práticos são os estatutos do sodalício, os estatutos regem a vida do sodalício aplicando no dia a dia, no cotidiano de um sodalício específico a regra da Ordem Terceira do Carmo. Em cada sodalício específico a vida é regida pelo estatuto. O estatuto deve refletir o que está na regra? Sim. Poderia ter um estatuto comum para todas os sodalícios, não é viável, vou dar um exemplo muito comum, algumas tem cemitério, outras não tem cemitério, nos estatutos onde tem cemitério ou Igreja ou outro patrimônio, nestes casos deve haver um artigo específico citando o manuseio desses patrimônios.
Algumas tem muitos irmãos ou são muito antigas e algumas aparecem uma vez por ano ou quando estão morrendo. Eu tinha uma prima que era da Ordem Terceira de Ouro Preto, o pai e a mãe estavam enterrados no cemitério da Ordem Terceira de Ouro Preto, ela foi no médico e o médico falou que a situação está ruim e a saúde não está boa. Ela me ligou desesperada dizendo que havia 30 anos que ela não pagava a mensalidade do Carmo e quer ser enterrada lá, como deveria proceder? Pagou 30 anos atrasados de uma só vez com medo de morrer e não ser enterrada junto dos pais. Como você faz com alguém que some e desaparece? Ou seja, os estatutos têm que se traduzir e aplicar a vida específica do sodalício e suas necessidades.
Relação entre a Ordem Terceira e a paróquia, a Ordem Terceira deve colaborar com a paróquia é óbvio, pode haver atrito. Pode ser que ocorra, mas o ideal é que haja harmonia com o padre da paróquia. Mas não se esqueçam de que vocês não são uma associação paroquial é diferente do apostolado da oração, legião de Maria, dos vicentinos, vocês são uma associação ligada a Ordem do Carmo. Quando um sodalício nasce, essa aprovação vem de onde? Do superior geral da Ordem do Carmo, portanto é uma associação da Ordem do Carmo, mesmo estando na paróquia nós somos da Ordem Carmelita. Deve existir diálogo? Claro, mas também a consciência de que somos membros da Ordem do Carmo, ligados sob a autoridade no Brasil e na província do delegado provincial e do padre provincial e em alguns casos no prior geral da Ordem do Carmo.
Na regra da Ordem Terceira atual, foi colocada uma norma específica da possibilidade de se constituírem comunidades de irmãos e irmãs terceiros, o único caso no mundo que deu certo atualmente está na Itália e se chama: “A família”, já ouviram falar? Os irmãos terceiros moram no mesmo edifício, de um lado moram os frades, do outro lado moram os membros da família. Eles fizeram pequenos apartamentos, cada família tem seus quartos, sala de televisão, sala de visitas, não tem cozinha, pois cozinham todos na mesma cozinha as refeições são comuns e como fazem essa refeição? As mulheres se dividem, cada semana uma delas se dividem para ser responsáveis pela cozinha. A roupa também é lavada em comum.
É bonito, mas também dá trabalho, pois lembro que no final do dia eu me recordo que estava lá no convento onde tem a família, os meninos chegaram da escola uma gritaria, uma correria ou seja, todos são criados juntos, tem eucaristia diária, participam da mesma todos os dias, todos eles e no final do dia após o jantar eles fazem uma oração de conclusão do dia. É bonito, interessante é rico, é a única experiência exitosa, quem no Brasil quiser, que passe alguns dias lá para conhecer; Nada impede, o problema que eu vejo nesta experiência é a forma, tem que começar muito bem feito, senão vai morar junto começa a brigar, tem atrito, ontem eu lavei e hoje você lavou mal, precisa haver muito diálogo e é muito difícil construir isso. Sentido de família religiosa. A ideia é linda, mas tem que ser bem preparada e sobretudo guiada, e eu recomendo vivamente que quem quiser, conheça.
É um problema nos dias atuais, muita gente está só. Eu não tenho família perto, eu não tenho quem cuide de mim, imagina você morar em um lugar onde você tem o irmão e a irmã terceira do lado? A refeição, o café? Você estando doente. Uma vez estava em um convento em Florença, uma monja me veio e falou que iria levar a sopa para outra irmã que estava doente e não estava podendo descer para o refeitório. Isso é importantíssimo sobretudo nos dias atuais. Os tempos atuais são tempos de muita e intensa convivência, mas de intensa e muita solidão. Nunca vimos gente tão só como agora, você anda na rua as pessoas estão sozinhas porque tem televisão, a companhia não é o vizinho é a televisão. Tem lugar que você vai que as pessoas falam, frei eu não conheço ninguém, cumprimenta só no elevador do prédio, mas não temos amizade. Porque? Solidão! E seria importante e muito bonita essa ideia, mas que seja preparada e muito bem-feita.
Bem, meu tempo acabou e estou viajando daqui a pouco, muito obrigado a todos, que Deus os abençoe e proteja. Fonte: https://otcarmo.org
A importância do corpo e dos gestos na oração
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Mariano Cera
“Jesus prostrou-se por terra e orava” (Mc 14,35), “Jesus foi à montanha para rezar” (Lc 6,12), “se retirava em um lugar deserto e ali rezava” (Mc 1,35), “passou a noite em oração" (Lc 6,12), “se prostrou com o rosto por terra e rezava” (Mt 26,39)...
Se Jesus deu tanta importância ao lugar e ao tempo para fazer sua oração, assim como ao corpo e às suas posições..., significa que é bom e necessário cultivar atitudes e preparar condições apropriadas para rezar melhor.
Encontramos esta necessidade nos Padres do deserto, e ela está presente também na tradição carmelitana. Hoje, tal necessidade tem adquirido lugar fixo na pedagogia da oração. É certo que – como ensinou recentemente a Igreja referindo-se às diferentes técnicas religiosas orientais – tudo isso não é oração, mas são atitudes que nos possibilitam rezar melhor.
Não podemos nunca prescindir do corpo em sua totalidade quando oramos. O corpo sempre influi na oração, porque influi em todo ato humano. O corpo, ou se torna instrumento da oração, ou se torna seu obstáculo.
O corpo tem as suas exigências e as faz sentir; tem os seus limites e os seus desejos: muitas vezes pode impedir ou liberar a concentração e obstruir a vontade. Portanto, é muito importante começar a oração pedindo ao corpo uma posição que nos ajude a obter a concentração.
Quanto às posições do corpo e ao ambiente que o circunda, jogam a favor da oração uma variedade de símbolos: o modo de sentar-se, a respiração, o calor, a atenção ao coração, a sensação de paz e de harmonia, o controle da energia vital, a cela fechada com pouca luz...
A oração cristã, repetimos, busca colocar o homem inteiro em comunicação com Deus, não deve renunciar a priori a nenhum elemento que a experiência lhe oferece neste sentido. É certo que se exige maturidade e equilíbrio para que não aconteçam desvios e para que os meios não se tornem o fim.
“Esta é a meta de um solitário – escreve Cassiano – cuja conquista deve exigir todos os esforços de seu espírito: chegar a um estado no qual se possua, no corpo mortal, uma imagem da felicidade eterna e se comece a saborear, nesta vasilha de barro, as primícias e penhores daquela glória e daquela vida que é toda divina e que esperamos gozar no céu”.[1]
Não apenas o corpo e seus gestos são importantes para orar bem, mas também colaboram para a perfeição da oração atitudes externas presentes em toda a tradição e que a experiência espiritual moderna redescobriu. Todo ano milhares de jovens correm para os eremitérios e para as casas de espiritualidade para saborear a oração num clima de total silêncio e de solidão, ou em jornadas de deserto, passadas na solidão, numa comunhão com a natureza.
A oração é relação com Deus, por isso, seu pressuposto prioritário é a capacidade de escuta. Silêncio e solidão são portanto, como já dissemos, meios indispensáveis para a entrar numa profunda relação com Deus.
Temos assim, a redescoberta da cela como convite à oração e ao abandono em Deus; a experiência do deserto, que nos convida à solidão para melhor contemplarmos a presença de Deus na natureza; a experiência dos Retiros como momento forte para armazenar energia antes de regressar ao mundo.
Relembremos a experiência do “silêncio” de Isabel da Trindade. Para ela, o silêncio não consiste tanto na ausência de palavras materiais, mas na paz inexplicável que, tendo vencido o mundo e a si mesma, escuta e compreende apenas o Verbo de Deus, a Palavra que ressoa nos silêncios eternos.
O silêncio do nosso coração é portanto, imagem de Deus, a Palavra de Deus, é Deus mesmo. “Era assim belo no silêncio e na calma da noite deixar-se arrebatar toda a alma por ele!”[2] Nossa última oração é a escuta da Palavra, mas a Palavra, em Deus, é o silêncio.
[1] Sources chrétiennes, 54 - 1958
[2] Sr. ELISABETTA DELLA TRINITA, Scritti, L. 146.
CARACTERÍSTICAS DAS ORDENS MENDICANTES
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Frei Boaga O. Carm.
Analisando a vida dos Mendicantes, como aprece das muitas fontes que se referem ao momento de sua plena evolução, é possível colher toda uma série de características que podem ser resumidas como segue:
15 Evangelho e Vida Apostólica:
- Nas respectivas legislações (cf. as Regras de S. Francisco e Dominicanos) a impostação da vida Religiosa é segundo um modelo evangélico apostólico:
- Modelo evangélico porque é um consciente, constante e perseverante discipulado de Cristo encontrado no seu Evangelho, na sua palavra, na sua humanidade.
- Modelo apostólico enquanto qualificado a própria existência (opções, atos, etc) em sintonia com os exemplos dos Apóstolos. Esse modelo Evangélico – Apostólico de Vida é a base da “Conversão”, que os Mendicantes entendem fazer para edificar a própria Vida Religiosa e são base comuns a cada verdadeiro seguimento de Cristo.
- A vida Religiosa assim vem caracterizada do tema dda imitação dos apóstolos. Este tema apresenta dois aspectos:
- A insistência sobre a unanimidade dos apóstolos no cenáculo e sobre a sua total comunhão de bens (primitiva comunidade apostólica).
- A presença da missão dos Apóstolos enviados dois a dois por Jesus, a pregar por toda a Galiléia.
- No curso da Vida Religiosa por e ter modelo (a Vida Apostólica). Poe-se a ênfase sobre um outro desses aspectos acima. Assim em breve temos:
- O primeiro Monaquismo Egipciano apresenta os dois aspectos do modelo de vida Apostólica (aspectos Comunitário e Apostólico).
- Toda corrente monástica (S. Bento, etc). Poe a ênfase sobre o primeiro aspecto e, portanto, apresenta a Vida Religiosa mais como Vida em Comum de bens materiais e unidade de Oração.
- A reforma dos Cônegos Regulares (séc XII) descobre praticamente os aspectos apostólicos, vividos, porém na própria Igreja ou comunidade. Portanto, os Cônegos Regulares têm uma vida comum com orientação pastoral.
- Finalmente, os Mendicantes se referem aos dois aspectos do modelo de Vida Apostólica com interpretação da vida comum como Fraternidade, pobreza Coletiva e Pregação Itinerante.
17 Fraternidade
- A Vida Comum, segundo o modelo dos Apóstolos está estruturada entre os Mendicantes como fraternidade que exige não somente comunhão, mais ainda uma chamada divina , na qual esta em memória a mesma denominação de “frades” (os discípulos são chamados de frades = irmãos em Atos 1,15). Portanto, a fraternidade está construída sobre a base Evangélica.
- A encarnação da relação interpessoal de um frade ou outro conduz os Mendicantes a caracterizar sua própria fraternidade Mendicante:
- A Igualdade Econômica dos Irmãos (Todos estão despojados de seus próprios bens ao ingressarem na Ordem); com isso se faz a superação da distinção de classes na sociedade Feudal e também das classes criadas pelo comércio no sistema comunal (regime de corporações).
- A Igualdade Humana: A Fraternidade está aberta a todos e portanto não existem Conventos reservados só aos nobres ou com a maioria nobres, assim como naquele tempo acontecia. Essa abertura, então, conduz ao fenômeno de agregação à Ordem com desenvolvimento de formas originais de oblação (raiz do surgimento da 2ª e 3ª Ordem).
- A Igualdade Jurídica dos Frades: Ou seja, todos gozam do mesmo e único título de irmãos (Frater). A distinção jurídica entre clérigo e leigo não impede ao início donde – se busca distinção – o exercício dos direitos na comunidade (eleições, cargos); em seguida, na clerizalização, entre os séculos XIII-XIV, e neste contexto nascem os impedimentos e as privações de diretos.
- A Igualdade de vida: A existência concreta dos irmãos está motivada e conduzida com inspiração na fraternidade. A fraternidade é também o lugar da Vida em Comum. O Convento é o lugar de convergência de todos e isto é bem expresso na sua estrutura arquitetônica, ao menos nas primeiras gerações. Mendicantes. Esta estrutura de fato expressa-a idéia de comunhão, de vizinhança (proximidade) e de fraternidade.
18 Pobreza.
- A pobreza voluntária individual e coletiva está entendida pelos Mendicantes não so como meio de libertação e de contestação da potência a riqueza, fontes da não-fraternidade na Igreja e no mundo daquele tempo, mas, porém como um meio privilegiado para dar testemunho do Evangelho na própria Vida.
- É notário como o ideal da pobreza voluntária nos séc. XII e XIII estão ligados a devoções da humanidade de Cristo. Conseqüência disto é o desejo de imitação de uma vida em dependência e humildade do pobre para condividir a situação de Cristo por Ele aceita para a pregação de Reino. Os Mendicantes, portanto, fazem da pobreza não só uma disposição moral ou um elemento do edifício espiritual, mas ainda uma condição social da própria pregação.
- O estilo e clima da pobreza nas várias Ordens Mendicante podem ser expressa através de algumas palavras muito densas de sentido e de fascínio para eles que concebiam essas palavras como expressão da própria convicção e motivação:
- Minoritas: Opção pelos pobres e humildes de vida.
- Humilitas: humildade, abnegação, respeito.
- Comunio: Comunhão de bens e comunhão fraternal.
- Fraternitas: Igualdade de direitos e comunhão.
- Servitium: Uso social dos bens.
- Labor: Trabalho manual como meio de sobrevivência.
- Pra uma plena compreensão da pobreza que inspira os Mendicantes, vejamos a relação da mesma pobreza com:
- O Monaquismo do tempo. Naquele tempo o ideal de pobreza era a pobreza individual e não coletiva. A abadia, autônoma na sua realidade, impulsionava a um sistema de autarquia que tinha a necessidade da propriedade e se desenvolvia como um sistema feudal. Daí a riqueza dos mosteiros. Os Mendicantes renunciam a cada forma de posse também coletiva e recusam cada renda neste fato está uma divisão precisa da posição monástica. Não faltam autores (Guglielmo de Sto Amore) que considerem herético esta renúncia de posse porque “a Igreja não é fundada se não tem posse.”
- O Renascimento do comércio e o surgir da economia monetária são a nova característica da sociedade daquele tempo. Neste contexto a não utilização do dinheiro põe uma pergunta necessária sobre o sentido desta opção feita pelos Mendicantes. É de precisar que a motivação da opção da pobreza Mendicante não é sempre as mesmas. É suficiente aqui lembrar:
- Francisco de Assis vive numa região que está entre as principais regiões que gozam da nova realidade comercial, a sua opção de Pobreza Mendicante conduz a situar-se fora das classes sociais nas quais até aquele momento era-estruturada a sociedade feudal; a mesma opção da pobreza põe S. Francisco, porém, fora da nova distinção e das classes sociais criadas pelo dinheiro e pelo novo sistema comunal. S. Francisco com a sua pobreza pretendi propor um novo tipo de sociedade seja: a sociedade Fraterna na qual todos se situam no mesmo plano, seja econômico, seja humano, solidário uns com os outros e animados por atitude evangélica da confiança no Pai Celeste. A pobreza neste contexto é parte viva do ideal.
- Os Dominicanos e os Agostinianos vêem no contexto do tempo a pobreza mais como meio de apostolado, e como uma tática para influir melhor sobre os heréticos, os movimentos laicais, e desenvolver a ministério pastoral.
- O capitulo Pobreza conhece na realidade viva dos mendicantes, já desde o início, uma ontologia de admiráveis experiência e exemplaridades inspirastes, e também de tristes prevaricações.
- As conseqüências da opção da pobreza Mendicantes são:
- A coleta da esmola, não praticada por monges e não permitida aos clérigos.
- O trabalho manual quer, porém, depois da disputa feita nos primeiros anos da história dos Mendicantes não é obrigatório como conseqüência da pobreza (cfr. Sto. Tomás de Aquino); é assim a opção primitiva do trabalho manual, desde o lugar outras atividades culturais, artísticas, etc.
- O impulso para a urbanização (os conventos se situam na cidade para garantir-se a sobrevivência, com distancia determinada um dos outros).
19 Pregação Itinerante.
- Pregação: é o meio privilegiado pelos mendicantes e também é o fato do tempo para a reforma da Igreja e para a renovação da vida cristã e social. Nas correntes reformistas já no séc XII está ligada à pobreza e a itinerância, aqui está o trinômio que é estandarte da época.
- Initinerância: é andar onde se fez necessária a pregação. Esta contraposta a estabilidade monástica. Portanto, o vagar de um lugar ao outro esta em função do serviço da pregação mais do que a ascese em si mesma. A conseqüência da itinerância é a certeza da hospedagem (exemplarmente forte e nisto está a experiência inicial dos franciscanos) e a mendicância, com a assimilação aos pobres, excluídos da época.
- O processo de clericalizão advindo das intervenções papais conduz, portanto, os Mendicantes a uma determinada estabilidade pondo um limite assim à sua itinerância. A clericalização, ademais conduz os Mendicantes a privilégios, a pregação doutrinal, e aos ministérios pastorais; na família Franciscana permanece ainda largo espaço a pregação exortativa.
20 Clericalização:
- Os Dominicanos são clérigos desde o início. Para as outras Ordens Mendicantes se verifica prontamente um lento e progressivo processo de clericalização que geralmente não acha oposição seria dentro das mesmas Ordens. Salvo a exceção dos Franciscanos, os quais, porém, estão orientados nesta linha de clericalização desde a sua aprovação feita no ano de 1209.
- Se trata de um processo provocado por vários fatores, entre os quais tem primeiro lugar a política segunda pelo papado romano, de fato os Papas determinam este processo como meio para a reforma da Igreja juntando precedente reforma gregoriana, e por isso para uma nova orientação pastoral. As conseqüências da clericalização estão indicadas nos pontos anteriores.
21 Isenção e Ministério Pastoral
- Os Mendicantes são favorecidos pelos Papas com muitos privilégios; entre eles, o privilégio da isencçao da Igreja-conventual, etc. Os Mendicantes, assim chegam a desenvolver um novo tipo de apostolado ou de ministério pastoral que se adapta à nova situação da cidade, suprindo ao mesmo tempo as lacunas do clero secular e dos monges.
- A pastoral até aquele tempo estava baseada sobre um conceito de Igreja no qual os Bispos e Párocos tinham o próprio poder imediatamente de Cristo; daqui o princípio “Igreja Própria e Próprio Sacerdote”. Ademais, a estrutura eclesial-local (diocese, paróquia) tinham como base o beneficio e o ministério pastoral; o dizimo e os direitos de estola porque segundo a tradição e o direito: “A Igreja não está fundada se não está fundada senão se não esta dotada”.
- A novidade introduzida neste esquema pastoral pelos Mendicantes é:
- A isenção dos Bispos e dos Párocos, obtida dos Mendicantes pelo Papa e sustentada por uma concessão da Igreja piramidal, cujo vértice está o pontifício romano que doa o poder aos Bispos e Párocos. Assim é desvalorizado ao mesmo tempo o poder do Pároco e ainda do Bispo; aqui surge às acusações aos Mendicantes de serem Párocos universais.
- A fratura da estrutura tradicional pastoral diocesana através do acréscimo e da isenção de outra “estrutura universal”(Igreja-Convento). Se trata de uma estrutura mais elástica, mais sabia, mais vizinha ao povo (ao menos em algum período), com respeito a estrutura tradicional diocesana.
- As atividades pastorais estão orientadas de modo diverso em relação ao passado e não mais limitadas somente à missa e aos sacramentos na Paróquia; tem-se a difusão de confraternidade e de associações, etc.
- Com respeito à atividade paroquial, as primeiras gerações dos Mendicantes, mostram-se geralmente contrarias; tal atividade, porém está prontamente assumida pelos conventuais e pelos carmelitas ao fim do séc XIII.
- A gratuidade dos ministérios pastoral feito pelos Mendicantes está três novidades: a isenção do Bispo, a gratuidade dos ministérios feitos pelos Mendicantes.
- A conseqüência de tudo é afastar os fieis da Igreja própria e do Sacerdote próprio; isto é, causa polemica contra os Mendicantes, o que será visto em seguida.
22 Centralização e Participação
- Ordens Centralizadas: Aprofundando o impulso à centralização segundo a obra do movimento de CLUNY e de CHITEAUX, em forma federativa e em seguida misturada pelas Ordens Militares, os Mendicantes assumem a figura de um corpo único fortemente centralizado.
Na base está a fraternidade local, mas todas as fraternidades dependem de um único superior, mestre, ministro, e prior-geral da ordem; a divisão em Províncias é puramente, em sentido administrativa (isto é, não são autônomas, ainda que tenham costumes a normas próprias).
O frade neste corpo centralizado está disponível á comunidade local, provincial e geral e demais, a cada tipo de atividade.
A estrutura centralizada, portanto, oferece certas utilidades para o ministério pastoral (através da mobilidade dos Frades) e responde às exigências do papado para as necessidades mais urgentes da igreja.
- Participação: A centralização não as opõe à participação que busca no sistema capitular a todos níveis o meio privilegiado de expressar-se. É forte nesta linha a influência dos fatores sociais da inspiração que provem da fraternidade evangélica.
23 Urbanização:
- O ingresso na cidade (urbanização) não se dá na origem dos Mendicantes (exceto no caso dos Dominicanos), mas é presente em seguida a clericalização e a causa da atividade pastoral. Em prática é forte a urbanização depois do ano 1240, e se desenvolve melhor na segunda metade do séc XIII, em modo inevitável (isto conduzirá ao conventualismo)
- As motivações podem ser várias:
- De Ordem econômica, isto é, para garantir através da coleta de esmolas a possibilidades de sobrevivência. Assim nas fundações estão presentes e se seguem critérios demográficos e econômicos a grandeza, a riqueza, a importância e os números das cidades. Em conseqüência disto surge ema tipologia de cidade naquele tempo caracterizada pela presença de quatro, três, dois e uma das Ordens Mendicantes maiores (Dominicanos, Franciscanos, Agostinianos e Carmelitas).
- De ordem pastoral. Disso já discorre anteriormente quando se falou da criação de estruturas típicas dos Mendicantes na pastoral e na reforma da Igreja.
- De ordem cultura. Aqui está o ingresso na universidade e a vida dos Mendicantes como resposta a um desafio cultural do tempo.
- A urbanização dos Mendicantes tem frutos:
Antes de tudo comporta um desvio em alguns conceitos da Vida Religiosa: Fuga e Fundações.
- No monaquismo e até aquele tempo a fuga comporta em sair da sociedade civil e a fundação estimulava por sua vez a fundação de uma cidade de Deus na sociedade.
- Através dos Mendicantes a fuga não é mais do consórcio civil, mas do poder e da posse, permanente, digo, permanecendo dentro da cidade dos homens, escolhendo a condição dos menores (dependência e trabalho mendigado à sociedade).
- A fundação se opera na cidade e se faz pedra para a construção da sociedade. Assim o ideal tem propostas e através de um gesto de fraternidade e comunhão tendo a ser proposta para todos e assim envolve todos os cidadãos.
- Da cidade os Mendicantes trazem:
- Muitas vocações
- Os meios para viver
- O impulso e o estimulo para o estudo
- E através do contato com as pessoas trazem motivo para agir como força de paz e de união entre as continuas opostas facções citadinas.
- A urbanização dos Mendicantes, com a mutua integração entre eles e a cidade, conhecem porém ainda efeitos colaterais. Entre eles aqueles derivados pela sua mendicância. Eles pregam que dinheiro era uma das formas de opressão ao povo. Em virtude de própria mendicância eles aceitavam com realismo para viver, as esmolas dos benfeitores. Daí surge uma contradição implícita que ao mesmo tempo vem a diminuir a força da pobreza absoluta. Esta contradição, porém, conduz através do tempo a justificar as atividades comercias e no compromisso de questões sociais como é o caso dos Franciscanos a identificar toda uma série de praticas não usuária (monte Pio – Banco para os pobres).
24 Conclusão
As características aqui enumeradas mostram sob vários aspectos como os Mendicantes constituem uma síntese das várias reformas e dos vários movimentos eclesiais (monásticos, eremíticos, cônegos e laicais) presentes na Igreja desde a época gregoriana em diante. Os Mendicantes colhe os fermentos presentes na Igreja e na sociedade os coagulam, os purificam em chave eclesial e lhe redistribui na vida da Igreja mesma como resposta ao desafio do tempo, criando assim, uma forma de vida nova na qual concilia a pobreza individual e coletiva com a vida apostólica, no sentido novo de pregação e trabalho para os homens.
80 Anos de Dom Vital: Homilia.
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Imagens da Missa em Lídice, Rio de Janeiro em 2011 na comemoração dos 80 Anos de Dom Vital Wilderink, O Carm. NOTA: Dom Frei Vital Wilderink, O Carm- Eremita Carmelita e 1º Bispo de Itaguaí/RJ - foi vítima de um acidente de automóvel quando retornava para o Eremitério, “Fonte de Elias”, no alto do Rio das Pedras, nas montanhas de Lídice, distrito do município de Rio Claro, no estado do Rio de Janeiro. O acidente ocorreu no dia 11 de junho de 2014. O sepultamento foi na cidade de Itaguaí/RJ, no dia 12, na Catedral de São Francisco Xavier, Diocese esta onde ele foi o primeiro Bispo. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 23 de agosto-2019.
#PROVÍNCIA300: Frei Paulo Gollarte-04
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Da série de entrevistas sobre os 300 Anos da Província Carmelitana de Santo Elias, veja o 4º vídeo da entrevista com Frei Paulo Gollarte, O. Carm. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 23 de agosto-2019.
#PROVÍNCIA300: Angra dos Reis
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OLHAR DO DIA: Testemunhos
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Nesta segunda 19 de agosto-2019, vamos ouvir as irmãs da Ordem Terceira do Carmo de Sabará-MG, falando sobre a importância da vocação carmelita.
Caratinga: A Missão do Frei Petrônio
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A Missão do Frei Petrônio
Letra: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
Música: Frei Petrônio e Carlos Maka
(Música composta passando em São Sebastião-AL e Arapiraca-AL no dia 31 de março-2018.)
1-Frei Petrônio, Frei Petrônio, pra onde você vai? Diga lá, ó carmelita, nesta vida a caminhar / Eu vou, eu vou, eu vou, vou Evangelizar, com Santo Escapulário, de Jesus eu vou falar (bis)
2-Frei Petrônio, Frei Petrônio, onde é que você está, no Sudeste ou no Nordeste, vive a peregrinar/ Eu vou, eu vou, eu vou, vou Evangelizar, com Santo Escapulário, de Jesus eu vou falar (bis)
3- Frei Petrônio fala de política, religião e futebol, diga lá ô Frei Petrônio, abra logo o seu gogó. / Eu vou, eu vou, eu vou, vou Evangelizar, com Santo Escapulário, de Jesus eu vou falar (bis)
4- Frei Petrônio denuncia, os corruptos a roubar, lá no Norte ou no Sul, ele não para de gritar / Eu vou, eu vou, eu vou, vou Evangelizar, com Santo Escapulário, de Jesus eu vou falar (bis)
5- Frei Petrônio no Centro Oeste, também vai anunciar, a Boa Nova pra todos, ainda é tempo de sonhar/ Eu vou, eu vou, eu vou, vou Evangelizar, com Santo Escapulário, de Jesus eu vou falar (bis)
OLHAR DO DIA: Bankanja.
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No Olhar do dia desta segunda-feira 12 de agosto-2019- Direto da Lapa/RJ- vamos conhecer um pouquinho o Mártir Carmelita, Isidoro Bakanja? Vamos que vamos!
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