Moro num bairro carioca onde mora muita gente fina. Quando caminho, eu ouço frases como 'Vá para Cuba. Vai passear em Paris'', afirmou durante show em Belo Horizonte.

Chico Buarque, enfim, falou! O cantor e compositor carioca se manteve em silêncio nos últimos anos sobre os ataques que recebe nas ruas e na internet por conta de suas posições políticas. Mas o silêncio foi quebrado na noite desta quarta-feira (13), no palco, na estreia nacional do show Caravanas, no Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

A fala foi feita no embalo do forte coro de "Fora, Temer!", puxado pela plateia após Chico cantar a música "Grande hotel" em homenagem ao baterista Wilson das Neves, músico que morreu neste ano e a quem o show é dedicado.

"Tem que gritar mesmo! E para ouvir. No começo, não ouvi direito porque estou usando fones de ouvido. Aliás, acho que vou passar a usar esses fones permanentemente lá no Rio, onde eu gosto de caminhar. Moro num bairro carioca onde mora muita gente fina. Quando caminho, eu ouço frases como 'Viado! Vá para Cuba. Viado! Vai passear em Paris'. O único consenso é o viado", afirmou Chico, irônico, sendo aplaudido pela plateia.

Na sequência, Chico cantou a música "Gota d'água", dos versos 'E qualquer desatenção, faça não! Pode ser a gota d'água'. A música já estava prevista no roteiro, mas soou como um recado político do cantor aos desafetos. Fonte: https://g1.globo.com

Gestor, parentes e empresário são suspeitos de integrar organização criminosa

O pleno do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região decidiu, por unanimidade de votos, receber denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Jair Lira Soares – o Jairzinho Lira, ex-prefeito de Lagoa da Canoa, que atualmente ocupa uma das cadeiras na Assembleia Legislativa Estadual.

O deputado estadual e ex-gestor do município localizado na Região Metropolitana do Agreste alagoano é investigado de integrar suposto esquema de desvio de verbas para merenda escolar, conforme consta na decisão publicada em 29 de novembro pelo desembargador federal Vladimir Souza Carvalho.

De acordo com o TRF da 5ª Região, Jairzinho Lira é suspeito de integrar uma organização criminosa que usava recursos da merenda escolar em benefício de sua família. Os indícios apontados no processo citam a realização de compras em supermercado vencedor de licitação municipal por familiares do então prefeito de Lagoa da Canoa.

A denúncia formulada pelo MPF aponta ainda possíveis irregularidades em pregões presenciais realizados em 2007, 2008 e 2009, anos da gestão de Jairzinho Lira no município do Agreste alagoano.

A denúncia envolve ainda o empresário José Aloísio Maurício Lira, Fabiana Apóstolo Lira (esposa de Jairzinho Lira e ex-secretária de Assistência Social de Lagoa da Canoa), Maria Alany Lira Soares (servidora da prefeitura de Feira Grande e ex-secretária municipal de Finanças) e Maria Lira Soares (ex-secretária de Educação de Lagoa da Canoa).

Segundo relata o desembargador federal, Jairzinho Lira “efetuou diversas compras de gêneros alimentícios, para si próprio e seus familiares (esposa, pai e irmã) utilizando-se, para tanto, de recursos destinados à aquisição de gêneros para compor a merenda escolar das escolas públicas do Município”.

Os depoimentos colhidos durante a investigação indicam que as comprar eram feitas no Supermercado 15 de Novembro, por meio de notas promissórias, “desde gêneros alimentícios para a própria residência dos denunciados, até uísque e ração para cachorro”, conforme consta no documento que o 7Segundos teve acesso com exclusividade.

Ainda de acordo com trechos do documento, os denunciados apresentaram as respectivas defesas e negam qualquer envolvimento nas acusações feitas pelo MPF.

Em resposta à notícia publicada hoje no site 7 Segundos, o deputado estadual Jair Lira esclarece que o recebimento da denúncia ofertada pelo Ministério Público Federal não resolveu os incontáveis temas suscitados por sua defesa, porquanto estes, nas palavras do próprio desembargador federal relator do caso, "somente poderão ser devidamente esclarecidos ao término da instrução processual, depois de submetidos ao crivo dos princípios do contraditório e da ampla defesa".

O recebimento da denúncia contra o deputado e seus familiares era uma etapa natural da tramitação do processo, não se confundindo com juízo prévio de condenação sobre quem quer que seja. Cuidou-se, em verdade, de exame meramente formal, limitado a aspectos objetivos da imputação, assim não levando em consideração as explicações dos acusados, a serem examinadas em momento oportuno.

O fato de as instituições republicanas estarem funcionando normalmente (garantindo a formação do processo, mas assegurando o pleno direito de defesa dos acusados) é sinal da vitalidade da democracia brasileira, vivida e experimentada também em ambiente judicial, no qual jamais vicejarão condenações precipitadas e, sobretudo, injustas.

O deputado estadual Jair Lira, finalmente, mantém confiança inabalável na futura absolvição sua e de seus familiares, seja porque conhece a fragilidade das acusações formuladas pelo Ministério Público Federal, seja - mais importante - porque jamais transigiu com a legalidade, quer com prefeito municipal de Lagoa da Canoa (AL), quer como deputado estadual.” Fonte: https://arapiraca.7segundos.com.br

O grupo de espiões virtuais contesta a justificativa oficial do governo para aprovar a reforma de que o sistema de aposentadorias registraria constantes déficits

Rio - Em meio às barganhas atrás de votos para aprovação da Reforma da Previdência na Câmara, o Governo Temer pode ter que enfrentar um problema sem precedentes. Conforme o site Tecmundo, hackers invadiram o sistema da Previdência Social e ameaçam vazar dados de milhares de segurados se o Planalto insistir em votar a Reforma da Previdência, que, segundo eles, "retira direitos e restringe o acesso às aposentadorias, sem que o povo tenha sido consultado sobre as mudanças". 

Ainda segundo o site, os hackers prometem divulgar na Deep Web nomes, CPFs, emails e senhas de cerca de 2 mil segurados do INSS. O grupo de espiões virtuais contesta a justificativa oficial do governo para aprovar a reforma de que o sistema de aposentadorias registraria constantes déficits.

"O povo não foi consultado para as reformas na Previdência e jamais aceitaria perder direitos garantidos, portanto nesse sentido estou fazendo uma oferta irrecusável: em troca de não expor os dados na Deep Web, peço que o povo seja ouvido e nenhuma reforma que retire direitos seja aprovada, até porque se sabe que o pretexto de rombo na Previdência é uma farsa já denunciada por Auditores da Receita Federal (www.somosauditores.com.br) e por isso não se justificam as mudanças que vão dificultar o acesso aos benefícios, exigir mais tempo de contribuição e reduzir drasticamente os valores a serem recebidos", diz o manifesto publicado pelos invasores. 

Eles alegam que, com as novas regras pretendidas pelo governo, apenas 20% dos trabalhadores teriam garantidos o acesso às aposentadorias, e dizem que o governo faz "propaganda enganosa", quando afirma que a proposta de reforma vai combater alegados privilégios. 

Advertem ainda que militares e altos salários no Legislativo e Judiciário serão 'poupados' da reforma. "A Reforma não considera a realidade do trabalhador brasileiro, e o seu objetivo é satisfazer o mercado dando garantias aos bancos, um sistema que sempre penaliza os trabalhadores quando se vê ameaçado", dizem em comunicado. Fonte: http://odia.ig.com.br

Está na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, nas investigações da Operação Caribdes: o ex-governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) buscou ocultar bens em nome dos três filhos. Segundo o MPF, Alice, Arthur e Maria- na época- eram solteiros, menores de idade e não tinham renda declarada. Mesmo assim, tinham bens considerados de alto valor.

“Quanto ao denunciado TEOTÔNIO BRANDÃO VILELA FILHO, importa destacar que as escrituras anexas evidenciam se tratar de pessoa que tem buscado ocultar parte de seu patrimônio por meio de aquisição de bens em nome de seus filhos Alice Sampaio Brandão Vilela, Artur Sampaio Brandão Vilela e Maria Sampaio Brandão Vilela. Isso porque, à época das transações constantes das procurações, Alice, Artur e Maria eram menores, solteiros e sem profissão lícita declarada, razão pela qual, na ausência de renda própria e dado o alto valor dos imóveis em jogo , é legítimo considerar que o recurso para pagamento dos imóveis advinha de seus pais, TEOTÔNIO e Cynthia”, explica a denúncia do Núcleo de Combate à Corrupção, do MPF.

Os bens em questão, diz o MPF, são um apartamento no bairro da Jatiúca, no valor de R$ 3 milhões; outros, em endereços não revelados, custando R$ 200 mil, R$ 440 mil, R$ 135 mil e R$ 230 mil.

Em soma, da simples leitura das procurações também anexas, extrai-se que TEOTÔNIO também utiliza os nomes de seus filhos para camuflar a real propriedade de cotas em diversas empresas . Embora os filhos figurem como proprietários, delegam a administração que advém de suas cotas para TEOTÔNIO, que, algumas vezes, é coproprietário
da empresa, mas em quantidade menor de cotas”.

Sobre a Operação Caribdes, Téo Vilela disse: “O ex-governador assegura ser o maior interessado na elucidação dessas investigações e que continuará à disposição das autoridades, contribuindo no que for preciso”

A Caribdes constatou os crimes de fraude à lei de licitação, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de capitais, entre os anos de 2009 e 2014, referente às obras dos trechos 3 e 4 do Canal do Sertão. Os desvios somam R$ 71 milhões. A PF pediu a prisão do ex-governador. Fonte: http://reporternordeste.com.br

A ex-presidente da Argentina foi acusada de acobertar criminosos iranianos envolvidos no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina. O ataque que aconteceu em 1994 e deixou 85 mortos. Cristina Kirchner nega as acusações. Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com

O artista, duas vezes eleito deputado federal por São Paulo com mais de um milhão de votos, vai abandonar a vida pública

Em seu primeiro e último discurso na Câmara, o deputado federal Tiririca (PR-SP) anunciou nesta quarta-feira 6 sua despedida do Congresso. No plenário, o deputado chegou a anunciar o abandono da vida pública, indicando a renúncia, mas depois afirmou que cumprirá seu mandato até o fim e não vai se candidatar à reeleição. Alegando estar "com vergonha", se disse decepcionado com os colegas e com a política brasileira e pediu que os outros parlamentares "olhem pelo País".

Tiririca estava em seu segundo mandato. Em 2010, foi o mais votado em São Paulo, com 1,35 milhão de votos. Em 2014, teve 1,01 milhão de votos e ficou em segundo lugar, atrás de Celso Russomanno (PRB-SP).

A renúncia de Tiririca se dá dias depois de ele conceder uma entrevista ao Conexão Repórter, do SBT, na qual disse ter recebido propostas de propina em troca de voto. Nesta quarta, ele indicou que não vai denunciar os agora ex-colegas. 

"Eu jamais vou falar mal de vocês em qualquer canto que eu chegar e não vou falar tudo o que eu vi, tudo o que eu vivi aqui, mas eu seria hipócrita se saísse daqui e não falasse realmente que estou decepcionado com a política brasileira, decepcionado com muitos de vocês", afirmou. "Eu ando de cabeça erguida porque não fiz nada de errado, mas acho que muitos dos senhores não têm essa coragem". Fonte: www.cartacapital.com.br

‘Nem todos os 513 trabalham. É vergonhoso’, afirma o deputado

BRASÍLIA - Eleito com mais de um milhão de votos em 2014, o deputado Tiririca (PR-SP) subiu à tribuna da Câmara nesta quarta-feira para anunciar que faria seu primeiro e último discurso, afirmando que vai "deixar a política". Tiririca disse que deixará o Parlamento "triste para caramba" e acrescentou que o que acontece na política e também no Congresso é "vergonhoso".

— Subo pela primeira vez e a última (à tribuna). Estou saindo triste para caramba, estou muito chateado mesmo com o Parlamento.

— Não fiz muita coisa, mas pelo menos fiz o que fui pago para fazer. O que vi nestes sete anos saio com vergonha. Mas gostaria que vocês - só um pedido de gente, de povo - olhassem mais para o povo — disse Tiririca.

O parlamentar disse parlamentares têm "mordomia" e ganham bem.

— Nem todos os 513 trabalham. É vergonhoso: ando de cabeça erguida porque tenho coragem, mas muitos de vocês andam disfarçados. Já vi deputados envergonhados. A gente é bem pago, R$ 23 mi limpos, tem apartamento, mordomia. Não fiz nada, mas o pouco que eu fiz, fiz de cabeça erguida. É vergonhoso, é uma vergonha — disse ele, repetidas vezes.

Nestes sete anos, Tiririca ficava no canto do plenário e sentava nas cadeiras destinadas a assessores e não nas reservadas aos deputados. Artista, tendo a profissão de palhaço, o parlamentar sempre preferiu ficar no canto, sempre aceitando tirar fotos e selfies pedidas.

Ao final do rápido discurso, ele recebeu alguns aplausos, como do colega Esperidião Amin (PP-SC).

CONGRESSO: 60% DE REPROVAÇÃO DA POPULAÇÃO

A rejeição ao trabalho de deputados e senadores do Congresso Nacional atingiu o recorde histórico de 60%, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quarta-feira. Seis em cada dez brasileiros consideram ruim ou péssimo o trabalho dos parlamentares em Brasília, aponta o levantamento publicado pelo jornal "Folha de S.Paulo".

A aprovação dos 513 deputados e 81 senadores também atingiu o menor índice desde que o instituto começou a fazer o levantamento, em 1993. A percentagem de pessoas que classificam o trabalho dos congressistas como ótimo ou bom caiu para 5% na pesquisa desta terça-feira. Os demais 31% dos entrevistados classificaram o trabalho dos deputados e senadores como regular. Fonte: https://oglobo.globo.com

Rosângela Wolff Moro, a mulher de Sérgio Moro, acaba de anunciar no facebook que vai desativar a página “Eu MORO com ele”, que homenageia seu marido.
Segundo Rosângela, que agradeceu a todas as manifestações de apoio recebidas, a página “cumpriu seu papel”.

Ela prometeu fazer uma retrospectiva dos melhores momentos. Também disse que a corrupção destrói o país e exortou os seguidores a votar com consciência.
Coincidentemente, a decisão foi tomada após depoimento ‘bomba’ do advogado Tacla Duran, que colocou a Lava Jato em maus lençóis, com revelações bombásticas.
CLICK POLÍTICA com informações de antagonista. Fonte: clickpolitica.com.br

Luciano Huck não será candidato à Presidência e amanhã anuncia oficialmente que está fora do páreo numa entrevista em São Paulo.

Em 2018, no entanto, continuará participando do Agora! e no Renova BR, dois movimentos suprapartidários nos quais se engajou nos últimos meses.

Huck, que não se filiará a partido algum, tomou a decisão na quinta-feira, justamente o dia em que "O Estado de S. Paulo" publicou em sua manchete uma pesquisa mostrando que a aprovação do apresentador crescera nos dois últimos meses.

É um caso atípico na política: alguém que desiste de ser candidato depois de uma notícia positiva. Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com

No vídeo disponibilizado na tarde do último dia 24 pelo Ministério Público de Alagoas (MPE/AL), flagra o momento em que o prefeito Arnaldo Higino Lessa, do município de Campo Grande, a 171 km da capital alagoana, recebe propina que seria de uma empresa que vende para a prefeitura da cidade.

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e a esposa Rosinha Garotinho foram presos pela Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira, em seu apartamento no Flamengo, na zona sul do Rio.

Os dois estão sendo levados agora por agentes da PF, em um desdobramento da Operação Chequinho, que investiga a compra de votos na cidade de Campos dos Goytacazes.

Questionado pela reportagem da BandNews FM sobre o tipo de mandado expedido, um dos policiais disse apenas: “ele (Garotinho) está sendo preso”, assim como a esposa.

Garotinho vai ser encaminhado para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois seguirá para a superintendência da Polícia Federal, no Centro.

O ex-governador foi condenado no âmbito da operação Chequinho, por comandar um esquema de fraude eleitoral quando era secretário de Governo de Campos. A estrutura criminosa envolvia candidatos a prefeito e vereadores em 2016, quando a Prefeitura oferecia inscrições no programa Cheque Cidadão em troca de votos. Cada beneficiário recebia por mês a quantia de R$ 200,00, segundo o Ministério Público Estadual.

No dia 13 de setembro, o ex-governador foi detido quando apresentava o programa na Rádio Tupi e até então passou a cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. No dia 26 de setembro o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revogou a prisão domiciliar do ex-governador. Fonte: www.metrojornal.com.br

O estudante de administração Gabriel Araújo conheceu o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) em um meme no Facebook. Era final de 2013, e o jovem da Baixada Fluminense, hoje com 22 anos, estava desencantado com a política e com o país. Não acreditava em mais ninguém. Foi depois do meme que nasceu sua admiração ao hoje pré-candidato à Presidência da República.

A reportagem é de Leandro Machado, publicada por BBC Brasil, 16-11-2017.

O parlamentar conservador aparece em segundo lugar em pesquisas recentes de intenções de voto. Segundo o Datafolha, 16% dos eleitores votariam nele. À sua frente está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 36%, e atrás, Marina Silva (Rede), com 14%.

Neste cenário, um detalhe tem chamado a atenção de analistas e cientistas sociais: 60% dos eleitores de Bolsonaro têm entre 16 e 34 anos. Desses, 30% têm menos de 24 anos. O percentual é significativo quando comparado com a atração ao público jovem de seus principais concorrentes: 45% dos que disseram votar em Lula têm menos de 34 anos. Entre os que preferiram Marina, 49% estão nessa faixa etária.

Por que parte da juventude apoia de maneira apaixonada um ex-militar cuja atuação em seus 26 anos de Congresso (sete mandatos) vinha tendo pouco brilho?

Um consenso entre pesquisadores ouvidos pela BBC Brasil é de que Bolsonaro é um dos principais atores políticos nas redes sociais - e que parte de sua força entre jovens pode derivar desse fato. Gabriel, por exemplo, viu o meme, pesquisou vídeos do deputado no YouTube e passou a acompanhar diariamente sua página no Facebook - o perfil do político tem 4,7 milhões de seguidores.

Entre seus adversários na corrida presidencial, Lula tem 3 milhões, João Doria, 2,9 milhões. Marina tem 2,3 milhões.

Neste mês, um levantamento do Ibope mostrou que os eleitores brasileiros com acesso frequente à internet representam 68% do total de eleitores. Entre os que expressam preferência por Bolsonaro, no entanto, a situação é bastante diferente. "Nossa pesquisa mostrou que 90% dos eleitores de Bolsonaro têm acesso à rede", diz Márcia Cavallari, diretora do Ibope.

"Bolsonaro sabe muito bem utilizar as redes sociais, conhece a linguagem que viraliza, usa frases curtas de efeito apelativo, cria polêmica, fala o que pensa. Ele é um performer", diz Esther Solano, doutora em ciências políticas e professora da Universidade Federal de São Paulo.

Para Moysés Pinto Neto, professor de filosofia da Universidade Luterana do Brasil, Bolsonaro criou um personagem midiático que joga com a incerteza sobre o tom do que diz. "Em um vídeo (gravado em 1999), ele disse que mataria pelo menos 30 mil pessoas no Brasil. Ele está falando sério ou não? Não dá pra saber", diz o acadêmico, que vem pesquisando como movimentos sociais de direita atuam nas redes sociais.

Este tipo de discurso foi elogiado por três jovens eleitores do deputado em entrevista à BBC Brasil.

"Vi Bolsonaro pela primeira vez em 2014, em um vídeo no Facebook. Ele não fala nada para agradar o povo, ou para parecer politicamente correto", diz a autônoma Jéssica Melo da Silva, de 19 anos, moradora de Belém. "Ele fala o que pensa, e isso incomoda as pessoas", diz Gabriel, que mora em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Mas soltar o verbo também deixou o político conservador em apuros. Em outubro, ele foi condenado pela Justiça a pagar R$ 50 mil de indenização por um comentário considerado preconceituoso sobre uma comunidade quilombola. Ele também é chamado de homofóbico e de misógino, por ter feito declarações com críticas a gays e piadas sobre as mulheres.

Os eleitores relativizam manifestações polêmicas do deputado: dizem que elas foram tiradas de contexto e que há perseguição por parte de movimentos de esquerda e de grupos feministas e LGBT. "Sou negro e não votaria em alguém racista", diz Gabriel.

Outro eleitor, o estudante de engenharia civil João Pedro Vital, de 18 anos, também discorda da imagem de racista do parlamentar: "Alguém que é casado com uma mulata e tem um sogro com o nome de Paulo Negrão não é racista", diz, em referência à família de Bolsonaro.

Bolsonaro com um 'outsider'

Segundo pesquisadores ouvidos pela BBC Brasil, o político conservador se apresenta como um "outsider", ou seja, diz que não faz parte da política tradicional, cuja imagem é de corrupção. Ele se mostra contra o chamado "establishment", as mais poderosas instituições e organizações políticas, midiáticas e econômicas do país. Temas como descriminalização do aborto e casamento LGBT seriam do interesse desse "establishment", na visão dos conservadores.

Para o universitário Vital, de Salvador, o deputado se destaca por não ter nenhum escândalo de corrupção no currículo. "Ele tem moral, é ético e não está metido em corrupção", diz.

Bolsonaro começou a ganhar simpatizantes depois dos protestos de junho de 2013, quando milhões de jovens tomaram as ruas para, primeiro, protestar contra o aumento das tarifas de transporte e, depois, contra governos e políticos.

As manifestações surgiram com o Movimento Passe Livre (MPL), grupo de esquerda que, apesar de não gritar contra partidos, dizia-se apartidário. Em seguida, os protestos foram "cooptados" por manifestantes de direita, que chegaram a proibir bandeiras de partidos.

"Eram protestos essencialmente para mostrar um descontentamento com governos progressistas de esquerda, que não conseguiram implementar reformas estruturais e que acabaram se alinhando justamente ao sistema econômico que antes criticava", explica Moysés.

Mauro Paulino, diretor do instituto Datafolha, concorda que o movimento "antipolítico" começou a mostrar as caras naquele ano. "Em 2013, as manifestações já tinham um caráter de negação de qualquer bandeira política", diz.

Em um contexto de mais de uma década de governos federais petistas - que coincidiu com a infância e a adolescência de muitos dos que hoje se assumem eleitores de Bolsonaro -, a esquerda pode ter sido encarada pelos eleitores em formação como a força política a ser contestada.

"É uma característica do jovem ser do contra, buscar a mudança, as transformações sociais. Ele é mais receptivo aos discursos radicais, à esquerda e à direita", diz o cientista político Hilton Cesario Fernandes, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).

Para Danilo Cersosimo, diretor do instituto de pesquisas Ipsos, o fenômeno de Bolsonaro como bandeira contestadora se expressa principalmente na juventude da classe média urbana. "É um movimento de um jovem escolarizado que não conseguiu ver as suas aspirações atendidas", afirma o analista. "Ele pode estar desempregado, ou tem um emprego ruim, tem medo da violência e da crise econômica. Então ele culpa o governo por não conseguir cumprir suas ambições. E quem estava no governo? O PT e a chamada esquerda."

Para o professor Moysés Pinto Neto, a esquerda não conseguiu se aproveitar do descontentamento mostrado nos protestos para engrossar suas fileiras. "O que aconteceu foi o inverso. A direita, que sempre foi o establishment, começou a se mostrar como crítica ao sistema, como se estivesse fora dele e fosse a solução para os problemas. Nos Estados Unidos, isso levou à eleição de Donald Trump", explica Pinto Neto.

Paulino afirma ainda que há uma "crise de representação" da população brasileira em relação aos políticos. É o tipo de ambiente favorável ao surgimento de "salvadores da pátria". "Esse vácuo permitiu que figuras como Bolsonaro surgissem. Quando a política não resolve, ideias simples para problemas complexos parecem a melhor solução, apesar de, na prática, elas nem sempre funcionarem", diz.

Com o slogan de "gestor" e "trabalhador", o empresário João Doria também aproveitou esse sentimento antipolítico para vencer as eleições de 2016 e se tornar prefeito de São Paulo - ele é pré-candidato do PSDB à Presidência. O tucano também é bastante popular nas redes sociais, publicando vídeos de suas ações e críticas a adversários.

A queda do PT

No meio acadêmico, uma das análises para a ascensão da direita é a de que, do outro lado do espectro político, a esquerda partidária não ofereceu nenhum novo nome com alcance parecido ao de Bolsonaro. O principal expoente ainda é Lula.

Com os escândalos de corrupção, o impeachment de Dilma Rousseff, a condenação do ex-presidente por corrupção passiva e o desgaste acumulado pelo PT, a maior parte dos militantes da esquerda se viu "órfã" de nomes promissores, segundo análise de cientistas sociais.

Nessa perspectiva, a esquerda sobrevive em grupos sociais que não têm relação direta com partidos, como o movimento negro, o feminismo, o LGBT e os secundaristas.

Paulino diz que jovens pobres, moradores de bairros de periferia, ainda preferem Lula por terem "medo de perder direitos".

Gabriel se classifica como "classe baixa", mas afirma não votar no petista "de jeito nenhum". Bolsista do Prouni, programa de bolsas em universidades particulares criado por Lula, ele diz que não há contradição entre sua condição econômica e o apoio a um candidato da direita. "Pobre quer crescer economicamente, melhorar de vida. A direita prega o crescimento econômico e liberdades individuais, a esquerda quer controlar sua vida", afirma.

A violência no Brasil e a ditadura militar

Outro motivo que levou Gabriel a apoiar Jair Bolsonaro é a forma como o deputado encara a violência - ele propõe, por exemplo, extinguir o estatuto do desarmamento como maneira de a população se defender de bandidos.

"Precisa haver o armamento civil. O (estatuto do) desarmamento foi uma farsa, a violência só piorou, porque o cidadão de bem ficou indefeso. O bandido continua com as armas", diz Gabriel.

Jéssica Melo, de 18 anos, cita o apoio de Bolsonaro ao regime militar que comandou o Brasil entre 1964 e 1985. "As pessoas dizem que era um tempo bom, que você podia ficar na frente de casa sem ser assaltado. As escolas eram tranquilas, hoje aluno bate em professor, as pessoas te roubam na sua casa", diz.

Para Márcia Cavallari, do Ibope, jovens que não viveram o período da ditadura militar tendem a romantizá-lo. "O regime é uma coisa distante para elas, algo que não foi discutido a fundo. Com a corrupção e o medo da violência, os jovens procuram um discurso que promove a ordem, a lei e os bons costumes", diz.

Já Paulino, do Datafolha, afirma que Bolsonaro se aproveita de um dos "maiores medos" da população, a violência, para alavancar seu apoio popular. "Principalmente entre a classe média, há um aumento do apoio à pena de morte e ao enfrentamento ao crime como forma de combater a violência. Essa é a principal bandeira dele", explica.

Youtubers influentes

Além das páginas do próprio deputado, outros canais nas redes também ajudaram a direita a chegar a mais jovens. O Movimento Brasil Livre (MBL), por exemplo, é uma das páginas de maior influência no Facebook, com 2,5 milhões de seguidores. Apesar de não declararem oficialmente apoio a Bolsonaro, os militantes do MBL também costumam repassar as propostas do parlamentar, como maior rigidez no combate ao crime.

Outro "digital influencer" é o metaleiro e professor de guitarra Nando Moura, o mais popular youtuber da extrema-direita brasileira - ele tem 1,5 milhão de seguidores no site e 337 mil no Facebook. Há outros com perfil parecido, mas com alcance menor.

Nas produções de Moura, que chegam a ter um milhão de visualizações, ele comenta assuntos variados, como "ideologia de gênero", desarmamento, arte moderna e história do Brasil e do Mundo - o viés é sempre de críticas à esquerda e apoio a Bolsonaro.

Para Moysés Pinto Neto, a direita foi "visionária" e "competente" ao usar o Facebook, YouTube e Twitter. "Há também uma estética do metaleiro youtuber, do gamer e do nerd de direita. Também usa-se a lógica do linchamento virtual, que a esquerda também já usou muito, para atacar a reputações dos seus inimigos públicos", diz.

Em Belém, por exemplo, Jéssica Melo da Silva e outras 150 pessoas discutem diariamente propostas de Bolsonaro e ataques a adversários em um grupo de WhatsApp chamado "Direita Jovem Paraense". Grupos parecidos são muito populares em outros Estados e tentam, cada vez mais, conseguir votos para o candidato.

'Um candidato mais ao centro deve vencer'

Os diretores dos institutos Datafolha e Ipsos acreditam que, em 2018, Bolsonaro deve perder força porque, na campanha, ele terá menos tempo de propaganda na TV e no rádio do que seus adversários. "Apesar das redes sociais serem muito importantes, a televisão ainda tem um peso gigantesco. Bolsonaro está num partido pequeno, terá poucos segundos", diz Paulino.

"A minha tese é de que provavelmente vá surgir um candidato mais ao centro, que consiga se equilibrar na polarização entre esquerda e direita", concorda Cersosimo, do Ipsos.

Diretora do Ibope, Márcia Cavallari afirma que, apesar de ser difícil prever qual será o impacto da internet nas eleições - que tem sido difuso em eleições passadas - ele não será pequeno. "No Brasil, 102 milhões de pessoas têm acesso a esses canais. Em 2013, eram 78 milhões. As redes sociais vão ser muito mais importantes do que foram nas últimas eleições", diz.

Pesquisa do Ibope deste ano apontou que 36% dos eleitores brasileiros acreditam que a internet terá "muita importância" na hora de decidir o voto. Para 35%, a TV e o rádio também terão influência.

Já o cientista político Hilton Cesario Fernandes, da Fespsp, argumenta que o apoio da juventude não será suficiente para a vitória da extrema-direita. "O discurso radical pega uma parcela da população específica, mas dificilmente convence a maior parte da população numa disputa majoritária, diz.

Por outro lado, Bolsonaro vem crescendo em levantamentos do Datafolha desde dezembro de 2015, quando tinha 5% das intenções de voto. No último, em outubro deste ano, estava com 16%.

Se depender de Jéssica Melo da Silva, 19, seu candidato conservador vai crescer ainda mais. "Faço campanha de graça para Bolsonaro", diz ela, que gosta de andar com a camiseta do ídolo pelas ruas de Belém e compartilhar material sobre ele em suas páginas nas redes sociais. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Magistrados acompanharam voto do relator do caso, desembargador Abel Gomes. Além do placar, de 5 a 0, magistrados definiram que prisão deve ser imediata.

Por unanimidade, desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiram nesta quinta-feira (16) que os deputados estaduais pelo PMDB Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi devem ser presos preventivamente.

Assim que forem expedidos os mandados de prisão, os parlamentares devem ser imediamente presos, conforme decidiram os desembargadores. Em seguida, a Assembleia Legislativa (Alerj) irá analisar, quando for notificada (o que deve ocorrer em até 24 horas), se os deputados permanecerão presos. O penúltimo desembargador a declarar seu voto nesta tarde, Marcelo Granato, se referiu aos parlamentares como "sujeitos que não param".

"Os sujeitos não param, quem sabe as prisões possam pará-los. A História dirá o que os deputados estaduais farão com a nossa decisão", disse o desembargador Marcelo Granato. O magistrado relator do caso, Abel Gomes, foi o primeiro a votar pela prisão e foi acompanhado pelos desembargadores Paulo Espírito Santo, Messod Azulay Neto, Marcelo Granado e Ivan Athié, todos da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Uma desembargadora faltou.

A Turma de desembargadores analisou os pedidos de prisões feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) de Picciani, Melo e Albertassi com base em investigações e depoimentos revelados pela Operação "Cadeia Velha". As investigações revelaram o uso de cargos políticos da cúpula da Alerj para a prática de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O desembargador do TRF-2 Abel Gomes decidiu submeter os pedidos ao colegiado e foi realizada, nesta quinta, uma sessão extraordinária para avaliar o pedido.

Os três parlamentares foram alvo da operação "Cadeia Velha", desdobramento da Lava Jato deflagrada na terça-feira (14) que revelou supostos pagamentos de propinas a agentes públicos pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Segundo as investigações, os deputados articularam a aprovação de projetos favoráveis aos empresários, que entaão pagavam pelas vantagens indevidas. Além disso, os parlamentares também faziam pressão para aprovar as contas dos governadores, mesmo com ressalvas, apresentadas pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ).

'Organização criminosa', segundo a PF

A operação "Cadeia Velha" aprofundou as investigações de desvios de verba pública no Estado do Rio. Nela, se concluiu que não havia um "chefe-mor" da quadrilha. Para os investigadores, agora há várias pessoas à frente do esquema — e não só o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

A operação Cadeia Velha investiga o uso da presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e de outros cargos na Casa para a prática de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O alvo da operação é o pagamento de propina a políticos pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor)

Foram presos: o empresário Felipe Picciani; o empresário Jacob Barata; o ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira; e mais 6 pessoas. Foram conduzidos coercitivamente a prestar depoimento: o presidente da Alerj, Jorge Picciani; e os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB

Os pedidos de prisão preventiva contra os três deputados, que têm foro privilegiado, serão analisados na quinta-feira (16) pelo TRF-2. As investigações apontam que a cúpula da Alerj formou uma organização criminosa que vem se estruturando desde a década de 1990, integrada também por Cabral. Fonte: https://g1.globo.com

Por Murillo de Aragão (*)

É tenso, uma vez mais, o momento político que vivemos. A inflação está sob controle, as reformas avançam e a economia volta a crescer. Mas a popularidade do presidente é baixa, a questão fiscal domina a agenda e o cenário sucessório é nebuloso. Intensa contradição.

Nessas horas de angústia, nossa inclinação é, na busca precipitada de uma solução, pôr na mesa aquela discussão que vai e volta sobre nosso modelo de governança. Ou seja, o sistema político de acordo com o qual organizamos a gestão do estado. O parlamentarismo é sempre a alternativa em vista.

Antes de tudo, porém, cabem algumas reflexões a respeito de nossos origens, temperamento e condução atual. Para começo de conversa, não somos uma democracia no sentido moderno nem temos uma boa política na rotina de nossas decisões. Por quê? Nos faltam instituições e, antes mesmo dessas, nos faltaram líderes que nos conduzissem a uma patamar institucional mais sólido.

Como resolver o dilema da democracia inexistente e da má política predominante? Não existe resposta fácil ou já teríamos chegado a ela. Pensando bem, a verdade é que nossa origem não é das melhores. Nascemos como um empreendimento e não como nação, e se não fosse Napoleão, teríamos nos dividido em republiquetas.

A fuga da Família Real de Portugal para o Brasil nos deu uma chance que, felizmente, não foi desperdiçada. A oportunidade proporcionada pela história resultou na criação de um país.

Situados pela geografia longe do centro dos acontecimentos, fomos poupados de uma sequência de tragédias mundiais, mas não deixamos de criar problemas para nós mesmos. Hoje, a instabilidade ora econômica ora política é um deles, talvez o mais forte, uma pedra no caminho sempre que supomos haver tomado finalmente um rumo.

Então, voltamos sempre ao desafio proposto, jamais atingido: como fortalecer nossa democracia? O primeiro passo é reconhecer que ela é um objetivo cuja consecução exige participação. O segundo é constatar que a  maneira de se chegar à democracia é trilhar a via política.

Assim, o fortalecimento de nossa democracia passa pela atuação da sociedade em diferentes modalidades de ação que vão além do voto, das manifestações, do debate. É trabalhoso construir a democracia. Quando se dá prioridade à educação, quando se reconhece a urgência das reformas, quando se abre espaço para a iniciativa privada estamos construindo a democracia.

Não podemos fugir da política como ferramenta para isso e sem melhorar o nível da atividade politica o lugar onde chegaremos estará dissociado da nação. A participação na política não significa candidatar-se, obrigatoriamente, a cargos públicos. Pode se revelar na escolha mais cuidadosa dos candidatos, na avaliação da credibilidade das promessas de campanha e no equilíbrio e bom senso das propostas e ideias defendidas.

Exige também uma atitude mais responsável da cidadania frente ao noticiário da mídia impressa e eletrônica e à qualidade da informação que circula pelas redes sociais. Valores fundamentais do mundo, que impactam nas eleições, na justiça, na própria organização da sociedade. É daí que que têm surgido os fundamentos da reforma da democracia.

Precisamos persegui-la com muita disposição. Precisamos cuidar do homem em primeiro lugar.  Enquanto não vivermos como o poeta amazonense Thiago de Melo propunha – “Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem, como a palmeira confia no vento” – devemos duvidar.

(*) Advogado, professor, jornalista e cientista político

Fonte: http://noblat.oglobo.globo.com

O patrimônio do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani, que foi conduzido coercitivamente para depor nesta terça-feira na Operação “Cadeia Velha” teve um aumento de 6.367,9% de patrimônio em 20 anos.

Na declaração de renda, feita em junho de 1994, ano em que o Picciani voltou à Alerj depois de passar pela Secretaria Estadual de Esportes e Lazer e presidir a Suderj, o deputado somava em bens pessoais o equivalente a 413.318,37 UFIRs da época, algo em torno de R$ 160,5 mil atualizados nos dias de hoje, de acordo com a tabela do Banco Central. Já na declaração de 2014, apresentada ao Tribunal Superior eleitoral (TSE), Picciani registrou um balanço patrimonial de R$ 10,381 milhões.

Já o deputado estadual Paulo Melo, de acordo com sua declaração de 1997, quando exercia seu segundo mandato na Alerj, tinha cerca de R$ 773 mil em bens e direitos. Em 2014, declarou possuir um patrimônio avaliado em R$ 5.020.321,24, um aumento de 549,45%. Fonte: www.noticiasbrasilonline.com.br

O artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no jornal "O Globo" deste domingo (5), em que ele defende o desembarque do PSDB do governo Temer em dezembro, surpreendeu o núcleo do Palácio do Planalto.

O texto foi visto como uma espécie de ultimato aos tucanos, num momento em que o presidente Michel Temer faz um esforço para manter os ministérios da chamada "ala Jaburu" do PSDB, numa referência ao grupo que frequenta a residência ofical.

No ninho tucano, a percepção é de que Fernando Henrique decidiu sair do muro e apoiar explicitamente as teses defendidas pelo senador Tasso Jereissati. Com isso, o grupo do PSDB que deseja o desembarque do governo Temer ganhou força.

A percepção até mesmo de integrantes da "ala Jaburu" é que a argumentação de Fernando Henrique causou uma saia justa nos integrantes do partido que defendem a permanência no governo Temer. Essa é a tese do senador Aécio Neves, que tem pressionado o partido a manter a aliança com o governo.

A argumentação de Fernando Henrique é pragmática: caso não deixe o governo Temer ainda em 2017, os tucanos serão coadjuvantes no processo sucessório de 2018. E ele ainda faz um alerta, ao citar as mãos de tucanos chamuscadas de inquéritos, numa referência mais direta ao caso de Aécio Neves, que tem causado forte desgaste ao partido.

A avaliação entre os tucanos é que a posição do ex-presidente deve enfraquecer a "ala Jaburu" e forçar o governador Geraldo Alckmin, nome mais forte do partido para 2018, a defender a tese do desembarque. Fonte: http://g1.globo.com

Lula e Jair Bolsonaro iriam para o segundo turno se as eleições presidenciais fossem hoje. É o que mostra a primeira pesquisa feita pelo Ibope para medir o pulso da corrida presidencial de 2018.

Em qualquer cenário apresentado ao eleitor, Lula fica com o mínimo de 35% e o máximo de 36% das intenções de voto. Bolsonaro aparece com 15% quando enfrenta Lula. E cresce para 18% se o ex-presidente for substituído por Fernando Haddad (neste caso, está empatado com Marina Silva).

A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 22, com 2.002 pessoas em todos os estados brasileiros, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 
Marina Silva é a terceira colocada em qualquer cenário com Lula, com índices entre 8% e 11%, dependendo dos adversários. Se Lula ficar de fora, Marina lidera, empatada com Bolsonaro. 
Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e João Doria surgem embolados num pelotão abaixo, com percentuais entre os 5% e 7%. Ciro sobe até os 11% quando Lula é substituído por Haddad (que tem a preferência de 2%).

Quando o Ibope não apresenta ao entrevistado uma cartela com os nomes, ou seja, a citação sobre o candidato é espontânea, Lula aparece com 26% das intenções de voto (no Nordeste tem 42%) e Bolsonaro com 9%.

O pelotão seguinte fica muito distante entre 2% (Marina) e 1% (Ciro, Alckmin, Dilma, Temer, Doria). Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com