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Segundo o médico Roberto Kalil Filho, não haverá divulgação de boletim médico sobre o estado de saúde de Temer neste sábado
São Paulo - Depois de passar por um procedimento médico para desobstrução da uretra, na noite desta sexta-feira, 27, o presidente Michel Temer segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com previsão de alta apenas nesta segunda-feira, 30. A informação de alta hospitalar foi dada pelo médico Roberto Kalil Filho, que coordena a equipe responsável pelo presidente da República, em entrevista coletiva concedida neste sábado, 28. "O presidente está no apartamento, muito bem, com quadro estável e terá alta na segunda-feira", disse Kalil.
Segundo o especialista, não haverá divulgação de boletim médico sobre o estado de saúde de Temer neste sábado, pois tudo já foi explicado na entrevista coletiva. No domingo, disse Kalil, será divulgado um boletim de rotina e, na segunda-feira, virá a confirmação sobre o horário que o presidente da República deixará o hospital.
A expectativa é que Temer permaneça em repouso na capital paulista até terça-feira, 31, e retorne a Brasília na quarta-feira, 1º de novembro, apto a retomar os trabalhos no Palácio do Planalto.
O urologista Miguel Srougi, que também esteve presente na coletiva e faz parte da equipe que cuida do presidente, explicou que, na quarta-feira passada, Temer sentiu um desconforto, teve um sangramento e não conseguia expelir a urina. Inicialmente, não se sabia se a obstrução era causada por problemas na bexiga ou crescimento na próstata.
No mesmo dia, no qual a Câmara votava a segunda denúncia da PGR contra o presidente, ele foi internado em Brasília. Permaneceu por cerca de sete horas no Hospital Militar, onde passou por um procedimento para colocar uma sonda.
Benigno
"Temer só veio para São Paulo pela proximidade com os médicos desta instituição", esclareceu Srougi. Segundo ele, constatou-se que a retenção urinária era causada por crescimento da próstata, patologia que já havia acometido o presidente no passado e comum a pelo menos 90% dos homens. "Foi feita uma biópsia para constatar que não haveria câncer e o resultado foi benigno", enfatizou o urologista.
Em seguida, foi realizada uma raspagem com "desobstrução uretal através de ressecção da próstata". A cirurgia vai permitir que ele volte a urinar normalmente e a possibilidade de que o quadro se repita é remota. "Agora o problema está resolvido", acrescentou.
O presidente passou a noite em uma unidade de terapia semi-intensiva e, segundo Srougi, deixará de usar sonda no domingo.
Procedimento cardiovascular
Havia a expectativa de que também fosse realizado um procedimento cardiovascular, um cateterismo, durante este período em que Temer encontra-se internado em São Paulo. No entanto, Kalil, cardiologista do presidente, afirmou que a realização desta cirurgia arterial exigiria que alguns medicamentos fossem consumidos, os quais Temer não poderá tomar devido ao problema na próstata.
"Vamos resolver a próstata e depois a parte cardíaca. Ele está estável do ponto de vista cardiovascular. Não há nada definido sobre a realização deste novo procedimento", explicou o médico. Fonte: http://odia.ig.com.br
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O juiz Marcelo Bretas rejeitou hoje um pedido da defesa de Sérgio Cabral para que o ex-governador permanecesse no Rio de Janeiro e não fosse transferido para um presídio federal. Cabral será deslocado para Mato Grosso do Sul.
Na decisão, Bretas reafirmou ter se sentido ameaçado em audiência com Cabral:
— Aproveito para reafirmar que a determinação de transferência não foi respaldada em questões pessoais, e sim em circunstâncias fáticas anteriormente expostas, todas no interesse das investigações criminais em curso, tanto que confirmadas pela instância superior.
Mais cedo, o STJ indeferiu um outro pedido da defesa para que o ex-governador não fosse transferido.
Na curta decisão, Bretas ainda registrou que aceita "o pedido de escusas" de Cabral. O magistrado diz que adota como "conduta o Princípio Cristão enunciado no Livro de Mateus, capítulo 18 versículos 21 e 22":
"21. ... Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe
perdoarei? Até sete?"
"22. Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.”. Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com
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NOTA DO PLANALTO SOBRE A INTERNAÇÃO DE TEMER
Leia a íntegra da nota oficial do Planalto sobre a internação de Michel Temer:
“O Presidente Michel Temer teve um desconforto no fim da manhã de hoje e foi consultado no próprio departamento médico do Palácio do Planalto.
O médico de plantão constatou uma obstrução urológica e recomendou que fosse avaliado no Hospital do Exército, onde se encontra para realização de exame e devido tratamento.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República” Fonte: www.oantagonista.com
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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta terça-feira 24 a portaria do Ministério do Trabalho publicada em 16 de outubro que coloca em risco combate ao trabalho escravo. A decisão é liminar e foi tomada em ação aberta pela Rede Sustentabilidade. Na decisão, Rosa Weber afirma que a portaria "não se ajusta à lei, ao direito internacional e nem à jurisprudência" e, assim, "debilita a proteção dos direitos que se propõe a proteger."
A portaria assinada pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reduz as situações que caracterizam o trabalho escravo o que, na prática, dificulta a fiscalização do crime. A portaria sujeita a concessão de seguro-desemprego aos trabalhadores resgatados e mesmo a validade da fiscalização a um novo conceito de trabalho escravo.
A portaria prevê, por exemplo, a necessidade de impedimento do direito de ir e vir para a caracterização do crime, tornando irrelevante as condições de trabalho às quais uma pessoa está submetida.
Em sua decisão, Rosa Weber contesta as previsões feitas pelo governo Temer na portaria. "Como revela a evolução do direito internacional sobre o tema, a 'escravidão moderna' é mais sutil e o cerceamento da liberdade pode decorrer de diversos onstrangimentos econômicos e não necessariamente físicos", afirma a ministra.
"Por evidente, não é qualquer violação dos direitos trabalhistas que configura trabalho escravo. Se, no entanto, a afronta aos direitos assegurados pela legislação regente do trabalho é intensa e persistente, se atinge níveis gritantes e se submetidos os trabalhadores a trabalhos forçados, jornadas exaustivas ou a condições degradantes, com a privação de sua liberdade e de sua dignidade, resulta configurada, mesmo na ausência de coação direta contra a liberdade de ir e vir, hipótese de sujeição de trabalhadores a tratamento análogo ao de escravos, nos moldes do art. 149 do Código Penal, com a redação que lhe foi conferida pela Lei nº 10.803/2003", afirma Rosa Weber.
Ainda segundo a ministra, o primeiro artigo da portaria "introduz, sem qualquer base legal de legitimação, o isolamento geográfico como elemento necessário à configuração de hipótese de cerceamento do uso de meios de transporte pelo trabalhador, e a presença de segurança armada, como requisito da caracterização da retenção coercitiva do trabalhador no local de trabalho em razão de dívida contraída. Omite-se completamente, ainda, quanto à conduta, tipificada na legislação penal, de restringir, por qualquer meio, a locomoção de alguém em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto. Afasta-se, assim, do conteúdo material da legislação de repressão ao trabalho escravo e, em consequência, deixa de cumprir o seu propósito." Fonte: www.carosamigos.com.br
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Entre os brasileiros que têm religião, 81% afirmam que não costumam considerar a opinião dos líderes de seu credo nas eleições, aponta pesquisa do instituto Datafolha. Só 9% dos entrevistados disseram já ter votado a partir de orientação desse tipo.
De acordo com o levantamento, 98% declaram acreditar em Deus, e apenas 8% respondem não ter religião.
Os evangélicos (32% do total) revelam maior propensão a seguir a liderança dos pastores: 26% dizem levá-la em consideração.
Na parcela católica (52% da população), a taxa análoga não passa dos 17%.
O eleitorado, porém, mostra resistência em optar por candidato ateu: 52% descartam a possibilidade, destaca o jornal Folha de São Paulo.
As intenções de voto dos pré-candidatos à Presidência Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede) crescem quando considerado apenas o eleitorado evangélico. Fonte: https://paraibaonline.com.br
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No dia 28 de janeiro de 2004, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva, Eratóstenes de Almeida Gonçalves foram assassinados a tiros em Unaí. Auditores fiscais do trabalho, estavam investigando denúncias de escravidão moderna em fazendas da cidade mineira. A data passou a marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.
Desde quando o Brasil estabeleceu como prioridade combater essa chaga há mais de 20 anos, o país avançou socialmente. Foram resgatados cerca de 50 mil trabalhadores, empresas criaram pacto pela não utilização de produtos e serviços feitos com mão de obra escrava. Lista passou a ser divulgada com os nomes de empregadores que exploravam ou permitiam a exploração de trabalhadores em jornadas sem descanso, mantidos em alojamentos feitos de lona, sem oferecer água potável ou comida decente. Bancos passaram a consultar a lista para conceder financiamentos, e as empresas no exterior conseguiam fazer negócios com empresas justas, sem incluir o Brasil em barreiras não tarifárias num mundo que a busca por mercados está cada vez mais acirrada.
O Brasil foi considerado referência internacional por organismos internacionais por ter adotado uma política de Estado que começou com os grupos especiais de fiscalização móveis, em 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso. A política foi avançando, com a mudança feita no Código Penal, por legislação aprovada no Congresso Nacional , em 2003, no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Jornada exaustiva, condições degradantes, cerceamento de liberdade e servidão por dívida passaram a caracterizar condição análoga à escravidão no Código Penal.
A portaria do Ministério do Trabalho interrompe o avanço contínuo de combate à exploração. Restringiu o conceito de trabalho escravo ao que existia no Século XIX, praticamente inviabilizando a fiscalização, que ficou enfraquecida. No ano passado foram resgatados 680 trabalhadores, este ano, o número está pouco acima de cem, atacando os dois principais eixos da política.
A sociedade se mostrou incrédula com esse retrocesso, que pode fazer o sacrifício de Nelson, João e Eratóstenes ter sido em vão. Fonte: www.noticiasbrasilonline.com.br
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Denunciado em junho por corrupção passiva e obstrução à Justiça, tucano precisa de 41 votos entre 81 senadores para conseguir a rejeição de medidas cautelares do STF
O Senado rejeitou nesta quarta-feira (17), por 44 votos a 26, as medidas cautelares impostas contra Aécio Neves (PSDB-MG) e, consequentemente, devolveu o mandato ao senador. Denunciado em junho por suspeita de corrupção passiva e obstrução à Justiça, o tucano precisava de 41 votos entre 81 senadores para reverter o afastamento do mandato e o recolhimento noturno que foram determinados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em 26 de setembro.
Na semana passada, por seis votos a cinco, o STF decidiu que o Congresso tem a palavra final sobre a aplicação de medidas cautelares contra parlamentes. Com isso, determinações do Supremo que afastem deputados e senadores precisam ser referendadas pela Câmara e pelo Senado, respectivamente, para que possam ser aplicadas. Na prática, a decisão do STF permite que as medidas contra Aécio sejam votadas pelos colegas do tucano. Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou hoje (10), por 4 votos a 1, a condenação do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) a sete anos e nove meses de prisão, incialmente em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro.
Os ministros deixaram a cargo do juízo da vara de execuções penais, no entanto, a decisão final sobre se o regime inicial de prisão deve mesmo ser o fechado ou não. A defesa quer que haja um abrandamento, tendo em vista a idade avançada de Maluf, que tem 86 anos.
O ministro Marco Aurélio Mello foi o único que votou por acatar um recurso da defesa de Maluf, que queria reabrir a fase de instrução da ação penal, após apresentar novos documentos que provariam a inocência do deputado. Votaram por não aceitar as novas provas os ministros Edson Fachin, relator do caso, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.
Advogado diz que pretende reverter condenação
Apesar da rejeição por parte da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dos embargos de declaração do deputado Paulo Maluf (PP-SP), seu advogado de defesa, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou, em nota, que pretende apresentar embargos infringentes com a expectativa de que este novo recurso contra a condenação determinada em maio possa ser analisada pelo plenário do STF. Segundo o advogado, o deputado aguarda "com serenidade a decisão do Pleno do Supremo".
"O voto do Ministro Marco Aurélio considerou que os documentos juntados pela defesa, e que foram conseguidos após o início do julgamento em maio, deveriam ser considerados e que a análise destes documentos levam a hipótese de prescrição da pretensão punitiva", argumentou o advogado.
Kakay diz ainda que os advogados de defesa só assumiram a causa recentemente quando o julgamento estava marcado. "No dia do julgamento a defesa levantou a tese de que o Deputado não poderia ser responsabilizado pelo movimento de quantias, que foi o que deu fundamento para a condenação, pois as contas à época estavam congeladas", diz.
O advogado afirma que após o julgamento a defesa foi à ilha de Jersey e acionou a Corte Suprema que determinou que o Banco esclarecesse. "Estes documentos foram juntados em Embargos de Declaração e afirmam que o responsável pela movimentação foi o próprio banco. O Ministro Marco Aurélio aceitou a tese e decretou a extinção da punibilidade", destaca Kakay.
"Abre a oportunidade de entrarmos com Embargos Infringentes para o Pleno onde a defesa acredita que teremos êxito", afirma Kakay. "Na Ação Penal originária o réu pode juntar documento a qualquer tempo, não existe a preclusão apontada pelo Ministro Fachin. E na ótica da defesa esta tese deverá ser vitoriosa no Pleno", completa.
Entenda o caso
Pelo mesmo placar de 4 a 1, Maluf foi condenado em maio pela Primeira Turma. O colegiado entendeu que ele movimentou quantias milionárias em recursos ilícitos localizados em contas nas Ilhas Jersey. Apesar de julgar pela prescrição do crime de corrupção passiva, os ministros votaram pela condenação por lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Maluf recebeu propina de contratos públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS, no período em que foi prefeito da cidade de São Paulo (1993-1996). Os recursos teriam sido desviados da construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. O custo total da obra foi de cerca de R$ 800 milhões.
As investigações se arrastam por mais de 10 anos, desde a instauração do primeiro inquérito contra o ex-prefeito, ainda na primeira instância da Justiça. Os procurados estimaram em US$ 170 milhões a movimentação total de recursos ilícitos. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como deputado.
No caso de ser determinado o cumprimento da pena em regime fechado, Maluf pode perder o mandato de deputado federal. Fonte: www.metrojornal.com.br
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A mais recente pesquisa Datafolha sobre as eleições presidenciais brasileiras mostrou, na última semana, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto, mesmo condenado pelo juiz Sérgio Moro e sendo réu em outras processos da Operação Lava Jato. Lula está na frente em diferentes cenários com ao menos 35% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparecem em empate técnico o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSC) e a ambientalista Marina Silva (Rede) - ele tem entre 16% e 17%, e ela, 13% a 14%.
Na conversa, feita ao vivo na página do Facebook do EL PAÍS na quinta-feira, o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, comenta o levantamento. "Há uma tolerância com a corrupção, mas uma tolerância pragmática, desde que se entregue benefícios sociais", disse ele, ao falar sobre a boa performance de Lula entre os eleitores mais pobres.
Paulino lembrou que cerca de 70% do eleitorado tem renda familiar até três salários mínimos e defendeu uma reflexão sobre jovens e conservadorismo no Brasil. "Cerca de 60% dos eleitores que indicam voto em Bolsonaro neste momento são jovens, com menos de 34 anos. Bolsonaro conseguiu conquistar uma parcela de jovens. Essa parcela de jovens, e a gente vem estudando isso há algum tempo, tem uma tendência ao conservadorismo. Isso é algo que tem que ser estudado no Brasil. Por que tantos jovens tem partido para esse caminho?" Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Políticos que se enquadrem no caso ficam inelegíveis por oito anos, e não por três, como antes de 2010, quando começou a vigorar a Lei da Ficha Limpa.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (4) aplicar a Lei da Ficha Limpa para políticos condenados por abuso de poder em campanha antes de 2010, quando a lei passou a vigorar.
Votaram nesse sentido 6 dos 11 ministros da Corte, de modo a tornar esses políticos inelegíveis por oito anos e não somente por três anos, como estabelecia a lei anterior a 2010, da época em foram condenados.
Na prática, a decisão do STF vai barrar da disputa do ano que vem aqueles políticos condenados por abuso de poder entre janeiro e junho de 2010, mês em que a Ficha Limpa foi sancionada. Quem foi condenado antes, em 2009, por exemplo, já terá cumprido o novo prazo de inelegibilidade ao final deste ano.
Na sessão desta quinta, os ministros voltarão a discutir, no entanto, como fica a situação daqueles políticos condenados antes de 2010, mas que foram eleitos em 2014, por exemplo, após cumprirem o prazo de três anos de inegibilidade válido à época. Para alguns ministros, eles não poderão ser cassados, já que cumpriam os requisitos exigidos à época da candidatura.
Durante o julgamento, prevaleceu no plenário o voto do ministro Luiz Fux, para quem o prazo de inelegibilidade não é uma punição para o político condenado, mas uma “condição de moralidade” (leia mais abaixo os argumentos do voto de cada ministro).
O ministro considera que a ficha limpa do candidato – a ausência de condenação – é um requisito que deverá ser verificado pelo juiz eleitoral no momento do registro, assim como a idade mínima para o cargo pretendido, filiação a partido político, nacionalidade brasileira, entre outros. Fonte: https://g1.globo.com
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BRASÍLIA — O afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e a obrigatoriedade de permanecer em casa à noite, determinadas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou uma união inusitada de forças em defesa do tucano. O PT, tradicional adversário do PSDB, soltou nota instigando o Senado a confrontar o Supremo, e o ministro Gilmar Mendes, que não integra a turma que afastou Aécio, disse que a decisão “não tem respaldo na Constituição”.
Aécio ainda ganhou o apoio do presidente Michel Temer, de quem é aliado no Congresso, que tratou com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de uma operação para manter o mandato do tucano.
A nota do PT critica duramente Aécio, mas instiga o Senado a confrontar a decisão do Supremo. Não há no documento, porém, qualquer referência às investigações contra o ex-presidente Lula, já condenado na Lava-Jato, e a outros ex-ministros e senadores petistas também investigados ou condenados por corrupção. A manifestação do partido começou com o senador Jorge Viana (AC), que, em reunião da CCJ, questionou o silêncio dos presentes e defendeu que a comissão discutisse a decisão do STF.
— Eu não acho adequado que a CCJ se cale como se nada tivesse acontecido — afirmou.
A redação da nota do PT mobilizou boa parte da direção da legenda e advogados durante a quarta-feira. O ex-presidente Lula também foi consultado e deu aval para que as críticas ao STF fossem colocadas no papel. A nota volta a criticar a mídia, citando a Rede Globo. E não faz referências às confissões do ex-ministro Antonio Palocci e as acusações dele a Lula.
Com receio de que a nota desagradasse à base partidária e agravasse o desgaste da legenda, o texto faz ataques duros ao tucano, dizendo que ele tem “comportamento hipócrita, por seu falso moralismo”. “Aécio Neves é um dos maiores responsáveis pela crise política e econômica do país e pela desestabilização da democracia brasileira”, afirma o PT, acrescentando que o tucano liderou o PSDB e as forças mais reacionárias da política “numa campanha de ódio e mentiras”, que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Mas, em seguida, o texto critica o STF. “Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial. A decisão de ontem é mais um sintoma da hipertrofia do Judiciário, que vem se estabelecendo como um Poder acima dos demais e, em alguns casos, até mesmo acima da constituição. O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia, sob pena de fragilizar ainda mais as instituições oriundas do voto popular”, afirma a nota do partido.
O PT ainda defende que Aécio seja levado ao Conselho de Ética do Senado, “por ter desonrado o mandato”, e que responda perante à Justiça. “Mas a resposta da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a este anseio de Justiça foi uma condenação esdrúxula, sem previsão constitucional, que não pode ser aceita por um poder soberano como é o Senado Federal”, ressalta a nota.
Os ministros do Supremo Marco Aurélio Mello, que foi relator e voto vencido na Primeira Turma, e Gilmar Mendes também criticaram a decisão da véspera. Para eles, recolhimento noturno equivale a prisão, e o Senado pode discutir também o afastamento do mandato. Já Gilmar Mendes integra a Segunda Turma e, por isso, não participou do julgamento.
Segundo Gilmar, o colegiado começou a “poetizar”, e o melhor seria que o caso fosse analisado pelo plenário do STF, composto por todos os ministros.
— Eu tenho a impressão de que a Primeira Turma decidiu pela prisão, o que não tem respaldo na Constituição. O Senado tem que deliberar sobre isso — disse Gilmar, acrescentando: — Temos que evitar o populismo constitucional, institucional. Devemos nos balizar pela Constituição. Quando começamos a reescrever a Constituição, é preocupante. Fonte: https://oglobo.globo.com
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Na sexta-feira (22), o partido havia decidido suspender o ex-ministro por 60 dias em retaliação ao seu depoimento ao juiz Sérgio Moro
São Paulo – O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil – Governos Lula e Dilma), quadro histórico do PT, enviou uma carta à direção do partido em que faz uma emblemática indagação. “Somos um partido ou uma seita?” Palocci pediu desfiliação do PT.
“Somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade? Chegou a hora da verdade para nós. De minha parte, já virei essa página.”
Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro, interrogado em 6 de setembro pelo juiz federal Sérgio Moro, rompeu o silêncio e incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu antigo parceiro de agremiação.
Palocci acusou o ex-presidente de ter fechado um “pacto de sangue” com a Odebrecht, em troca de uma super propina de R$ 300 milhões para seu partido e para ele próprio. Lula nega.
Na sexta-feira, 22, o PT decidiu suspender Palocci por 60 dias das atividades partidárias.
“Ao mentir, sem apresentar provas e seguindo um roteiro pré-estabelecido em seu depoimento na 13a. Vara da Justiça Federal, em Curitiba, no último dia 6 de setembro, Palocci colocou-se deliberadamente a serviço da perseguição político-eleitoral que é movida contra a liderança popular de Lula e o PT. Desta forma, rompeu seu vínculo com o partido e descomprometeu-se com a sua militância”, disse a resolução do PT. Fonte: https://exame.abril.com.br
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Lembra-se de Valeria Monteiro, apresentadora do "Fantástico" entre o fim dos anos 80 e início dos 90?
Hoje produtora de TV em Campinas, está se lançando candidata à Presidência da República.
Num vídeo que vai postar em breve em sua página do Facebook, Valeria diz que não tem partido e topa entrar num "corajoso o suficiente" que a aceite.
Valéria, no vídeo de 1m35, começa perguntando:
— Você acha que a política não tem mais jeito. E aí? Vai deixar nas mãos dos bandidos, dos amigos, dos herdeiros deles?
E convida:
— Vem fazer ativismo político comigo. Sou pré-candidata à Presidência...da República. É sério.
Não antecipa sua plataforma ou suas alianças.
Em conversa com um interlocutor, não se assume liberal ou estatizante na economia. "Mas sei que um país não pode ser governador como uma empresa".
Afirma que tem conversado com algumas pessoas sobre políticas públicas, "gente ao meu redor, mas ninguém conhecido".
E completa:
— Não tenho experiência política. Mas estou me lançando para ver a receptividade.
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Leandro Karnal
“Quando eu vejo alguém defendendo a volta dos militares, eu olho para a idade. Se for um jovem, eu me sinto no dever de explicar o que é o arbítrio, o que é cassação de direitos, como o habeas corpus, o que foi o AI-5, o que é tortura de mulheres grávidas, o que é o fim da liberdade de imprensa, o que é a barbárie da concentração de renda durante a Ditadura Militar. Se for uma pessoa de idade, eu atribuo a falta de memória que a idade pode estar provocando na pessoa.
Na verdade não há como defender eticamente e moralmente num plano mínimo de humanidade, a intervenção militar. Nossos problemas foram piorados pela Ditadura. É muito importante lembrar que não se deve nunca questionar a democracia. Deve-se aperfeiçoa-la.
É um recado importante para os jovens que viveram sob regime de direito pós Constituição. É preciso estudar o que é a barbárie da Ditadura, a quantidade enorme de escândalos financeiros de gente que enriqueceu ilicitamente acobertada por militares. É preciso insistir nisso para que as pessoas não fiquem achando que agora é que nós temos estes problemas.” Fonte: http://www.pensarcontemporaneo.com
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Para maioria da corte, STF precisa de autorização da Câmara para discutir validade das provas contra Temer
São Paulo – A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram nessa quarta-feira (20) pelo envio da nova denúncia contra Michel Temer para avaliação da Câmara dos Deputados. Três ministros ainda devem proferir seu voto.
Na pauta da sessão de hoje estavam dois pedidos da defesa do presidente da República, que foi alvo de novas acusações da Procuradoria-Geral da República na última quinta-feira.
Os advogados do peemedebista pediram a suspensão da denúncia até que as suspeitas em torno da delação dos executivos do grupo J&F fossem esclarecidas e a análise da validade das provas apresentadas graças a esse acordo de colaboração.
Para a maioria dos membros da corte, contudo, esse não é o momento para discutir esses assuntos já que o Supremo depende de autorização da Câmara dos Deputados para analisar a admissibilidade da denúncia.
“À Câmara dos Deputados compete deliberar por primeiro. Somente após autorização da Câmara é que tem cabimento dar prosseguimento à persecução criminal no STF”, disse o ministro Edson Fachin.
Os ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski seguiram o voto do relator. O ministro Dias Toffoli seguiu o relator em partes.
Ao proferir seu voto, Barroso lembrou que a delação dos executivos do grupo J&F não são a única base para a denúncia. “Ainda que caísse a colaboração premiada discutida, há um conjunto de provas apresentadas”, afirmou. Fonte: http://exame.abril.com.br
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin autorizou a prisão do empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F (JBS/Friboi), e de Ricardo Saud, executivo da empresa, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo.
As prisões seriam temporárias e ainda não há previsão de quando serão efetuadas pela Polícia Federal.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão dos executivos do grupo que controla a JBS na última sexta-feira, após divulgação de áudio que gerou suspeitas contra delação de ambos. Fonte: https://paraibaonline.com.br
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A PF reuniu indícios que apontam para a ligação entre o ex-ministro e os R$ 51 milhões
BRASÍLA - A Polícia Federal (PF) faz operação na casa do ex-ministro Geddel Vieira Lima em Salvador na manhã desta sexta-feira. Os policiais federais chegaram antes das 6 horas. Geddel deve ser preso pela PF, por decisão da Justiça Federal em Brasília. A PF reuniu indícios que apontam para a ligação entre o ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer e os R$ 51 milhões em dinheiro vivo apreendidos nesta semana num apartamento em Salvador.
O ex-ministro havia sido preso preventivamente em 3 de julho dentro da Operação Cui Bono, suspeito de atrapalhar investigações. Ele obteve o direito de cumprir prisão domiciliar, determinada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. Geddel deixou o Presídio da Papuda, em Brasília, no dia 13 de julho, e seguia em seu apartamento em Salvador sem tornozeleira eletrônica. O dispositivo está em falta na secretaria de administração penitenciária da Bahia. Os fatos novos, surgidos na Operação Tesouro Perdido, que apreendeu os R$ 51 milhões, motivam nova prisão do político baiano, independentemente do benefício obtido no TRF.
A PF elencou novas provas e situações que complicaram a situação de Geddel: as digitais do ex-ministro colhidas no apartamento onde houve a busca estavam impressas no próprio dinheiro e material que acondicionava as notas; uma segunda testemunha ouvida após a operação policial confirmou que o espaço havia sido cedido a Geddel, corroborando o que disse o dono do imóvel; uma segunda pessoa é suspeita de auxiliar o político baiano na destinação das caixas e malas de dinheiro; e a PF identificou risco de fuga depois da revelação da história da maior apreensão de dinheiro vivo já registrada no Brasil.
A origem dos R$ 51 milhões ainda permanece misteriosa. A suspeita da PF é que parte do dinheiro se trata de propinas para viabilizar a liberação de crédito do FI-FGTS a empresas. Geddel é suspeito de receber R$ 20 milhões em propinas. O peemedebista foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013, indicado pela então presidente Dilma Rousseff. Fonte: https://oglobo.globo.com
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Ex-ministro também afirmou que o ex-presidente sabia da compra de um terreno para o Instituto Lula e de um imóvel vizinho ao apartamento do petista, como propina
Os advogados de Antonio Palocci disseram nesta quarta-feira (6) que, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-ministro afirmou que R$ 4 milhões foram dados pela Odebrecht em dinheiro para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Palocci também teria contado a Moro que o petista sabia da compra de um terreno para o Instituto Lula e de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, como forma de propina.
De acordo com os defensores de Palocci, uma das vantagens oferecidas pela Odebrecht para manter o bom relacionamento com o governo da presidente Dilma Rousseff foi a manutenção de uma conta no valor de R$ 300 milhões. Fonte: http://bahia.ba
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Mandado de busca e apreensão foi emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília
BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) encontrou nesta terça-feira um “bunker’ em Salvador (BA) que seria, supostamente, utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima ( Secretaria de Governo) para armazenagem de dinheiro em espécie. Geddel cumpre prisão domiciliar na Bahia. O valor ainda não foi divulgado.
A PF deflagrou hoje a Operação Tesouro Perdido, que cumpriu mandado de busca e apreensão emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília.
Segundo a PF, os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial.
A localização do “bunker” foi possível após investigações nas últimas fases da Operação Cui Bono.
Geddel é reú em processo em que é investigado por obsturção de Justiça. O ex-ministro é suspeito de tentar impedir que o doleiro Lúcio Funaro fizesse uma delação premiada.
Na denúncia apresentada à Justiça Federal, o MPF afirma que o ex-ministro teria tentado atrapalhar a Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de crédito da Caixa, de onde o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff. Fonte: https://oglobo.globo.com
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