- Detalhes
1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 3,7-12)
Naquele tempo, 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. 8E também muita gente da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse.
10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: "Tu és o Filho de Deus!" 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
- Palavra da Salvação.
3) Reflexão
A conclusão a que se chega, no fim destes cinco conflitos (Mc 2,1 a 3,6), é que a Boa Nova de Deus tal como era anunciada por Jesus dizia exatamente o contrário do ensinamento das autoridades religiosas da época. Por isso, no fim do último conflito, se prevê que Jesus não vai ter vida fácil e será combatido. A morte aparece no horizonte. Decidiram matá-lo (Mc 3,6). Sem uma conversão sincera não é possível as pessoas chegarem a uma compreensão correta da Boa Nova.
Um resumo da ação evangelizadora de Jesus. Os versículos do evangelho de hoje (Mc 3,7-12) são um resumo da atividade de Jesus e acentuam um enorme contraste. Um pouco antes, em Mc 2,1 a 3,6, só se falou em conflitos, inclusive em conflito de vida e morte entre Jesus e as autoridades civis e religiosas da Galiléia (Mc 3,1-6). E aqui no resumo, aparece o contrário: um movimento popular imenso, maior que o movimento de João Batista, pois veio gente não só da Galiléia, mas também da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, da Transjordânia e até da região pagã de Tiro e Sidônia para encontrar-se com Jesus! (Mc 3,7-12). Todos querem vê-lo e tocar nele. É tanta gente, que o próprio Jesus fica preocupado. Ele corre o perigo de ser esmagado pelo povo. Por isso, pediu aos discípulos para manter um barco à disposição a fim de que o povo não o apertasse. E do barco falava à multidão. Eram sobretudo os excluídos e os marginalizados que vinham a ele com seus males: os doentes e os possessos. Estes, que não eram acolhidos na convivência social da sociedade da época, são acolhidos por Jesus. Eis o contraste: de um lado, a liderança religiosa e civil que decide matar Jesus (Mc 3,6); do outro lado, um movimento popular imenso que busca a salvação em Jesus. Quem vai ganhar?
Os espíritos impuros e Jesus. A insistência de Marcos na expulsão dos demônios é muito grande. O primeiro milagre de Jesus é a expulsão de um demônio (Mc 1,25). O primeiro impacto que Jesus causa no povo é por causa da expulsão dos demônios (Mc 1,27). Uma das principais causas da briga de Jesus com os escribas é a expulsão dos demônios (Mc 3,22). O primeiro poder que os apóstolos vão receber quando são enviados em missão é o poder de expulsar os demônios (Mc 6,7). O primeiro sinal que acompanha o anúncio da ressurreição é a expulsão dos demônios (Mc 16,17). O que significa expulsar os demônios no evangelho de Marcos?
No tempo de Marcos, o medo dos demônios estava aumentando. Algumas religiões, em vez de libertar o povo, alimentavam nele o medo e a angústia. Um dos objetivos da Boa Nova de Jesus era ajudar o povo a se libertar deste medo. A chegada do Reino de Deus significou a chegada de um poder mais forte. Jesus é “o homem mais forte” que chegou para amarrar o Satanás, o poder do mal, e roubar dele a humanidade prisioneira do medo (Mc 3,27). Por isso, Marcos insiste tanto, na vitória de Jesus sobre o poder do mal, sobre o demônio, sobre o Satanás, sobre o pecado e sobre a morte. Do começo ao fim, com palavras quase iguais, ele repete a mesma mensagem: “E Jesus expulsava os demônios!” (Mc 1,26.27.34.39; 3,11-12.15.22.30; 5,1-20; 6,7.13; 7,25-29; 9,25-27.38; 16,9.17). Parece até um refrão! Hoje, em vez de usar sempre as mesmas palavras preferimos usar palavras diferentes. Diríamos: “O poder do mal, o Satanás, que mete tanto medo no povo, Jesus o venceu, dominou, amarrou, destronou, derrotou, expulsou, eliminou, exterminou, aniquilou, abateu, destruiu e matou!” O que Marcos nos quer dizer é isto: “Ao cristão é proibido ter medo de Satanás!” Depois que Jesus ressuscitou, já é mania e falta de fé apelar, a toda hora, para Satanás, como se ele ainda tivesse algum poder sobre nós. Insistir no perigo dos demônios para chamar o povo de volta para as igrejas é desconhecer a Boa Nova do Reino. É falta de fé na ressurreição de Jesus!
4) Para um confronto pessoal
1) Como você vive a sua fé na ressurreição de Jesus? Contribui para vencer o medo?
2) Expulsão dos demônios. Como você faz para neutralizar esse poder em sua vida?
5) Oração final
Exultem e se alegrem em ti todos os que te buscam; digam sempre: “O SENHOR é grande” os que desejam a tua salvação. (Sal 39, 17)
- Detalhes
1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 3,1-6)
Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: "Levanta-te e fica aqui no meio!" 4E perguntou-lhes: "E permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?" Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: "Estende a mão". Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo. - Palavra da Salvação.
3) Reflexão
No evangelho de hoje vamos meditar o último dos cinco conflitos que Marcos colecionou no início do seu evangelho (Mc 2,1 a 3,6). Os quatro conflitos anteriores foram provocados pelos adversários de Jesus. Este último é provocado pelo próprio Jesus e revela a gravidade do conflito entre ele e as autoridades religiosas do seu tempo. É um conflito de vida e morte. Importa notar a categoria de adversários que aparece neste último conflito. Trata-se dos fariseus e dos herodianos, ou seja, das autoridades religiosas e civis. Quando Marcos escreve o seu evangelho nos anos 70, muitos traziam na lembrança a terrível perseguição dos anos 60, que Nero moveu contra as comunidades cristãs. Ouvindo agora como o próprio Jesus tinha sido ameaçado de morte e como ele se comportava no meio destes conflitos perigosos, os cristãos encontravam uma fonte de coragem e de orientação para não desanimar na caminhada.
Jesus na sinagoga em dia de sábado. Jesus entra na sinagoga. Ele tinha o costume de participar das celebrações do povo. Havia ali um homem com a mão atrofiada. Um deficiente físico não podia participar plenamente, pois era considerado impuro. Mesmo presente na comunidade, era marginalizado. Devia manter-se afastado.
A preocupação dos adversários de Jesus. Os adversários observam para ver se Jesus faz curas em dia de sábado. Querem acusá-lo. O segundo mandamento da Lei de Deus mandava “santificar o sábado”. Era proibido trabalhar nesse dia (Ex 20,8-11). Os fariseus diziam que curar um doente era o mesmo que trabalhar. Por isso ensinavam: “É proibido curar em dia de sábado!” Colocavam a lei acima do bem-estar das pessoas. Jesus os incomodava, porque ele colocava o bem-estar das pessoas acima das normas e das leis. A preocupação dos fariseus e dos herodianos não era o zelo pela lei, mas sim a vontade de acusar e de eliminar Jesus.
Levanta-te e vem aqui para o meio! Jesus pede duas coisas ao deficiente físico: Levanta-te e vem aqui para o meio! A palavra “levanta-te” é a mesma que as comunidades do tempo de Marcos usavam para dizer “ressuscitar”. O deficiente deve “ressuscitar”, levantar-se, vir para o meio e ocupar o seu lugar no centro da comunidade! Os marginalizados, os excluídos, devem vir para o meio! Não podem ser excluídos. Devem ser incluídos e acolhidos. Devem estar junto com todo mundo! Jesus chamou o excluído para ficar no meio.
A pergunta de Jesus deixa os outros sem resposta. Jesus pergunta: Em dia de sábado é permitido fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou matá-la? Ele podia ter perguntado: ”Em dia de sábado é permitido curar: sim ou não?” Aí, todos teriam respondido: “Não é permitido!” Mas Jesus mudou a pergunta. Para ele, naquele caso concreto, “curar” era o mesmo que “fazer o bem” ou “salvar uma vida”, e “não curar” era o mesmo que “fazer o mal” ou “matar uma vida”! Com a sua pergunta Jesus colocou o dedo na ferida. Denunciou a proibição de curar em dia de sábado como sendo um sistema de morte. Pergunta sábia! Os adversários ficaram sem resposta.
Jesus fica indignado diante do fechamento dos adversários. Jesus reage com indignação e tristeza diante da atitude dos fariseus e herodianos. Ele manda o homem estender a mão, e ela ficou curada. Curando o deficiente, Jesus mostrou que ele não estava de acordo com o sistema que colocava a lei acima da vida. Em resposta à ação de Jesus, os fariseus e os herodianos decidem matá-lo. Com esta decisão eles confirmam que são, de fato, defensores de um sistema de morte! Eles não têm medo de matar para defender o sistema contra Jesus que os ataca e critica em nome da vida.
4) Para um confronto pessoal
1) O deficiente foi chamado para estar no centro da comunidade. Na nossa comunidade, os pobres e os excluídos têm um lugar privilegiado?
2) Você já se confrontou alguma vez com pessoas que, como os herodianos e os fariseus, colocam a lei acima do bem-estar das pessoas? O que você sentiu naquele momento? Deu razão a eles ou os criticou?
5) Oração final
De todos tens compaixão porque tudo podes, e fechas os olhos aos pecados os mortais, para que se arrependam. Sim, amas tudo o que existe e não esprezas nada do que fizeste; porque, se odiasses alguma coisa, não a terias criado. (Sab 11,23-24)
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É com imenso pesar e comiseração que comunico o falecimento do meu irmão de ministério e amigo Padre Leandro Luís Mota Ribeiro, natural de Consolação, MG. Aos familiares e amigos minhas orações.
Meu amigo, eu não consigo expressar em palavras a dor de sua partida. Ainda na última sexta-feira pudemos partilhar da convivência e das angústias que afligiam o seu coração. Suas lágrimas, seu medo, sua angústia estão ainda no meu coração. A misericórdia e justiça devem caminhar juntas, mas a primeira fica muitas das vezes nas páginas mortas de livros e discursos. Misericórdia, misericórdia, misericórdia... grito surdo de uma alma cadávera.
Missa de Exéquias às 15h, nesta segunda-feira dia 15, na Igreja Matriz de N. Sra da Consolação em Consolação (MG). Início do velório dependerá da liberação do corpo. Fonte: https://www.facebook.com/pe.paulogiovanni
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e daí ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 2, 23-28)
23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: "Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?"
25Jesus lhes disse: "Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães". 27E acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado". - Palavra da Salvação.
3) Reflexão
A lei existe para o bem das pessoas. Num dia de sábado, os discípulos passam pelas plantações e abrem caminho arrancando espigas. Em Mateus 12,1 se diz que eles estavam com fome. Invocando a Bíblia, os fariseus criticam a atitude dos discípulos. Seria uma transgressão da lei do Sábado (cf Ex 20,8-11). Jesus responde invocando a mesma Bíblia para mostrar que os argumentos dos outros não tinham fundamento. Ele lembra que o próprio Davi também fez coisa proibida, pois tirou os pães sagrados do templo e os deu de comer aos soldados que estavam com fome (1 Sm 21,2-7). E Jesus termina com duas frases importantes: 1) O sábado é para o ser humano, e não o ser humano para o sábado, 2) O Filho do Homem é dono até do sábado!
O sábado é para o ser humano, e não o ser humano para o sábado. Durante mais de quinhentos anos, desde os tempos do cativeiro na Babilônia até a época de Jesus, os judeus tinham observado a lei do sábado. Esta observância secular tornou-se para eles um forte sinal identidade. O sábado era rigorosamente observado. Na época dos Macabeus, meados do século II antes de Cristo, esta observância rígida chegou a um ponto crítico. Atacados pelos gregos em dia de sábado, os rebeldes macabeus preferiram deixar-se matar a transgredir o sábado usando as armas para defender sua vida. Por isso, morreram mil pessoas (1Mac 2,32-38). Refletindo sobre este massacre, os líderes macabeus concluíram que deviam resistir e defender sua vida, mesmo em dia de sábado (1Mac 2,39-41). Jesus teve a mesma atitude de relativizar a lei do sábado em favor da vida, pois a lei existe para o bem da vida humana, e não vice-versa!
O Filho do Homem é dono até do sábado! A nova experiência de Deus como Pai/Mãe fez com que Jesus, o Filho do Homem, dava a Jesus uma chave para descobrir a intenção de Deus que está na origem das leis do Antigo Testamento. Por isso, o Filho do Homem é dono até do Sábado. Convivendo com o povo da Galiléia durante trinta anos e sentindo na pele a opressão e a exclusão a que tantos irmãos e irmãs eram condenados em nome da Lei de Deus, Jesus percebeu que isto não podia ser o sentido daquelas leis. Se Deus é Pai, então ele acolhe a todos como filhos e filhas. Se Deus é Pai, então nós temos que ser irmão e irmã uns dos outros. Foi o que Jesus viveu e pregou, desde o começo até o fim. A Lei do Sábado deve estar a serviço da vida e da fraternidade. Foi por causa da sua fidelidade a esta mensagem que Jesus foi preso e condenado à morte. Ele incomodou o sistema, e o sistema se defendeu, usando a força contra Jesus, pois ele queria a Lei a serviço da vida, e não vice-versa.
Jesus e a Bíblia. Os fariseus criticavam Jesus em nome de Bíblia. Jesus responde e critica os fariseus usando a Bíblia. Ele conhecia a Bíblia de memória. Naquele tempo, não havia Bíblias impressas como temos hoje em dia. Em cada comunidade só havia uma única Bíblia, escrita a mão, que ficava na sinagoga. Se Jesus conhecia tão bem a Bíblia, é sinal de que ele, durante aqueles 30 anos da sua vida em Nazaré, deve ter participado intensamente da vida da comunidade, onde todo sábado se liam as Escrituras. Ainda falta muito para nós termos a mesma familiaridade com a Bíblia e a mesma participação na comunidade!
4) Para um confronto pessoal
1) O Sábado é para o ser humano, e não vice versa. Quais os pontos em minha vida que devem mudar?
2) Mesmo sem ter Bíblia em casa, Jesus conhecia a Bíblia de memória. E eu?
5) Oração final
De todo coração darei graças ao SENHOR, na reunião dos justos e na assembléia. Grandes são as obras do SENHOR, merecem a reflexão dos que as amam. (Sal 110, 1-2)
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Vigário atualmente em Itajuba/MG padre Luiz teve história religiosa em Pouso Alegre, Arquidiocese lamente passamento.
Por Jornal da Cidade
O Padre Leandro Luís, Vigário em Itajubá/Sul de Minas, foi encontrado morto por seu pai, na tarde de domingo, 14 de janeiro, em Consolação/MG. Sepultamento acontece nesta segunda, no cemitério da cidade.
A Arquidiocese de Pouso Alegre em nota a imprensa local comunica a morte prematura do padre Leandro Luís Mota Ribeiro, de 37 anos. Ele foi encontrado sem vida por seu pai, em casa, onde passava o final de semana, o fato foi registrado na tarde do último domingo (14/1), na cidade de Consolação/MG.
Padre Leandro Luís Mota vazia parte atualmente na paróquia Nossa Senhora das Graças, em Itajubá, na função de vigário paroquial há quase quatro anos. Ele foi ordenado presbítero em 2014. Exerceu seu ministério diaconal em Pouso Alegre, na paróquia Nossa Senhora de Fátima, onde fez um estágio pastoral, tornando-se vigário paroquial na paróquia logo após sua ordenação, onde ficou quatro anos.
De Pouso Alegre foi transferido para a Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Extrema, em 2020, novamente transferido para Paróquia Nossa Senhora das Graças, para ser vigário paroquial de Itajubá.
Padre Leandro luís também foi assessor da Pastoral Universitária na Arquidiocese de Pouso Alegre, membro do Conselho de Presbíteros no mandato 2022-2024.
“Como instrumentista de piano, violino e flauta sempre encantou a todos com sua voz. Também foi compositor de peças litúrgicas. Com personalidade marcante, amigo de todos, tinha sempre um jeito intuitivo de ser, por vezes, engraçadas vazia observações de fatos e pessoas”.
Ultimamente idealizou a reforma do presbitério da Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora das Graças, obra que vinha acompanhando num bonito projeto de sua autoria. Com seu talento musical tornou-se coordenador do coral arquidiocesano. Padre Leandro Luís deixa saudades e uma cidade inteira de luto, uma região inteira lamentando sua inesperada partida.
O velório tem início na tarde desta segunda-feira, na casa da família, após liberação do corpo pelo IML – Instituto Médico Legal. O sepultamento está previsto para acontecer no fim desta tarde, 15/01 no Cemitério Municipal de Consolação.
A Direção e funcionários da TV Jornal da Cidade lamenta o ocorrido, rogando ao Pai Celestial que receba Leandro Luís Mota Ribeiro em sua glória e traga conforto aos familiares, amigos e fieis da Paróquia Nossa Senhora das Graças. Descanse em paz! A todos nossos sentimentos. Fonte: https://www.tvjornaldacidade.com.br
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e daí ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 2,18-22)
Naquele tempo, 18os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Então, vieram dizer a Jesus: "Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?"
19Jesus respondeu: "Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar.
21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos".
- Palavra da Salvação.
3) Reflexão
Os cinco conflitos entre Jesus e as autoridades religiosas. Em Mc 2,1-12 vimos o primeiro conflito. Era em torno do perdão dos pecados. Em Mac 2,13-17, o segundo conflito tratava da comunhão de mesa com pecadores. O evangelho de hoje traz o terceiro conflito sobre o jejum. Amanhã, teremos o quarto conflito em torno da observância do sábado (Mc 2,13-28). Depois de amanhã, o último dos cinco conflitos será em torno da cura em dia de sábado (Mc 3,1-6). O conflito sobre o jejum ocupa o lugar central. Por isso, as palavras meio soltas sobre o remendo novo em pano velho e sobre o vinho novo em barril novo (Mc 2,21-22) devem ser entendidas como uma luz que joga sua claridade também sobre os outros quatro conflitos, dois antes e dois depois.
Jesus não insiste na prática do jejum. O jejum é um costume muito antigo, praticado em quase todas as religiões. O próprio Jesus praticou-o durante quarenta dias (Mt 4,2). Mas ele não insiste com os discípulos para que façam o mesmo. Deixa a eles a liberdade. Por isso, os discípulos de João Batista e dos fariseus, que eram obrigados a jejuar, querem saber por que Jesus não insiste no jejum.
Enquanto o noivo está com eles não precisam jejuar. Jesus responde com uma comparação. Enquanto o noivo está com os amigos do noivo, isto é, durante a festa do casamento, estes não precisam jejuar. Jesus se considera o noivo. Os discípulos são os amigos do noivo. Durante o tempo em que ele, Jesus, estiver com os discípulos, é festa de casamento. Chegará o dia em que o noivo vai ser tirado. Aí, se eles quiserem, poderão jejuar. Jesus alude à sua morte. Sabe e sente que, se ele continuar neste caminho de liberdade, as autoridades religiosas vão querer matá-lo.
Remendo novo em roupa velha, vinho novo em barril novo. Estas duas afirmações de Jesus, que Marcos colocou aqui, esclarecem a atitude crítica de Jesus frente às autoridades religiosas. Não se coloca remendo de pano novo em roupa velha. Na hora de lavar, o remendo novo repuxa o vestido velho e o estraga mais ainda. Ninguém coloca vinho novo em barril velho, porque a fermentação do vinho novo faz estourar o barril velho. Vinho novo em barril novo! A religião defendida pelas autoridades religiosas era como roupa velha, como barril velho. Não se deve querer combinar o novo que Jesus trouxe com os costumes antigos. Nem se pode querer reduzir a novidade de Jesus ao tamanho do judaísmo. Ou um, ou outro! O vinho novo que Jesus trouxe faz estourar o barril velho. Tem que saber separar as coisas. Jesus não é contra o que é “velho”. O que ele quer evitar é que o velho se imponha ao novo e, assim, o impeça de manifestar-se. Seria o mesmo que reduzir a mensagem do Concílio Vaticano II ao tamanho do catecismo anterior ao Concílio, como alguns estão querendo.
4) Para um confronto pessoal
1) A partir da experiência profunda de Deus que o animava por dentro, Jesus tinha muita liberdade com relação às normas e práticas religiosas. E hoje, será que temos a mesma liberdade ou será que nos falta a liberdade dos místicos?
2) Remendo novo em roupa velha, vinho novo em barril velho. Existe isto em minha vida?
5) Oração final
Todo aquele que professa que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus. E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco. (1Jo 4,15-16)
- Detalhes
1) Oração
Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 2, 1-12)
1Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 2E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra. 3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: "Filho, os teus pecados estão perdoados". 6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7"Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus". 8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: "Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: 'os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, pega a tua cama e anda'? 10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados disse ele ao paralítico: 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!" 12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: "Nunca vimos uma coisa assim".
- Palavra da Salvação.
3) Reflexão
Em Mc 1,1-15, Marcos mostrou como a Boa Nova de Deus deve ser preparada e divulgada. Em Mc 1,16-45, mostrou qual o objetivo da Boa Nova e qual a missão da comunidade. Agora, em Mc 2,1 a 3,6, aparece o efeito do anúncio da Boa Nova. Uma comunidade fiel ao evangelho vive valores que contrastam com os interesses da sociedade envolvente. Por isso, um dos efeitos do anúncio da Boa Nova é o conflito com aqueles que defendem os interesses da sociedade. Marcos recolhe cinco conflitos que o anúncio da Boa Nova de Deus trouxe para Jesus.
* Nos anos 70, época em que ele escreve o seu evangelho, havia muitos conflitos na vida das comunidades, mas elas nem sempre sabiam como comportar-se diante das acusações que vinham da parte das autoridades romanas e dos líderes judeus. Este conjunto de cinco conflitos de Mc 2,1 a 3,6 servia como uma espécie de cartilha para orientar as comunidades, tanto as de ontem como de hoje. Pois o conflito não é um acidente de percurso, mas sim parte integrante da caminhada.
* Eis os esquema dos cincos conflitos que Marcos conservou no seu evangelho:
TEXTOS |
ADVERSÁRIOS DE JESUS |
CAUSA DO CONFLITO |
1º conflito: Mc 2,1-12 2º conflito: Mc 2,13-17 3º conflito: Mc 2,18-22 4º conflito: Mc 2,23-28 5º conflito: Mc 3,1-6 |
Escribas escribas dos fariseus discípulos de João e fariseus fariseus fariseus e herodianos |
perdão dos pecados comer com pecadores prática do jejum observância do sábado cura em dia de sábado |
A solidariedade dos amigos consegue o perdão dos pecados para o paralítico. Jesus está de volta em Cafarnaum. Juntou muita gente na porta da casa. Ele acolhe a todos e começa a ensinar. Ensinar, falar de Deus, era o que Jesus mais fazia. Chega um paralítico, carregado por quatro pessoas. Jesus é a única esperança deles. Eles não hesitam em subir no telhado e tirar as telhas. Deve ter sido uma casa pobre, barraco coberto de folhas. Eles descem o homem em frente a Jesus. Jesus, vendo a fé deles, diz ao paralítico: Teus pecados estão perdoados! Naquele tempo, o povo achava que defeitos físicos (paralítico) fossem castigo de Deus por algum pecado. Os doutores ensinavam que tal pessoa ficava impura e tornava-se incapaz de aproximar-se de Deus. Por isso, os doentes, os pobres, os paralíticos, sentiam-se rejeitados por Deus! Mas Jesus não pensava assim. Aquela fé tão grande era um sinal evidente de que o paralítico estava sendo acolhido por Deus. Por isso, ele declarou: Teus pecados estão perdoados! Ou seja: “Você não está afastado de Deus!” Com esta afirmação Jesus negou que a paralisia fosse um castigo pelo pecado do homem.
Jesus é acusado de blasfêmia pelos donos do poder. A afirmação de Jesus era contrária ao catecismo da época. Não combinava com a idéia que eles tinham de Deus. Por isso, reagem e acusam Jesus: Ele blasfema! Para eles, só Deus podia perdoar os pecados. E só o sacerdote podia declarar alguém perdoado e purificado. Como é que Jesus, homem sem estudo, leigo, simples carpinteiro, podia declarar as pessoas perdoadas e purificadas dos pecados? E havia ainda um outro motivo que os levava a criticar Jesus. Eles devem ter pensado: “Se for verdade o que esse Jesus está falando, nós vamos perder nosso poder! Vamos perder também nossa fonte de renda”.
Curando, Jesus prova que ele tem poder de perdoar os pecados. Jesus percebeu a crítica. Por isso, pergunta: O que é mais fácil dizer: ‘Teus pecados estão perdoados!’ ou: ‘Levanta-te e anda!’? É muito mais fácil dizer: “Teus pecados estão perdoados”. Pois ninguém pode verificar se de fato o pecado foi ou não foi perdoado. Mas se digo: “Levanta-te e anda!”, aí todos podem verificar se tenho ou não esse poder de curar. Por isso, para mostrar que tinha o poder de perdoar os pecados em nome de Deus, Jesus disse ao paralítico: Levanta-te, toma teu leito e vá para casa! Curou o homem! Assim através de um milagre provou que a paralisia do homem não era um castigo de Deus, e mostrou que a fé dos pobres é uma prova de que Deus os acolhe no seu amor.
A mensagem do milagre e a reação do povo. O paralítico se levanta, pega seu leito, começa a andar, e todos dizem: Nunca vimos coisa igual! Este milagre revelou três coisas muito importantes: 1) As doenças das pessoas não são castigo pelos pecados. 2) Jesus abre um novo caminho para chegar até Deus. Aquilo que o sistema chamava de impureza já não era empecilho para as pessoas se aproximarem de Deus. 3) O rosto de Deus revelado através da atitude de Jesus era diferente do rosto severo do Deus revelado pela atitude dos doutores.
Isto lembra a fala de um drogado que se recuperou e agora participa de uma comunidade em Curitiba, Brasil. Ele disse: “Fui criado na religião católica. Deixei de participar. Meus pais eram muito praticantes e queriam que nós, os filhos, fôssemos como eles. A gente era obrigada a ir à igreja sempre, todos os domingos e festas. E quando não ia, eles diziam: "Deus castiga!” Eu ia a contragosto, e quando fiquei adulto, fui deixando aos poucos. Eu não gostava do Deus dos meus pais. Não conseguia entender como Deus, criador do mundo, ficasse em cima de mim, menino da roça, ameaçando com castigo e inferno. Eu gostava mais do Deus do meu tio que não pisava na igreja mas que, todos os dias, sem falta, comprava o dobro de pão, de que ele mesmo precisava, para dar para os pobres!"
4) Para um confronto pessoal
1) Você gostou do Deus do tio ou do Deus dos pais daquele ex-drogado?
2) Qual o rosto de Deus que transparece para os outros através do meu comportamento?
5) Oração final
O que nós ouvimos, o que aprendemos, o que nossos pais nos contaram não ocultaremos a seus filhos; mas vamos contar à geração seguinte as glórias do SENHOR, o seu poder e os prodígios que operou. (Sl 77, 3-4)
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Livro de memórias traz ponto de vista do pontífice sobre fatos como o Holocausto, as Torres Gêmeas e o conclave que o elegeu.
Walter Porto, editor de Livros.
Capa da edição brasileira da autobiografia do papa Francisco, que sai pela HarperCollins em abril - Divulgação
A HarperCollins prepara o lançamento mundial da autobiografia do papa Francisco, que sairá no Brasil simultaneamente a pelo menos outros dez países em que a editora de alcance global está ativa.
Intitulado "Vida - Minha História Através da História", o pontífice de 87 anos narra sua experiência dos principais acontecimentos que tomaram o mundo, indo desde a eclosão da Segunda Guerra Mundial, quando o argentino Jorge Mario Bergoglio tinha apenas três anos, até os dias de hoje.
O livro foi feito em parceria com o jornalista italiano Fabio Marchese Ragona, alternando a voz de Francisco em primeira pessoa com relatos mais distanciados do narrador.
O líder da Igreja Católica já tem uma série de livros publicados com sua assinatura, mas é a primeira vez que ele se dedica a um relato de memórias de tamanha amplitude sobre sua própria vida.
Entre os fatos sobre os quais o religioso decidiu oferecer seu testemunho estão o Holocausto, o bombardeio atômico sobre Hiroshima e Nagasaki, o ataque às Torres Gêmeas, a recessão de 2008, a renúncia do Papa Bento 16 e o conclave que o elegeu papa, há quase 11 anos.
Em comunicado divulgado pela editora, o papa afirma que "este livro foi escrito para que as pessoas, principalmente os mais jovens, possam ouvir a voz de um idoso e refletir sobre o que o nosso planeta tem vivido, para não repetir os erros do passado". Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
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1) Oração
Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 1, 40-45)
Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: "Se queres tens o poder de curar-me". 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: "Eu quero: fica curado!" 42No mesmo instante, a lepra desapareceu, e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: "Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!" 45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo. - Palavra da Salvação.
3) Reflexão
Acolhendo e curando o leproso Jesus revela um novo rosto de Deus. Um leproso chegou perto de Jesus. Era um excluído, impuro. Devia viver afastado. Quem tocasse nele ficava impuro também! Mas aquele leproso teve muita coragem. Transgrediu as normas da religião para poder chegar perto de Jesus. Ele grita: Se queres, podes curar-me! Ou seja: “Não precisa tocar-me! Basta você querer para eu ficar curado!” A frase revela duas doenças: 1) a doença da lepra que o tornava impuro; 2) a doença da solidão a que era condenado pela sociedade e pela religião. Revela também a grande fé do homem no poder de Jesus. Profundamente compadecido, Jesus cura as duas doenças. Primeiro, para curar a solidão, toca no leproso. É como se dissesse: “Para mim, você não é um excluído. Eu te acolho como irmão!” Em seguida, cura a lepra dizendo: Quero! Seja curado! O leproso, para poder entrar em contato com Jesus, tinha transgredido as normas da lei. Da mesma forma, Jesus, para poder ajudar aquele excluído e, assim, revelar um rosto novo de Deus, transgride as normas da sua religião e toca no leproso. Naquele tempo, quem tocasse num leproso tornava-se um impuro perante as autoridades religiosas e perante a lei da época.
Reintegrar os excluídos na convivência fraterna. Jesus não só cura, mas também quer que a pessoa curada possa conviver novamente. Reintegra a pessoa na convivência. Naquele tempo, para um leproso ser novamente acolhido na comunidade, ele precisava ter um atestado de cura assinado por um sacerdote. É como hoje. O doente só sai do hospital com o documento assinado pelo médico. Jesus obrigou o leproso a buscar o documento, para que ele pudesse conviver normalmente. Obrigou as autoridades a reconhecer que o homem tinha sido curado.
O leproso anuncia o bem que Jesus fez a ele, e Jesus se torna um excluído. Jesus tinha proibido o leproso de falar sobre a cura. Mas não adiantou. O leproso, assim que partiu, começou a divulgar a notícia, de modo que Jesus já não podia entrar publicamente numa cidade. Permanecia fora, em lugares desertos. Por que? É que Jesus tinha tocado no leproso. Por isso, na opinião pública daquele tempo, Jesus, ele mesmo, era agora um impuro e devia viver afastado de todos. Já não podia entrar nas cidades. Mas Marcos mostra que o povo pouco se importava com estas normas oficiais, pois de toda a parte vinham a ele! Subversão total!
Resumindo. Tanto nos anos 70, época em que Marcos escreve, como hoje, época em que nós vivemos, era e continua sendo importante ter diante de nós modelos de como viver e anunciar a Boa Nova de Deus e de como avaliar a nossa missão. Nos versículos 16 a 45 do primeiro capítulo do seu evangelho, Marcos descreve a missão da comunidade e apresenta oito critérios para as comunidades do seu tempo poderem avaliar a sua missão. Eis o esquema:
TEXTO |
ATIVIDADE DE JESUS |
OBJETIVO DA MISSÃO |
1. Marcos 1,16-20 |
Jesus chama os primeiros discípulos |
formar comunidade |
2. Marcos 1,21-22 |
o povo fica admirado com o ensino |
criar consciência crítica |
3. Marcos 1,23-28 |
Jesus expulsa um demônio |
combater o poder do mal |
4. Marcos 1,29-31 |
a cura da sogra de Pedro |
restaurar a vida para o serviço |
5. Marcos 1,32-34 |
a cura de doentes e endemoninhados |
acolher os marginalizados |
6. Marcos 1,35 |
Jesus levanta cedo para rezar |
ficar unido ao Pai |
7. Marcos 1,36-39 |
Jesus segue em frente no anúncio |
não se fechar nos resultados |
8. Marcos 1,40-45 |
a cura um leproso |
reintegrar os excluídos |
4) Para um confronto pessoal
1) Anunciar a Boa Nova é dar testemunho da experiência concreta que se tem de Jesus. O leproso, o que ele anuncia? Ele conta aos outros o bem que Jesus lhe fez. Só isso! Tudo isso! E é este testemunho que leva os outros a aceitar a Boa Nova de Deus que Jesus nos trouxe. Qual o testemunho que você dá?
2) Para levar a Boa Nova de Deus ao povo, não se deve ter medo de transgredir normas religiosas que são contrárias ao projeto de Deus e que dificultam a comunicação, o diálogo e a vivência do amor. Mesmo que isto traga dificuldades para a gente, como trouxe para Jesus. Já tive esta coragem?
5) Oração final
Vinde, prostrados adoremos, de joelhos diante do Senhor que nos criou. Ele é o nosso Deus, e nós o povo sob seu governo, o rebanho que ele conduz. (Sl 94, 6-7)
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1) Oração
Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 1, 29-39)
Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
32À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: "Todos estão te procurando". 38Jesus respondeu: "Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim". 39E andava por toda a Galiléia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
- Palavra da Salvação.
3) Reflexão
Jesus restaura a vida para o serviço. Depois de participar da celebração do sábado na sinagoga, Jesus entrou na casa de Pedro e curou a sogra dele. A cura fez com ela se colocasse de pé e, com a saúde e a dignidade recuperadas, começasse a servir as pessoas. Jesus não só cura a pessoa, mas cura para que a pessoa se coloque a serviço da vida.
Jesus acolhe os marginalizados. Ao cair da tarde, terminado o sábado na hora do aparecimento da primeira estrela no céu, Jesus acolhe e cura os doentes e os possessos que o povo tinha trazido. Os doentes e possessos eram as pessoas mais marginalizadas naquela época. Elas não tinham a quem recorrer. Ficavam entregues à caridade pública. Além disso, a religião as considerava impuras. Elas não podiam participar na comunidade. Era como se Deus as rejeitasse e as excluísse. Jesus as acolhe. Assim, aparece em que consiste a Boa Nova de Deus e o que ela quer atingir na vida da gente: acolher os marginalizados e os excluídos, e reintegrá-los na convivência da comunidade.
Permanecer unido ao Pai pela oração. Jesus aparece rezando. Ele faz um esforço muito grande para ter o tempo e o ambiente apropriado para rezar. Levantou mais cedo que os outros e foi para um lugar deserto, para poder estar a sós com Deus. Muitas vezes, os evangelhos nos falam da oração de Jesus no silêncio (Mt 14,22-23; Mc 1,35; Lc 5,15-16; 3,21-22). É através da oração que ele mantém viva em si a consciência da sua missão.
Manter viva a consciência da missão e não se fechar no resultado já obtido. Jesus se tornou conhecido. Todos iam atrás dele. Esta publicidade agradou aos discípulos. Eles vão em busca de Jesus para levá-lo de volta junto do povo que o procurava, e lhe dizem: Todos te procuram. Pensavam que Jesus fosse atender ao convite. Engano deles! Jesus não atendeu e disse: Vamos para outros lugares. Foi para isto que eu vim! Eles devem ter estranhado! Jesus não era como eles o imaginavam. Jesus tem uma consciência muito clara da sua missão e quer transmiti-la aos discípulos. Não quer que eles se fechem no resultado já obtido. Não devem olhar para trás. Como Jesus, devem manter bem viva a consciência da sua missão. É a missão recebida do Pai que deve orientá-los na tomada das decisões.
Foi para isto que eu vim! Este foi o primeiro mal-entendido entre Jesus e os discípulos. Por ora, é apenas uma pequena divergência. Mais adiante no evangelho de Marcos, este mal-entendido, apesar das muitas advertências de Jesus, vai crescer e chegar a uma quase ruptura entre Jesus e os discípulos (cf. Mc 8,14-21.32-33; 9,32;14,27). Hoje também existem mal-entendidos sobre o rumo do anúncio da Boa Nova. Marcos ajuda a prestar atenção nas divergências, para não permitir que elas cresçam até à ruptura.
4) Para um confronto pessoal
1) Jesus não veio para ser servido mas para servir. A sogra de Pedro começou a servir. E eu, faço da minha vida um serviço a Deus e aos irmãos e às irmãs?
2) Jesus mantinha a consciência da sua missão através da oração. E a minha oração?
5) Oração final
Povos todos, louvai o SENHOR, nações todas, dai-lhe glória; porque forte é seu amor para conosco e a fidelidade do SENHOR dura para sempre. (Sl 116)
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‘Deve ser um casal pobre’, diz padre ao reclamar de decoração de casamento em Sergipe — Foto: Reprodução Facebook
O padre Raimundo Diniz usou as redes sociais para pedir desculpas ao casal de noivos, após criticar a qualidade da decoração escolhida por eles para a cerimônia de casamento. Durante uma missa que antecedeu a celebração de um casamento na Igreja Nossa Senhora de Santana, no município de Boquim, Sergipe, no último sábado, o pároco reclamou do tapete escolhido pelos dois.
“Peço publicamente aos familiares do noivo e da noiva e às pessoas que divulgaram esse vídeo, peço perdão se feri, não fui compreendido, entendido ou se falei palavras que feriram alguém. Publicamente, ao bispo e a toda a Diocese peço perdão”, disse o padre.
“Quando eu disse certamente que devem ser pessoas simples ou pobres, não estava discriminado ninguém. Afinal de contas, minha vida de sacerdote é acolher e defender os pobres”, acrescentou o líder religioso.
Diniz recebeu diversas críticas após o vídeo com a fala circular nas redes sociais:
“Não vou dar a comunhão aqui na nave central porque esse tapete está fazendo vocês escorregarem, porque não é tapete, é um negócio muito devagar, que escorrega, né? Pra não dizer que é coisa ruim. Foi essa condição que os noivos tiveram, infelizmente. A gente percebe que eles são bem simples e que a arrumação é bem simples, né? Deve ser um casal pobre”, disse o padre. Fonte: https://oglobo.globo.com
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Ela disse ainda que ele deveria 'pagar pela língua' sendo responsabilizado pelo que falou. Após a situação, o padre usou as redes sociais da paróquia para pedir desculpas.
‘Deve ser um casal pobre’, diz padre ao reclamar de decoração de casamento em Sergipe
Por g1 SE
Padre reclama da decoração de igreja para casamento
Um dia após a repercussão do vídeo de um padre criticando o tapete da decoração de um casamento e chamando os noivos de pobres, no município de Boquim (SE), o g1, ouviu a mãe do noivo, a agricultora Juciara de Jesus. A fala do padre aconteceu em uma missa pouco antes do casamento, no último sábado (6).
Bastante indignada com o que aconteceu, ela confirmou que as declarações do padre foram feitas antes do casamento, que também foi celebrado por ele. No entanto, ela soube da fala do sacerdote sobre os noivos somente um dia depois. “Se eu soubesse antes, eu ia parar o casamento, ia pedir a ele para não casar o meu filho, porque eu tenho mais educação do que ele”, disse Juciara.
Juciara disse também que não tem raiva do padre, mas espera uma punição para o sacerdote.
“Ele deveria ser suspenso de celebrar casamentos por um tempo. Eu não tenho raiva dele, mas ele precisa ser punido por causa da língua dele. Criei meus filhos na roça, longe de drogas e tenho muito orgulho da criação que dei ”, disse.
Ela disse ainda que o filho e a esposa ficaram muito abalados com a fala do padre e com a repercussão da situação. “A igreja deveria pagar um psicólogo para eles. São dois jovens. Ele tem 20 anos e ela 19. Os dois se conheceram na escola”, falou.
O g1, também procurou a família da noiva. O pai dela, que preferiu não ser identificado, disse que a filha está mais tranquila. Ainda de acordo com ele, ela está grávida de oito meses, e o foco agora é que ela tenha a criança longe do estresse que essa situação já provocou.
Ele disse também que já conversou com o padre e reforçou que o sacerdote precisa ser responsabilizado pelo que disse. “Queria que ele se desculpasse por ter chamado a nossa família de pobre. Contratamos uma das melhores decoradoras de Boquim, um dos melhores fotógrafos e isso não é coisa que um padre deva falar”, finalizou.
O que disse o padre
Após o vídeo com a sua fala circular nas redes sociais, o padre se manifestou em uma rede social da paróquia para pedir desculpas pelo ocorrido. Segundo ele, a intenção era reforçar para que o sacristão tivesse cuidado com as ornamentações utilizadas nas missas e casamentos para que não colocasse em risco a vida das pessoas.
"Certamente a família pagou um preço alto e fizeram essa arrumação. Quando eu disse certamente que devem ser pessoas simples ou pobres não estava discriminado ninguém, afinal de contas minha vida de sacerdote é acolher e defender os pobres. Peço publicamente aos familiares do noivo e da noiva e às pessoas que divulgaram esse vídeo, peço perdão se feri não fui compreendido, entendido ou se falei palavras que feriram alguém. Publicamente ao bispo e a toda a diocese peço perdão “, disse o padre. Fonte: https://g1.globo.com
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Treze sacerdotes e um religioso foram assassinados em 2023, embora metade tenha sido morto por motivos aparentemente não relacionados à perseguição; as prisões aumentaram, mas os sequestros de clérigos e religiosos caíram em comparação com 2022, no entanto continua sendo uma séria preocupação, especialmente na África; regimes autoritários mantém repressão à Igreja.
Cristãos protestam contra a violência em Peshawar, Paquistão (Photo by Epa/Bilawal Arbab) (ANSA)
Por Marcio Martins, Ajuda à Igreja que Sofre
De acordo com os números levantados pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, um total de 132 padres e religiosos católicos foram presos, sequestrados ou assassinados durante 2023. Isso representa um aumento em relação aos 124 em 2022. Estes são, no entanto, os casos confirmados, o número poderia ser maior, uma vez que em alguns países é difícil obter informações confiáveis. Destes, 86 foram presos ou detidos em algum momento durante 2023.
Alguns dos padres e religiosos já haviam sido presos ou sequestrados antes do início do ano, mas permaneceram sob custódia ou ficaram desaparecidos por parte ou todo o ano de 2023. Isso se compara a 55 que estavam presos em algum momento de 2022.
Nicarágua e Belarus lideram a lista de regimes autoritários que recorreram à detenção de padres e religiosos para punir a Igreja por se manifestar contra injustiças e violações de direitos humanos, ou simplesmente por tentar operar livremente.
Um total de 46 clérigos foram presos em algum momento durante 2023 na Nicarágua, incluindo dois bispos e quatro seminaristas, enquanto outros, incluindo religiosas como as Missionárias da Caridade, foram expulsos do país ou recusaram a reentrada depois de estarem no exterior. Muitos dos padres que haviam sido presos acabaram sendo libertados ou enviados para o exílio, mas uma grande repressão nas últimas duas semanas de dezembro levou à prisão de pelo menos 19 clérigos, incluindo o bispo Isidoro de Carmen Mora Ortega, de Siúna. Dois dos padres foram libertados mais tarde, mas os restantes 17, mais o bispo Rolando Alvarez, que foi preso em agosto de 2022 e depois condenado a 26 anos de prisão, permanecem sob custódia.
Mesmo que provar a informação seja quase impossível, os números da ACN apontam para 20 casos de clérigos presos em algum momento de 2023 na China, alguns dos quais permanecem desaparecidos depois de muitos anos. Mas o número real pode ser maior, ou até um pouco menor, já que alguns padres ou bispos podem ter sido divulgados sem que detalhes fossem divulgados.
Outro país que recorreu a detenções para silenciar padres é a Belarus, onde pelo menos 10 foram detidos pelas autoridades em algum momento, com três ainda atrás das grades quando o ano se aproximava do fim.
Os padres Ivan Levitskyi e Bohdan Heleta, os dois padres greco-católicos que foram presos na Ucrânia em 2022 pelas forças russas de ocupação, também ainda não foram libertados.
E na Índia, onde as leis anticonversão continuam a ser usadas para tentar impedir o trabalho de organizações católicas, pelo menos seis foram presos ao longo do ano, incluindo uma irmã religiosa. Todos já foram libertados, embora alguns ainda enfrentem acusações que podem levar a penas de prisão.
Mesmo em diminuição, número de sequestros preocupa
O número de padres ou religiosas sequestrados em 2023 caiu de 54 em 2022 para 33, mas continua significativo. Este número inclui cinco padres que foram raptados em anos anteriores, mas permaneceram nas mãos dos seus raptores ou ficaram desaparecidos em 2023, como o padre Hans-Joachim Lohre, que foi raptado no Mali em 2022 e libertado em novembro de 2023.
A Nigéria lidera a lista de longe, com 28 casos, incluindo três religiosas, enquanto o único outro país com múltiplos casos foi o Haiti, com dois. Outros países onde padres foram sequestrados incluem Mali e Burkina Faso, enquanto na Etiópia uma irmã religiosa foi sequestrada.
Houve um caso na Nigéria de um monge que foi assassinado por seus sequestradores, caso contrário, a grande maioria dos sequestrados acabou sendo libertada, com exceção de quatro padres: John Bako Shekwolo, da Nigéria, e Joël Yougbaré, de Burkina Faso, que estão desaparecidos desde 2019, e Joseph Igweagu e Christopher Ogide, ambos da Nigéria. desaparecidos desde 2022.
Este é o segundo ano em que a ACN rastreia todos os casos de sequestros, assassinatos e prisões de clérigos e religiosos católicos em todo o mundo. Em relação às prisões, a ONG internacional rastreia apenas aquelas que estão relacionadas à perseguição, e não a casos comprovados de crime comum. Casos relacionados a membros de outras confissões também não são considerados na lista.
Nigéria registra maior número de assassinatos
Tragicamente, em 2023, muitos cristãos, especialmente clérigos e religiosos, pagaram um preço alto por seu compromisso com o bem comum, os direitos humanos, a liberdade religiosa e a liberdade das comunidades e nações que servem. Em 2023, foram registrados 14 assassinatos, incluindo 11 padres, um bispo, um irmão religioso e um seminarista. Isso representa uma queda em relação aos 18 registrados em 2022. Até onde a ACN pôde apurar, nenhuma religiosa foi assassinada este ano.
Sete dos assassinatos ocorreram em circunstâncias que não eram claras ou não estavam diretamente relacionadas a qualquer incidente confirmado de perseguição. Estes incluíam um bispo e um padre nos EUA, um padre na Colômbia, um padre no México, um irmão religioso nos Camarões, um padre no Burkina Faso e um padre na Nigéria.
Das outras sete mortes diretamente relacionadas à perseguição, a Nigéria novamente tem o maior número da lista, com três. O padre Isaac Achi foi brutalmente assassinado em janeiro, quando não conseguiu escapar de sua residência, que pegou fogo após um ataque, e o seminarista Na'aman Danlami teve exatamente o mesmo destino, mas em setembro. Logo depois, em outubro, Godwin Eze, um beneditino que havia sido sequestrado junto com dois colegas noviços, foi assassinado por seus sequestradores.
Alguns dos assassinatos foram classificados como sendo por motivos de perseguição, apesar dos motivos obscuros dos assassinos. Pamphili Nada foi morto na Tanzânia por um homem com problemas mentais. No México, o padre Javier García Villafaña foi encontrado morto a tiros em seu carro por agressores desconhecidos, em uma região onde o crime organizado é comum e aqueles que se manifestam contra ele são frequentemente alvos de cartéis de drogas. E, em dezembro, um padre belga idoso chamado Leopold Feyen, conhecido localmente como Pol, foi morto a facadas por homens armados que invadiram sua casa na República Democrática do Congo, onde serviu por décadas.
Sobre a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre)
A Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, sigla em inglês) é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN tornou-se uma Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5.000 pedidos de ajuda de bispos e superiores religiosos em cerca de 130 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa - incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas; apoia padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e restauração de igrejas e demais instalações eclesiais; programas religiosos de comunicação; e ajuda aos refugiados e vítimas de conflitos. Fonte: https://www.vaticannews.va
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Dom Anuar Battisti
Arcebispo Emérito de Maringá (PR)
A festa da Epifania – do grego epifanein, “manifestar” – que a Igreja celebra hoje, remonta aos primórdios da era cristã. Ela celebra um mistério multiforme, o de Cristo Luz. De fato, todas as celebrações do Tempo de Natal giram ao redor da manifestação luminosa de Jesus. Ele se manifesta primeiramente ao encarnar-se no seio de Maria, depois de aparecer aos pastores – Natal, Missa da Aurora –, aos reis magos – Epifania –, ao ser batizado no Rio Jordão – Batismo do Senhor e 2º. Domingo do Tempo Comum – Anos A e B – e, finalmente, em Caná da Galiléia – 2º. Domingo do Tempo Comum do Ano C – iniciando com seu primeiro milagre a manifestação de seu ministério público, que culminará na Páscoa, suma manifestação do Salvador.
Celebrando esta Vigília da Epifania, manifestação de jesus como luz para todos os povos, nos juntamos aos magos do Oriente que foram adorá-lo. Nesta assembléia reunida, Corpo de Cristo, vemos a glória do Senhor que se manifesta em todas as pessoas que o buscam.
Prezados irmãos,
Na primeira leitura – Is 60,1-6 –anuncia a Jerusalém a chegada da luz salvadora de Deus. Essa luz transfigurará o rosto da cidade, iluminará o regresso a casa dos exilados na Babilónia e atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo. O autor apresenta Jerusalém como luz que se opõe às trevas, porque nela brilha a glória do Senhor. No meio das trevas, a presença divina faz brilhar nova esperança, aurora de novo amanhecer, que atrai os povos. O autor deseja animar o povo, prostrado por tantos problemas e dificuldades. Do meio de sua glória, Deus quer iluminar o caminho de cada um de seus filhos e filhas. É o grande convite de alegria e de esperança a quem vive os desafios do dia a dia.
Caros irmãos,
Na segunda leitura – Ef 3,2-3a.5-6 – apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus. O anúncio do mistério da salvação é um anúncio jubiloso, porue fala aos corações endurecidos pelo individualismo e pela indiferença. Deus não discrimina, mas acolhe. Todos são destinatários da salvação trazida por Cristo.
Amados irmãos,
No Evangelho – Mt 2,1-12 – vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm uns “magos” do oriente, que representam todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, esses “magos” procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem exceção.
O Evangelho se inicia com a chegada em Jerusalém dos magos, indicando que eles, nãos os anjos, como no Evangelho de Lucas, são os anunciadores do nascimento do Rei dos judeus. Os magos percorreram um caminho árduo e longo – o caminho da fé – para encontrar e adorar o Menino Jesus. O rei pagão, Herodes, deseja matar e se livrar do “Rei dos judeus”, o tão esperando Messias! Mateus, deseja com este episódio mostrar, em prefiguração, o complô das autoridades judaicas que levará Jesus à morte na Cruz. É importante que se tenha claro: quem eliminou Jesus não foi “todo o povo judeu”, mas suas lideranças. Elas que incitaram as multidões a pedir a morte de Jesus. Por outro lado, os magos representam os pagãos que, junto com os judeus convertidos a Jesus, formavam e faziam parte da primeira comunidade cristã, que acolheu Jesus como o Messias de Israel. Eles prostraram-se diante de Jesus e ofereceram seus dons, reconhecendo-o como seu Rei – ouro –, Senhor – incenso – e Messias, Servo sofredor – mirra. Avisados em sonho, retornaram às suas terras por outro caminho.
Nós temos hoje – no Evangelho – duas posições diante do nascimento do Menino: os poderosos e a elite de seu tempo se opõem, tentando destruir os planos de Deus; o povo simples e desprezado, que não detém o poder, deixa-se guiar pela estrela de Belém e abraça os planos divinos que, preanunciam o amanhecer de uma nova era. Desde o início, Jesus torna-se sinal de contradição. A estrela ilumina o caminho que conduz o recém-nascido. Hoje é o próprio Cristo que ilumina o caminho de Deus.
Para revelar-se ao mundo, Deus escolheu revelar-se ao coração de cada um de nós. Abrir-nos esse amor que se revela é encontrar a Deus em nossos irmãos, sobretudo nos memores e indefesos, como o recém-nascido de Belém.
Vamos adorar o Salvador, Deus Menino! Quem procura por Jesus, o reconhece e o adora nunca volta a Herodes e às suas tramas de poder e morte! Quem seguiu e segue a Luz de Jesus, Rei e Senhor, é iluminado e não deseja – evita – as trevas da enganação, da mentira, da violência, do pecado e da morte. Cristo, Luz da Luz, quem guiou os magos do Oriente até a manjedoura e depois os levou por outro caminho nos pede que todos possamos adorar ao Rei Jesus! Fonte: https://www.cnbb.org.br
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Luisa Arraes, padre Júlio Lancellotti e Dira Paes — Foto: Reprodução
Diante da eventual abertura da CPI das ONGs na Câmara dos Vereadores de São Paulo, cujo alvo principal é a atuação do padre Júlio Lancellotti com a população de rua, várias personalidades foram às redes sociais. Elas se manifestaram em apoio ao religioso.
É o caso de Dira Paes. Em sua conta no Instagram, a atriz escreveu: "Querer criminalizar toda manifestação social que busca diminuir a pobreza e mazelas dos mais necessitados, é perseguição. É um ódio que se estende também a quem solidariza e atua nessas frentes, como está acontecendo covardemente com o Padre Júlio Lancellotti em São Paulo."
Ela complementou: "Quantos mais estão sendo perseguidos no Brasil? Qual o propósito? Quais os argumentos reais para abertura dessa CPI? Nenhum. Como ativista dos direitos humanos me solidarizo totalmente ao lado do Padre Julio Lancellotti e o parabenizo pela sua atuação hercúlea em prol daqueles que estão em situação de rua. Vamos ajudá-lo a continuar fazendo esse trabalho tão importante e fundamental para amenizar os desafios daqueles que precisam do pão de cada dia e um abraço amigo."
Na última quarta-feira (3), o vereador Rubinho Nunes (União) afirmou ter conseguido o número de assinaturas necessário para criar a CPI. Ele acusa o padre Júlio Lancellotti de ser parceiro das ONGs Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e Craco Resiste, que fazem trabalhos com população de rua e dependentes químicos da cracolândia da região central da cidade. Fonte: https://oglobo.globo.com
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OUTRO LADO: Pároco afirma que já foi vítima de acusações falsas forjadas por integrantes do MBL
Padre Julio Lancellotti, na pré-estreia do filme "Irmã Dulce" Bruno Poletti - 18.nov.2014/FolhapressMAIS
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), afirma ter recebido acusações "de extrema gravidade" contra o padre Júlio Lancellotti e que elas serão levadas ao Vaticano.
Apesar de afirmar que são graves, Milton Leite não diz a que se referem. Os ataques de vereadores ao religioso têm recebido críticas de diversos setores da sociedade.
O pároco é alvo da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que pode ser instalada a partir de fevereiro na Casa. O presidente da Câmara diz que não irá comentar a iniciativa até que os fatos sejam esclarecidos.
"Peço um pouco de paciência. Vou aguardar que a primeira denúncia contra o padre chegue ao Vaticano, que está sendo providenciada. Tanto lá quanto no Ministério Público estadual [de São Paulo] e na CNBB [Confederação Nacional dos Bispos do Brasil]", afirma Leite à coluna.
"Quando as denúncias contra ele, que são de extrema gravidade, forem protocoladas, vou me manifestar. Até lá, eu vou aguardar a reunião do colégio de líderes [que ocorrerá no retorno do recesso do Legislativo paulistano]."
Procurado pela coluna, o padre Júlio enviou reportagem da revista Piauí, publicada em 2022, que revelou que integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) usaram um perfil falso para forjar uma acusação de pedofilia contra o pároco.
A trama visava turbinar a candidatura do hoje ex-deputado Arthur Do Val, o Mamãe Falei, a prefeito, segundo relatos dados à Piauí. O vereador Rubinho Nunes já foi integrante do MBL, mas deixou o movimento em outubro de 2022.
À coluna o autor da CPI diz que recebeu novas acusações após a repercussão do caso.
"Recebi denúncias graves e solicitei a peritagem do material. Depois que eu tiver laudo de especialistas atestando a veracidade [do conteúdo] é que eu vou levar o caso às competências superiores", afirma Rubinho, sem revelar o teor das acusações.
"Do contrário, todo o material será destruído, para que ninguém tenha acesso. Não tenho interesse em prejudicar a imagem de ninguém, muito menos da Igreja Católica, pela qual tenho profundo respeito."
Nunes protocolou o pedido de abertura da CPI em dezembro, com assinaturas de 24 vereadores, e recebeu sinalização positiva de parte da cúpula da Câmara sobre sua instalação em fevereiro.
Nesta semana, diante da forte repercussão contra a comissão, alguns deles passaram a retirar o apoio. Como mostrou a Folha, ao menos sete parlamentares já retiraram suas assinaturas. A proposta de criação da comissão ainda precisa ser apreciada no colégio de líderes e em plenário para que seja instalada. Até mesmo o presidente Lula (PT) saiu em defesa do padre Júlio.
O petista afirmou que graças a Deus "o país tem pessoas como o religioso" e que o trabalho dele e o da Diocese de São Paulo são "essenciais" para assistir a população em situação de vulnerabilidade social.
Como mostrou o Painel, a Arquidiocese de São Paulo disse na noite de quarta (3) que acompanha a ofensiva "com perplexidade".
Na CPI, Rubinho Nunes pretende investigar o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambos atuam junto à população em situação de rua e a dependentes químicos da região central da cidade, assim como o padre Júlio.
A Bompar é uma entidade filantrópica ligada à Igreja Católica e que já teve o padre Júlio como conselheiro. Já a Craco Resiste atua contra a violência policial na região da cracolândia.
Em dezembro, o pároco disse ao Painel que não tem qualquer incidência sobre as entidades e não atua em projetos conjuntos com elas. Ele ainda afirmou que não é do conselho da Bompar há 17 anos e que ocupava uma posição sem remuneração no conselho deliberativo da entidade.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, pela vinda do vosso Filho, vos manifestastes em nova luz. Assim como ele quis participar da nossa humanidade, nascendo da Virgem, dai-nos participar de sua vida no Reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 1, 43-51)
43No dia seguinte, tinha Jesus a intenção de dirigir-se à Galiléia. Encontra Filipe e diz-lhe: Segue-me. 44(Filipe era natural de Betsaida, cidade de André e Pedro.) 45Filipe encontra Natanael e diz-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José. 46Respondeu-lhe Natanael: Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré? Filipe retrucou: Vem e vê. 47Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade. 48Natanael pergunta-lhe: Donde me conheces? Respondeu Jesus: Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira. 49Falou-lhe Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel. 50Jesus replicou-lhe: Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta. 51E ajuntou: Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.
3) Reflexão - Jo 1, 43-51
Jesus voltou para a Galiléia. Encontrou Filipe e o chamou: "Segue-me!" O objetivo do chamado é sempre o mesmo: "seguir Jesus". Os primeiros cristãos fizeram questão de conservar os nomes dos primeiros discípulos. De alguns conservaram até os apelidos e o nome do lugar de origem. Filipe, André e Pedro eram de Betsaida (Jo 1,44). Natanael era de Caná (Jo 22,2). Hoje, muitos esquecem os nomes das pessoas que estão na origem da sua comunidade. Lembrar os nomes é uma forma de conservar a identidade.
Filipe encontra Natanael e fala com ele sobre Jesus: "Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas! É Jesus, o filho de José, de Nazaré!" Jesus é aquele para o qual apontava toda a história do Antigo Testamento.
Natanael pergunta: "De Nazaré pode vir coisa boa?" Possivelmente, na pergunta dele transparece a rivalidade que costuma existir entre as pequenas aldeias de uma mesma região: Caná e Nazaré. Além disso, conforme o ensinamento oficial dos escribas, o Messias viria de Belém na Judéia. Não podia vir de Nazaré na Galiléia (Jo 7,41-42). André dá a mesma resposta que Jesus tinha dado aos outros dois discípulos: "Venha e veja você mesmo!" Não é impondo, mas sim vendo que as pessoas se convencem. Novamente, o mesmo processo: encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus!
Jesus vê Natanael e diz: "Eis um israelita autêntico, sem falsidade!" E afirma que já o conhecia quando estava debaixo da figueira. Como é que Natanael podia ser um "israelita autêntico" se ele não aceitava Jesus como messias? Natanael "estava debaixo da figueira". A figueira era o símbolo de Israel (cf. Mq 4,4; Zc 3,10; 1Rs 5,5). Israelita autêntico é aquele que sabe desfazer-se das suas próprias idéias quando percebe que elas estão em desacordo com o projeto de Deus. O israelita que não está disposto a fazer esta conversão não é autêntico nem honesto. Natanael é autêntico. Ele esperava o messias de acordo com o ensinamento oficial da época (Jo 7,41-42.52). Por isso, inicialmente, não aceitava um messias vindo de Nazaré. Mas o encontro com Jesus ajudou-o a perceber que o projeto de Deus nem sempre é do jeito que a gente o imagina ou deseja. Ele reconhece o seu engano, muda de idéia, aceita Jesus como messias e confessa: "Mestre, tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel!" A confissão de Natanael é apenas o começo. Quem for fiel, verá o céu aberto e os anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Experimentará que Jesus é a nova ligação entre Deus e nós, seres humanos. É a realização do sonho de Jacó (Gn 28,10-22).
4) Para um confronto pessoal
1) Qual o título de Jesus de que você mais gosta? Por que?
2) Teve intermediário entre você e Jesus?
5) Oração final
O Senhor é bom, sua misericórdia é eterna e sua fidelidade se estende de geração em geração. (Sl 99, 5)
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Veja lista de vereadores que assinaram CPI das ONGs que quer investigar o padre Júlio Lancellotti
Requerimento protocolado pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil) contou com o apoio de 19 colegas de nove partidos diferentes
Padre Júlio Lancelotti em evento do governo federal em Brasília. Foto: José Cruz / Agência Brasil
Por Samuel Lima
04/01/2024 | 16h08Atualização: 04/01/2024 | 18h24Correção: 04/01/2024 | 18h24
O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as organizações não governamentais (ONGs) que atuam na Cracolândia teve o apoio inicial de 22 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo. Pelo menos quatro, porém, anunciaram que vão retirar seus nomes. Além do autor da proposta, Rubinho Nunes (União Brasil), parlamentares de nove partidos assinaram o requerimento no dia 6 de dezembro (veja a lista abaixo). O padre Júlio Lancelotti deve ser um dos principais alvos da CPI das ONGs caso ela seja instalada.
O documento mostra a assinatura do líder do governo, o vereador Fábio Riva (PSDB), responsável pela articulação do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara. Ao todo, seis vereadores tucanos, de um total de oito, concordaram em apoiar o pedido. O PSDB é o maior fiador da empreitada, seguido por União Brasil e PL, com três cada; e Republicanos, com duas. Podemos, MDB, Solidariedade, PSD e Progressistas também cederam assinaturas.
Adilson Amadeu (União Brasil)
Beto do Social (PSDB)
Fábio Riva (PSDB)
Fernando Holiday (PL)
Gilson Barreto (PSDB)
Isac Félix (PL)
João Jorge (PSDB)
Jorge Wilson Filho (Republicanos)
Major Palumbo (Progressistas)
Milton Ferreira (Podemos)
Nunes Peixeiro (MDB)
Rodrigo Goulart (PSD)
Rubinho Nunes (União Brasil), autor da proposta
Rute Costa (PSDB)
Sansão Pereira (Republicanos)
Outros quatro vereadores assinaram o requerimento, mas confirmaram ao Estadão que decidiram retirar seus apoios e devem votar contra a instalação do colegiado. Eles alegam que foram enganados, pois o requerimento não falava em investigar o padre Júlio Lancellotti. São eles: Sidney Cruz (Solidariedade), Thammy Miranda (PL), Sandra Tadeu (União Brasil) e Xexéu Tripoli (PSDB).
O Estadão obteve a lista de nomes por meio do requerimento de abertura da CPI, disponível publicamente no site da Câmara Municipal de São Paulo. As assinaturas contam com uma identificação informal, feita à mão, abaixo delas. Não foi possível identificar três grafias. O documento não garante a instalação do grupo, que precisa ser aceito na pauta pelo Colégio de Líderes e aprovado por maioria simples, de 28 votos, em plenário.
O autor do pedido de CPI das ONGs, Rubinho Nunes, acusa organizações como a Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, de promoverem uma “máfia da miséria”, que recebe dinheiro público para “explorar os dependentes químicos do centro da capital”. O padre já foi conselheiro do Bompar e desenvolve um dos principais trabalhos sociais na capital paulista.
Segundo o vereador, essas organizações recebem dinheiro público para distribuir alimentos, kit de higiene e itens para o uso de drogas, prática conhecida como política de redução de danos, à população em situação de rua, o que, argumenta ele, gera um “ciclo vicioso” no qual o usuário de ] não consegue largar o vício. Ele alega ter o apoio necessário para emplacar a ação em fevereiro.
A Craco Resiste, um dos alvos do vereador, informou que não é uma ONG, e sim um projeto de militância que atua na região da Cracolândia para reduzir danos a partir de vínculos criados por atividades culturais e de lazer. “Quem tenta lucrar com a miséria são esses homens brancos cheios de frases de efeito vazias que tentam usar a Cracolândia como vitrine para seus projetos pessoais. Não é o primeiro e sabemos que não será o último ataque desonesto contra a Craco Resiste”, diz a entidade em nota divulgada nas redes sociais. A reportagem não conseguiu contato o Bompar.
A Arquidiocese de São Paulo reagiu com indignação à proposta. Em nota divulgada nesta quarta-feira, 3, a instituição afirmou que o padre Júlio Lancelotti “exerce importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade”.
Já o padre declarou ao Estadão que a instalação de CPIs para investigar o uso de recursos públicos pelo terceiro setor é uma ação legítima do Poder Legislativo, mas que não faz parte de nenhuma organização conveniada à Prefeitura de São Paulo, e sim da Paróquia São Miguel Arcanjo.
A oposição já manifestou a intenção de barrar a CPI das ONGs. Em nota, o PT, que conta com uma bancada de oito vereadores, afirmou que a iniciativa é uma perseguição ao padre “símbolo da luta pelos direitos humanos, que tem sido uma voz incansável na defesa dos mais vulneráveis” e promete obstruir a proposta.
Correções
04/01/2024 | 18h24
A reportagem identificou uma das assinaturas como sendo do vereador Danilo do Posto (Podemos). O vereador, no entanto, afirmou que não assinou o pedido de abertura da CPI, e a sua assinatura de fato consta diferente em outros documentos públicos da Câmara. Fonte: https://www.estadao.com.br
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1) Oração
Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 1, 35-42)
35No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. 36E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus. 37Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. 38Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? 39Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima. 40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido. 41Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). 42Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra).
3) Reflexão (Jo 1, 35-42)
No evangelho de hoje, João Batista, novamente, aponta Jesus como “Cordeiro de Deus”. E dois dos seus discípulos, animados pelo próprio João, foram em busca de Jesus e perguntam: “Onde o senhor mora?”. Jesus responde: "Venham e vejam!" É convivendo com Jesus, que eles mesmos poderão verificar e confirmar se era isto que estavam buscando. O encontro confirmou a busca, pois os dois nunca mais esqueceram a hora do encontro. Quase setenta anos depois, João lembra: “Eram quatro horas da tarde!”
Quando uma pessoa é muito amada, ela costuma receber muitos apelidos, nomes ou títulos que expressam o carinho. No Evangelho de João, Jesus recebe muitos títulos e nomes que expressam o que ele significava para os primeiros cristãos. Estes nomes traduzem o desejo dos primeiros cristãos de conhecer melhor quem é Jesus para poder amá-lo com maior coerência. O quarto Evangelho é uma catequese muito bem feita. Os títulos e nomes de Jesus, que vão aparecendo durante os encontros e as conversas das pessoas com ele, fazem parte desta catequese. Eles ajudam os leitores e as leitoras a descobrir como e onde Jesus se revela nos encontros do dia-a-dia da vida. Ao longo dos seus 21 capítulos, através destes nomes e títulos, o evangelista João nos vai revelando quem é Jesus.
Também hoje, nossas comunidades devem poder dizer: "Venham e vejam!" É ver e experimentar para poder testemunhar. O apóstolo João escreve na sua primeira carta: "A vida se manifestou. Nós a vimos e dela damos testemunho!" (1Jo 1,2)
As pessoas que vão sendo chamadas professam a sua fé em Jesus através de títulos como: Cordeiro de Deus (Jo 1,36); Rabi (Jo 1,38); Messias ou Cristo (Jo 1,41); “aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas” (Jo 1,45); Jesus de Nazaré, o filho de José (Jo 1,45), Filho de Deus (Jo 1,49); Rei de Israel (Jo 1,49); Filho do Homem (Jo 1,51). São oito títulos em apenas quinze versos! A cristologia dos primeiros cristãos não começa com reflexões teóricas, mas com nomes e títulos que exprimem o carinho, o compromisso e o amor.
André descobriu que Jesus é o Messias. Ele gostou tanto do encontro, que partilhou sua experiência com o irmão e deu testemunho: "Encontramos o Messias!" Em seguida, conduziu o irmão até Jesus. Encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus! É assim que a Boa Nova se espalha pelo mundo, até hoje! Conosco pode acontecer o que aconteceu com o irmão de André. No encontro com Jesus, ele teve seu nome mudado de Simão para Cefas (Pedra ou Pedro). Mudança de nome significa mudança de rumo. O encontro com Jesus pode produzir mudanças profundas na vida da gente. Deus queira!
4) Para um confronto pessoal
1) Como foi o chamado de Jesus em sua vida? Teve alguma mudança de rumo?
2) Você lembra a hora e o lugar de acontecimentos importantes da sua vida?
5) Oração final
Exultem em brados de alegria diante do Senhor que chega, porque ele vem para governar a terra. Ele governará a terra com justiça, e os povos com eqüidade. (Sl 97, 8-9)
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Francisco recorda na mensagem de vídeo que "já nas primeiras comunidades cristãs, diversidade e unidade estavam muito presentes e numa tensão que deve ser resolvida a um nível superior. Mais ainda. Para avançar no caminho da fé necessitamos também do diálogo ecumênico com os irmãos e irmãs de outras confissões e comunidades cristãs".
Vatican News
"Pelo dom da diversidade na Igreja" é a intenção de oração do Papa Francisco, para o mês de janeiro, divulgada na mensagem de vídeo, nesta segunda-feira (02/01).
Como os primeiros cristãos
"Não devemos ter medo da diversidade de carismas na Igreja", ressalta Francisco. A diversidade de carismas, de tradições teológicas e de rituais é algo positivo. Nunca deve ser causa de divisão. "Pelo contrário, devemos alegrar-nos por vivenciar esta diversidade", diz o Papa na mensagem de vídeo. A seguir, Francisco recorda:
Já nas primeiras comunidades cristãs, diversidade e unidade estavam muito presentes e numa tensão que deve ser resolvida a um nível superior. Mais ainda. Para avançar no caminho da fé necessitamos também do diálogo ecumênico com os irmãos e irmãs de outras confissões e comunidades cristãs. Não como algo que confunde ou incomoda, mas como um dom que Deus dá à comunidade cristã para que cresça como um só corpo, o corpo de Cristo.
A riqueza das Igrejas orientais
A seguir, Francisco convida a pensar, por exemplo, nas Igrejas Orientais: "Têm as suas tradições próprias, ritos litúrgicos característicos, mas mantêm a unidade da fé. Reforçam-na, não a dividem".
Em comunhão com Roma, há numerosas Igrejas orientais, como são os católicos bizantinos, a Igreja Greco-católica ucraniana ou a Igreja Greco-melquita. Outros exemplos da diversidade de ritos no seio do catolicismo são a Igreja Siro-malabar e a Igreja Católica Siro-malancar, surgidas ambas na Índia; a Igreja Maronita, de origem libanesa; a Igreja Católica Copta, de origem egípcia; a Igreja Católica Armênia; a Igreja Caldeia, predominante no Iraque; assim como a Igreja Católica Etíope-Eritreia, entre outras.
Segundo o Papa, "se formos guiados pelo Espírito Santo, a riqueza, a variedade, a diversidade nunca provocam conflito. O Espírito recorda-nos que, acima de tudo, somos filhos amados de Deus. Todos iguais no amor de Deus e todos diferentes".
Rezemos ao Espírito para que nos ajude a reconhecer o dom dos diferentes carismas nas comunidades cristãs e a descobrir a riqueza das diferentes tradições rituais dentro da Igreja Católica.
Unidos diante da cruz
O fio condutor do Vídeo do Papa deste mês é a cruz, símbolo de unidade e diversidade: uma cruz que aparece nas portas, nas montanhas, nas igrejas, para mostrar a riqueza das diferentes comunidades cristãs, precisamente nas suas diferenças. “A cruz não é uma estaca dos romanos, mas o madeiro no qual Deus escreveu o seu Evangelho”, escreveu a poetisa Alda Merini; é muito mais que um objeto de devoção, em suma, o mistério de amor diante do qual se encontram todos os cristãos, para além da sua confissão, tradição e rito.
A videomensagem do Papa termina com a imagem de uma enorme cruz formada por milhares de cristãos de diversas origens, retomando metaforicamente o apelo do Santo Padre.
O mês de janeiro é marcado, no hemisfério norte, pela Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que neste ano se celebra com o lema “Amarás o Senhor teu Deus... e ao teu próximo como a ti mesmo” extraído do capítulo 10 versículo 27 do Evangelho de Lucas. Fonte: https://www.vaticannews.va
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