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As redes sociais estão modificando as formas de luto e o diálogo sobre a morte no âmbito público. Duas sociólogas da Universidade de Washington estudaram a maneira como os usuários interagem nas redes sociais com os perfis de pessoas que já morreram. Elas concluíram que essas plataformas, e particularmente o Twitter, ampliaram os círculos em que o luto transcorre, criando um espaço público antes inexistente, no qual ocorre um debate entre pessoas que nem conhecem o falecido. Esse novo espaço estaria num meio termo entre a esfera privada e a pública. Na análise delas, o Facebook representaria a esfera privada, e o Twitter ocuparia esse novo terceiro espaço. A reportagem é de Marya González Nieto, publicada por El País, 22-08-2016.
Nina Cesare e Jennifer Branstad analisaram 39 perfis do Twitter de pessoas falecidas e as compararam com outros, do Facebook, para estudar as conversas e ocomportamento das pessoas diante da morte. Elas descobriram que no Twitter os perfis dos mortos servem a propósitos muito diferentes do que se vê no Facebook ou em qualquer outra rede social. “O Twitter foi mais usado para discutir, debater e inclusive condenar ou canonizar o falecido. No Facebook, por outro lado, os perfis dos falecidos eram usados mais para mostrar sua dor de um modo mais íntimo, com mensagens muito mais profundas”, diz Cesare.
Dessa forma, o Facebook é entendido mais como um prolongamento do âmbito privado, onde dizemos nossos sentimentos da maneira como os expressamos às pessoas próximas. A novidade, portanto, vem do Twitter. As pesquisadoras descobriram em sua análise quatro tipos de tuítes fúnebres. A primeira categoria eram mensagens diretas ao morto, com lembranças de histórias comuns, a fim de manter laços com ele. O segundo tipo são mensagens íntimas, como o reconhecimento da ausência ou simples condolências. O terceiro tipo eram reflexões sobre a vida e a morte. E uma quarta categoria incluía críticas ao falecido ou ao seu estilo de vida.
Tal comportamento reflete a própria natureza do Twitter, segundo as pesquisadoras. “NoTwitter, podemos tuitar sem ter seguidores, os perfis são curtos e públicos. As mensagens de 140 caracteres fazem que estes reflitam mais pensamentos concisos do que reflexões profundas”, conta Branstad. Essas características condicionam a forma pela qual usamos o Twitter, com uma atmosfera muito menos pessoal que o Facebook, propícia para que se aborde a morte de uma forma muito mais ampla. “E, ao ser mais impessoal, as pessoas se animam mais a participar quando alguém morre, mesmo que não conheçam o morto”, diz a socióloga.
No Facebook, as interações são diferentes. Normalmente os usuários se conhecem na vida real, publicam fotos pessoais e podem escolher quem vê seus perfis. “Uma mensagem no mural do Facebook de alguém que morreu é como estar na casa dessa pessoa e falar com a família. Compartilha-se a dor num círculo íntimo”, afirmaBranstad. No Twitter, por outro lado, encontramos pessoas que não estariam nessa casa, que estão fora desse círculo, mas que podem comentar e falar da pessoa, e inclusive especular sobre a causa da sua morte. “Esse espaço não existia antes, ou pelo menos não em público”, diz Branstad.
Em todas as culturas sempre existiram tradições sobre a morte, mas no século XX e no mundo ocidental, os ritos foram relegados ao interior das casas e às funerárias. “O luto era algo que se sofria na intimidade. As redes sociais em geral reverteram isso e trouxeram novamente a morte ao âmbito público”, explica Cesare. E o Twitter em particular ampliou o conceito sobre o quanto alguém pode se envolver na conversação quando alguém morre, de acordo com o estudo das sociólogas.
“Há 20 anos a morte era muito mais privada. A capacidade do Twitter para abrir a comunidade ao luto e retirá-lo da esfera íntima é uma grande contribuição. E a criação desse espaço onde as pessoas podem se reunir e falar sobre a morte é algo novo”, concluiCesare. O estudo foi publicado para a conferência anual da Associação Americana de Sociologia de 2016.
Fonte: http://ihu.unisinos.br
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FINAL DAS OLIMPÍADAS: Finalmente os moradores de Rua da Lapa “escondidos” pela Prefeitura do Rio, vão receber as refeições das irmãs de Calcutá! Lamentável o silêncio da Igreja.
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A norte-americana Caitlin Doughty abraçou uma missão: desmitificar o tabu da morte. Com seu canal no YouTube, o "Ask a Mortician", ela apresenta vídeos curiosos sobre a indústria da morte usando humor afiado e sagacidade. E usa a escrita para apresentar o leitor a um setor pouco conhecido do público em geral –os bastidores da morte.
Seu livro, "Confissões do Crematório" (ed. Darkside, 2016), lançado recentemente no Brasil, é uma compilação de casos reais vividos durante seus primeiros seis anos trabalhando em um crematório nos Estados Unidos.
Doughty não pisa em ovos. Ela destrincha os tópicos mais mórbidos de forma bem direta. Conta sobre um bebê que precisou raspar a cabeça (pois a família queria guardar o cabelo de lembrança), e atividades como lubrificar uma mão para tirar a aliança, remover marca-passos para não explodirem no forno crematório, moer ossos em um liquidificador de metal, inserir tampas espinhosas embaixo das pálpebras para os olhos ficarem fechados e barbear mortos. São ações que incitam um dilema comum aos trabalhadores desse ramo: "Eu não tinha certeza se Byron era um 'ser' ou uma 'coisa' (um corpo), mas parecia que eu devia ao menos saber o nome dele para executar um procedimento tão íntimo", escreve.
A autora oferece uma revisão histórica da morte, como o surgimento do embalsamamento, da cremação, dos cemitérios modernos, a higienização do processo do morrer com a transferência dos moribundos das casas aos hospitais, os ritos fúnebres nas diversas culturas –a tribo brasileira Wari que comia seus mortos, os budistas tibetanos que deixam os corpos ao ar livre para serem devorados por entidades celestiais (os urubus) e o costume fúnebre da ilha de Java, na Indonésia, de abraçar e lavar cadáveres.
Ela relaciona o tabu da morte com o do sexo: "Enquanto o sexo e a sexualidade eram o tabu central do período vitoriano, a morte e o morrer são o tabu do mundo moderno". E cita o antropólogo britânico Geoffrey Gorer, "nossos bisavós ouviram que os bebês eram encontrados embaixo de arbustos de groelha ou de repolhos; nossos filhos provavelmente vão ouvir que os que faleceram (...) viram flores ou descansam em lindos jardins".
O envolvimento profissional de Doughty com a morte surgiu da tentativa de superação de um trauma de infância. Aos oito anos, ela presenciou uma garotinha cair para fora da escada rolante de um shopping center.
Doughty diz ter se traumatizado por nunca ter tido contato com a morte antes desse evento. Após o trabalho no crematório, ela cursou uma faculdade funerária em São Francisco e chegou à conclusão de que "quanto mais eu aprendia sobre a morte e a indústria da morte, mais a ideia de outra pessoa cuidando dos cadáveres da minha família me apavorava". Essa consciência a estimulou a fundar sua própria casa funerária, a "Undertaking LA".
CONSCIÊNCIA FUNERÁRIA
Em entrevista à Folha, Doughty conta que a "Undertaking LA" é a única casa funerária sem fins lucrativos de Los Angeles, e afirma se preocupar em envolver as famílias nos cuidados com seus mortos. Ela organiza, por exemplo, workshops para os clientes saberem o que exatamente é feito com os cadáveres.
"Eu não concordo com os funcionários do ramo (tanatopraxistas, patologistas, funcionários do crematório) somente lidarem com os corpos mas nunca com suas famílias. Se você ignorar os vivos, a família enlutada, você pode perder de vista o fato de que cada corpo representa um ser humano com uma história", conta.
Doughty relaciona os problemas da sociedade moderna com uma cultura que ela considera negar a morte: "Se não podemos aceitar que vamos morrer, não vamos aceitar que estamos matando o planeta. Não iremos aceitar que estamos destruindo espécies. E acabamos admitindo certos atos de guerra, terror e violência. Se a morte não é real para nós, vamos permitir que essas coisas continuem acontecendo".
Agora, Doughty trabalha em seu próximo livro: sobre como revolucionar o setor funerário e define uma epígrafe para si: "Ela morreu fazendo o que amava: a morte".
CONFISSÕES DO CREMATÓRIO
AUTORA Caitlin Doughty
TRADUÇÃO Regiane Winarski
EDITORA Darkside Books
QUANTO R$ 49,90 (256 págs.). Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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O indonésio Waluyo morreu em 7 de maio de 2015 depois de um acidente de trânsito, na cidade de Gunung Kidul. Ele ficou alguns dias em coma, recebeu a visita de amigos e parentes, mas acabou morrendo. Querido por muitos, seu velório foi concorrido.
Pelo menos foi isso que sua família acreditava. Há alguns dias, Waluyo voltou para casa como se nada tivesse acontecido. Seu retorno provocou reações de alegria e terror. Como assim um morto pode retornar à vida com tanta naturalidade?
Waluyo conta que, na verdade, nunca morreu. Aliás, nunca nem sofreu acidente algum. Ele diz que passou todo esse tempo trabalhando como gari em outra cidade e, como não tem celular, não conseguiu avisar a família. Estranho, né?
O problema é que a família de Waluyo agora tem um mistério. Se o sujeito está vivo, quem é que foi enterrado no lugar dele? Ninguém sabe. Os parentes desconfiam que foi alguém extremamente parecido com o gari fujão. Pelo jeito, ainda tem muito o que ser explicado nesta história. (Com Coconuts JKT). Fonte: http://noticias.uol.com.br
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Um menino migrante de 13 anos ganhou as manchetes desta quarta-feira na Itália, com uma história heroica que teve, até agora, um final feliz.
Ahmed foi resgatado há quatro dias dentro de um bote no Mediterrâneo com outra centena de migrantes. Partira do Egito sozinho e chegou à Itália com um único objetivo: salvar seu irmão menor, Farid, 7, que sofre de uma doença no sangue.
Ao desembarcar na ilha italiana de Lampedusa trazia apertando nas mãos um papel dentro de um saco plástico: era o certificato de saúde do irmão atestando seu caso de trombocitopena, ou plaquetopenia (redução das plaquetas no sangue).
A família confiou a Ahmed todas as economias que tinha, trabalhando no plantio de tâmaras, e um tio ajudou a pagar os atravessadores, negociando seu único terreno. O menino partiu do vilarejo de Rashid Kafr El Sheikh, a 130 km do Cairo, escondido em um caminhão que transportava animais. Alguns dias depois conseguiu chegar à cidade portuária de Alexandria.
"Foram dez dias no mar, porque o trajeto partindo do Egito é mais longo do que da Líbia", disse à BBC Brasil Ahmed Mahmoud, funcionário da OIM (Organização Internacional para a Migração) em Lampedusa. Mahmoud, também egípcio, foi justamente quem primeiro ouviu a história do xará Ahmed.
"Falei com a mãe dele por telefone. A família é muito pobre e o hospital mais próximo de onde moram fica a quatro horas de distância", contou Mahmoud. Desde a chegada de Ahmed, ele está sempre com o menino, agora abrigado em um campo de acolhida em Lampedusa.
"O custo de cirurgias e tratamentos médicos no Egito é muito alto. Até os remédios custam muito caro lá", explicou Mahmoud. Segundo Ahmed lhe contou, o custo da primeira cirurgia do irmão seria de 30 mil liras egípcias (cerca de 4 mil euros, ou R$ 14,5 mil) e os exames não saíam por menos de 500 euros (R$ 1,8 mil). O trabalho de todo um ano da família do menino na colheita, porém, rende cerca de 3 mil euros (R$ 10,8 mil).
A história de superação de Ahmed virou destaque desta quarta-feira no jornal "Corriere della Sera", um dos maiores da Itália, e rapidamente se tornou viral. O premiê italiano, Matteo Renzi, também leu a história e colocou o sistema de saúde de prontidão, lançando um "apelo à acolhida e cura". Um hospital da região de Florença respondeu oferecendo tratamento para Ahmed e apoio para a família. "Amanhã (quinta-feira) Ahmed parte para um centro de acolhida de menores em Agrigento, na Sicília. Está muito contente depois de saber das novidades", afirmou Mahmoud.
Frequentes, os desembarques de migrantes na ilha de Lampedusa trazem cada vez mais crianças. "Ontem (terça), outras 900 pessoas foram trazidas para Lampedusa, entre elas cerca de 50 crianças sozinhas, muitas delas egípcias", contou à BBC Brasil o médico Pietro Bartolo, responsável pelo ambulatório de Lampedusa.
Ele também explicou que não é a primeira vez que a intervenção do Ministério da Saúde acontece. "Outro dia também chegou aqui um menino com a mãe, que precisava de tratamento médico, e eles foram encaminhados para um hospital em outra parte da Itália. São muitas crianças chegando agora", acrescentou.
Segundo dados da OIM, entre janeiro e junho deste ano, 7.567 crianças migrantes desembarcaram nos portos da Itália. Cerca de 92% eram menores não acompanhados; cruzaram sozinhos o Mediterrâneo ou perderam seus parentes durante o trajeto. A maioria deles parte do Egito, da Gâmbia, de Guiné-Conacri e da Costa do Marfim.
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Escalada para ser embaixadora e apresentadora de televisão da equipe da Grã-Bretanha nas Olimpíadas, a jornalista Charlie Webster, 33 anos, está internada em um hospital do Rio de Janeiro com graves complicações causadas por uma infecção parasitária e corre risco de morte. A hospitalização foi confirmada pela assessoria de imprensa da equipe no Rio-2016.
A apresentadora é bastante conhecida do público e trabalhou nas principais emissoras britânicas, incluindo a BBC e Sky. O grave estado de saúde foi tornado público numa postagem no Twitter em 11 de agosto. A situação já era grave neste dia e uma pessoa usou a conta de Charlie para escrever a seguinte mensagem.
"No sábado, 6 de agosto [um dia depois da abertura das Olimpíadas], Charlie sentiu-se mal e foi internada num hospital do Rio de Janeiro. O que inicialmente era considerada uma desidratação causada pela viagem [de bicicleta] ao Rio foi diagnosticado como uma severa complicação causada por uma infecção".
A partir desta data, não há nenhum post no Twitter. Os primeiros sintomas da doença apareceram no dia da cerimônia de abertura e, desde então, as condições de saúde pioraram tanto que os jornais ingleses veicularam nesta quarta que a embaixadora da equipe britânica luta pela vida. De acordo com várias publicações sediadas em Londres, ela está em coma induzido e a mãe viajou para o Rio de Janeiro.
A doença teria sido adquirida no caminho de uma viagem de bicicleta que começou em 27 de junho no estádio olímpico de Londres e terminou no Maracanã. A imprensa inglesa publicou que seria um tipo raro de malária e foi contraída nos quase 5 mil quilômetros percorridos entre as duas cidades.
A jornada serviu para arrecadar dinheiro para caridade. A apresentadora já foi classificada como uma heroína pelo parlamento inglês por este tipo de trabalho e é bastante conhecida por levantar fundos para diversas entidades de assistência social.
Ela também tem trabalhos como modelos e participa de provas de resistência chegando até a completar o Ironman britânico ano passado. Outra atividade da jornalista é dar palestras motivacionais. A lista de esportes que cobriu é longa e inclui futebol, automobilismo, boxe, atletismo e até corrida de aviões.
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As denúncias de constrangimentos e violência contra moradores de rua na região do centro do Rio de Janeiro cresceram 60% nos meses de março a julho deste ano, de acordo com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. O órgão diz que as ações se intensificaram com a proximidade da Olimpíada, em uma prática considerada “higienista”.
Segundo o padre Adailson Santos, coordenador de um projeto que oferece comida e agasalho à população de rua no centro do Rio, desde o fim de julho os moradores do local foram retirados da rua e levados para abrigos distantes daquela região. Para Santos, a retirada estaria relacionada a uma ação de "limpeza" na Lapa, bairro boêmio e turístico e que reúne vários albergues, orquestrada pela prefeitura para a Olimpíada. “Posso falar concretamente que ouve um esvaziamento. Essas pessoas foram retiradas das ruas, levadas a abrigos distantes, muitas vezes, até a força”, disse à Agência Brasil.
Integrante de um grupo de defensores da União e das comissões de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da Câmara Municipal, a defensora pública Carla Beatriz Nunes Maia diz que os moradores são obrigados pelo poder público a ir para abrigos. “Quem não é compulsoriamente levado [a abrigos], não permanece [na rua], se recolhe, se esconde, tem medo. Porque, além de ser levado à força, é agredido, tem todo o patrimônio, geralmente, um papelão para o frio, uma muda de roupa e os documentos, confiscados”, disse.
As ações, segundo a defensora, são feitas pela Guarda Municipal, Secretaria de Ordem Pública ou pela Polícia Militar, com conhecimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. O grupo faz rondas periódicas nos locais de concentração dessa população. “As provas de violação por parte desses órgãos é contundente”, afirmou Carla. “Agentes públicos pagos para resguardar nossa integridade espancam e agem com truculência contra uma população indefesa”, completou. A defensoria estuda ingressar com medidas jurídicas para coibir as práticas.
Os dados sobre as denúncias foram apresentados em audiência pública realizada em 3 de agosto. Na ocasião, os órgãos de assistência social e de segurança estaduais e municipais não enviaram representantes, segundo a defensoria.
O padre Adailson, que espera voltar ao trabalho em setembro, também cobra dignidade no tratamento aos moradores de rua. “Essas pessoas não têm nada. Não ficam nos abrigos por falta de condições básicas. Não podemos lhes tirar até o direito de ir e vir”, criticou.
Outro lado
A prefeitura do Rio nega que as abordagens tenham aumentado às vésperas da Olimpíada e diz que não recebeu, oficialmente, denúncias de agressões. Em nota, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social afirma “que não há nem haverá qualquer tipo de violação de direitos de pessoas em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro”.
A Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal informaram que apenas prestam apoio às ações da prefeitura, quando solicitadas, e que “os agentes são orientados a agir de forma respeitosa”. A Polícia Militar não se manifestou.
* Com informações da Agência Brasil. Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br
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“QUEM É? Adivinha!... Ele é mais importante que político, médico, advogado, padre, empresário, cantor, ator, papa, bispo... Ele é Manoel Artur de Miranda, meu Pai! Quer mais?”. Frei Petrônio de Miranda, Carmelita/ RJ.
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Caique, de 3 anos, tem doença degenerativa e não pode sair do hospital. Genival sonha com o dia que poderá passar levar o filho para casa.
Um pai de Mongaguá, no litoral de São Paulo tornou um quarto de um hospital sua segunda casa para ficar com o filho de três anos, que tem uma doença degenerativa. Ele dorme todos os dias com o menino, aprendeu os procedimentos de enfermagem e, apesar da situação complicada do filho, doa amor e alegria a todos no hospital. Conhecido como ‘super pai’, Genival Francisco de Almeida, de 34 anos, sonha com o dia que poderá passar levar o filho para casa.
Genival e a esposa Cristiana tiveram o primeiro filho Paulo Henrique, que hoje tem 11 anos. Em junho de 2013, nasceu de parto normal o menino Caique, o segundo filho do casal. Com menos de um ano de idade, os pais notaram algo diferente no comportamento do menino mais novo. "Ele foi crescendo e, aos cinco meses de idade, foi ficando molinho. A médica olhou, mexeu nele e disse que precisaria ficar uma semana para fazer exames. Ele tinha um ano e pouco. Voltamos para casa para aguardar o resultado dos exames. Mas ele começou a ter falta de ar e suspeita de h1n1. Daí foi internado na UTI pediátrica em 11 de outubro de 2014, no Hospital Irmã Dulce, e está lá até hoje", conta o pai.
Os exames feitos no hospital Guilherme Álvaro comprovaram que Caique tem atrofia muscular espinhal. "Ele vai perdendo a potência muscular, não consegue andar, o músculo dele não consegue respirar sozinho", explica Flavia Canal Ferreira de Souza, médica pediatra do hospital e que acompanha Caique desde o início da internação. Ele respira com a ajuda de aparelhos e também se alimenta por sonda.
Após receber a notícia da doença do filho, Genival conta que a primeira reação foi de desespero. Ele e a esposa revezavam no hospital para poder ficar com o menino. Ele começou a pesquisar sobre a doença do filho e entendeu que Caique só voltaria para casa com aparelhos respiratórios. Já a esposa precisava dar apoio ao outro filho e não estava agüentando ver Caique naquela situação. Por isso, Genival resolver mudar sua rotina e fazer do hospital seu segundo lar, tudo pela vida do filho mais novo. “Eu levanto as 6h30 no hospital em Praia Grande. Pego um ônibus e vou para o trabalho em Mongaguá. É cerca de uma hora de viagem. Na hora do almoço, vou para casa, vejo minha esposa e meu outro filho e volto para o serviço. Depois, pego o ônibus de volta para o hospital em Praia Grande. Eu coloco a poltrona do lado dele e fico brincando com ele até que eu acabo dormindo”, conta ele.
Há três anos, Genival vive essa rotina incomum, o que faz ser considerado um ‘super-pai’ pelos funcionários do hospital. Apesar da situação difícil, Genival não deixa o sorriso e o alto-astral de lado. A fama levou enfermeiras a homenageá-lo com uma camiseta de super-homem, no Dia dos Pais, no ano passado. “Nesse tempo todo, o pai do Caique é uma pessoa exemplar, ele trabalha de dia e toda a noite ele fica com o filho dele. Ele brinca com o filho, cuida do filho. Como ele, não tem nenhum pai”, diz a médica Flávia. Já ‘Val’, como ficou conhecido, ficou surpreso com o presente que recebeu um ano atrás. “Elas vieram com um pacote, tinha camisetas do super-homem uma para mim e outra para ele. O pessoal cuida dele como um filho, ele virou o xodozinho”, lembra.
O pai de Caique ajuda também no trabalho da enfermagem com os procedimentos que aprendeu observando o dia a dia do hospital. Ele faz a higienização ou a troca de curativos, ajuda a dar banho no filho e a também sabe mexer no respirador, o aparelho mais importante para Caique.
A única maneira de Caique voltar para casa é com um serviço de home care, para que ele tenha com aparelhos respiratórios e atendimento de enfermeiras 24 horas por dia. “Ele não tem como sair do hospital até conseguir um tratamento na casa dele, sempre vai precisar desses cuidados. Sempre vai necessitar desse carinho. A gente já teve outros casos, que já foram para casa”, falou a médica Flavia.
No último mês, eles conseguiram, com muito esforço financeiro, fazer um plano de saúde para o menino. “Daqui a seis meses vamos tentar trazer o homecare. O plano de carência de dois anos, mas vamos tentar. Por meio do Estado não é tão fácil quanto parece. Se Deus quiser, a gente há de conseguir logo”, disse.
Enquanto isso, ele se esforça todos os dias para alegrar o filho e fazer do hospital, um lugar considerado inóspito, muito mais agradável para ele e Caique. Além disso, conversa com outras mães e pais que tem filhos com a mesma doença de Caique para buscar forças e seguir em frente. Neste dia dos pais, Genival irá passar parte do dia em casa com Paulo Henrique e depois segue para o hospital para ficar com Caique.
“Para mim é normal, muita gente pergunta. A gente aprende, se adapta com as coisas ou, então, entra em parafuso. Tem horas que bate o desespero, mas levanto a cabeça, graças a Deus. Não me sinto especial. Eu conheço mães com a mesma dificuldade. Espero que ele (Caique) continue bem, que não piore e que ano que vem eu traga ele para casa. A patologia dele precisa de alguém cuidando dele. A minha vida vai ser ele. O que desejo é um dia chegar do meu trabalho e ver meus dois filhos na minha casa, um do lado do outro”, disse. Fonte: http://g1.globo.com
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A liminar foi concedida pelo juiz federal João Augusto Carneiro Araújo, na noite da última segunda-feira(8).
O departamento jurídico do comitê fez um pedido de reconsideração, que é um agravo de instrumento, para tentar derrubar, mas não conseguiu. Segundo o Rio-2016, um novo recurso será tentado, agora em segunda instância.
No último sábado (6), a Polícia Militar de Minas Gerais retirou 12 torcedores das cadeiras do Mineirão durante partida entre Estados Unidos e França, pelo torneio feminino de futebol, por conta de um protesto político contra o presidente interino Michel Temer.
Na cerimônia de abertura, Temer tentou, mas não escapou das vaias do público. A organização do evento tentou poupar o presidente de apupos. Seu nome não foi anunciado em nenhum momento da cerimônia –mesmo quando estava previsto no roteiro oficial. Ele não escapou das vaias quando declarou os Jogos abertos.
A lei olímpica e as regras internas da competição vetam qualquer tipo deintervenção política ou religiosa nas instalações esportivas. No último domingo, o Comitê Rio-2016 havia se pronunciado e apoiou a decisão da Polícia Militar no Mineirão.
Logo depois do pronunciamento do Comitê Rio-2016, um voluntário decidiu abandonar a Olimpíada em protesto ao posicionamento do Comitê Olímpico Internacional e do Comitê Organizador de não permitirem manifestações políticas nas arenas esportivas.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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Grazi nos bastidores de "A Lei do Amor", em que vive uma ex-garota de programa. Grazi nos bastidores de "A Lei do Amor", em que vive uma ex-garota de programa
As gravações de "A Lei do Amor", substituta de "Velho Chico" que estreia dia 3 de outubro na Globo, serão realizadas inteiramente no Brasil, principalmente no eixo Rio-São Paulo. Os trabalhos estão acontecendo a toque de caixa, movimentando nomes como Otávio Augusto, Reynaldo Gianecchini, Cláudia Abreu, Denise Fraga, Isabela Santonni, Vera Holtz, José Mayer, Thiago Lacerda, Tarcísio Meira, Camila Morgado, Emanuelle Araújo, Grazi Massafera, Renato Góes, Humberto Carrão e Heloísa Périssé.
Até em função dos altos gastos que as viagens com equipes para o exterior acarretam, cada vez mais nossas emissoras de TV estão centralizando as ações de suas tramas no Brasil.
Gravações lá fora, só em casos excepcionais.
E na "Lei do Amor" que vem por aí, a Grazi vai interpretar Luciane, uma ex-garota de programa, casada com Hércules (Danilo Grangeia), filho de Fausto (Tarcísio Meira) e Magnolia Leitão (Vera Holtz). Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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Quem gosta de viajar sabe que não são só as paisagens deslumbrantes ou a culinária exótica fazem a experiência inesquecível. O contato com a cultura local por meio da interação com o povo nos abastece a memória afetiva.
A Tailândia, por exemplo, me marcou mais pela simpatia com a qual seu povo recebe turistas do que pela comida, maravilhosa, que eu posso encontrar a poucas quadras de casa. Não conheço povo mais sorridente.
No Japão, lembro-me de estar perdida numa enorme estação de trem, sem saber onde era a saída certa. Duas japonesas se ofereceram para me acompanhar. Uma quis carregar minha mala, o que obviamente não permiti. Só sei dizer "obrigada" em japonês, mas esse tipo de atitude se repetiu ao longo de duas semanas. Não sei se gostei mais do Japão ou dos japoneses.
Foi uma surpresa desagradável ver o post de uma moradora do Rio, que se recusou a ajudar um gringo, mesmo sabendo falar inglês. "You're in Rio for the Olimpic (sic) Games and does not speak Portuguese? Please... Segue em frente e vira a (sic) direita que tu chega no metrô! Gringo tá no Rio e eu tenho que falar inglês?"
Apesar de ter sido bastante criticada, a atitude foi comemorada massivamente. Antes de ser deletado, o post tinha mais de 72 mil likes, hahahas e coraçõezinhos. "Eles que aprendam português." "Rindo alto." "Mitou." "Pedala, gringo." "Vai, malandro, rala o peito."
Cai mais uma vez o mito do brasileiro cordial. Essa lenda de que somos o povo mais hospitaleiro do mundo. Vemos todos os dias que temos entre nós machistas, homofóbicos, racistas, xenófobos. Tem gente boa e ruim aqui, como no mundo todo. E a intolerância dá as caras das formas mais brutais às mais ignorantes.
Nós nos recusamos a dar informações a quem precisa, cobramos R$ 250 numa corrida de táxi do aeroporto, vaiamos a delegação da Argentina na abertura da Olimpíada e nossos oponentes nas arenas, xingamos atletas em redes sociais, chamamos Rafael Nadal de "maricón".
Mas nem todos somos assim. Queria encontrar o gringo hostilizado e dizer que boa parte do brasileiros se desdobra para se comunicar, que abre as portas de casa pra desconhecidos, que aplaude em pé a delegação de refugiados, que toca "Dança do Ventre", do É o Tchan, para as egípcias se sentirem em casa. É o brasileiro afetuoso e o da zoeira light.
Lembro na abertura quando uma chinesa disse que a melhor coisa do Brasil é o brasileiro. Contou que estava perdida no Maracanã e uma boa alma largou o que estava fazendo para ajudá-la.
Que até o fim da Olimpíada e, sempre, nossos visitantes tenham a sorte de encontrar mais brasileiros generosos do que esse tipo esperto, egoísta e hostil que se recusa a ajudar o próximo. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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Vítimas contaram à polícia que foram rendidas por quatro homens armados. Elas caminhavam pela floresta rumo ao Pico da Tijuca.
Um grupo de 11 pessoas foi assaltado na tarde deste sábado (13) na Floresta da Tijuca, no Rio. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas contaram terem sido rendidas por quatro homens armados na trilha do Pico da Tijuca.
O grupo era formado por nove brasileiros e dois estrangeiros. O Comando de Policiamento Ambiental e policiais militares fizeram buscas para tentar localizar os assaltantes, mas nenhum suspeito foi encontrado.
Procurado pelo G1, o Parque Nacional da Tijuca não se posicionou sobre o ocorrido. O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca).
Fonte: http://g1.globo.com
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Frota panorâmica para apreciar a cidade vai funcionar a partir de segunda-feira
RIO - Quem está no Rio a passeio, ou quer conhecer um pouco mais da Cidade Maravilhosa, terá uma nova opção a partir de segunda-feira. Quatro ônibus panorâmicos, um deles com dois andares, circularão por alguns dos principais pontos turísticos da Zona Sul e do Centro. O local de partida é a Praça General Osório, em Ipanema, de onde os coletivos do Sightseeing Rio — um serviço oficial da Rio Ônibus em parceria com a Riotur — seguirão até a Praça Mauá.
Com o início de operação durante a Olimpíada, o serviço promete ser um legado para o turismo, a exemplo do que já ocorre em cidades como Londres, Madri e Buenos Aires. Todas as viagens serão acompanhadas de guias, que falarão em português e inglês. Os ônibus vão circular com intervalos de 40 minutos, e uma pulseira vai permitir o embarque e o desembarque do passageiro quantas vezes ele quiser no mesmo dia. O Museu de Arte Moderna (MAM), a Praça Quinze e a Igreja da Candelária são algumas das atrações no trajeto. Quem preferir fazer todo o percurso sem deixar o conforto do ônibus pode aproveitar uma parada especial na base do bondinho do Pão de Açúcar.
A primeira viagem começará às 8h, na Praça General Osório, e a última partida será às 18h. De acordo com a Rio Ônibus, o maior veículo da frota, o double deck, tem dois andares e capacidade para 71 passageiros e é sem capota. Já os outros três, do tipo frescão, contam com janelas panorâmicas e transportam até 50 pessoas.
Uma sinalização especial vai identificar os pontos de parada do Sightseeing Rio. O passe custará R$ 80 e só será vendido nos ônibus. O pagamento poderá ser feito em dinheiro e cartões. Crianças de até 7 anos terão direito a gratuidade. O trajeto completo passa por Praia de Copacabana, Pão de Açúcar, Enseada de Botafogo, Parque Carmem Miranda, Casa Julieta de Serpa, Castelinho do Flamengo, Glória, MAM, Praça Quinze, Candelária, Praça Mauá, Cais do Valongo, Praça Tiradentes e Lapa.
Fonte: http://oglobo.globo.com
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Os maiores e melhores do mundo estão competindo no Rio de Janeiro, mas fora das quadras há imagens de arquibancadas com apenas "reles grupos de espectadores".
Assim os jornais estrangeiros descrevem uma situação que tem intrigado também os internautas nas redes sociais, que se perguntam: por que há tantos assentos vazios na Rio 2016? "A Olimpíada começou, mas tem alguém assistindo?", ironiza o site Mashable. A reportagem é publicada por BBC Brasil, 10-08-2016.
"Cidade-fantasma: Atletas da mais alta categoria estão competindo em um palco mundial, então por que tantos assentos vazios?", questiona o tabloide britânico The Sun, o mais lido do Reino Unido. "A Olimpíada que ninguém viu", tuitou o usuário americano Mike Sington. "Vôlei de praia e superstar da NBA (a liga americana de basquete) jogando para cadeiras vazias."
Desde o início dos Jogos, apenas a cerimônia de abertura lotou, afirmaram os organizadores do megaevento. O porta-voz do comitê organizador da Rio 2016, Mário Andrada, disse à agência Reuters que foram vendidos 82% dos ingressos disponíveis, ou 5 milhões de entradas.
"Ainda temos 1,1 milhão de ingressos para vender", disse Andrada, notando que os brasileiros são conhecidos por comprar entradas para eventos com pouca antecedência.
História mais complicada
Mas seria essa toda a história? A imprensa estrangeira tem feito esforços para investigar. O correspondente da BBC no Rio, Wyre Davies, percorreu os locais de competição - muitos dos quais são de difícil acesso, como o Parque Olímpico na Barra. "A maioria desses espectadores precisaria ter pegado dois ônibus ou trens, caminhado mais um quilômetro e agora estão em uma fila enorme, do lado de fora, para entrar antes de ver sequer qualquer ação olímpica", conta o repórter.
Outro fator é a baixa popularidade de grande parte dos esportes olímpicos no país. Nesse quesito, os organizadores dizem, porém, que as vendas de ingressos melhoraram desde o ouro de Rafaela Silva no judô.
"Não tem nada melhor para as vendas de ingressos que quando o país ganha seu primeiro ouro", disse Andrada à agência Press Association. Segundo a PA, os 5 milhões de ingressos vendidos até agora no Rio equivalem à metade dos vendidos em Londres 2012. As histórias assustadores em relação ao vírus da Zika e a criminalidade também podem ter afetado o entusiasmo dos turistras estrangeiros em ver de perto as competições no Brasil, dizem as reportagens.
Patrocinadores ou escolinhas?
Mas não são apenas esses os grandes fatores a afastar o público da ação na Rio 2016, dizem os jornalistas. "Na verdade, é o desafio enfrentado pelos patrocinadores olímpicos, que recebem toneladas de entradas, muitas das quais - até 43% - não são usadas", previa Ken Hanscom em um artigo escrito em julho para o site HealthZette.
As empresas recebem até 10% do percentual dos ingressos olímpicos, escreve Hanscom. "Em Londres 2012, não houve crise de saúde e ainda assim assistimos a atletas competindo em locais meio vazios, com a cidade procurando uma solução rápida."
De fato, como afirmou Hanscom, a organização de Londres 2012 sofreu críticas semelhantes: enquanto o site oficial de ingressos dizia que diversas competições tinham entradas esgotadas, muitas provas foram realizadas em arenas quase vazias ou repletas de assentos desocupados.
Algumas soluções emergenciais apresentadas pelos organizadores britânicos foram convocar funcionários olímpicos e estudantes locais para preencher os assentos, vender mais ingressos de última hora e criar um sistema pelo qual espectadores que estivessem deixando a arena antes do final das competições do dia pudessem entregar seus ingressos às pessoas que estivessem do lado de fora. E grandes patrocinadores - que tinham em mãos centenas e centenas de ingressos corporativos, muitos dos quais inutilizados - anunciaram à época que cederiam suas entradas por meio de concursos e promoções.
De volta à Rio 2016, na internet, muitos usuários das redes sociais se apressaram em endossar a saída que está sendo considerada pela organização: doar os ingressos não usados para crianças de escolas. "Tantos assentos vazios é uma vergonha de chorar", tuitou um usuário. "Deixem as crianças de escola e clubes de jovens preenchê-los. Inspirem uma geração."
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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