Uma Noite Escura: Um Olhar Carmelitano.
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*Frei Joseph Chalmers, O. Carm.
Em nossa jornada de fé, existem momentos em que somos levados ao deserto. Algumas vezes caminhamos pelo deserto seguindo o chamado de Deus ou apenas nos encontramos lá por força das circunstâncias. O deserto é árido e pode ser um lugar assustador. O que significa tudo isso? Podemos ser tentados a não seguir adiante na jornada porque sentimos que ela não vale toda a dificuldade. Então Deus nos envia um mensageiro (cf. 1Rs 19,4-7). Este mensageiro pode vir de todas as formas e tamanhos. Ele, ou ela, nos encoraja a comer e beber, pois a jornada é longa. Somos encorajados a comer o pão da vida e a beber da fonte do Carmelo, que é a tradição carmelitana, que deu vida a muitas gerações antes de nós. Mas talvez estejamos muito deprimidos para nos darmos conta disso. Então o mensageiro de Deus nos cutuca novamente e nos encoraja a comer e beber. É um grande desafio reconhecer o que Deus está nos dizendo através de nossa vida diária bem como reconhecer a voz de Deus na voz, ou através da voz, de pessoas insignificantes.
Nossa fé, esperança e amor, estas três virtudes cristãs essenciais, estão na origem de nossa jornada, sustentadas no que aprendemos com os outros. Ao continuarmos na jornada, nossas razões humanas para acreditar, para esperar em Deus e para amar como Cristo mandou, começam a esgotar-se. Já não são mais suficientes. Podemos jogar tudo para o alto, porque a jornada é bem precária e o fim é incerto ou também podemos rejeitar o mensageiro e ficar exatamente onde estamos. Ou podemos continuar a jornada dentro da noite (1Rs 19,4-7). Um elemento essencial em nossa jornada em direção à transformação é a noite escura. Esta noite nunca teve a intenção de ser algo sombrio ou impossível, mas é um convite para que nos libertemos de nosso modo humano e limitado de pensar, amar e agir para que possamos pensar, amar e agir de acordo com os desígnios de Deus (cf. Constituições dos Frades, 17).
João da Cruz nos dá descrições magistrais dos diversos elementos que se seguem para compor a noite, mas não é uniforme para todos. A noite é experimentada pelas pessoas de modos diferentes e é realizada precisamente para ajudar a purificação de cada indivíduo em particular. A noite escura não é uma punição pelo pecado ou pela infidelidade, mas é um sinal da proximidade de Deus. A noite escura é o trabalho de Deus e leva à completa libertação da pessoa humana. Por isso, ela deve ser acolhida apesar da dor e da confusão envolvida. A noite escura pode ser experimentada não apenas por indivíduos mas também por grupos e sociedades (cf. Lm 3,1-24).
A jornada de transformação geralmente dura muito tempo porque a purificação e a mudança que acontecem no ser humano são profundas. Não se trata apenas de uma mudança de idéia ou de opinião. Trata-se de uma completa transformação nos nossos relacionamentos com o mundo ao nosso redor, com as outras pessoas e com Deus. Os índios americanos têm um ditado lembrando que temos de caminhar uma milha no sapato do outro antes de compreendê-lo. Jesus advertiu seus seguidores para não julgarem (Lc 6,37; Rm 14,3-4) e a razão é muito simples: não podemos ver as coisas a partir do ponto de vista de outra pessoa e, portanto, não conhecemos os motivos por trás de suas ações. Contudo, o processo da transformação cristã leva o ser humano em direção a uma profunda mudança de perspectiva, de seu próprio modo de ver as coisas para o modo de Deus vê-las. Isso envolve uma profunda purificação e esvaziamento de tudo que nos prende para que possamos ser preenchidos por Deus.
Essa jornada contemplativa, tanto no nível pessoal quanto no comunitário, purifica nossos corações de modo que possamos ter dentro do nosso coração um espaço real para os outros e que possamos ouvir o clamor dos pobres sem traduzi-lo pelo filtro de nossas próprias necessidades. Então seremos capazes de realizar o desafio formulado pelo papa João Paulo II: “Homens e mulheres consagrados são enviados a proclamar, através do testemunho de suas vidas, o valor da fraternidade cristã e o poder transformador da Boa Nova, que torna possível ver todas as pessoas como filhos e filhas de Deus e inspira um amor auto-doador para todos, especialmente os menores de nossos irmãos e irmãs” (VC 51).
*FR. JOSEPH CHALMERS, O. CARM.
Nascido em Glasgow, na Escócia, em 5 de abril de 1952, e pós-graduado em Direito, Pe. Joseph Chalmers entrou na Ordem Carmelita em 1975. Completou seus estudos filosóficos e teológicos na Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma) com uma licença em espiritualidade que ganhou a Medalha de Ouro do Papa.
Em 1981, um ano antes de terminar seus estudos, Pe. Joseph foi ordenado sacerdote em Glasgow pelo cardeal, o arcebispo Thomas Winning.
De 1995 a 2007, o Pe. José era prior geral de toda a Carmelita. Depois de dois mandatos como Prior Geral ele retured à sua própria província e serviu como Novice Director durante os últimos quatro anos em Aylesford Priory em Kent. Fr. Chalmers recentemente ingressou no Instituto Saint Luke como Diretor de Formação.
Como Prior Geral da Ordem Carmelita entre 1995 e 2007, o Padre Joseph é muito conhecido em toda a Família Carmelita internacional e além. Desde que retornou ao ministério em sua província nativa da Grã-Bretanha, ele publicou uma série de livros mais vendidos, incluindo O Som do Silêncio: Ouvindo a Palavra de Deus com Elias, o Profeta, e Let It Be: Orando as Escrituras em companhia de Maria, a Mãe de Jesus.
Fonte: http://ocarm.org
NOTÍCIAS ATUALIZADAS DO FREI CARLOS MESTERS: Sexta-feira, 14.
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Ontem, quinta-feira 13, o Frei Carlos Mesters, carmelita, foi submetido a um cateterismo cardíaco. O exame apresentou uma pequena fissura no coração que, segundo o médico, já existia a algum tempo.
Tendo em vista um acompanhamento mais de perto, ele ainda continua no hospital. Na segunda, 17, retorna para o Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. As nossas preces para o confrade.
(Com informação do Frei Donizetti Barbosa, Carmelita/Rio)
BRASÍLIA: Missa da Ceia do Senhor-Lava Pés. (2ª Parte).
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AO VIVO: Missa da Ceia do Senhor- Lava Pés- direto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo de Brasília/DF, com Frei João Carlos, Carmelita. No Domingo de Páscoa, Santa Missa com Frei Petrônio de Miranda- AO VIVO- às 16h, nesta Igreja.
*Semana Santa: As consequências da Cruz na vida dos discípulos (1ª Parte)
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Frei Carlos Mesters, Carmelita.
Entre o primeiro e o segundo anúncio, há três complementações que ajudam os discípulos e as discípulas a corrigirem suas ideias erradas sobre Jesus.
1-A Transfiguração (9,2-10).
Na Transfiguração Jesus aparece na glória diante de Pedro, Tiago e João. Junto com Jesus aparece Moisés e Elias, as duas maiores autoridades do Antigo Testamento. Além disso, uma voz do céu diz: “Este é o meu Filho amado! Ouvi-o!”. A expressão “Filho amado” evoca a figura do Messias Servo, anunciado pelo profeta Isaías (cf. Is 42,1). A expressão “Ouvi-o!” (9,7), evoca o profeta prometido no Antigo Testamento, o novo Moisés (Dt 18,15). Com outras palavras, a Transfiguração é uma confirmação das profecias. Os discípulos já não podem duvidar. Jesus é realmente o Messias glorioso, mas o caminho da glória passa pela cruz.
2-Instrução sobre a volta do profeta Elias (9,11-13).
Malaquias tinha anunciado que, antes da vinda do Messias, o profeta Elias devia voltar para preparar o caminho (Ml 3,23-24). O mesmo anúncio estava no livro do Eclesiástico (Eclo 48,10). Como Jesus podia ser o Messias, se Elias ainda não tinha voltado? Esta era uma dificuldade muito séria para os discípulos de Jesus e para os judeus da época em que Marcos escrevia o seu evangelho. Por isso, eles perguntam: “Por que motivo os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?” (9,11). A resposta de Jesus é clara: “Elias já veio e fizeram com ele tudo o que quiseram, conforme dele está escrito” (9, 13). Escrito aonde e o que? Jesus alude à morte violenta de João Batista (cf Mc 6,16.27-28). Nela se realizou a ameaça de morte que Jezabel fez contra Elias, conforme está escrito no livro dos Reis (1 Rs 19,2.10). Com outras palavras, as profecias de Isaías que falam da morte violenta do Messias Servo também se cumprirão.
3-Instrução sobre a necessidade da fé (9,14-29).
Ao descer do Monte, Jesus encontra os discípulos tentando inutilmente expulsar o demônio impuro de um menino doente. Anteriormente, eles tinham sido capazes de expulsar demônios (6,13). Mas, ao que parece, o desencontro crescente entre eles e Jesus tinha enfraquecido sua fé. Jesus teve um desabafo: “Ó geração sem fé! Até quando vou estar com vocês! Até quando vou suportá-los?” (9,19) De volta em casa, os discípulos perguntaram: “Por que não pudemos expulsá-lo?” Jesus responde: “Essa espécie não pode sair a não ser com oração” (9,28-29). Só mesmo a oração fortalece a fé do discípulo a ponto de ela ser capaz de expulsar o demônio e de corrigir as idéias erradas sobre Jesus, o Messias. Pois “tudo é possível àquele que crê!” (9,24)
Entre o segundo e o terceiro anúncio há mais seis complementações sobre a mudança que deve ocorrer na vida do discípulo e da discípula que aceita caminhar com Jesus até o Calvário (9,38 a 10,31). Trata-se de mudanças nos vários níveis do relacionamento humano:
- No relacionamento com os que não são da comunidade, o máxima de abertura: “Quem não é contra nós e a nosso favor” (9,38-40).
- No relacionamento com os pequenos e os excluídos, o máximo de acolhimento: Acolher os pequenos por serem de Cristo, e não ser motivo de escândalo para eles (9,41-50).
- No relacionamento homem-mulher, o máximo de igualdade: Jesus tira o privilégio que o homem tinha com relação à mulher e proíbe mandar a mulher embora (10,1-12).
- No relacionamento com as crianças e suas mães, o máximo de ternura: acolher, abraçar, abençoar, sem medo de contrair alguma impureza (10,13-16).
- No relacionamento com os bens materiais, o máximo de abnegação: “Uma só coisa te falta: vai vende tudo que tens e dá aos pobres” (10,17-27).
- Na relacionamento entre os discípulos, o máximo de partilha: quem deixar irmão, irmã, mãe, pai, filhos, terra por causa de Jesus e do evangelho, terá cem vezes mais (10,28-31).
LUZIÂNIA-GO: Sítio dos Carmelitas-01
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NOTÍCIAS ATUALIZADAS DO FREI CARLOS MESTERS. (Terça-feira, 11. 13h 50min)
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O Frei Carlos Mesters está maravilhosamente bem. Amanhã, quarta-feira, dia 12, às onze, é o horário que ele vai fazer o cateterismo. Ocorrendo tudo normal- É o que esperamos- a noite ele já estará no Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.
Com informações do correspondente do Olhar Jornalístico Rio, Frei Donizetti Barbosa, Carmelita.
SEMANA SANTA: Os três anúncios da Cruz
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Frei Carlos Mesters, Carmelita.
Em cada um dos três anúncios, Jesus fala da sua paixão, morte e ressurreição como sendo parte do projeto de Deus: “O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e depois de três dias ressuscitar” (8,31; cf 9,31; 10,33). A expressão deve indica que a cruz já tinha sido anunciada nas profecias (cf Lc 24,26).
Cada um dos três anúncios da paixão é acompanhado de gestos ou palavras de incompreensão por parte dos discípulos. No primeiro anúncio, Pedro não quer a cruz e critica Jesus (8,32). Jesus reage e chama Pedro de Satanás, isto é, aquele que o desvia do caminho de Deus (8,33). No segundo anúncio, os discípulos não entendem, têm medo e querem ser o maior (9,32-34). No terceiro anúncio, eles estão assustados, com medo (10,32), e querem promoção (10,35-37). É porque nas comunidades para as quais Marcos escreve o seu evangelho havia muita gente como Pedro: não queriam a cruz! Eram como os discípulos: não entendiam a cruz, tinham medo ou queriam ser o maior; viviam assustados e queriam promoção.
Cada um dos três anúncios traz uma palavra de Jesus que critica e corrige a falta de compreensão dos discípulos e ensina como deve ser o comportamento deles. No primeiro anúncio, ele exige: negar-se a si mesmo, carregar a cruz e segui-lo, perder a vida por causa dele e do evangelho, e não ter vergonha dele e da sua palavra (8,34-38). No segundo, exige: fazer-se servo de todos, e receber as crianças, os pequenos, como se fossem ele mesmo, Jesus (9,35-37). No terceiro, exige: beber o cálice que ele vai beber, não imitar os poderosos que exploram, mas sim imitar o Filho do Homem que não veio para ser servido, mas para servir (10,35-45).
Em dois dos três anúncios Jesus pede silêncio. Ele parece não querer publicidade (8,30; 9,30). A mesma preocupação ele mostra depois da Transfiguração (9,9). Estas ordens de silêncio aos apóstolos tem a ver com a variedade que havia na esperança messiânica. O povo não tinha condições de aceitar um condenado à cruz como o Messias, pois a ideologia dominante só divulgava a imagem do Messias glorioso: rei, doutor, juiz, sacerdote, general! Ninguém se lembrava do Messias servidor e sofredor, anunciado por Isaías! Só mesmo quem decidisse caminhar com Jesus na mesma estrada do compromisso com os pequenos em vista da realização do Reino seria capaz de aceitar o Crucificado como o Messias. Só a prática poderia abrir para o anúncio!
Abre parêntesis. Antes disso, em três outras ocasiões, Jesus já tinha imposto silêncio aos demônios (1,25; 1,34; 3,12) e, três outras vezes, tinha dado ordem aos que foram curados de não divulgar a cura (1,44; 5,43; 7,36; 8,26). Mas nestes casos, o significado da ordem do silêncio é outro. Jesus pede silêncio, mas obtem o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa Nova se espalha (1,28.45; 3,7-8; 7,36-37). A força da Boa Nova é tão grande que ela se divulga por si mesma! Aliás, é só três ou quatro vezes que Jesus pede silêncio aos curados. Nas muitas outras vezes, não o pede. Uma vez até pediu publicidade (5,19).
NOTÍCIAS ATUALIZADAS SOBRE O FREI CARLOS MESTERS: Domingo, 9. (8h 20min).
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Na última sexta-feira dia 7, na cidade de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, o confrade, Frei Carlos Mesters sofreu um infarto e se recupera bem. Ontem, sábado dia 8, foi transferido de Angra dos Reis para o Hospital do Carmo na cidade do Rio de Janeiro. Nas próximas horas ele será transferido para um outro hospital onde será submetido a um cateterismo cardíaco- procedimento realizado com o objetivo de diagnosticar ou tratar doenças cardíacas.
As nossas preces para o confrade
DOMINGO DE RAMOS: Um olhar do Frei Jorge Van Kampen, O. Carm. In Memoriam.
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Após uma pregação do Evangelho de três anos Jesus entra em Jerusalém pela terceira vez. Com muito jubilo e alegria foi recebido. Parecia, que todos começavam a reconhecer a finalidade sublime da missão de Jesus. Mas reconhecimento e descaso andam juntos. Numa semana acontecem fatos dolorosos em torno de Jesus.
De fato a mensagem da Salvação de Jesus trazem sofrimento e desprezo para alcançar a nossa Salvação. Jesus tinha consciência da sua morte na cruz, mas não quis fugir dela. Ele não procurou fama ou honrarias. Jamais se desviou das ameaças e violências, nem da morte.
A Semana Santa vai provar a Sua decisão. Jesus era fiel à Palavra de Deus Pai, que Ele anunciava com toda a firmeza. Esta Palavra o chamou também à fidelidade total e radical; vai até a morte da cruz. Jesus não escondeu este caminho aos seus discípulos, quando os convidou a tomar a sua cruz e segui-lo. Por isso o Domingo de Ramos não é o fim. Jesus mesmo há de dizer a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo”. O Reino de Jesus é o Reino de Deus, onde há lugar para todas as pessoas, que O querem bem.
A morte de Jesus parecia o fim da novela. A última cena: uma mãe em pranto. Algumas amigas dela com aromas. Em um dos canais, a novela termina com um dos amigos de Jesus, pendurado numa árvore. Em outro canal a última cena mostra um soldado romano, que sob o impacto do acontecimento brada em alta voz: ”Este homem é realmente o filho e Deus”. Mas ninguém tomava a sério este grito, sob o impacto do engano do engano. Ele que salvou outros, não podia salvar-se a se mesmo. Coitado! Grita ainda por Elias. Os graúdos, ao pé da cruz, tiveram dó de tanta ingenuidade. E mesmo sem a ressurreição a gente nem teria sabido, que Jesus de Nazaré era realmente durante todo o tempo da Sua vida, o Filho de Deus.
Matando Jesus, tentavam-se destruir Jesus como um ídolo a imagem de Deus vivo, que ele pregava. Ressuscitando-o da morte, Deus o colocou no meio de nós, como imagem de Deus verdadeiro, e quebrou todas as nossas imagens de Deus como ídolos vãos.
Celebrar a Semana Santa é converte-se dos ídolos vãos ao Deus vivo e verdadeiro, que quer abrir os olhos, para que morra em nós o homem velho e nasça o homem novo. Este sabe que, quando ele vive e morre com Jesus e como Jesus, será com Ele ressuscitado. Devemos, pois, desconfiar profundamente de uma Semana Santa, cujo ponto culminante e final, é o descimento da cruz e a procissão do Senhor Morto. Para os fariseus, escribas, anciãos e sumos sacerdotes era esse o fim. Para nós o Senhor Ressuscitado, a quem devemos nos converter para encontrar-nos com aquele Deus, que o tirou do túmulo e o fez sentar à Sua direita no céu.
NOTÍCIAS ATUALIZADAS SOBRE A SAÚDE DO FREI MESTERS (Sábado 8. 23h 10min)
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O Frei Carlos Mesters, carmelita, já se encontra no Hospital do Carmo, aqui na cidade do Rio de Janeiro. Nas próximas horas ele será transferido para um outro hospital onde será submetido a um cateterismo cardíaco- procedimento realizado com o objetivo de diagnosticar ou tratar doenças cardíacas. As nossas preces ao confrade.
NOTÍCIAS ATUALIZADAS DO FREI CARLOS MESTERS (Sábado 8. 15h :55min).
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O Frei Carlos Mesters, Carmelita, está sendo transferido neste momento da CTI de Angra dos Reis para a cidade do Rio de Janeiro. Ele sofreu um infarto ontem no Convento do Carmo de Angra. Mais informações nas próximas horas aqui no Olhar.
AS NOSSAS ORAÇÕES PARA O FREI CARLOS MESTERS, CARMELITA.
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Ontem, (sexta, dia 7) na cidade de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, o confrade, Frei Carlos Mesters, sofreu um infarto e se recupera bem. As nossas orações. Mais informações nas próximas horas.
*7 PASSOS DE JESUS: SEXTA FEIRA DO TRIUNFO.
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(SEXTA FEIRA, ANTES DA SEXTA FEIRA DA PAIXÃO)
ACOMPANHANDO OS 7 PASSOS DE JESUS, RUMO À RESSURREIÇÃO.
Frei Victor Kruger, O. Carm.
1- ACOLHIDA / ABERTURA DA CELEBRAÇÃO.
(Cel- Celebrante. T- Todos. C- Comentarista. L1- Primeiro Leitor. L 2º- Segundo Leitor).
COMENTÁRIO INICIAL:
1-Hoje celebramos de modo especial, o sofrimento, a incompreensão, a prisão, a tortura e a morte de Jesus.
Ele foi vítima das pessoas que se sentiam ameaçadas em seus privilégios pelas palavras e pelo modo de agir de Jesus
1-Então se armaram contra Ele e o maltrataram até a morte e morte de cruz.
- A cruz de Jesus mostra o mal que existe no mundo. Mostra toda a violência da mentira, da injustiça e da exploração contra a vida.
1-E essa violência se manifesta ainda hoje na cruz pesada do nosso povo.
- Eis o que significa a cruz de Jesus Cristo: Jesus não morreu para exaltar o sofrimento. Ele aceitou a cruz para ser fiel à sua missão e para não trair a verdade que viveu e pregou.
CAMINHANDO E ACOMPANHANDO JESUS ATRAVÉS DOS ÚLTIMOS 7 PASSOS TRIUNFANDO SOBRE A MORTE.
CANTANDO:
Eles queriam um grande rei que fosse forte dominador e por isso não creram nele e mataram o Salvador. ( bis )
1º- NO PRIMEIRO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS NO HORTO DAS OLIVEIRAS.
O SENHOR DA AGONIA
Cel. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!
- Porque pela vossa Santa cruz remiste o mundo!
- O quê se passa no íntimo de Jesus? Uma luta dramática em que entra em confronto a companhia e a solidão, o medo e a serenidade, a coragem de continuar o Projeto de Deus até o fim e a vontade de desistir e fugir.
A oração é a fonte que reanima nosso projeto de vida, segundo a vontade de Deus.
L1-. LENDO MARCOS 14, 32 - 42
REFLEXÃO
Cel. Senhor Jesus! Na vossa agonia experimentastes o mais intenso sofrimento e, diante da provação acolhestes sem reservas a vontade do Pai.
Concedei a nós vossos servos a graça de aceitar tudo, de suportar tudo, de confiar tudo, fazendo de nossa vida um ato contínuo de acolhida da vontade do Pai. Amém!
CANTANDO:
Eu vim para que todos tenham vida! Que todos tenham vida plenamente! ( bis )
2º- NO SEGUNDO PASSO CONTEMPLAMOS A PRISÃO DE JESUS.
Cel. Nós vos adoramos ...
1-Um dos discípulos se alia ao poder repressivo das autoridades e trai Jesus com um gesto de amizade. Todos fogem e Jesus fica sozinho e preso.
Aquele que realiza o projeto de Deus e atrai o povo é considerado pelos poderosos como bandido perigoso.
L2- LENDO MARCOS 14, 43 – 46 . 53
REFLEXÃO.
Cel. Senhor Jesus! Vós viestes não para condenar, mas para salvar, não para aprisionar, mas para libertar.
Infundi em nós a vossa serenidade, a fim de que possamos enfrentar as grandes lutas de nossa vida, sem ódio e sem violência. Amém!
CANTANDO:
Tu és Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará! ( bis )
3º- NO TERCEIRO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS ATADO À COLUNA E FLAGELADO.
Cel. Nós vos adoramos ...
L 1- O OLHAR DO PROFETA ISAIAS:
Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. (Is 53, 4-5)
1-A flagelação de Jesus é ao mesmo tempo, uma covardia do sistema injusto de Pilatos e também já anuncia um julgamento premeditado.
L2. LENDO JOÃO 18, 28 – 19, 1
REFLEXÃO
Cel. Senhor Jesus! Inspirai em cada um de nós a consciência de nossa fragilidade. Fazei-nos dignos do carinho e da confiança que depositastes em nós quando decidimos trilhar o caminho do Evangelho. Amém!
CANTANDO:
Entre nós está e não o conhecemos entre nós está e nós o desprezamos. (bis)
4º- NO QUARTO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS ESCARNECIDO E COROADO DE ESPINHOS
Cel. Nós vos adoramos ...
- Revestido com todos os sinais de poder: manto de púrpura, coroa, cetro e adoração, Jesus é motivo de zombaria.
L1. LENDO JOÃO 19, 2 – 3
REFLEXÃO
Cel. Senhor Jesus! Zombado por todos como caricatura de rei; no entanto, quando retoma suas próprias vestes se revela como verdadeiro rei, aquele que entrega sua vida para salvar seu povo.
Que Tu sejas para nós: caminho, verdade e vida para nos tornar imensamente felizes. Amém!
CANTANDO:
No peito eu levo uma cruz e no meu coração o que disse Jesus. ( bis )
5º NO QUINTO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS APRESENTADO AO POVO POR PILATOS. EIS O HOMEM!
Cel. Nos vos adoramos ...
- O dilema de Pilatos é o mesmo do homem de hoje, dependente do sistema capitalista injusto e violento. Ou arrisca sua posição de poder, ou sacrifica o inocente.
L1. LENDO JOÃO 19, 4 - 7
REFLEXÃO
Cel. Senhor Jesus! Que Tu sejas para nós a força que nos sustenta na tentação, a mão que nos reergue no momento da queda e o bálsamo que alivia nossas chagas, afim de que perseveremos até o fim. Amém!
CANTANDO:
Prova da amor maior não há! Que doar a vida pelo irmão! ( bis )
6º NO SEXTO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS CARREGANDO A CRUZ ÀS COSTAS.
O SENHOR DOS PASSOS.
Cel. Nós vos adoramos ...
- A cruz é o trono de onde Jesus exerce sua realeza. Ele não esta só, mas é a motivação daqueles que o seguem, aqueles que dão a vida como Ele “ para que todos tenham vida“.
L2. LENDO JOÃO 19, 16 – 18
REFLEXÃO
Cel. Senhor Jesus! Nós te contemplamos carregando a cruz e Te reconhecemos como nosso Deus.
Aceitando a cruz, Jesus nosso Salvador aponta para a vida nova, para um mundo mais humano e para a libertação dos males que oprimem homens e mulheres. Amém!
CANTANDO:
Sou bom pastor ovelhas guardarei, não tenho outro ofício nem terei! Quantas vidas eu tiver eu lhes darei!
7º NO SÉTIMO PASSO CONTEMPLAMOS A CRUCIFIXÃO E MORTE DE JESUS.
Cel. Nós vos adoramos ...
- Jesus está completamente só. Seu corpo está reduzido a uma fraqueza extrema. Contudo, até o fim Ele permanece fiel e consciente de sua entrega.
L1. LENDO JOÃO 19, 28 – 30
REFLEXÃO
Cel. Senhor Jesus! Tu não Te apegaste a tua condição divina, mas como homem te esvaziaste por inteiro, assumindo a condição de servo, humilhando-se até a morte e morte de cruz.
Ensina-nos a dizer diante de cada angustia de nossa vida: “ Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito”.
CANTANDO:
Vitória, tu reinarás! Ó cruz tu nos salvará! ( bis)
8-CONCLUSÃO- DIANTE DO SACRÁRIO
L2. LENDO 1 Cor 15, 1 - 8
REFLEXÃO
Cel. Celebrando os últimos 7 Passos de Jesus rumo à Ressurreição sentimos quanto e fraco é ainda nosso amor, apesar de entendermos um pouco melhor o sofrimento dos outros. Acreditamos que não há morte sem Ressurreição; essa é a razão de nossa fé!
- A VIDA TRIUNFA SOBRE A MORTE!
Cel. Introdução ao... Pai nosso que estais ...
CANTANDO:
Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há!
Mas eu bem sei que o meu futuro está nas mãos do meu Senhor que vivo está.
Cel. Avisos / Despedida / Pedido de bênção.
*“ Desde meados do Sec. XVII, os carmelitas introduziram na Colônia a devoção da Via Crucis ou 7 Passos, em que se representava o drama da Paixão através de quadros ou Estações. Essa devoção passou a ser representada inicialmente através de uma Procissão que se realizava na SEXTA-FEIRA anterior à Semana Santa, designada também como SEXTA FEIRA do TRIUNFO.
No Sec. XIX Thomas Ewbank ainda pôde assistir a essa Procissão promovida pelos carmelitas, e que iniciava com o Quadro representando a Oração de Cristo no Horto das Oliveiras. Em São Paulo, ao que consta, a primeira Procissão desta Via Crucis foi realizada em 1681.”
Bibliografia
Riolando Azzi in A Teologia Católica na Formação da Sociedade Colonial Brasileira. Ed. Vozes, pg 197.
ELES QUERIAM UM GRANDE REI
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ELES QUERIAM UM GRANDE REI
Os Freis; Petrônio de Miranda- Do Convento do Carmo da Lapa/RJ e Victor Krüger- Do Convento do Carmo de Salvador/BA (Atualmente e tratamento de saúde em Jaboticabal, São Paulo- Canta a música; Eles queriam um grande Rei. Música tradicional da Semana Santa. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 7 de abril-2017. DIVULGAÇÃO: www.olharjornalistico.com.br
LETRA.
Eles queriam um grande rei
que fosse forte e dominador,
e por isso não creram Nele
e mataram o Salvador. (BIS)
1- Quantos surdos que escutaram,
quantos cegos que enxergaram,
quantos coxos que andaram...
Só eles não enxergaram.
2- Quantas pessoas de má vida
se converteram e aceitaram
no que viram e ouviram...
Só eles o rejeitaram!
3- Quantos vinham lhe escutar
e escreveram, pra não esquecer,
que falava brilhantemente
como a luz do amanhecer!
4- Jesus Cristo aceita o homem
que se entrega inteiramente;
não aquele apegado ao mundo
que hora é frio, outra hora é quente.
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