*Paulo VI na mesinha de cabeceira de Romero
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Não existe somente o destino comum de “beatos” – apenas proclamado o primeiro, próximo de o ser o segundo – unindo Paulo VI e Oscar Arnulfo Romero. Como sublinhou o jornal salvadorenho El Faro, sua ligação foi também e sobretudo uma relação humana de longa data que remonta aos anos quarenta – quando Romero estudava em Roma – e que duraria até a morte do Papa Montini.
Há quem sustenta que Paulo VI fosse desconfiado ante o sacerdote latino-americano: demasiado próximo à Teologia da Libertação, de qualquer modo demasiado incômodo. Mas, não deve ter sido precisamente assim, caso se considere que foi precisamente Montini que nomeou Romero arcebispo de El Salvador, em 1977.
Eles se viram pela última vez aos 21 de junho de 1978, um mês e meio antes da morte do Papa. Dom Oscar Romero, em seu diário, recordou aquele encontro com particular afeto. O Papa foi com ele “cordial, generoso, a emoção daquele momento não me permite recordar palavra por palavra”. Montini lhe disse: “Compreendo o seu difícil trabalho. É um trabalho que pode não ser compreendido, necessita de muita força e paciência. Também sei que nem todos pensam como você no seu País; proceda com coragem, com paciência, com força, com esperança”. Prometeu, além disso, de rezar pela causa de Romero: “Me prometeu que rezará por mim e pela minha diocese. E me pediu que faça todo esforço pela unidade”...
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*O Papa Francisco tem dois anos para mudar a Igreja
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A gente se entusiasmou demasiado cedo na metade do percurso do Sínodo vaticano sobre a família. No final, os conservadores foram vencidos. Mas, o Papa Francisco ainda não disse a última palavra. Ele ainda tem dois anos para impor uma mudança de linha sobre os homossexuais e sobre os divorciados redesposados.
O comentário é de Henri Tincq, jornalista francês, que por longos anos era o responsável pela cobertura dos assuntos do Vaticano no jornal Le Monde, em artigo publicado no sítio francês Slate, 20-10-2014. A tradução é de Benno Dischinger.
Aqueles que pensavam na “grande noitada” da Igreja católica sobre os problemas do divórcio e da homossexualidade voltarão decepcionados. Na imprensa e nos ambientes progressistas as pessoas se entusiasmaram demasiado cedo com a leitura do relatório intermediário deste sínodo dos bispos sobre a família que tanto deu a falar no Vaticano e que retomará os trabalhos daqui a um ano. Sobre os temas sensíveis sobre o matrimônio e o sexo a Igreja está a tanto tempo em ruptura com a sociedade moderna que era muito imprudente crer numa mudança de rota ditada pelas recentes evoluções de costume ou pelos “Diktats” de uma opinião pública progressista. A Igreja não é deste mundo...
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*HISTÓRIA DE SAN GENNARO: Biografia.
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(Relíquias de San Gennaro. Nápoles, Itália. Foto: Frei Petrônio de Miranda, O.Carm)
Por volta do ano de 305, San Gennaro era diácono da igreja da cidade de Miseno Sosio e depois foi Bispo em Benevento, cidade da região de Campânia, próxima a Nápoles (Italia), quando sofreu perseguição por parte do imperador romano Diocleciano. A tradição conta que o Santo foi reconhecido e preso pelos soldados do governador de Campânia quando se dirigia à prisão para visitar os cristãos detidos, sendo morto decapitado...
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*Paulo VI, atual como poucos outros
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É realmente sem sentido considerar casual que a beatificação de Paulo VI ocorra somente algumas horas após a conclusão da primeira fase de um Sínodo que sobre temas centrais não consegue exprimir uma maioria adequada. Talvez Paulo VI seja tratado como o “Papa esquecido”, porque é absolutamente atual. Um pouco esta absoluta atualidade emergia já com o fato de que, a querer sua beatificação fosse um Pontífice, Francisco, cuja biografia é por tantos aspectos muitíssimo distante daquela de João Batista Montini. A reportagem é de Luca Diotallevi, publicada pelo jornal Corriere della Sera, 20-10-2014. A tradução é de Benno Dischinger...
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*Sínodo: o caso dos cardeais que não cumprimentam o papa
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Os maus humores permanecem. Agitam-se sob a superfície. Imperceptíveis como movimentos telúricos registrados com o sismógrafo. Nuances. Como o fato de que nesse domingo, ao término da missa de beatificação de Paulo VI, no adro de São Pedro, nem todos os cardeais presentes esperaram para cumprimentar Francisco. A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada no jornal Il Messaggero, 20-10-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Geralmente, isso ocorre. Os purpurados colocam-se em fila, esperando pacientes a sua vez para dar uma palavra de apoio ao pontífice, um aperto de mão, uma frase de circunstância, uma frase sussurrada por um pedido.
Nesse domingo, isso não ocorreu, alguns cardeais fugiram antes, mas se celebrava um momento importante, o fim do Sínodo sobre a família, um caminho in itinere ao qual é pedida a contribuição de todos...
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A PALAVRA DO FREI SÍLVIO FERRARI, Nº 02: São Paulo, Apóstolo.
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Basílica de São Paulo Extramuros
A Basílica de São Paulo Extramuros, (Basilica di San Paolo fuori le mura) ou Basílica de São Paulo Fora de Muros é, em dimensões, a segunda maior basílica católica de Roma, só superada pela Basílica de São Pedro na Cidade do Vaticano. É uma das quatro basílicas patriarcais. O Cardeal James Michael Harvey é o atual Arcipreste da basílica, nomeado em 2012, pelo Papa Bento XVI.
A Basílica de São Paulo Extramuros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fuori le mura (fora do muros, extra-muro).
No local onde foi erguida a basílica, reza a tradição, é onde o apóstolo Paulo, ao qual é dedicada a igreja, foi sepultado e o túmulo do santo se encontra debaixo do altar maior, dito altar papal. Por esta razão houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, faz parte do itinerário jubilar para obter-se indulgência e ver celebrar a abertura da Porta Santa.
A construção que tem 131,66 m de comprimento, largura 65 m e altura 29,70 m, é imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as quatro basílicas patriarcais de
Roma. A atual basílica é uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica paleocristã do tempo de Constantino. A basílica, e todo o complexo anexo, como o claustro e o mosteiro, não fazem parte da República Italiana, mas são propriedades da Santa Sé.
Túmulo de São Paulo
Desde 2002 foram efetuadas escavações arqueológicas na basílica que em 2006 encontraram um túmulo de baixo do altar-mor da basílica. O túmulo - que já em 390 se acreditava ser de São Paulo - tem inscrita a frase "PAULO APOSTOLO MART" (Paulo, apóstolo mártir), apresenta uma abertura e foi encontrado entre os dois templos que foram construídos um sobre o outro. A lápide sepucral que traz o nome PAULO possui três orifícios, um redondo (que não altera a inscrição) e dois quadrados. Eles se ligam a um pequeno escoadouro conectado ao túmulo, e lembram o costume romano, depois cristão, de derramar perfumes nos túmulos. Essa lápide dos séculos IV-V, muito provavelmente, é testemunha de um culto anterior à grande construção de 3861.
Durante as reformas mais recentes, foi aberta uma grande janela sob o altar papal, para que os fiéis possam ver o túmulo do Apóstolo1. O Papa Bento XVI autorizou o estudo científico do achado. Apesar de não ter sido aberto, foi feito um pequeno orifício e as investigações feitas com recurso a uma microcâmara, que recolheu várias partículas e fragmentos, confirmam que tratar-se de um túmulo datado dos séculos I e II.
O exame do carbono 14 a fragmentos de osso confirmou que se trata de uma pessoa que viveu entre o século I e II, tendo o papa referido que "isso parece confirmar a tradição unânime e incontestável de que se trata dos restos mortais do Apóstolo Paulo".
Fonte: http://pt.wikipedia.org
Papa Francisco estaria saindo escondido à noite vestido como padre para evangelizar mendigos
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O sentido de proximidade entre a Igreja e os necessitados que o papa Francisco tem tentado transmitir aos fiéis católicos pode ter ganho uma nova dimensão com a informação de que ele mesmo estaria indo às ruas de Roma à noite evangelizar mendigos.
O arcebispo Konrad Krajewski, um dos mais próximos ao pontífice, deixou escapar recentemente que o papa Francisco estaria acompanhando-o à noite, vestido como um padre comum, em suas jornada de evangelismo aos sem-teto e mendigos da capital italiana.
“Quando eu digo a ele ‘eu vou sair para a cidade esta noite’, há o risco constante de que ele vai vir comigo”, afirmou o arcebispo Konrad durante uma entrevista.
Segundo o portal Huffington Post, uma fonte no Vaticano confidenciou que “os guardas suíços confirmaram que o papa se aventurou por Roma à noite, vestido como um sacerdote regular, para se encontrar com homens e mulheres sem-teto”.
Antes de ser eleito papa, o cardeal Jorge Mario Bergoglio era conhecido por sair à noite e distribuir a eucarista a sem-tetos, usando o transporte público e sentando com eles nas ruas para demonstrar amor e cuidado.
*Maioria dos bispos quer que Igreja se abra para ‘gays’ e divorciados
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A Igreja Católica está em polvorosa, e esse fato, que por si só já é chamativo por ser incomum, surpreende ainda mais porque foi o papa que provocou isso. Duas decisões de Francisco no início do Sínodo de Bispos sobre a Família – que as discussões fossem francas e divulgadas ao público – provocaram um terremoto atestado pelo documento final aprovado pela maioria dos 191 participantes. Dos 62 parágrafos, os três que não reuniram os dois terços necessários de apoio foram os relativos ao possível regresso aos sacramentos para os divorciados que casam de novo e à atitude da Igreja em relação aos homossexuais. A reportagem é de Pablo Ordaz, publicada pelo jornal El País, 18-10-2014...
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*Sacerdotes são denunciados ao Vaticano por críticas progressistas à Igreja Católica
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Três sacerdotes da Arquidiocese de Santiago, capital do Chile, têm enfrentado duras críticas por parte de setores conservadores da Igreja Católica. Nos últimos cinco meses, Felipe Berríos, José Aldunate e Mariano Puga têm concedido entrevistas à imprensa questionando alguns aspectos da instituição. As indagações vão desde a postura do clero frente à reforma educacional do governo da presidenta Michelle Bachelet, até a negativa da instituição em debater o aborto e a rejeição da Igreja ao matrimônio homossexual. O posicionamento dos sacerdotes gerou repercussão entre os religiosos no Vaticano. A reportagem é de Marcela Belchior e publicado pela Adital, 16-10-2014.
No último mês de junho, Mariano Puga, apontado como "padre operário”, afirmou que a Igreja reforça a desigualdade entre os povos: "A Igreja, em vez de ser a que destruía o conceito de classe, o fortaleceu: colégios para os pobres, outros para os indígenas, outros para a classe alta”, afirmou o eclesiástico.
Dois meses depois da declaração, José Aldunate, que tem 97 anos de idade e é reconhecido defensor dos direitos humanos durante o regime militar chileno (1973-1990), se declarou favorável ao casamento entre pessoas de mesmo sexo. "O homossexual tem direito a amar e compartilhar sua vida com outra pessoa. (...) A Igreja é antiquada”, disse o sacerdote jesuíta...
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Padre Marcelo Rossi comenta investigação que sofreu do Vaticano
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O padre Marcelo Rossi comentou sobre a investigação que sofreu do Vaticano por quase uma década e afirmou que, "se houve fiscalização, houve também o reconhecimento". A informação foi divulgada com exclusividade pelo jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, no dia 30 de setembro.
"Eu li. Hoje você vai fazendo certos encaixes e você percebe. Não há problema nenhum. Eu acho interessante que as pessoas saibam que muitos ficam, sempre no início, [se perguntando] 'qual é a desse padre?', 'o que ele quer?', 'ele quer aparecer?', 'qual é o objetivo dele?'. E, graças a Deus, não só [a igreja] entendeu, como o próprio papa Bento 16 me deu o prêmio Van Thuân de 'Evangelizador Moderno' [em 2010]. Então, acredito que, se houve fiscalização, houve reconhecimento", comentou o padre Marcelo durante o "Altas Horas" deste sábado (18).
Segundo apurou UOL, o padre Marcelo Rossi teve seus passos, CDs, livros, missas e aparições na TV seguidos de perto pelo Vaticano do final dos anos 90 até cerca de quatro anos atrás.
A investigação, que durou quase 10 anos, foi provocada por uma denúncia feita por um religioso brasileiro, que acusou o padre de culto ao personalismo, exibicionismo por ir demais às TVs, de desvirtuar as práticas católicas e de transformar a missa em uma espécie de "circo".
A fiscalização foi comandada pela Congregação para a Doutrina da Fé, liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o papa Bento 16. A Congregatio pro Doctrina Fidei é o novo nome que o Vaticano dá para a assassina Inquisição.
Entre o final dos anos 90 e a década de 2000, a Congregação recebia regularmente vídeos com as participações do padre Marcelo em programas como o de Gugu Liberato no SBT e de Fausto Silva, na Globo.
O outro lado
Procuradas na ocasião, tanto a Nunciatura Apostólica em Brasília --a embaixada do Vaticano no Brasil--, quanto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se recusaram a comentar a investigação que o Vaticano lançou sobre o padre Marcelo Rossi do final dos anos 90 até a segunda metade dos anos 2000.
Já a assessoria da Mitra de Santo Amaro e do bispo dom Fernando informou que o bispo desconhece a investigação do Vaticano a respeito do trabalho do padre Marcelo Rossi.
Por meio da assessoria, a Mitra diz que, se a sindicância realmente ocorreu, "trata-se de uma coisa do passado, e, como tal, já passou."
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