PM expulsa soldado que denunciou tortura após assumir ser gay em SP
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Expulsão foi publicada no Diário Oficial do Estado. Ele atuava no 39° Batalhão da Polícia Militar em São Vicente, no litoral paulista.
Polícia Militar do Estado de São Paulo decidiu expulsar o soldado Adriell Rodrigues Alves da Costa, de 35 anos, da corporação. A decisão, publicada no Diário Oficial, acontece pouco mais de seis meses após o soldado acusar os oficiais do 39° Batalhão da Polícia Militar de 'perseguição, tortura e homofobia'. Ao G1, Costa disse, na manhã deste domingo (15), que está com medo de ser morto.
O agora ex-militar tornou-se conhecido a partir de um vídeo gravado por ele e compartilhado em uma rede social. "Se algo acontecer com a minha vida, com a minha integridade física, a responsabilidade é do comandante do batalhão, da Polícia Militar e do Estado, que nada fizeram para apurar as minhas denúncias", dizia.
Seis meses depois da publicação do vídeo, o comando da PM decidiu expulsá-lo por ter cometido "transgressão disciplinar de natureza grave". Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Costa agrediu uma equipe de saúde e outros policiais durante uma avaliação clínica marcada a ele pela corporação durante apuração dos fatos.
O ex-militar, que é formado em odontologia, ficou indignado com a decisão. "Fiquei dentro da minha casa esperando atendimento médico durante oito dias. Eu ia entrar em deserção. Me convenceram a ir dizendo que eu ia para São Paulo. Era mentira". Ele, que acabou preso por 34 dias, diz ser vítima de um crime "forjado" pelo comando.
Adriell também alega que a corporação nunca aceitou os atestados que apresentava. "Eles me faziam trabalhar engessado e medicado, pois meus laudos não valiam". O salário dele foi suspenso em novembro de 2017. "A cúpula da instituição nomeou um sargento [para defendê-lo] que é subordinado aos tiranos que me perseguiram e torturaram".
"A PM destruiu a minha vida. Temo pela minha integridade física. Temo que me matem para calar todo o mal que me fizeram. Eles provaram que não têm escrúpulos algum. Se alguma coisa acontecer comigo, foi o Estado de São Paulo e a Polícia Militar que fizeram mal", fala, ao complementar que está com medo.
O caso
Soldado há 9 anos, Costa iniciou a carreira na polícia lotado no 24º Batalhão, em Diadema, sendo transferido depois para Mauá, cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Em 2011, teve as mãos lesionadas após um atropelamento durante o trabalho, e desde então, passou a atuar em funções administrativas na corporação.
Em 2016, após decidir morar no litoral paulista, Costa passou a atuar no 39º Batalhão, em São Vicente. Segundo ele, desde o início, havia sido considerado “peso morto” por ter ido para a unidade com restrições médicas, retiradas posteriormente pelo médico do 6º Comando do Policiamento do Interior, responsável por todo litoral.
A situação física se agravou ao lado da psicológica, já que ele acusava o batalhão de persegui-lo em razão da orientação sexual. "Eu escutei de um cabo que eu tinha que 'virar homem'. Ele me disse: 'Você não é homem. Você não está agindo como um homem'. Decididamente, um inferno começou na minha vida quando vim para a Baixada [Santista]", relatou, na época.
Ainda na ocasião da divulgação do vídeo, a Secretaria de Segurança afirmou que estava prestando todo o apoio necessário ao policial. O comunicado enviado ao G1 afirmava que as medidas para solucionar o caso 'estavam sendo tomadas' e que a Corregedoria da Polícia Militar estava acompanhando o caso. Fonte: https://g1.globo.com
Missa em homenagem a Marielle e Anderson é realizada no Rio
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Com um girassol na mão, o deputado estadual Marcelo Freixo foi um dos primeiros a chegar a missa em homenagem a Marielle Franco, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro do Rio. A cerimônia marca um mês da morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes.
- Esse é um momento de dor e de saudade, mas temos o compromisso de todo dia mantê-la viva, nas ruas, na luta e na memória - disse Freixo.
Muito emocionada, a mãe de Marielle, a advogada Marinete Franco, contou que se comove com todas as manifestações de carinho pela filha:
- Sinto muito orgulho dela. Minha filha foi uma guerreira e vai continuar sendo - afirmou Marinete, que diz estar sobrevivendo pela fe em Deus e o apoio da população: - O que aconteceu com minha filha foi cruel. Em época nenhuma uma mãe pode enterrar um filho. E eu enterrei a minha de forma precoce, trágica e dolorosa. Mas a nossa família, a sociedade e o mundo esperam uma resposta. Tem muita gente caminhando conosco e isso nos conforta.
Pai de Marielle, Antônio Francisco da Silva, diz que tenta transformar a dor em atitudes que honrem o legado deixado pela filha:
- Vamos dar continuidade a luta dela, que sempre foi a favor do diálogo aberto, construtivo e no sentido de promover a paz - lembrou Antônio, que continua aguardando a definição sobre o assassinato de Marielle: - Calaram covardemente minha filha. Nunca vou cansar de dizer isso. E a única arma que ela possuía era a voz, que foi calada. Não deram a ela nenhuma chance de se defender. Vamos continuar acompanhando de perto as investigações para descobrir quem matou e por que matou.
Ao chegar para a missa, a irmã de Marielle, Anielle Silva, falou sobre as demonstrações de carinho e afeto:
- Eu acho que acalenta um pouco a gente. E ao mesmo tempo deixa a gente orgulhoso do que ela. Óbvio que não está sendo fácil. São 30 dias de um vazio muito grande. Minha mãe ainda está muito abalada. São sentimentos difíceis. Não só pela morte mas pelo que veio depois. São 30 dias de uma luta que a gente sabe que está apenas começando.
Na frente do altar, foi colocado um quadro pintado por Marcones Rocco e que foi dado de presente para o Museu da Maré. Segundo um dos diretores do museu, Lourenço Cezar da Silva, amigo de Marielle há mais de 20 anos, a intenção é criar no local, até junho, um memorial em homenagem a vereadora.
Ao fim da missa, por volta das 12h30, foram distribuídas flores vermelhas e brancas para o público. E o padre Silmar convidou os presentes a permanecerem na igreja para um tributo em forma de música a Marielle e Anderson. No repertório, canções como"Medalha de São Jorge", "Juízo final", "Sal da terra", entre outras.
Desde cedo, família e amigos participaram dos atos “Amanhecer por Marielle e Anderson”, espalhados por diversas praças da cidade e do mundo. As ações coloriram espaços públicos e preencheram os locais com mensagens - como "Lute como uma Marielle" e "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"
A manifestação "Marcha e Tambores por Marielle e Anderson" está marcada para as 17h deste sábado. A concentração será nos Arcos da Lapa, e a intenção é seguir em caminhada, ao som de tambores e outros instrumentos, até o Estácio, onde Marielle e Anderson foram mortos a tiros no dia 14 de março. Fonte: https://extra.globo.com
Um mês após morte, Marielle e Anderson são homenageados
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Um mês após a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, vários pontos do Rio de Janeiro amanheceram com homenagens para os dois. Intituladas “Amanhecer por Marielle e Anderson”, as ações essão organizadas pelo PSOL, partido da vereadora, e por movimentos sociais, e começaram ainda na madrugada. Além do município, grupos vão se reunir em Buenos Aires, na Argentina; e Budapeste, na Hungria; em Lisboa, em Portugal; e Gotemburgo, na Suécia.
Pouco antes das 6h, os primeiros participantes do ato em homenagem à parlamentar e seu motorista chegaram ao Largo do Machado, na Zona Sul. Eles colaram cartazes coloridos com frases de protesto - como "Lute como uma Marielle" e "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?" - e encheram os balões, antes de pendurá-los em diversos pontos. A praça foi uma das ocupadas pela família, amigos e outras pessoas que quiseram homenagear a parlamentar e o motorista.
Por volta das 7h30, o grupo reunido cantava: "Marielle perguntou, eu também vou perguntar: quantos mais vão morrer, para essa guerra acabar?", além das frases "Marielle, presente" e "Anderson, presente".
Durante o ato no Largo do Machado, o deputado Marcelo Freixo disse que os crimes foram uma tentativa de calar a democracia:
— A ideia de pulverizar o ato em diversas praças é para que o maior número de pessoas possa participar e levar suas famílias. É uma resposta de afeto. Queremos justiça, não vingança. Esse foi um dos crimes mais complexos da política carioca, e queremos saber quem matou e quem mandou matar Marielle — afirmou Freixe, que informou que a viúva de Anderson, Mônica Benício, não participará dos atos deste sábado, porque não está com condições emocionais.
Vestida com uma blusa com a mensagem "Lute como Marielle", Anielle Silva, irmã da vereadora assassinada, contou que a mãe está devastada com a morte.
— Nenhuma mãe espera enterrar o filho. As demonstrações de carinho acalentam o coração dela, mas não trazem de volta — constatou.
Mais uma vez, Anielle disse que quer honrar o legado da irmã, porém, não pensa em começar na vida política.
— Eles erraram muito com esses tiros. Mexeram com um formigueiro. Eu sou da área da educação, não tenho intenção de vir como candidata, mas de criar uma fundação ou ONG.
Anielle e Freixo demonstraram confiança nas investigações realizadas pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil:
— Muito mais de quem fez, queremos saber quem mandou fazer — disse Anielle.
Pré-candidato à presidência, Guilherme Boulos também lamentou a barbaridade dos assassinatos.
— Quem teve essa atitude bárbara não conseguiu matar tudo que era Marielle. As ideias permanecem, e a homenagem que temos que prestar é seguir com as ideias. Quem diria que a gente seguiria tendo crimes políticos. Defender sua memória significa defender a democracia. Marielle vai estar sempre presente — decretou.
Moradora de Quintino, na Zona Norte, a personal organizer Deborah Nascimento, de 33 anos, fez questão de homenagear a memória de Marielle:
- Ela foi meu primeiro voto consciente e era incrível. Ela me representava, como mulher e negra. Não sou homossexual ou moradora de favela, mas são pautas importantíssimas para a nossa cidade e causas que eu também apóio. É muito revoltante saber que o assassinato não foi solucionado. Agora, mais importante de saber quem atirou é saber quem planejou um crime assim.
Já na Tijuca, o ato foi realizado na praça Seans Pena. Fitas em tom vermelho foram colados nas árvores e outras de diversas cores decoravam cordas, onde estavam pendurados cartazes com fotos de Marielle e Anderson, além de mensagens como "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?", "Não calarão a nossa voz" e "favela é cidade". O deputado federal Chico Alencar (Psol) é um dos que estavam na manifestação. Para ele, o amanhecer em homenagem a Marielle e Anderson é uma forma de cobrar uma solução para o crime e também não deixar que ele caia no esquecimento.
— A péssima tradição da violência política no Brasil é a não apuração dos casos, homicídios, atrocidades, das chacinas. É recorrente ao longo da vida brasileira. Então, nesse primeiro mês desse profundo vazio e dor, estamos amanhecendo em diversas praças do Rio, do Brasil e em alguns lugares do mundo, para gritar que não aceitamos que o caso caia no esquecimento. Mas a gente quer apuração, queremos saber quem matou, quem mandou matar, que elos têm com aparatos de estado. Não vamos aceitar que esse crime fique impune. Porque quando uma polícia séria e investigava quer, ela descobre — disse ele.
Chico elogiou o fato de tantas pessoas diferentes, sobretudo jovens, estarem no ato na Seans Pena. Além de colocarem os adereços no local, também bradaram "Marielle, Presente" e "Anderson, Presente".
— Dialética da vida. A morte não é ter a última palavra. Você vê que a maioria aqui são de jovens, têm crianças e tem essa beleza toda que dá esperança na gente. Pessoal acordou bem cedinho para fazer valer a vida. É uma bela homenagem. Agora, a melhor maneira de homenagear os nossos queridos que se foram é continuar as lutas da Marielle. Isso aqui é maravilhoso — completou Alencar.
O vereador João Batista Oliveira de Araújo, o Babá, suplente que assumiu a cadeira de Marielle na Câmara, também esteve na manifestação, e afirmou que dará continuidade às pautas da colega.
— Não tem outra forma melhor de acompanhar esse processo do que também, junto com a bancada, dar continuidade às lutas que Marielle vinha implementando, com relação a mulher negra, os LGBTs, os jovens, uma grande preocupação dela é de todos. Para que o jovem negro não continue sendo morto em favelas. É uma batalha que temos que travar — disse ele, que acrescentou estar assumindo o posto com calma e que fará seu primeiro pronunciamento na próxima terça- feira. Fonte: https://extra.globo.com
OLHAR DA SEMANA...
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OLHAR HOMENAGEM: Faleceu esta semana em Lagarto-SE, o Sr. Gileno. Por mais de 30 anos foi colaborador do Carmo de Salvador-BA. As nossas orações.
Carnaval fora de hora: Ivete Sangalo puxará trio na Barra neste mês
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De acordo com o site Alô Alô Bahia, a apresentação da mamãe do ano faz parte de uma ação planejada especialmente para Salvador
O aniversário de Salvador pode até ter passado, mas as comemorações para celebrar os 469 anos da cidade não param. De acordo com o site Alô Alô Bahia, o prefeito ACM e a SchinNeto irá anunciar nesta sexta-feira (13) às 10h no Palácio Tomé de Souza, a primeira apresentação de Ivete Sangalo após a gravidez, puxando um trio elétrio.
Segundo o site, a apresentação da mamãe do ano faz parte de uma ação planejada especialmente para Salvador. O projeto, chamado de ‘Um presente para Salvador’, irá acontecer no dia 29 de abril, onde a baiana irá puxar um trio elétrico que partirá de Ondina com direção ao Farol da Barra.
A publicação, o prefeito revelou que o projeto é uma forma de presentear Salvador e trazer um pouco do Carnaval para Ivete, que não pôde participar por estar na reta final da gravidez. “Como Ivete não pôde estar presente no Carnaval, desenvolvemos esse projeto com ela, para presentear Salvador. A ação só será possível graças ao apoio da Schin, que entrará como patrocinadora exclusiva”, nos disse ACM Neto. Fonte: http://bahia.ba
CONHECENDO ANGRA-02: Frei Fernando.
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Vida moderna: como ser nômade digital?
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Já pensou em trabalhar de qualquer lugar do mundo? Dar o seu expediente direto de um café em Edimburgo ou de uma praia no Caribe? Pois é, isso não só é possível quanto já é a realidade de muita gente. Mas afinal, como ser nômade digital?
Primeiramente, nômade digital é a pessoa que trabalha de forma remota através da internet (seja como freelancer ou home office contratado de uma empresa) enquanto viaja pelo mundo. Falando assim pode parecer impossível, mas acredite ou não, essa vida pode ser sua!
Qualquer pessoa pode ser nômade digital?
Em linhas gerais, sim. Praticamente todas as profissões podem ser exercidas remotamente. Até um médico pode trabalhar pela internet fazendo vídeos para o Youtube sobre saúde, escrevendo artigos, ensinando ou dando consultorias online. É só sair um pouco da caixinha e pensar em outras alternativas dentro da sua área de atuação. Obviamente é mais fácil para um jornalista ou um designer trabalhar remotamente, mas não significa que essa vida está restrita a profissões do ramo das comunicações e tecnologia.
Mas onde eu vou morar?
Isso vai depender do seu estilo de vida viajando. Muita gente se hospeda em hostels ou aluga apartamentos no Airbnb. É claro que você pode escolher ficar em um hotel, mas vai sair um pouco mais caro. O ideal é definir o que você quer para a viagem. Quem não abre mão da privacidade e de cozinhar todos os dias, por exemplo, pode se dar melhor em um Airbnb. Aqueles que adoram conhecer pessoas novas vão curtir a agitação de um hostel. Vai de pessoa para pessoa.
Como eu vou trabalhar?
Um dos requisitos básicos para um nômade digital é estar em um lugar com internet. Como você vai trabalhar remotamente, é imprescindível ter uma boa conexão Wi-Fi. A partir disso, você pode optar por trabalhar do seu apartamento, do hostel ou de um café. Essa é a graça de ser nômade digital: você faz a sua rotina!
Se interessou pelo assunto? Há vários blogs que falam sobre isso, como o Pequenos Monstros, Nômades Digitais e o 360Meridianos.
Confere também esse vídeo do canal de Youtube Pequenos Monstros para entender melhor:
Fonte: http://rotaprincipal.com.br
Casal se distrai ao tirar selfie e bebê cai no mar
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Um casal se distraiu nesta segunda-feira (9) ao fazer uma selfie e deixou o carrinho em que estava seu bebê cair no mar de Porto Cesareo, na Itália.
Um homem que estava próximo viu a cena e se jogou na água para salvar a criança. Equipes de emergências prestaram os primeiros socorros. O filho dos italianos não teve ferimentos.
Segundo o jornal "Nuovo Quotidiano di Puglia", o casal havia parado para tirar uma foto, mas esqueceu de ativar o freio do carrinho, que foi levado pelo vento forte até o mar do antigo porto. Fonte: www.metrojornal.com.br
SEGUNDA 9: Pascoela dos Carmelitas no Olhar do dia
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Primeiras fotos da Pascoela- Confraternização- dos Carmelitas na Praia da Ribeira, em Angra dos Reis/RJ.
Mitos e preconceitos dificultam combate ao feminicídio
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Apesar de avanços na legislação, assassinatos de mulheres continuam a esbarrar na falta de compreensão da sociedade e da Justiça, afirma promotora
Em 1º de março, uma mulher foi morta a tiros em um posto de gasolina na Zona Norte de São Paulo, na frente de amigos, durante uma confraternização. O autor é um homem desconhecido, que depois de chamar a moça para conversar a sós atirou na cabeça da vítima no momento em que ela decidiu ir embora.
No mesmo dia, em Osasco, um homem assassinou a facadas a companheira durante uma discussão, em casa. Esperou a polícia chegar ao local e justificou o crime alegando que teve a "honra” ferida pela vítima.
Também em Osasco, um homem matou a facadas a namorada durante uma briga no último domingo 1º. Ele fotografou a vítima morta e enviou as fotos para a filha dela pelo Whatsapp.
Além da proximidade temporal, o que une esses três crimes é o tipo de crime: feminicídio, um assassinato cuja motivação envolve o fato de a vítima ser mulher.
Se os crimes acima tivessem ocorrido há mais de três anos seriam julgados apenas como homicídios, pois a Lei 13.104, que inseriu no Código Penal brasileiro o crime de feminicídio, entrou em vigor em 9 de março de 2015.
Promulgada pela ex-presidente Dilma Rousseff, a Lei do Feminicídio é a segunda ação afirmativa do País, no âmbito da Justiça, no combate à violência contra a mulher. A primeira foi a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, que especifica e criminaliza a violência doméstica. Apesar das duas leis, o assunto ainda é polêmico no Brasil.
"Tanto o feminicídio quanto a violência de gênero são temas marcados por preconceito e falta de compreensão, porque são crimes que ocorrem, na sua maioria, no âmbito familiar e dentro de casa, e nossa sociedade não quer falar sobre isso, que julga privado", afirma a promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Para Fernandes, tanto a Maria da Penha quanto a Lei de Feminicídio foram bastante divulgadas e são conhecidas da população, mas isso não significa que a sociedade tenha entendido o que é violência contra a mulher.
"Persistem muitos mitos, como a ideia de que a reconciliação do casal resolve a violência ou que, se a vítima se retrata e não segue adiante com a denúncia, é porque não corre risco de morte", diz.
Além dos preconceitos da sociedade, há preconceitos no próprio âmbito judicial. "Atualmente, o feminicídio tem sido incluído nas acusações formuladas perante os juízes. Mas ainda não garantimos que em todos esses processos estejam tendo julgamento justo, que desvincule essas mortes de alegações infundadas de traição e de 'paixão' não correspondida", aponta a promotora.
Segundo Fernandes, essas situações ainda existem nos tribunais e resultam em penas mais leves em alguns casos. "Também há juízes, por exemplo, que não dão credibilidade à palavra da vítima ou exigem testemunhas, o que é um absurdo, pois em regra a violência acontece dentro de casa", diz a promotora, destacando que apenas 3% das vítimas que sofreram ataques feminicidas tinham medidas protetivas.
Decisões judiciais errôneas, para a promotora, são o lado mais obscuro do problema, pois é o momento em que o Estado abandona uma vítima numa relação violenta sem ter proteção, mesmo após ela haver procurado ajuda formal.
"Estimular a mulher a romper o silêncio é uma ação, mas saber ouvir a vítima é fundamental. Essas duas ações, casadas, constituem os principais antídotos para o feminicídio hoje no Brasil", defende.
Fernandes coordenou uma pesquisa no MP-SP cujos resultados foram apresentados no relatório Raio X do Feminicídio em São Paulo, divulgado em março, mês de aniversário da Lei 13.104.
O principal padrão que a pesquisa apontou foi o local do crime: dois terços dos feminicídios ocorridos no estado de São Paulo no último ano ocorreram na casa da vítima. Na maioria dos casos analisados, a vítima tinha laço afetivo com quem a matou. A motivação do crime alegado por esse tipo de agressor que conhecia a vítima também seguiu um padrão.
"Aproximadamente metade dos feminicídios consumados ou tentados ocorreu depois do rompimento da relação. Em outros 30% dos casos, os argumentos foram sentimentos de posse e ciúme", descreve a integrante do MP.
"Encontramos nos processos relatos chocantes desses agressores, como os de que o parceiro matou ou tentou matar a mulher porque ela 'interferiu em uma conversa de homem', 'chamou a atenção do parceiro pedindo para abaixar o volume do rádio', 'chegou tarde do trabalho em casa', 'mencionou o sobrenome do ex-marido'".
As armas utilizadas seguem um padrão: em 58% dos assassinatos analisados foram cometidos com armas brancas, como utensílios domésticos e ferramentas caseiras, e em apenas 17% deles houve uso de arma de fogo.
De acordo com a promotora, existe uma "assinatura" do crime feminicida: a maioria das lesões no corpo da vítima ocorrem em áreas vitais. A vítima já tinha marcas de agressão física antigas no corpo. No crime, há grande intensidade e força envolvidas nas agressões e no uso da arma homicida. E após o ato cometido, o feminicida costuma se entregar voluntariamente, tenta suicídio ou comete suicídio de fato.
O estudo analisou 364 casos de feminicídio registradas em 121 cidades paulistas entre março de 2016 a março de 2017. Por existir um padrão nesses crimes, a conclusão da pesquisa é a de que, na maioria dos casos é possível prevenir o feminicídio.
"Feminicídio é o capítulo final de uma história de violência vivida por uma mulher. Se essa história é identificada a tempo, a morte pode ser evitada", afirma Fernandes. Fonte: www.cartacapital.com.br
OLHAR DE DOMINGO: Lapa, Rio...
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Encontro da Ordem Terceira do Carmo na Lapa, Rio de Janeiro, em preparação ao Congresso em Roma no mês de setembro.
SÁBADO, 7: Aniversariante do dia...
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POMPÉIA: Reportagem do Olhar
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Silêncio, por favor
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Quase todos nós evitamos os instantes de pausa. Os mais jovens, vítimas da ansiedade, fogem deles apavorados. O barulho, seja mental, visual ou acústico, só aumenta
Enfrentar o silêncio não é fácil. Que dirá encontrá-lo. E ainda menos em meio a essa cacofonia em que a vida hiper conectada se transformou. Por isso a história de Erling Kagge, um homem em permanente procura pelo silêncio, nos deixa sem palavras.
O editor, escritor, advogado e explorador norueguês, de 55 anos, decidiu em 1992 radicalizar sua exploração da quietude. Ele se mudou à Antártida, supostamente o local mais silencioso do planeta, para enfrentar o vazio. E rumou em direção ao sul.
Durante 50 dias conviveu somente com o ruído de suas pisadas sobre o gelo. Abandonou no avião que o levou ao Polo Sul as pilhas do rádio que o recomendaram levar, queria ficar completamente só. Caminhou, um dia após o outro, em meio a uma paisagem branca e vazia, aparentemente plana. Ele se envolveu no (suposto) nada, enfrentou o (grande) silêncio.
Diz que a experiência teve seus momentos difíceis, que chegou a chorar de frio, mas que sentiu que se fundia com a natureza, que seu corpo passava a fazer parte do ar, do sol, do frio. Afirma que hoje em dia vivemos instalados em uma permanente fuga do silêncio. E o fazemos para fugir de nós mesmos. Fechamos tudo com barulho. Somente enfrentando o silêncio (e sem chegar a experiências tão extremas como a sua) conseguiremos nos conhecer. É a chave, afirma, a uma existência plena.
Existimos em meio ao barulho. Acústico, visual, mental. Muita informação fervendo simultaneamente e chegando por vários canais. Estamos permanentemente ocupados, sempre procurando algo a fazer. Com listas de coisas pendentes. Com o rádio ligado quando chega um pouquinho de silêncio. Com a música tocando, a tevê ligada, mesmo que ninguém esteja vendo; enfurnados em nosso celular, artefato que dá a incerta promessa de nos afastar do vazio. Tudo para não enfrentarmos a vertigem da ausência de som, a aversão produzida por uma interrupção, por menor que seja, desse zumbido constante que nos acompanha no dia a dia, o da vida moderna, o que existe e que, com entusiasmo e disposição irrefletida, alimentamos. Medo do silêncio.
O barulho que nos cerca aumenta. Cada vez somos mais e todos carregamos um celular no bolso. Já existem mais linhas de celular do que pessoas no planeta – 7,8 bilhões de cartões SIM para 7,6 bilhões de pessoas, de acordo com o relatório Mobile Economy da GSMA, a associação que organiza o Mobile World Congress de Barcelona. O catálogo de barulhinhos, silvos e melodias de baixa frequência se une à sinfonia das já consagradas linhas musicais dos comércios, os rugidos e buzinas do trânsito, os alarmes...
“Todo o barulho causado pelas redes sociais só faz com que as pessoas se sintam mais sozinhas, mais inquietas, mais frustradas”, diz o editor Erling Kagge
Em meio a essa paisagem dissonante emergem vozes suaves, pausadas, como a de Erling Kagge, que pedem um passo atrás, um reencontro com o silêncio. Livros como Solidão, de Michael Harris; análises como Ensaios sobre o Silêncio, de Marcela Labraña; filmes silenciosos e que prestam homenagem à quietude, como o recém-estreado 100 dias de Solidão.
Nossa aversão à falta de barulho não é coisa nova. Pascal já falava sobre isso no século XVII: “Tudo o que acontece de ruim aos homens vem de uma só coisa, a saber, não serem capazes de ficar quietos em um quarto”. O filósofo e matemático francês afirmou que todos nós vivemos, de certa forma, atormentados pelo momento presente. O desassossego é algo natural, procurar algo a fazer, apagar o silêncio da inatividade, evitar esse vazio, é humano. Mas nossa fuga à frente foi além com o passar do tempo; até alcançar limites que convidam a uma reflexão.
Kagge afirma que o caos é o estado natural do cérebro. E que através do silêncio é possível acalmá-lo. Em conversa por telefone dos escritórios de sua editora em Oslo, o editor norueguês relata que um dos motivos que o levou a escrever O Silêncio na Era do Barulho, livro em que conta suas experiências e reflexões, foi ver como suas três filhas, de 13, 16 e 19 anos, eram incapazes de suportá-lo. “Os adolescentes não sabem o que é o silêncio, precisam de barulho constante ao seu redor, distrações permanentes”.
Vivem em um carrossel de emoções carregadas de expectativas e frustrações, o tempo todo. “Muitos dos problemas de nossa sociedade têm sua origem no barulho”, afirma. “É só ver a indústria dos aplicativos: Snapchat, Instagram, Facebook, Twitter... Todo o barulho que causam só faz com que a vida das pessoas seja mais difícil; fazem com que as pessoas se sintam mais sozinhas, mais inquietas, mais frustradas, que pensem que sua vida é triste. E tudo isso é baseado nessa necessidade de barulho”.
Grande parte da experiência dos mais jovens, hoje em dia, é medida pela tecnologia. Eles convivem com a referência sistemática e instantânea do que os outros fazem. Esses dois fenômenos preocupam muito o professor David Harley, psicólogo que estuda o silêncio, especializado na interação entre humanos e computadores. “As pesquisas mostram que muitos jovens experimentam medo e ansiedade quando desconectam de suas redes; quando, por exemplo, seu telefone fica sem bateria e não há wi-fi”, explica da Universidade de Brighton, onde leciona.
Harley, que há seis anos organiza sessões silenciosas com os alunos para que descubram o poder do silêncio, considera que precisamos muito da calma e do silêncio. “A prova é o estado da saúde mental dos jovens, que obedece, em grande parte, às dinâmicas causadas pela tecnologia”, afirma. “Essas dinâmicas de competitividade, de produtividade são fonte de ansiedade”, diz. “A tecnologia introduz a produtividade e a eficiência nas relações sociais”. Não só entre os jovens, obviamente.
A possibilidade de se conectar com qualquer um, a qualquer momento, em qualquer lugar do mundo, e o fato de que tudo deve ocorrer imediatamente causou uma espécie de compressão da noção do tempo. “O silêncio”, diz Harley, “é o antídoto contra essa compressão do tempo”.
O escritor Pablo D’Ors possui uma linha de pensamento semelhante. Escreveu Biografia do Silêncio, livro que vendeu mais de 120.000 exemplares e no qual reflete sobre nosso “vertiginoso” modo de vida para oferecer a meditação como ferramenta paliativa. “O celular é o que causa mais barulho”, afirma em seu silencioso apartamento no bairro de Tetuán, Madri. “É o grande símbolo de nossa sociedade, a grande ficção de estarmos conectados, a forma de esconder nossa solidão”.
D’Ors, que além de escritor é um padre católico pouco convencional, admirador declarado de Buda, afirma que 99% das mensagens enviadas pelo WhatsAppnão tem nenhum conteúdo (“são puros inputs de autoafirmação pessoal, por isso fazem tanto sucesso”). Puro barulho. Que é preciso somar ao das redes sociais, infladas de pretensos “amigos” – “a amizade não é outra coisa do que a intimidade com o outro”, diz D’Ors – que, de tanto compartilhar (o que?), não fazem (fazemos) outra coisa a não ser acrescentar decibéis à cacofonia.
O pensador e teólogo que medita todos os dias uma hora pela manhã e meia hora de noite estima que nosso medo ao silêncio se reflete no fato de que somos incapazes de estar atentos. “Pulamos de uma mensagem a outra, já não somos capazes de ler dois parágrafos seguidos, vivemos em uma total dispersão”. Para detê-la, precisamos do silêncio, poderoso instrumento que ajuda a deter o caos em que, cada vez mais, vivem nossos cérebros.
O silêncio é capaz de nos transformar, afirmam seus defensores. Somente quando se experimenta sua força a pessoa se dá conta dele. Serve para serenar a mente e é necessário para ser criativo: as melhores ideias vêm quando desconectamos, quando estamos em silêncio. Erling Kagge conta em seu livro o caso de Mark Juncosa, uma das mentes por trás do SpaceX, o megaprojeto aeroespacial do magnata Elon Musk. Juncosa confessa que, em seus extenuantes dias de trabalho, só consegue desconectar do barulho do mundo em quatro contextos: quando faz exercício, surf, na privada e no chuveiro. “É aí que aparecem as melhores soluções.
O editor norueguês descreve o próprio Elon Musk, com quem teve vários encontros, como um homem que venera o silêncio, que frequentemente o utiliza para estimular sua mente. O intrépido visionário gosta de ouvir. E costuma insertar silêncios na conversa. “Antes de falar, fica alguns segundos pensando”, explica Kagge. “É quando você vê que sua mente está trabalhando”. Em silêncio.
Frequentemente, as palavras sobram. O pensador francês David Le Bretondefine o silêncio por oposição ao barulho e ao excesso de falatório. E nisso concorda com Ludwig Wittgenstein, que começou a refletir sobre a questão como reação à conversa que escutava nos salões da burguesia decadente da Viena do começo do século XX. “Do que não se pode falar, é preciso calar”, escreveu o influente filósofo austríaco no Tractatus Logico-Philosophicus, a única obra que publicou em vida.
Diante das agressões as quais se vê exposta a pessoa hiperconectada, o silêncio, retratado como incômodo, parece fascinante
Le Breton argumenta em Silêncio: Aproximações que a dissolução e inflação mediática causaram um barulho insuportável diante do qual a reivindicação do silêncio se transforma em um ato de galhardia contracultural. Ele o defende como antídoto contra esse vazio conformista que se dissolve no barulho incessante de meios e redes.
Diante da proliferação de agressões externas as quais a pessoa hiperconectada se vê exposta, o silêncio, tão frequentemente retratado como incômodo, aparece como um fenômeno dotado de propriedades calmantes, curativas, até como algo, simplesmente, fascinante.
As sessões silenciosas que o professor Harley organiza na Universidade de Brighton começaram como parte de sua pesquisa. O fato de não existir uma grande tradição científica no campo do silêncio sempre chamou a atenção do psicólogo britânico, de 50 anos. A psicologia, ao que parece, com o perdão da boutade, também tem medo do silêncio.
Sua proposta inicial consistia em compartilhar semanalmente, em grupo, 20 minutos de silêncio em uma sala para, no final, conversar sobre a experiência. Após um ano, as pessoas já pediam só a sessões silenciosas, pulavam a conversa. Por volta de 50 pessoas continuam comparecendo, intermitentemente, ao encontro. Uns praticam meditação, outros mindfulness(atenção plena), alguns deitam no chão, outros olham pela janela... Harley conta que é curioso como as hierarquias entre colegas desaparecem quando se compartilha o silêncio.
“No âmbito pragmático, o silêncio me permite aterrissar, prestar atenção, me dá uma certa distância em relação aos imperativos da mente”, explica Harley. “Ainda que só por cinco ou dez minutos, ajuda a ver as coisas com maior perspectiva. E pode ser muito útil em um dia de trabalho. Frequentemente nos vemos arrastados por essa necessidade de ser produtivos e, possivelmente, não somos tão criativos, nos dedicando a perseguir objetivos que não são essenciais e frutíferos”. Perdidos no barulho.
David Harley afirma que essa necessidade de rumor contínuo que criamos responde a algo genético. Não é algo que nasce conosco, o aprendemos. “Esquecemos o valor do silêncio”.
Erling Kagge defende que podemos encontrá-lo a qualquer momento, em qualquer lugar, e que a questão é sermos conscientes e aproveitá-lo quando aparece diante de nossos narizes. O editor norueguês “cria” seus silêncios ao subir uma escada, ao arrumar um armário e concentrando-se na respiração. “A riqueza potencial de ser uma ilha para nós mesmos”, escreve, “devemos levá-la sempre dentro de nós”.
Talvez devêssemos tomar consciência da necessidade do silêncio para ajudar a construí-lo. É hora de dar o silêncio como resposta.
FUGIR DO BARULHO
JOSEBA ELOLA
O barulho, no sentido mais literal da questão, é um problema muito mais grave do que pensamos. É no que acredita Julio Díaz, pesquisador que publicou 40 trabalhos científicos que demonstram que a poluição sonora é tão prejudicial quanto a atmosférica. “O barulho é um autêntico agressor”, afirma o doutor em Física, chefe do Departamento de Epidemiologia da Escola Nacional de Saúde da Faculdade de Saúde Carlos III. “Quem o sofre sente que é atacado. E o organismo precisa repelir esse ataque”. De acordo com seus estudos, o barulho debilita o sistema imunológico. É um exacerbador de doenças como o Parkinson, a demência e a esclerose múltipla. Aumenta a mortalidade por “causas respiratórias, cardiovasculares e diabetes”. Em dias com picos de barulho na cidade, diz, os partos prematuros aumentam.
A necessidade de escapar do barulho é um fato. Alguns apostam nos retiros. Organizados ou pessoais. Outros, como José Díaz, transformam a experiência em uma aventura. Em 2015, decidiu se retirar a sua cabana no parque natural de Redes (Astúrias) durante 100 dias. Em completo isolamento. Relata sua vivência no documentário 100 Dias de Solidão.
Díaz confessa que há tempos precisa escapar de seu trabalho no setor da construção para descomprimir. Todas as semanas se refugia por dois dias na cabana, localizada próxima à nascente do rio Nalón. “Por ter mais contato com a natureza, sou muito sensível aos barulhos da cidade”, afirma em conversa por telefone, “me incomodam mais do que aos outros”.
O silêncio vai abrindo passagem, pouco a pouco. No Reino Unido são organizadas reuniões de leitura silenciosa, refeições silenciosas, encontros silenciosos. Cresce a oferta de destinos turísticos que vendem o silêncio como seu maior tesouro, como um luxo. Porque, de fato, o é. É muito mais difícil de se conseguir em uma casa à beira de uma avenida do que em um condomínio residencial fora da cidade. O silêncio, um luxo. https://brasil.elpais.com
PM apreende adolescentes de 14, 16 e 17 anos suspeitos de participação na morte de cantor de banda católica em Natal
- Detalhes
Apreensão aconteceu na noite desta quarta-feira (04) no bairro de Felipe Camarão, onde Alex França foi baleado durante assalto.
Policiais militares da Força Tática do 9º Batalhão apreenderam três adolescentes, um de 14, um de 16 e outro de 17 anos, suspeitos de participação no assalto que resultou na morte do cantor Alex França. Segundo a PM, a apreensão foi feita nesta quarta-feira (4) no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal.
De acordo com a PM, os adolescentes foram levados à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde a investigação está em curso. Após serem interrogados pela delegada Andréia Oliveira, os adolescentes foram reconhecidos por uma testemunha. Eles foram apreendidos em flagrante por ato infracional análogo ao crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
O caso
O cantor Alex França, da banda católica Swing do Alto, foi baleado e morreu após assalto no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, na noite desta terça (3). Segundo familiares, o vocalista chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Alex tinha 36 anos.
De acordo com Alexandre França, irmão de Alex, o cantor estava na casa de um amigo se preparando para ir à faculdade. Formado em Educação Física, Alex participaria da sua primeira aula de mestrado. Quando estava saindo da residência, três homens chegaram e anunciaram o assalto.
Os bandidos obrigaram o cantor e o amigo a deitarem no chão, pegaram a chave do carro que estava no bolso de Alex e, na saída, atiraram nas costas dele. Fonte: https://g1.globo.com
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