Carnaval de Salvador reverencia blocos afro e terá encontro de trios
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Abertura da festa, na praça Castro Alves, contará com desfiles de Ivete Sangalo, Carlinhos Brown e Ilê Aiyê, que completa 50 anos
Desfile do Ilê Aiyê, bloco afro que completa 50 anos, no Caranaval 2018 - Fafá Araújo /SecultBA
SALVADOR
O centro de Salvador será o coração da festa em 8 de fevereiro, abertura oficial do Carnaval. Nas primeiras horas da tarde, foliões virão das ruas Chile, Carlos Gomes, avenida Sete e ladeira da Montanha, vias históricas que serão como artérias que pulsam em direção à praça Castro Alves.
De um lado da praça, estarão as estátuas de Dodô e Osmar, inventores do trio elétrico e de Gregório de Matos, o boca do inferno. Do outro, o busto de Castro Alves, poeta dos escravos, com sua mão espalmada. Em todos os lados, estará a memória de Moraes Moreira, símbolo daquele pedaço da cidade.
O pôr do sol vai emoldurar o horizonte quando Ivete Sangalo, BaianaSystem, Carlinhos Brown e Ilê Aiyê darão início ao Carnaval de um jeito que ele costumava terminar: com um encontro de trios elétricos.
Em 2024, Salvador vai reverenciar suas tradições. A cidade vai celebrar os 50 anos do Ilê Aiyê, primeiro e mais importante bloco afro da capital baiana, símbolo de resistência na cultura e na política.
Os Commanches do Pelô também completam meio século de avenida, o Olodum faz 45. Daniela Mercury rememora 40 anos de carreira no mesmo ano em que os foliões recordam os 30 anos da canção de Tonho Matéria que foi sucesso seminal do pagodão baiano.
A expectativa é de ruas lotadas, representando o ápice de um verão que já é um dos mais movimentados dos últimos anos e que deve atrair aproximadamente 800 mil turistas, injetando cerca de R$ 2 bilhões na economia da cidade.
Oficialmente, o Carnaval começa em 8 de fevereiro e se estende por sete dias até a Quarta-Feira de Cinzas. Na prática, contudo, uma conurbação de datas festivas resultará em um calendário com festas de rua entre 1º e 14 de fevereiro.
A festa antecipada começa no primeiro dia do mês, com a Lavagem de Itapuã, e prossegue com a Festa de Iemanjá, que desde o raiar do dia tomará as ruas do Rio Vermelho em 2 de fevereiro, saudando a rainha dos mares.
No fim de semana anterior ao Carnaval, os bairros de Ondina e Barra serão palco dos desfiles pré-carnavalescos Fuzuê e Furdunço.
No sábado (3), as ruas abrirão alas para grupos culturais e folclóricos de Salvador, Recôncavo e Baixo-sul, dentre eles as Caretas de Cairu, a Chegança dos Marujos, a Barquinha de Bom Jesus dos Pobres e o grupo cultural Zambiapunga.
No dia seguinte, será a vez do Furdunço com o desfile de minitrios. Participam bandas como Olodum, Psirico, Jammil e o cantor Gerônimo, mas o ponto alto é a já tradicional apresentação da BaianaSystem, um dos desfiles mais concorridos do período festivo em Salvador.
No domingo (4), o centro protagoniza o Banho de Mar à Fantasia, que percorrerá as ruas do centro antigo da cidade até a Praia da Preguiça.
A Melhor Segunda-Feira do Mundo, ensaio liderado por Xanddy Harmonia, toma a avenida no dia seguinte. Na terça, será o dia de Leo Santana comandar um trio elétrico no mesmo trajeto com o seu Pipoco. Na quarta, saem os trios e entram as bandas de fanfarra. E a festa oficial ainda nem começou.
A partir da abertura, na quinta, com a entrega simbólica das chaves da cidade para o Rei Momo, o Carnaval se espalha pelos circuitos Barra-Ondina, Campo Grande, Pelourinho e Nordeste de Amaralina, além de shows espalhados por diversos bairros da cidade.
Este ano, a homenagem à cultura afro-brasileira dará o tom da festa e estará presente nos desfiles e na decoração dos circuitos. O governo do estado celebra os 50 anos dos blocos afro com o tema Nossa Energia É Ancestral. A prefeitura, por sua vez, escolheu como tema Salvador Capital Afro.
"Estou muito feliz porque finalmente Salvador está assumindo a sua cara preta. É muito bonito dizer que aqui é a Roma Negra, mas chegar nos eventos e parecer que estamos em uma cidade europeia. O bloco afro não é só Carnaval", afirmou Antônio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê, presidente do Ilê Aiyê.
No sábado de Carnaval, a saída do Ilê no Curuzu, bairro da liberdade, promete ser um dos pontos altos da festa. Outros blocos como o Cortejo Afro, Didá, Muzenza, Malê Debalê e o afoxé Filhos de Gandhy também ganham as ruas nos circuitos do Campo Grande e Barra-Ondina.
Ao todo, serão 700 atrações nos circuitos oficiais da festa e mais 400 apresentações em palcos nos bairros. Um dos destaques será o retorno de Gilberto Gil aos trios elétricos. O ex-ministro da Cultura conduzirá um desfile junto com a atual ministra da pasta, Margareth Menezes, e o cantor Chico César, que foi secretário de Cultura na Paraíba. A iniciativa foi batizada de Trio da Cultura.
Artistas como Daniela Mercury, Ludmilla, Carlinhos Brown, Durval Lelys, Saulo, Luiz Caldas, Armandinho Baby do Brasil e bandas como Timbalada e Araketu também desfilam sem cordas e abadás nos principais circuitos da cidade.
A praça Castro Alves, coração da festa, terá show de Pitty e uma apresentação conjunta de Davi Moraes e Pepeu Gomes no pôr do sol.
A festa encerra na quarta-feira (14) com desfiles de Bell Marques e Carlinhos Brown. Idealizador do arrastão na Quarta-Feira de Cinzas, Brown pretende unir integrantes do Ilê Aiyê, Olodum e Apaches do Tororó junto a 500 percussionistas para celebrar a cultura afro-baiana. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
A morte segundo Nelson
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Nelson Rodrigues tinha um caso de amor com a morte, óbvio nas suas muitas frases sobre ela
Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, é membro da Academia Brasileira de Letras.
Sobre o furto, há dias, do busto de Nelson Rodrigues no Cemitério São João Batista, arrisquei aqui que ele veria nisto uma consagração. Houve quem duvidasse. Mas Nelson tinha uma relação especial com a morte. Eis algumas de suas grandes frases sobre ela.
"A morte é anterior a si mesma. Começa antes, muito antes. É todo um lento, suave, maravilhoso processo. O sujeito já começou a morrer e não sabe." "Morrer significa, em última análise, um pouco de vocação. Há vivos tão pouco militantes que temos vontade de lhes enviar coroas." "Na hora de morrer, e quando sabe que está morrendo, todo homem tem um olhar de contínuo." "O sujeito procura esquecer que o homem é também o seu próprio cadáver." "Há na morte por intoxicação alimentar um inevitável toque humorístico, que humilha o cadáver e compromete o velório."
"Há em qualquer infância uma antologia de mortos." "A morte natural é própria dos medíocres. O medíocre morre de gripe, de pneumonia ou da empada que matou o guarda. Já o grande homem morre tragicamente. Veja Lincoln, Gandhi, Kennedy." "Há uma inteligência da morte, assim como há uma bondade da morte. O que vai morrer já olha as coisas, as pessoas, com a doçura do último olhar. Eu diria que é a saudade antes do adeus." "Nada mais falso do que o medo de morrer, e eu diria que fazemos tudo para morrer o mais depressa possível. Os nossos hábitos, os nossos usos, os nossos vícios, as nossas irritações mal disfarçam a vontade, a urgência, a fome da morte."
"A solidão do morto não começa no túmulo. Para qualquer morto, a pior forma de solidão é a capela. As pessoas abandonam o velório e vão tomar cafezinho, refrigerantes, comer sanduíches. A morte tem por fundo um alarido de xícaras e pires." "Não há morto canastrão. Vestido de noivo, com sapatos engraxados, todo morto tem a face, o ríctus, o perfil do grande ator."
Não são lindas de morrer? Fone: https://www1.folha.uol.com.br
Chuvas interditam trecho da Via Dutra no Rio; veja rotas alternativas à rodovia
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Temporais danificaram a pista de subida da Serra das Araras, interrompendo o tráfego para SP
Fechamento da Rodovia Presidente Dutra realizada na altura de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, neste domingo (21) - Celso Pupo/Fotoarena/Folhapress
RIO DE JANEIRO
As fortes chuvas que atingiram o estado do Rio de Janeiro neste domingo (21) danificaram a pista de subida da Serra das Araras da rodovia Presidente Dutra, que liga a capital fluminense a São Paulo, interrompendo o tráfego na pista rumo à capital paulista.
Desde o fim da manhã, a pista de descida, rumo ao Rio de Janeiro, vem operando em sistema de pare e siga, com mudança no sentido do tráfego a cada 60 minutos e passagem dos veículos em comboio. Caminhões cegonha ou com mais de nove eixos estão impedidos de passar.
Não há previsão para liberação total da pista, e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) pede que os motoristas busquem alternativas à Serra das Araras.
No sentido São Paulo, veículos devem viajar pela BR-040 (Rio-Juiz de Fora) até Três Rios, de onde devem seguir para a BR-393 até Volta Redonda e, de lá, pegar a Dutra. Veículos leves podem subir para a Dutra em Angra dos Reis ou pegar estradas estaduais para atingir a rodovia na altura de Piraí, depois da interdição.
Quem estiver indo para o Rio precisa fazer o caminho contrário. Veículos pesados devem acessar a BR-393 em Volta Redonda e, depois, a BR-040 em Três Rios. Veículos leves devem optar por sair da Dutra em Barra Mansa rumo a Angra dos Reis.
É a segunda interdição de estrada de acesso ao Rio após temporais este mês. Na semana passada, trecho da BR-040 em Duque de Caxias foi interditado por alagamento, deixando motoristas por cerca de dez horas parados à espera de solução.
No decorrer do dia, a concessionária abriu desvios no canteiro central e uma faixa reversível para conseguir desafogar o tráfego. A empresa entrou na mira do governo estadual, que prometeu acionar o governo federal cobrando soluções para o problema.
INMET EMITE ALERTA DE CHUVAS INTENSAS PARA 9 ESTADOS
Neste domingo, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu alertas de chuvas intensas em duas grandes áreas que abrangem nove estados brasileiros. O alerta prevê riscos de corte de energia elétrica, queda de galhos ou árvores, alagamentos e descargas elétricas.
Um deles abrange uma área que vai do norte do Rio de Janeiro ao sul da Bahia, se estendendo até a região do Triângulo Mineiro, no oeste de Minas Gerais. O outro envolve o norte de Mato Grosso, sul do Pará e partes dos estados de Rondônia, Amazonas e Acre.
O Inmet recomenda que, em caso de rajadas de ventos, os cidadãos evitem se abrigar debaixo de árvores ou estacionar perto de torres de transmissão de energia ou placas de propaganda. Se possível, diz, é bom desligar aparelhos elétricos ou quadros gerais de energia de casa.
Em São Paulo, as fortes chuvas que atingiram todo o estado desde a última quinta (18) já deixaram quatro mortos e 492 pessoas desabrigadas. Segundo a Defesa Civil, 15 municípios foram mais severamente afetados pelos temporais.
A previsão é de que as chuvas continuem em todo o estado nos próximos dias. Neste domingo (21), há condições para precipitações a qualquer momento do dia. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Ele levou tiro e conta só ter descoberto bala na cabeça após 4 dias: ‘Doeu mesmo ao tirar os pontos’
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Ele levou tiro e conta só ter descoberto bala na cabeça após 4 dias: ‘Doeu mesmo ao tirar os pontos’
Quando passava réveillon no litoral do Rio, rapaz achou que tinha levado uma pedrada, mas só teve o projétil extraído quando já estava em Juiz de Fora, sua cidade natal
Recuperação tem sido boa, diz o jovem, que pretende estudar Medicina Foto: Arquivo Pessoal/Mateus Facio
Por Aline Reskalla
Era por volta de 18h30 do dia 31 de dezembro quando o estudante mineiro Mateus Facio, de 21 anos, que curtia a praia com os amigos em Cabo Frio (RJ), sentiu uma pancada na cabeça. Com o impacto, ele sentou no chão e, junto com o grupo, tentou localizar o que pensava ser a pedra que o atingira. Os rapazes não encontraram pedra nenhuma e concluíram que o objeto teria sido encoberto pela areia.
O pequeno sangramento logo estancou, e Mateus seguiu com os planos para a noite: passar o réveillon em Búzios, cidade vizinha a Cabo Frio. Ele foi para o apartamento, tomou banho, se aprontou e partiu para a balada, onde curtiu a virada do ano e “tomou todas”, conforme relata. No dia seguinte, ainda passou o dia em outra praia próxima.
O estudante conta que só foi descobrir que havia levado, na verdade, um tiro na cabeça quatro dias depois, quando já estava em casa, no município mineiro de Juiz de Fora. Ele mesmo quem dirigiu de Cabo Frio a Juiz de Fora, no dia 2.
Foram sete horas de viagem para uma distância de 300 km, tempo maior que o normal devido ao congestionamento típico dessa época nas estradas.
“Voltei dia 2 porque tinha que trabalhar no dia 3″, afirma Facio. “Eu estava normal. Foi só no dia 4 que meu braço começou a ter movimentos involuntários, se mexendo sozinho. Achamos aquilo estranho e fomos ao médico. Como aparentemente era uma convulsão, ele pediu ressonância e aí descobrimos.”
Era um projétil de 9 mm, alojado no crânio. “O que me disseram é que o cérebro percebeu que havia um corpo estranho naquele local, que estava começando a afetar o sistema nervoso, por isso a convulsão”, conta.
Ele foi imediatamente encaminhado para Unidade de Tratamento Intensivo do hospital, onde passou por um procedimento para retirada da bala. “Minha mãe ficou dois dias sem dormir depois que descobriu, só chorava. Ninguém acreditava que aquilo tinha acontecido.”
Segundo ele, a hipótese mais provável é que alguém tenha dado um tiro para o alto, pois o projétil atingiu a parte de cima da cabeça. “É a única explicação. O tiro veio de longe, num ângulo de 180º”.
O estudante, que deixou o curso de Administração de Empresas e vai cursar Medicina este ano, disse que agora tem dois aniversários: 4 de janeiro e 17 de maio, data em que nasceu. “Nasci de novo. Parece que não senti a gravidade do que aconteceu até agora. Só doeu mesmo quando tirei os pontos.”
“Parte dela penetrou no cérebro. Isso causou compressão da região e os movimentos involuntários no braço”, afirmou ao Jornal Nacional, da TV Globo, Flávio Falcometa, responsável pela extração da bala na cabeça do jovem. Segundo o médico, por uma distância de poucos milímetros o projétil não causou um dano mais grave.
O Estadão não conseguiu contato com o cirurgião. O rapaz teve alta três dias após a cirurgia e já leva uma vida praticamente normal. Fonte: https://www.estadao.com.br
Igreja e Estado
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Teses persecutórias contaminam debate sobre a tributação de pastores evangélicos
Fachada do prédio da Receita Federal, em Brasília (DF) - Antonio Molina/Folhapress
Sob Jair Bolsonaro (PL), a Receita Federal editou norma publicada em agosto de 2022 que ampliava a isenção tributária para ministros de confissão religiosa. Naquele mesmo mês, em seu primeiro ato de campanha pela reeleição, o então mandatário disse a lideranças religiosas que a medida encerrava uma "perseguição" às igrejas.
O ato do fisco —ali indevidamente politizado— disciplinava a interpretação de um dispositivo da lei 8.212/91 que libera da cobrança de contribuição ao INSS valores recebidos por padres, pastores e congêneres, desde que as somas tenham relação com a atividade religiosa e não dependam da natureza e da quantidade de trabalho.
Ao longo dos anos, divergências na leitura desse dispositivo provocaram um contencioso entre entidades, em particular ligadas aos evangélicos, e a Receita, para a qual o texto era utilizado como brecha para distribuir remunerações variadas aos pastores.
Em 2015, chegou-se a aprovar um adendo na lei para orientar a interpretação das condições para o benefício tributário. Não foi o bastante para pacificar a questão, o que levou o fisco a editar o ato do ano retrasado.
Nesta semana, no entanto, a Receita decidiu suspender aquela norma, provocando reações raivosas de expoentes da bancada de parlamentares evangélicos do Congresso Nacional —que optaram por tratar o caso como um confronto entre a igreja e o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"É um ato político do governo da esquerda, que quer voltar à velha prática da chantagem", declarou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), correligionário de Bolsonaro.
A Receita atribuiu sua medida a um processo sobre o caso em curso no Tribunal de Contas da União (TCU); a corte divulgou nota para esclarecer que ainda não tomou decisão definitiva. Em qualquer hipótese, não se justifica partidarizar uma deliberação técnica.
Desde 1946, as Constituições brasileiras têm fixado limites à taxação das igrejas. O alcance desse princípio deve estar disciplinado na legislação, e seu cumprimento precisa ser monitorado por órgãos de Estado —garantidos, é claro, os canais de defesa e contestação.
Do ponto de vista da justiça tributária, a demanda por mais benefícios para templos e ministros dificilmente será defensável. O apelo a teses persecutórias, farsescas vindas de uma bancada politicamente poderosa, só avilta o debate.
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Por que a chuva que deixou 11 mortos foi tão intensa no Rio? Entenda
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Passagem de frente fria tem ligação com formação de temporal que atingiu a capital fluminense e cidades do entorno
O temporal que atingiu cidades do Rio de Janeiro, e na sexta-feira já tinha afetado cidades paulistas, ocorreu em razão do avanço de uma frente fria. O deslocamento encontrou uma área de baixa pressão, de acordo com explicação do meteorologista Heráclito Alves, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), favorecendo as fortes chuvas. No Rio, onze morreram; em São Paulo, houve duas mortes.
“Esses temporais no Sudeste entre a noite de sexta-feira e a noite de ontem (sábado) já estavam previstos desde a semana passada”, explicou Alves. O resultado da frente fria com a área de baixa pressão, acrescentou, “é a formação de nuvens de temporais e muita chuva”.
“Além disso, tivemos temperaturas muito altas ontem, o tempo muito abafado, o que ajudou ainda mais a intensificar as chuvas. Por isso, em alguns lugares, tivemos temporais com muito volume de chuva em pouco tempo e isso traz transtornos tremendos”, ressaltou.
A estação meteorológica de Anchieta atingiu o acumulado de 259,2 milímetros de chuva no período de 24 horas, o recorde em toda a série histórica do Sistema Alerta Rio (desde 1997) naquela estação meteorológica. O acumulado foi aproximadamente 40% maior do que a média histórica de janeiro naquela região - em apenas um dia choveu 138,4% da média de janeiro.
No Rio, a prefeitura decreto estado de emergência em decorrência dos estragos provocados na cidade. A Avenida Brasil chegou a ficar totalmente bloqueada, tendo sido liberada somente no início da tarde deste domingo. O temporal foi mais intenso em bairros da zona norte e nas cidades da Baixada Fluminense.
Onde aconteceram as mortes pela chuva no Rio?
- Em Ricardo de Albuquerque, um homem foi vítima de um desabamento provocado por um deslizamento de terra, na madrugada deste domingo, na Rua Moraes Pinheiro.
- Em Acari, uma mulher adulta foi encontrada morta na Rua Matura, 279, possivelmente vítima de afogamento.
- Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, outra vítima feminina foi resgatada em um rio, próximo à Rua General Rondon. Na mesma cidade, um homem foi à obito por afogamento na Rua Patricia Cristina, em Vila São Luis.
- Em São João de Meriti, também na Baixada, um homem foi vítima de uma descarga elétrica na Rua Neuza. Na mesma cidade, autoridades registraram um afogamento.
- Em Comendador Soares, próximo à passarela da Rua Bernardino Melo, outro homem foi resgatado sem vida por militares, com sinais de afogamento.
- Em Belford Roxo, outra morte foi registrada.
- Em Duque de Caxias, houve três mortes. Um homem foi vítima de descarga elétrica na Rua Marquês de Paranaguá e outro morreu pela mesma razão na Rua Dona Alice Viterbo, em São Bento. A terceira vítima foi uma mulher atingida por um soterramento na Estrada de Botafogo.
O meteorologista acredita que, a partir de agora, a tendência seja de redução da intensidade de chuva ao longo da semana, com o deslocamento da área de baixa pressão para o oceano.
Na sexta-feira, o temporal deixou duas pessoas mortes em São Paulo. Um idoso morreu após um soterramento em São Bernardo do Campo. Além dele, uma criança morreu quando uma enxurrada atingiu um veículo na cidade de Juquitiba, no interior. Na semana passada, um homem de 62 anos morreu eletrocutado ao ser atingido por um fio durante um temporal em Moema, na zona sul da capital paulista. Fonte: https://www.estadao.com.br
Vereador, pra que te quero
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Câmara Municipal de Rio e São Paulo é povoada por políticos capazes de confundir números primos com o número de parentes
Câmara de Vereadores do Rio — Foto: Luis Ernesto Magalhães
Sempre me pergunto: o que Carlos Bolsonaro pensa sobre moradia popular? Qual sua posição a respeito da mobilidade urbana? Será que é a favor ou contra a ampliação das calçadas em zonas centrais? Ninguém sabe, ninguém viu. Curiosamente, nesse caso ele está limpo. A culpa não lhe cabe diretamente (jamais pensei que o inocentaria alguma vez), mas pertence, sim, ao sistema eleitoral e ao próprio eleitor, quando não dá importância ao cargo de vereador em metrópoles como Rio ou São Paulo.
Enquanto se cai na gaiatice de Deus, pátria e família evangélica, a Câmara Municipal das duas cidades é povoada por políticos capazes de confundir números primos com o número de parentes apaniguados (parece o caso do governador de Santa Catarina). Por trás das fake news de Damares e assemelhados — crianças com dentes arrancados para sexo oral ou a “mamadeira de piroca” —, entre outras razões escusas, se esconde a estratégia de poluir o ambiente com preconceitos para fugir a temas administrativos mais elaborados. O professor da turma, reprovado nas provas de oficialato, já expressou seus conhecimentos - 4% negativos + 5% positivos = 9% positivos. Ah, Jair.
O número de habitantes no Rio — 6,2 milhões, pelo Censo de 2022 —, ou em São Paulo — 11,5 milhões, também pelo IBGE —, além de igualar ou superar a população de países inteiros — Paraguai ou Portugal —, revela a complexidade dos temas colocados na mesa. Não adianta rezar, porque não será o santo a inspirar soluções para as cracolândias.
Basta uma comparação: só a população paulistana equivale à de 2.354 municípios brasileiros — o que nos faz lembrar: em nenhum outro momento da História humana ocorreu tamanha concentração de almas num único espaço. Por certo, gigantismo populacional — ainda mais em cidades do Terceiro Mundo — resulta em problemas cuja solução não deveria ser respondida com esgares voluntariosos, orientados pelo preconceito ideológico. Portugal, o país da moda no Brasil, extinguiu já há alguns anos seus lixões, enquanto no Rio ou em São Paulo a prosaica coleta seletiva de lixo é questão para o futuro, adiada até a chegada da vida eterna. Não fossem catadores autônomos, abrigados em cooperativas ou ONGs odiadas pela extrema direita, a reciclagem de papel, latas de alumínio, vidros e garrafas PET, a depender de visão estratégica da maioria dos vereadores, estaria na expectativa de um inesperado milagre.
Até o momento, a polarização política é exercida por bolsonaristas e petistas como campo de luta e tema para as próximas eleições municipais. Numa tentativa de repetir o embate do pleito presidencial, as duas forças buscam levar o debate a uma escolha entre extrema direita e esquerda. De novo, é a estratégia de sujar o ambiente com fake news. Ou até de recorrer a estratagemas mais inusitados. Temos de lembrar que o Bolsonaro de melhores sinapses, o senador Flávio, posto diante de problemas municipais, preferiu desmaiar ao vivo e em cores, no colo da deputada Jandira Feghali, a responder a uma pergunta mais sofisticada durante um debate pela prefeitura carioca.
As duas metrópoles enfrentam há anos questões com moradia — problema agravado ainda pela pandemia. Nova York, internacionalmente conhecida por ser cidade comunista, e muito rica, testou ao longo de várias gestões propostas urbanísticas para enfrentar o problema. Uma delas, na administração de Michael Bloomberg, permitiu que novos empreendimentos em áreas nobres pudessem ter mais andares. A contrapartida: o prédio deveria contar com blocos de apartamentos populares oferecidos pela prefeitura dentro de um programa de aluguéis sociais (mais baratos), destinados às classes pobres da população.
Nova York tem outras experiências na área habitacional. Com a chegada do home office, e o esvaziamento das grandes lajes corporativas, para desespero dos bancos e dos magnatas da tecnologia, proprietários de parte de Manhattan, discute-se o reaproveitamento do que foram imensos escritórios. Muitos devem ser transformados em edifícios residenciais — e, de novo, os legisladores da cidade colocam a questão do uso social na discussão.
Em São Paulo, a afamada Câmara Municipal refez o plano diretor dando permissão para construir gigantescos prédios nas áreas onde antes havia casas, a maioria delas com comércio de rua. Durante a discussão, não se falou em contrapartida social, como fizeram os nova-iorquinos.
Em tempo: Bloomberg proibiu o uso de buzina na cidade. Além de pagar do próprio bolso o almoço de seus assessores. Fonte: https://oglobo.globo.com
O que podemos aprender com a prática do padre Júlio?
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Política pública deve fortalecer o acolhimento e ajudar na construção da autonomia
Padre Júlio Lancellotti em homenagem pelos mais de 40 anos dedicados aos direitos humanos - Marlene Bergamo/Folhapress
Mestre em Economia Aplicada pela USP, é professora do Insper e foi secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo
O que tem causado o aumento recorde de pessoas em situação de rua?
Como relatei na última coluna, sabemos que os estados brasileiros com o maior número de pessoas em situação de rua por habitante são os mais ricos, como São Paulo e Mato Grosso do Sul, enquanto os mais pobres têm menor incidência, segundo o Cadastro Único do governo federal.
Sabemos também, a partir dos relatórios da Rede de Política Social Europeia, que a população em situação de rua cresceu 15% ao ano na Alemanha e 14% na Inglaterra.
Por último, sabemos que no Brasil a taxa de crescimento da população em situação de rua é de 12% ao ano (um crescimento gradativo desde 2012) e que o comportamento da pobreza, aqui entendida como o perfil dos beneficiários do Bolsa Família, é muito diferente. Numa rota de oscilação entre altas e baixas, o número de famílias com menos de R$ 218,00 per capita foi de 14,6 milhões em 2012 para 14,2 milhões no ano passado.
É possível que estejamos frente a um fenômeno de histerese, a tendência de um sistema conservar suas propriedades na ausência do estímulo que as gerou. Uma vez que houve um agravo na pobreza, em 2019 e em 2021, as pessoas que passaram a ficar na rua não conseguiram reverter a situação no período, mesmo com o recuo geral da pobreza.
Dados indicam que antes de irem para a rua, essas pessoas tinham casa e família, e que alguma ruptura as levou a essa condição. Um censo realizado pela cidade de São Paulo com a população em situação de rua em 2021 mostrou que 50,2% das pessoas vivenciaram algum rompimento de vínculo com a sua comunidade, como conflitos familiares e separações motivadas por diferentes causas, antes de irem para a rua.
Eventos drásticos podem ter ocorrido nesses núcleos familiares, gerando rompimentos tão agudos quanto. No entanto, essas situações não acontecem desde sempre? Havia menos ruptura familiar ou havia mais espaço de acolhimento? O que mudou para a situação alcançar esse patamar?
Em capítulo do livro "Tinha uma pedra no meio do caminho: invisíveis em situação de rua", o padre Júlio Lancellotti escreve: "temos a intolerância da política, a intolerância na retórica do ódio. Mas há uma retórica do ódio que está sendo internalizada e se explicita no relacionamento humano, na incapacidade de conviver."
Talvez estejamos perdendo a força da rede de apoio e da convivência, em especial entre as famílias mais vulneráveis. Em caso de separação, uma pessoa rica provavelmente irá morar sozinha. Uma pessoa pobre não tem como recorrer a essa alternativa.
A principal prática de Júlio Lancellotti é ofertar acolhimento e pertencimento. Grande parte de sua atuação envolve comida e alojamento, mas também a reconstrução de vínculos com a família e com a sociedade. Esses passos são, sem dúvida, primordiais para a recuperação de uma pessoa. Ao acolher, ele abre espaço para que o cidadão se encaminhe para a autonomia.
A política pública deveria começar com uma equação semelhante, de fortalecer o acolhimento, o atendimento de saúde e o apoio à reinserção familiar para, então, auxiliar na construção de uma vida nova independente. Não aprender com o padre é perder tempo. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Guia de turismo, pastor e músico: quem são as vítimas do acidente com 25 mortos na BA
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Guia de turismo, pastor e músico: quem são as vítimas do acidente com 25 mortos na BA
Caminhão bateu de frente em ônibus de turismo que voltada da Praia de Guarajuba, no litoral do estado
Vítimas do acidente entre ônibus de turismo e caminhão na Bahia — Foto: Reprodução
Por
Ana Clara Serafim* Júlia Cople, Pâmela Dias e Paulo Assad — Rio de Janeiro
Uma guia de turismo, um presbítero, uma diaconisa e um músico são algumas das vítimas do acidente entre um micro-ônibus e um caminhão que transportava mangas, na noite deste domingo, na BR-324, em trecho da cidade do São José do Jacuípe, no norte da Bahia. A colisão frontal aconteceu quando o veículo que transportava passageiros voltava de uma excursão à praia de Guarajuba.
Entre as vítimas identificadas até o momento está a guia turística Michele Silva, de 30 anos. A informação foi confirmada por João Daniel da Conceição, advogado da família da vítima, que é dona da empresa Naldo Transportes, responsável pelo ônibus que fazia a viagem.
De acordo com o advogado, Michele agendava as excursões e fazia os contratos. O pai era o dono da empresa, mas eles tinham uma relação comercial. Ainda segundo da Conceição, a documentação do veículo estava em dia, e o ônibus havia passado por uma vistoria da agência reguladora há menos de 30 dias. Quem dirigia o ônibus no momento do acidente era João Nilson, que também faleceu.
ACIDENTE COM 25 MORTOS NA BA
Ao menos 25 pessoas morreram em um acidente envolvendo um caminhão carregado de manga e um ônibus de turismo, na noite de domingo, na BR-324, em trecho da cidade do São José do Jacuípe, no norte da Bahia, a cerca de 290 km de Salvador.
O acidente aconteceu por volta das 22h30, no km 381, próximo da cidade de Gavião, no sentido de Jacobina.
O coletivo estava fazendo o trajeto de Guarajuba para Jacobina. Um dos feridos foi levado para o hospital da cidade de Capim Grosso e as outras cinco para uma unidade de saúde de Nova Fátima.
Eles faziam esses percursos quase que mensalmente entre grupos de amigos que se unia para conhecer praias. No Ano Novo, por exemplo, foram para outra cidade: Morro de São Paulo.
Presbítero e esposa também estavam no ônibus
Uma família que frequentava a Assembleia de Deus Madureira Jacobina também está entre as vítimas. Os três familiares, identificados por amigos nas redes sociais como presbítero Erivaldo, diaconisa Tatiane e o filho, Emanuel, são descritos como "uma família abençoada, de Deus".
A igreja que frequentavam, Assembleia de Deus Madureira Jacobina, publicou uma nota de pesar nas redes sociais. Fiéis e amigos que compartilhavam a fé com a família deixaram mensagens de luto nos perfis da congregação.
"Pb. Erivaldo, Dca. Tatiane, Emanuel. Deixaram Registrado nesse Ministério, em nosso convívio a sua História! Fiés dizimistas, ofertantes, ajudadores, comprometidos, empenhados, servos do Senhor. Só nos resta estarmos juntos em oração por todas as famílias enlutadas nesse momento de dor, lágrimas e luto!", compartilhou o pastor Mickael Lima, amigo da família.
Saxofonista fez último show no Réveillon
O saxofonista Gleidson Andrade também está entre as vítimas fatais. Ele tocava na banda do cantor Davi Lucca, com quem fez show no Réveillon. Autodeclarado flamenguista, o último post de Gleidson foi tocando saxofone.
Em seu perfil nas redes sociais, Davi Luccas prestou homenagem ao amigo, que o acompanhava na carreira desde 2018.
"Meu amigo agora tá com papai do céu. Foi uma das melhores pessoas que eu tive o prazer de conhecer. Meu irmão da vida, do trabalho, da carreira, de sonhos. Estava comigo desde o início em 2018 até o nosso último show no Réveillon... Te amo irmão, obrigado por sempre acreditar em mim", escreveu o cantor.
Casal e duas filhas voltavam de Guarajuba no ônibus
Quatro membros da família Grassi estavam no ônibus que colidiu com o caminhão no acidente. O casal, Amarilia Lima Grassi e Edmilson Alencar dos Santos, junto com duas filhas, Sabrina e Maysa Grassi, estavam a bordo. Maysa Grassi foi encaminhada para uma unidade de saúde e está internada, porém, os outros familiares morreram no local do acidente.
Nas redes sociais, as fotos do fim de semana da jovem Sabrina Grassi na Praia de Guarajuba ainda estão disponíveis para os seguidores. A jovem andava a cavalo e compartilhava registros da rotina com o esporte, que dividia com a irmã, Maysa Grassi.
Em um perfil, outra filha do casal, Aíla Grassi, afirma estar de luto pelos familiares e sem condições de falar a respeito.
Acidente na BR-324
Segundo a Brigada Voluntária Anjos Jacuípenses, entre as vítimas fatais — 21 passageiros do ônibus e três pessoas que estavam no caminhão — há uma gestante. Outras seis ficaram feridas.
O coletivo estava fazendo o trajeto de Guarajuba para Jacobina. Um dos feridos foi levado para o hospital da cidade de Capim Grosso e as outras cinco para uma unidade de saúde de Nova Fátima.
Não há detalhes sobre o estado de saúde delas e informações sobre o que causou a colisão.
Segundo policiais civis da 16ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jacobina) exames perícias serão realizados no local do acidente e em seguida, serão feitas as identificações das vítimas.
As vítimas do acidente terão um velório coletivo, segundo divulgado pela Prefeitura de Jacobina, cidade próxima ao local da colisão. Um decreto também estabeleceu luto de três dias no município.
"A Prefeitura reitera que já iniciou a organização para um velório coletivo com previsão de acontecer na sede do Ginásio de Esportes municipal. As equipes que integram a gestão estão providenciando os encaminhamentos junto às Funerárias visando agilizar a liberação e a transferência dos corpos para Jacobina", disse a prefeitura por meio de nota.
Funcionários do município também foram destacados para dar suporte às famílias das vítimas do acidente, segundo a nota.
Leia a nota do Corpo de Bombeiros:
Bombeiros militares da 2a CIA BM em Juazeiro, pertencente ao 9° BBM, em Juazeiro, atenderam uma ocorrência que deixou 25 mortos na BR 324, na altura da cidade de Gavião. Após o resgate, os corpos foram entregues aos cuidados do Departamento de Polícia Técnica (DPT), para identificação e demais procedimentos legais. Fonte: https://oglobo.globo.com
Pastor morre após ser picado por jararaca em área de mata perto de onde morava em SC
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Evandro José Matteussi foi surpreendido pelo animal antes da virada do ano. Morte cerebral foi confirmada pela família.
Pastor de SC fica em estado grave no hospital após ser picado por jararaca — Foto: Arquivo Pessoal
Por Caroline Borges, Ana Carolina Metzger, g1 SC e NSC
Um homem de 42 anos morreu nesta sexta-feira (5) após ser picado por uma cobra jararaca em Agrolândia, no Vale do Itajaí. Evandro José Matteussi era pastor de uma igreja na região e foi surpreendido pelo animal em uma área de mata perto de casa antes da virada do ano.
O homem estava internado em estado grave desde então. A confirmação sobre a morte cerebral foi informada por familiares ao g1. O velório será na Associação Desportiva Industrial Rex, em Braço do Trombudo, na mesma região, onde a vítima era pastor.
Após ser picado, o pastor foi até o Hospital de Agrolândia, recebeu soro, mas no dia seguinte sofreu uma convulsão e foi transferido ao Hospital Regional do Alto Vale, em Rio do Sul, na mesma região, para fazer uma tomografia.
Em um exame, os médicos constataram que o pastor tinha um coágulo no cérebro e, por isso, passou por cirurgia. Conforme Marilda Matteussi Pacher, irmã do pastor, depois do procedimento os médicos perceberam que o sangue não circulava na região.
"Parece que, depois da cirurgia, o veneno da cobra voltou com 'mais força' para o corpo dele", disse a irmã.
Em nota, a família mencionou os profissionais de saúde que tentaram salvar o pastor. "Agradecemos a equipe médica do Hospital Regional que, com muito amor, recebeu nosso irmão e fizeram o possível ao alcance deles. E os familiares agradecem também todas as pessoas que de todos os lugares que oraram por ele".
A jararaca é uma espécie de cobra peçonhenta que costuma estar envolvida em acidentes com humanos. Ela costuma dar o bote sempre que se sente ameaçada (veja abaixo o que fazer se for picado pelo animal).
Matteussi morava em Agrolândia, mas era pastor na Igreja Deus é Amor, em Braço do Trombudo, na mesma região. Não há informações atualizadas sobre o sepultamento.
Cobra em Florianópolis
Na quarta-feira (3), um filhote de jararaca foi resgatado em uma casa em Florianópolis. O réptil estava nos fundos de uma máquina de lavar na área de serviço do local, informou o Corpo de Bombeiros Militar.
O que fazer em caso de picada?
Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. O torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação;
não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção;
o local da picada deve ser lavado com água e sabão;
a vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital;
é importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível) pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado. Fonte: https://g1.globo.com
Me recuso a perder a esperança
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Sentimento cigano, a esperança nunca vem para ficar; tudo o que podemos fazer é tentar segurá-la pelo maior tempo possível
Escritora, roteirista e uma das idealizadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras.
Neste ano que vai embora, a esperança tentou ir embora junto. Ou será que fomos nós a afugentá-la? Já começou no 8 de janeiro, quando homens atacaram com paus e pedras a imberbe democracia. Lembro da hora em que minha esperança fugiu sem dizer se voltava: foi quando um deles mostrou a bunda enrolada em uma bandeira —como é feia a face glútea da ignorância.
Não sei bem quando a minha esperança reapareceu, mas me lembro de senti-la ao meu lado meses depois ao ver uma garota cruzar o Círculo Polar Ártico sozinha a bordo de uma embarcação de nome Sardinha. Se dois bíceps tão finos e um veleiro tão frágil podem enfrentar o mar revolto, quantas coisas uma população de 8 bilhões de pessoas não podem enfrentar juntas?
Pena que nem sempre 8 bilhões de pessoas estão juntas, como a guerra logo veio para lembrar. Um certo horror, que julgávamos enterrado, reapareceu na estrela de Davi pichada de forma antissemita numa porta, em bebês feitos de refém, em hospitais bombardeados, em 8.000 crianças palestinas mortas, em outras sendo amputadas sem anestesia, na fome sendo usada como arma de guerra, no mundo assistindo a isso calado. Sem falar nos outros conflitos.
Nem os donos das esperanças mais aguerridas foram capazes de mantê-las por esses meses. E a minha só deu as caras (para sumir logo depois) quando uma refém desta mesma guerra, recém liberta, virou para o seu algoz, apertou sua mão e disse: shalom.
"O punho uma vez foi uma mão aberta e dedos", escreveu o poeta Yehuda Amichai, conterrâneo desta mesma refém, uns anos antes.
"Para escrever um poema que não seja político / devo escutar os pássaros / mas para escutar os pássaros / é preciso que cesse o bombardeio", escreveu o palestino Marwan Marhoul.
A poesia não salva a humanidade, não salva o leitor, não salva sequer o poeta, mas às vezes a sua beleza pode salvar o minuto. E é na trégua dos minutos que a esperança reaparece.
Sentimento cigano, a esperança nunca vem para ficar. Tudo o que podemos fazer é tentar segurá-la pelo maior tempo possível. Como a respiração de um mergulhador, o peito se expandindo, se exercitando para tirar o máximo do pouco que se tem.
Agora em novembro, quase perdi de vez a esperança ao acompanhar uma mesa de negociações que decidia a temperatura da Terra e, portanto, se será viável a vida neste calejado planeta.
Por alguns dias pensei que estávamos fritos, totalmente vendidos para os produtores de petróleo que sediavam o encontro e já começavam a redigir um acordo drástico, mas então uma criança invadiu com um cartaz a mesa da ONU e o representante de um país insular que poderá ser engolido pela água levantou a voz "não desceremos silenciosamente aos nossos túmulos aquosos!", e as negociações foram interrompidas para serem retomadas em melhores termos (ainda que bem longe dos ideais).
Quando tudo parece perdido, há sempre uma pessoa que aparece com um discurso, um aperto de mão, um poema, um cartaz, um veleiro, uma perspectiva, um grito, uma proposta, um aceno, uma escola de dança em uma terra devastada. Não sei se acredito na humanidade, mas ainda acredito nas pessoas.
Pode parecer inocência tentar manter alguma esperança (e é mesmo), mas qual o sentido de viver sem ela? Que nesta virada de ano esse sentimento duro de agarrar esteja com você. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
A pressão estética do Natal no Instagram.
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A pressão estética do Natal no Instagram
No padrão em meio às diferenças não há solidão. Pelo contrário, há sempre gente reunida e feliz, ou pelo menos sorridente
Jill Wellington por Pixabay
Escrevo diretamente de um passado não muito distante, mais precisamente do dia 25 de dezembro. Deitada na cama às 8h35 da noite, abro o Instagram e me deparo com um feed inteiro de ensaios natalinos dos mais diversos. Gente de todas as cores e de tantos lugares do mundo, celebridades e anônimos, de Hollywood ao Pará, das Kardashians à Joelma.
São galerias inteiras de fotos. Afinal, apenas um registro não daria conta de mostrar todos os ângulos de cada Natal. Passeio por Natais alheios como Ebanezer Scrooge, o vilão herói de Dickens, que, acompanhado de seus próprios fantasmas, viaja por Natais passados, presentes e futuros, observando a uma certa distância, vendo sem ser visto. Ao contrário de Scrooge, cujo amargor da vida havia se transformado em desprezo pela data, meu olhar não vem carregado de nenhum sentimento em particular. Observo sem nenhuma predisposição ao que vejo, com o intuito apenas de preencher a monotonia desses minutos pré-sono, mas logo passo a me interessar pelo padrão que surge em meio às diferenças.
Nas fotos, não há solidão. Pelo contrário, há sempre gente reunida e feliz, ou pelo menos sorridente. Famílias de sangue ou de afinidade, apertadas no espaço da tela, vestidas de roupas bonitas, invariavelmente em tons de vermelho, verde ou dourado. Crianças arrumadas com laços de fita como presentes. Todos calçados, claro. As mulheres de salto alto para andar pela sala de casa. Uma árvore ao fundo, presentes no canto da foto, uma mesa posta com a louça especial, talvez até uns guardanapos de pano. Coisa fina.
Impossível não estabelecer uma comparação entre os ângulos natalinos alheios e os meus. Me transporto então para a minha própria ceia, horas antes, e que agora me parece tão diferente das que vejo no telefone. É verdade, foi um Natal improvisado. Estamos viajando e viagens não permitem rigidez de tradições (não que eu as tenha para início de conversa). A ceia foi pedida no restaurante da esquina e apresentada na mesa em travessas de alumínio, afinal, estamos num Airbnb e qualquer um sabe que Airbnb que se preze não tem nem meia travessa sobrando pra servir qualquer coisa. A comida em si foi servida em pratos brancos, finos não por serem chiques, mas por serem de espessura mínima, desses que uma batida de garfo mais vigorosa é capaz de partir ao meio. Por fim, amigos conversando na cozinha, cada um tomando vinho numa taça de forma e tamanho diferentes, e crianças vestidas sem qualquer coordenação de cores. Nenhum salto alto à vista.
Por um instante me perguntei se não estava fazendo errado essa coisa de Natal. Será que estou estragando as memórias dos meus filhos por não ter montado um Natal digno de sessão de fotos da revista Caras? Será que um dia terei um Natal digno da blogueira que nas horas vagas finjo ser?
As dúvidas só duram mesmo um instante. Lembro rapidamente que a vida em nada se assemelha aos recortes do Instagram. E que por trás dos retratos posados há de tudo. Da alegria bagunçada à perfeição triste e todo o espectro de tretas e delícias que possa existir entre um polo e outro. Penso que o Natal é apenas mais um catalisador da pressão estética desta rede social que, hora ou outra, descamba pra obsolescência, quando coletivamente percebermos que imagem não é tudo.
Por aqui, tiramos poucas fotos. Afinal, não havia nada extremamente instagramável e a atenção estava voltada para o momento, as pessoas, a comida. E apesar da falta de preocupação estética (ou talvez por causa dela) foi uma noite absolutamente feliz.
Agora me resta esperar as fotos de Ano Novo. Dos corpos perfeitos desfilando biquínis caros em praias paradisíacas. Mas desta vez já estou vacinada contra a pressão fotográfica das festas de fim de ano (e sabendo que jamais estarei à altura) deixarei o telefone fora do quarto antes de ir dormir. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Pai e filho morrem abraçados durante execução motivada por herança em ceia de Natal no Paraná, diz bombeiro
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Três pessoas da mesma família foram mortas e outras quatro ficaram feridas em Maringá. Suspeito de 56 anos se matou na sequência, segundo a polícia.
Em briga por herança, homem mata três pessoas da mesma família e deixa dois feridos, dizem Bombeiros — Foto: Corpo de Bombeiros
Por Gabriel Bukalowski, Solange Riuzim, Gesli Franco, g1 PR e RPC Maringá
Os corpos de pai e filho foram encontrados abraçados na casa onde três pessoas da mesma família morreram e outras quatro ficaram feridas após uma sequência de tiros durante a ceia de Natal, no domingo (24), em Maringá, no norte do Paraná, segundo o Corpo de Bombeiros.
Conforme a Polícia Militar (PM-PR), a motivação do crime está ligada à divisão da herança entre os familiares. Dario Jorge Kodama, de 56 anos, suspeito dos disparos, se matou na sequência. Entenda no final da reportagem.
Ao chegar ao local, equipes do Corpo de Bombeiros viram as vítimas caídas no fundo da casa, ao lado da churrasqueira. O filho, de 24 anos, estava abraçado ao pai, de 53 anos.
"Morreram um abraçado com o outro. Talvez o filho foi proteger o pai ou o pai proteger o filho, algo do tipo", disse o aspirante Eduardo Poleto, do Corpo de Bombeiros.
O corpo do enteado do homem de 53 anos estava caído a um metro de distância, conforme o aspirante. O rapaz tinha 18 anos.
A namorada dele foi baleada diversas vezes, foi socorrida em estado grave e levada para o hospital.
Dois jovens, de 16 e 26 anos, levaram tiros no pescoço e no tórax e conseguiram fugir pulando um muro. A outra vítima, dona da casa, foi atingida na perna sem gravidades.
Outra pessoa que estava no local conseguiu se trancar em um dos cômodos e não ficou ferida.
Câmera registrou o barulho dos tiros
Uma câmera de segurança registrou a sequência de tiros disparados, segundo a polícia, por Dario Jorge Kodama, logo após ele ter invadido a casa. Ouça abaixo.
No vídeo, é possível ouvir cerca de 15 tiros. No entanto, não dá para ver a movimentação do suspeito.
Câmera registra série de tiros que matou três da mesma família durante ceia de Natal
Familiares estavam confraternizando
Segundo o tenente Martmann, da Polícia Militar, cerca de 10 pessoas estavam reunidas na confraternização quando o homem cometeu o crime. Em seguida, ele atentou contra a própria vida.
De acordo com a PM, Dario era irmão da dona da casa.
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações oficiais sobre a identidade dos mortos, nem do grau de parentesco ou envolvimento deles com o autor dos disparos.
"O indivíduo entrou e passou a efetuar os disparos no pessoal que estava confraternizando. Seria um desentendimento familiar sobre a herança", disse.
O caso será investigado pela Polícia Civil (PC-PR).
Crime
De acordo com a PM, o atirador entrou no terreno com a arma, duas luvas e uma máscara. Em seguida, trancou o portão e iniciou o ataque.
Durante a ação, o suspeito trocou o carregador da arma 9 milímetros e continuou a execução.
Imagens de câmera de monitoramento instalada em uma casa próxima registraram a movimentação policial minutos depois. Fonte: https://g1.globo.com
Natal: modo de usar
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Não se pode modificar décadas de convívio em uma noite, mas existe um fator que pode ser recalculado
Diretora do Instituto Gerar de Psicanálise, autora de “O Mal-estar na Maternidade” e "Criar Filhos no Século XXI". É doutora em psicologia pela USP.
Produtos e bonecos de Papai Noel expostos em loja para o Natal - Eduardo Knapp - 16.dez.23/Folhapress
Para as famílias felizes as datas comemorativas tendem a ser a invejável celebração do seu sucesso. Mas, como dizia Tolstói, as felizes são tão parecidas entre si que sobre elas temos pouco a refletir, afinal, em time bom não se mexe. Já nas infelizes, com suas variadas formas de cultivar o sofrimento, as mesmas datas se tornam a constatação do fracasso das relações com as pessoas que nos são mais significativas. Costumam ser o limão na ferida.
Entre os extremos restam as famílias nas quais as afinidades são poucas e a festa desce como uva passa no meio das comidas: era melhor não ter, mas, sendo inescapável, dá pra engolir rápido ou empurrar para o canto do prato.
E assim segue o Natal como raio-X das relações familiares, fotografia que revela a cada ano o estado desse núcleo que é vendido como feliz, mas vivenciado como corrida de obstáculos. Não se pode modificar décadas de convívio danoso em uma noite, o que torna a azia inevitável, mas existe um fator que pode ser recalculado.
O Natal passou de festa religiosa a um evento totalmente comercial perdendo qualquer alusão à sua origem. Alguma criança ainda lembra que se comemora o nascimento de Jesus? A coisa se resume à figura do Papai Noel, inventada e empurrada goela abaixo pela indústria da Coca-Cola. E desemboca numa troca de presentes que movimenta a economia enquanto endivida a classe média e exclui a proletária. Como já dizia Freud, dinheiro é libido e, portanto, os gastos revelam o grau de investimento no projeto, que pode ser tanto a resposta a um desejo genuíno, quanto ao mais alienado dos gestos.
Para empurrar um consumo irracional na pior época para se gastar —seguida de férias, IPVA, IPTU e a instabilidade de quem não é CLT—, haja propaganda. O apelo emocional nos induz a associar a magia do Natal com as comidas, roupas e presentes, fazendo a roda consumista girar. A aura que a propaganda imprime ao evento só aumenta o abismo entre a cena imaginária idealizada e a família real que se tem que encarar. Aquela que nos últimos 364 dias usou de todos os subterfúgios para não ter que se encontrar.
Pode-se falar do Natal como a festa mais pesada para a maioria das famílias sem ignorar as oriundas de outras religiões, uma vez que a data se desprende de tal forma de sua vocação original que fica quase impossível que judeus, muçulmanos, budistas e outros se livrem do ritual de trocas de mercadorias a que se associou. Mas quanto mais distante das falsas expectativas referidas à data, maior a chance de que seja apenas um jantar em família, mais ou menos agradável, e não uma aula de anatomia afetiva.
Desde a modernidade, a família é um misto de empresa e bunker capaz de tudo para defender os seus em detrimento dos demais, mas também de cortar na carne de quem ameaçá-la de dentro. As relações compulsórias que a família cria e seu fechamento para o mundo criam a lógica que leva a sua derrocada subjetiva. Daí que a chance de se sentir bem nesse empreendimento compulsório carregado de culpas e falsas expectativas é bem reduzida. Quanto mais aberta para o mundo, quanto mais arejada no respeito às singularidades, mais a família se aproxima das amizades eletivas sem laço de sangue. Guardaria o título de família, se ainda quisermos usar esse termo, o grupo que, compartilhando uma história comum —recente ou transgeracional–, se baseasse no reconhecimento e respeito às diferenças, no cuidado mútuo e na abertura para o coletivo.
Jesus, quando perguntado sobre sua família, teria respondido que sua mãe e irmãos são todos os que ouvem a palavra de Deus e a executam. Como a palavra de Deus é assunto de foro íntimo, e não monopólio da pregação das igrejas, prefiro acreditar, em meu benefício, que na família de Jesus até ateus de boa índole seriam bem-vindos.
Bom Natal.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Estratégica para o agro, Luís Eduardo Magalhães (BA) vive alta em mortes violentas
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Indicadores acenderam alerta de autoridades para o avanço da criminalidade em uma das regiões mais prósperas do estado e do agronegócio no país
Cidade de Luís Eduardo Magalhães fica a 954 km da capital Salvador - Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães no facebook
SALVADOR
Principal polo agropecuário do oeste da Bahia, Luís Eduardo Magalhães (954 km de Salvador) registrou um pico de mortes violentas intencionais em 2022, com taxa de 56,5 assassinatos a cada 100 mil habitantes. Foram 61 mortes violentas, sendo 19 delas resultado de ações policiais.
Esses dados fizeram da cidade baiana a 18ª com maior proporção de mortes violentas do país, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os indicadores acenderam o alerta das autoridades para o avanço da criminalidade em uma das regiões mais prósperas do estado e de papel primordial para o agronegócio brasileiro.
Com 107 mil habitantes, Luís Eduardo Magalhães é cortada por duas rodovias federais que ligam a Bahia com as regiões Centro-Oeste e Norte do país, localização considerada estratégica para a atuação de facções criminosas.
O agronegócio fez da cidade uma espécie de eldorado, com uma população que flutua no período de plantio e colheita das safras de soja, milho e algodão. A renda gerada pela produção agrícola se tornou um chamariz para criminosos, que viram na cidade um mercado em franco crescimento.
"É uma cidade rica, que vem se desenvolvendo, e por isso tem uma população flutuante. Mas não há uma sensação de insegurança. De certa forma, a criminalidade está controlada", afirmou o delegado Thiago Folgueira, coordenador da Polícia Civil no oeste baiano.
O comércio ilegal de drogas em Luís Eduardo é dominado da facção BDM (Bonde do Maluco), uma das maiores da Bahia. Nos últimos anos, a cidade foi uma das áreas de atuação do traficante Ednaldo Freire Ferreira, o Dadá, apontado como fundador e um dos principais líderes do BDM.
O traficante ganhou notoriedade em outubro, quando teve a prisão preventiva transformada em domiciliar pelo desembargador Luiz Fernando Lima, do TJ (Tribunal de Justiça) da Bahia. Dadá está foragido e o magistrado foi afastado por meio de uma decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
A prevalência de uma única facção faz com que a dinâmica das mortes violentas esteja mais ligada à compra e venda de entorpecentes. Não há uma disputa entre grupos criminosos pelos pontos de droga, diferentemente do que ocorre em Sorriso, município mais rico do agronegócio brasileiro.
Presidente do Conselho de Segurança de Luís Eduardo Magalhães, Heliton Bettes minimiza o número de mortes violentas e diz que os indicadores não se refletem no cotidiano da cidade.
"A maioria das mortes são acertos dos bandidos entre eles mesmos. São muito raros os casos de latrocínio e assaltos à mão armada contra pessoas de bem."
No ano passado, foi registrado apenas um latrocínio (quando há roubo e a vítima é morta) na cidade. Mas dados da Secretaria de Segurança Pública mostram crescimento dos crimes contra o patrimônio. O número de furtos de veículos, por exemplo, era 25 em 2021, subiu para 70 casos no ano seguinte e já chegou a 76 no período entre janeiro e agosto deste ano.
O policiamento ostensivo é feito pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal, que assumiu parte do trabalho de rondas. O secretário municipal de Segurança Pública, João Paulo Alves, diz que a parceria com a PM tem dado resultados, com a redução dos indicadores de violência ao longo do último ano.
Na zona rural, as maiores fazendas possuem videomonitoramento e segurança privada. Entidades também firmaram convênios com o governo para custear reparos em viaturas e combustível para a polícia.
"A maioria dos produtores se organizam em grupos e, quando dá algum problema em qualquer fazenda, um ajuda o outro. Mas é raro isso acontecer", afirmou Jaime Cappellesso, vice-presidente do sindicato rural da cidade. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Líder indígena pataxó é assassinado no sul da Bahia
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Lucas Kariri-Sapuyá, cacique de uma aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe, foi assassinado com tiros em Itaju do Colônia (BA); governador promete apuração rigorosa
Lucas Kariri-Sapuyá, cacique de uma aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe, foi assassinado com tiros em Itaju do Colônia (BA) - Reprodução Instagram
SALVADOR
O líder indígena Lucas Santos de Oliveira, o Lucas Kariri-Sapuyá, 31, foi assassinado com tiros nesta quinta-feira (21) em Itaju do Colônia, município do sul da Bahia a 406 km de Salvador.
Ele estava em uma motocicleta em uma localidade conhecida como estrada Pau Brasil, nas proximidades da Terra Indígena Caramuru-Paraguassu. De acordo com a Polícia Civil, ele foi atingido por tiros disparados por dois homens, que estavam em outra moto na mesma estrada.
A Polícia Militar informou que foi acionada na tarde de quinta-feira, mas Lucas já estava sem vida quando os soldados chegaram ao local. A área foi isolada para realização de perícia.
Lucas era cacique de uma aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe, um dos coordenadores do Mupoiba (Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia) e agente de saúde (no Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia.
Também fazia parte do conselho estadual dos Direitos dos Povos Indígenas da Bahia e filiado ao partido Rede Sustentabilidade. Ele deixa esposa e três filhos.
A Terra Indígena Caramuru-Paraguassu, que fica entre os municípios de Itaju do Colônia, Pau Brasil e Camacan, possui 54 mil hectares e abriga cerca de 2.800 pessoas. O território tem um longo histórico de conflitos fundiários envolvendo fazendeiros e indígenas.
Nos anos 1970, o governo da Bahia concedeu títulos de propriedade de terras para fazendeiros em áreas dentro da terra indígenas. Nas décadas seguintes, os indígenas se organizaram e iniciaram uma série de ações chamadas de "retomadas" e "autodemarcações", com a expulsão dos produtores rurais.
Em 2012, o Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente procedente uma ação que discutia a anulação dos títulos de propriedade em terras localizadas na área da reserva indígena. A Funai (Fundação Nacional do Índio), autora da ação, alegou que a área já era ocupada pelos índios pataxó-hã-hã-hãe quando o governo titulou as terras.
Mesmo com a decisão em favor dos indígenas, o clima de tensão permaneceu na região nos últimos anos, incluindo casos de ameaças, mortes e a ação de milícias rurais.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (22), a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) manifestou "pesar e indignação" diante do assassinato do Cacique Lucas. Também informou que vai acompanhar as investigações para identificar e responsabilizar os autores desse crime.
"Que a memória de Cacique Lucas seja honrada na contínua luta pela preservação dos direitos e da dignidade dos povos indígenas."
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) também lamentou a morte do líder indígena, a quem classificou como um defensor dos povos indígenas, da natureza e dos direitos humanos: "Deixo meu abraço aos familiares e à comunidade, além do meu compromisso de que o caso está sendo investigado com rigor".
O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, disse que o governador determinou que as forças de segurança priorizem a proteção a povos tradicionais e que reforçará sua atuação "com vistas a rápida elucidação deste caso trágico."
O Movimento Unido dos Povos e Organizações da Bahia lamentou o assassinato do Cacique Lucas. Em nota, destacou que que ele era membro essencial da comunidade, dedicou a vida ao movimento indígena e deixou um legado de liderança: "Exigimos, com veemência, que a justiça seja feita."
A Bahia enfrenta uma a escalada de conflitos fundiários se agravou nos últimos anos e segue provocando mortes e tensão em territórios conflagrados.
Dados da Comissão Pastoral da Terra apontam que a Bahia registrou no ano passado 99 conflitos agrários em áreas que chegam a 275 mil hectares, onde moram cerca de 9.500 famílias.
Ao todo, 27 pessoas foram ameaçadas de morte devido aos conflitos e três foram assassinadas. Neste ano, foram registradas mais quatro mortes violentas de indígenas e quilombolas.
No trecho do litoral sul baiano conhecido como Costa do Descobrimento, que reúne oito cidades –sendo Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália as mais populosas–, a média de mortes violentas intencionais em 2022 foi de 57,7 por 100 mil habitantes. O índice é mais que o dobro da taxa nacional (23,3) e está acima da média da Bahia (47,1). Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Batida com carreta destrói frente de ônibus e deixa morto e feridos na BR-116, em MG;
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Batida com carreta destrói frente de ônibus e deixa morto e feridos na BR-116, em MG;
Acidente aconteceu na madrugada desta quinta-feira (21), em Muriaé. Veículo seguia de São Paulo para Bahia com quase 60 passageiros.
Ônibus teve frente destruída após acidente com carreta na BR-116, em MG — Foto: Rádio Muriaé/Reprodução
Por g1 Zona da Mata e TV Integração — Muriaé
Veja como ficou ônibus e carreta que se envolveram em grave acidente na BR-116, em MG | Imagens: Paulo Vitor/Rádio Muriaé
Um grave acidente entre um ônibus de viagem e uma carreta deixou pelo menos 9 feridos e um morto na madrugada desta quinta-feira (21) na BR-116, em Muriaé, no interior de Minas Gerais. A vítima que morreu é o motorista do primeiro veículo, de 42 anos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o ônibus seguia de São Paulo para Vitória da Conquista (BA) com 57 passageiros, além do motorista e o auxiliar. Já na carreta, havia o motorista e um ajudante, que também ficou ferido.
A rodovia foi interditada totalmente no trecho do km 716, ainda sem previsão de liberação. Equipes do Samu, EcoRioMinas, polícias Civil e Rodoviária Federal estão no local. As causas do acidente serão apuradas.
O g1 entrou em contato com a empresa Sereno Tur, responsável pelo ônibus, e aguarda retorno. Fonte: https://g1.globo.com
Cidade de SP teve 830 mortes no trânsito até novembro, maior número em 7 anos.
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Cidade de SP teve 830 mortes no trânsito até novembro, maior número em 7 anos
Quatro em cada dez mortos são motociclistas; capital está na direção contrária do estado, segundo dados do Infosiga
Trânsito na avenida Paulista, na região central de SP; mortes de pedestres e motoristas na capital aumentaram - Karime Xavier 16.fev.2021/ Folhapress
SÃO PAULO
A cidade de São Paulo teve um total de 830 mortes no trânsito de janeiro a novembro de 2023, o maior número para esse período em sete anos. Os dados são do Infosiga, sistema de monitoramento de acidentes do governo estadual.
Entre as vítimas, os motociclistas são o maior grupo: foram 354 mortos nas ruas e avenidas da capital em 11 meses, o que equivale a 42% do total. Porém, enquanto houve queda nas mortes de motoqueiros (foram 25 vítimas a menos em relação ao ano passado), ocorreu um aumento entre os pedestres e os motoristas de carro.
Isso significa que mais de duas pessoas morrem todos os dias nas ruas e avenidas da capital, em algum acidente envolvendo veículos.
O Infosiga também mostra que a cidade está na contramão da tendência estadual. Houve uma diminuição de 4,4% nas mortes no trânsito em todo o estado, em relação a 2022. Em 11 meses, um total de 4.852 pessoas morreram em acidentes de trânsito em São Paulo —o número considera tanto mortes em estradas quanto nas cidades.
Neste ano, a capital teve 299 pedestres mortos em acidentes até novembro, um aumento de quase 10% em relação ao mesmo período de 2022. As mortes de motoristas e passageiros de carro chegaram a 111, alta de 11% em um ano.
A última vez que a cidade teve um número tão alto de mortes no trânsito, num período de 11 meses, foi no ano de 2016.
Na capital, o aumento das mortes ocorre mesmo após o prefeito Ricardo Nunes (MDB) dizer que o tema é uma das prioridades da sua gestão. A prefeitura tem a meta de diminuir a taxa de mortalidade, de 6,5 para 4,5 mortes a cada 100 mil habitantes, até o fim do próximo ano.
A principal iniciativa nesta área é a implantação de faixas azuis que orientam a passagem de motos em algumas avenidas. O modelo é uma inovação local e não tem previsão no Código de Trânsito Brasileiro, mas tem sido testado com autorização do governo federal, tornando-se uma das principais vitrines da gestão Nunes.
A cidade hoje tem mais de 60 quilômetros de faixas azuis, e a meta é implantar um total de 200 quilômetros até o fim de 2024.
Horácio Augusto Figueira, especialista em trânsito e transporte público, critica duramente essa iniciativa, afirmando que a Prefeitura de São Paulo colocou a moto como veículo de emergência na cidade.
"Essa infeliz faixa azul só está incentivando o comportamento de que a moto, na visão da prefeitura, é um veículo de emergência. Mais emergência do que ambulância, bombeiro, resgate, Samu e polícia. Hoje a moto tem prioridade acima de todo mundo", dispara Figueira, citando várias infrações cometidas pelos motociclistas, como trafegarem em alta velocidade, passarem sinal vermelho e subirem na calçada.
"Era para andar devagar nessa faixa azul quando o trânsito estivesse lento, mas as motos passam voando, muito acima da velocidade da via. A prefeitura oficializou esse comportamento inseguro em cartório, com aprovação do Senatran, de que a moto não pode parar. O que criaram é uma aberração."
O especialista cita ainda que o maior número de óbitos em sinistros de trânsito na capital ocorre à noite e aos finais de semana, justamente quando não há fiscalização da CET nem da Polícia Militar.
"Só na cidade de Sâo Paulo, à noite e na madrugada foram 218 sinistros fatais só de moto. Se tem mais óbitos à noite e madrugada, tem de chegar com a polícia e mudar a escala. Tem de ir para a rua, porque aí vão inibir furto e roubo e diminuir o sinistro de trânsito", finalizou.
Questionada, a prefeitura informou que "vem implementando uma série de medidas com o intuito de reduzir o número de acidentes de trânsito, vítimas feridas e óbitos no município". A gestão municipal citou a criação de espaços para motociclistas à frente dos carros próximos a cruzamentos, o aumento no número de faixas de pedestres, a criação da faixa azul para motociclistas e a diminuição do limite de velocidade em 24 ruas e avenidas.
"Hoje, nenhuma rua do município, com exceção das Marginais, Av. do Estado e a Av. 23 de Maio, tem velocidade máxima permitida acima de 50 km/h", informou a prefeitura, por meio de nota. A administração municipal também mencionou que aumentou o tempo semafórico para travessia de pedestres, e aumentou a segurança viária em diversas áreas da cidade, inclusive as que concentram escolas e têm alunos que fazem o trajeto para casa a pé. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Jornalismo, dilemas e oportunidades
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O jornalismo está em crise. Trata-se de um fato global. É preciso ir às suas causas, enfrentar os dilemas e saber construir oportunidades
Por Carlos Alberto Di Franco
O cenário do consumo da informação preocupa. Exige reflexão, autocrítica e coragem. Todos, sem exceção, percebem que chegou para o jornalismo a hora da reinvenção. A transformação é uma questão de sobrevivência.
Editorial do jornal O Estado de S. Paulo comentou recente e alarmante pesquisa realizada pelo Pew Research Center que mostra queda no consumo de notícias e uma preocupante perda de credibilidade dos meios nos Estados Unidos.
Quando questionados sobre a frequência com que acompanhavam o noticiário, apenas 38% dos americanos adultos – a partir de uma base de 12.147 pessoas ouvidas pelo instituto em agosto do ano passado – responderam que se informavam “o tempo todo ou quase o tempo todo”. Em 2016, mais da metade dos americanos adultos (51%) dizia prestar atenção ao noticiário com essa mesma frequência.
Mas a pior corrosão atingiu a credibilidade. Em 2022, apenas 15% dos americanos adultos disseram acreditar “muito” que os veículos publicam notícias de forma justa e precisa. A confiança nos jornais locais é um pouco maior (17%), mas ainda sofrível. Em 2016, esses porcentuais de confiança absoluta eram de 18% e 22%, respectivamente. No ano passado, ainda de acordo com a pesquisa, 46% dos entrevistados disseram confiar “um pouco” nos veículos de alcance nacional, ante 54% que disseram o mesmo sobre a mídia local.
O jornalismo está em crise. Trata-se de um fato global. É preciso ir às suas causas, enfrentar os dilemas e saber construir oportunidades.
A sociedade está cansada do clima de militância que tomou conta da agenda pública. Sobra opinião e falta informação. Os leitores estão perdidos num cipoal de afirmações categóricas e pouco fundamentadas, declarações de “especialistas” e uma overdose de colunismo. Um denominador comum marca o achismo que invadiu o espaço outrora destinado à informação qualificada: radicalização e politização.
As notícias que realmente importam, isto é, as que são capazes de alterar os rumos de um país, são frutos não de boatos, contrabando opinativo na informação ou meias-verdades disseminadas de forma irresponsável ou ingênua, mas resultam de um trabalho investigativo feito dentro de padrões de qualidade, algo que deve estar na essência dos bons jornais. Aqui já temos um formidável horizonte de reinvenção.
Jornalismo independente reclama liberdade. Não temos dono. Nosso compromisso é com a verdade e com o leitor. O fenômeno da disrupção digital, da perda de domínio da narrativa e da desintermediação dos meios tradicionais teve precedentes que poderiam ter sido evitados, não fosse o distanciamento da imprensa dos seus consumidores, sua dificuldade de entender o alcance das novas formas de consumo digital da informação e, em alguns casos, sejamos claros, sua falta de isenção informativa e certa dose de intolerância. Aqui temos outro formidável horizonte de reinvenção: recuperar fortemente o jornalismo factual. Entregar, com empenho de isenção, a realidade nos fatos. Sem filtros ideológicos ou militância camuflada. As nossas preferências devem ser manifestadas no espaço opinativo.
Os consumidores, com razão, demonstram cansaço com o tom sombrio das nossas coberturas. É possível denunciar mazelas com um olhar propositivo. Pensemos, por exemplo, na ignominiosa situação da corrupção. É preciso reverter um quadro que agride a dignidade humana, envergonha o País e torna inviável o futuro de gerações inteiras. Não seria uma bela bandeira, uma excelente causa a ser abraçada pela imprensa?
Em vez de ficarmos reféns do diz-que-diz, do blá-blá-blá inconsistente, das intrigas e da espuma que brota nos corredores do poder, que não são rigorosamente notícia, mergulhemos de cabeça em pautas que, de fato, ajudem a construir um país que não pode continuar olhando pelo retrovisor. Sobra Brasília e falta Brasil real. Há excesso de declarações e falta apuração.
A violência, a corrupção, a incompetência e a mentira estão aí. E devem ser denunciadas. Não se trata, por óbvio, de esconder a realidade. Mas também é preciso dar o outro lado, o lado do bem. Não devemos ocultar as trevas. Mas temos o dever de mostra as luzes que teimam em brilhar no fim do túnel. A boa notícia também é informação. A análise objetiva e profunda, sem viés ideológico, é uma demanda forte dos consumidores.
Os desafios são imensos. As redes sociais tiraram dos meios tradicionais a antiga exclusividade da mediação do debate público. Cada vez mais pessoas têm procurado consumir apenas as notícias que vêm de fontes que confirmam suas crenças e percepções. Criam-se bolhas fechadas e impermeáveis à informação.
Precisamos olhar as nossas coberturas e nos questionarmos se há valor diferencial no que estamos entregando aos nossos consumidores. Precisamos desenvolver uma boa curadoria da informação.
O editorial do Estadão conclui com um diagnóstico certeiro: “O jornalismo profissional está passando por uma crise para a qual a solução há muito é conhecida: apego aos fatos e respeito ao público”. Simples assim. Trata-se de traduzir o conceito – claríssimo – em ações e processos.
Longa vida ao jornalismo de qualidade!
*JORNALISTA. E-MAIL: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
O jornalista Carlos Alberto Di Franco escreve quinzenalmente na seção Espaço Aberto Veja mais sobre quem faz
Onde é feriado em 8 de dezembro? Veja lista de cidades
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Onde é feriado em 8 de dezembro? Veja lista de cidades
Data marca comemorações em homenagem à Nossa Senhora Imaculada Conceição
Por Rariane Costa
O feriado em celebração ao dia de Nossa Senhora Imaculada Conceição, santa da Igreja Católica, acontece nesta sexta-feira, 8 de dezembro. Marcado por atos e comemorações religiosas, várias cidades brasileiras decretaram feriado.
A data não faz parte do calendário de feriados nacionais, o que permite que o parecer sobre a adesão fique a cargo de Estados e municípios. Em maioria, cidades das regiões Norte e Nordeste irão celebrar a data. Enquanto grande parte das regiões Sul e Sudeste irá manter a sexta-feira como dia útil.
13 capitais irão dedicar o dia às comemorações. São elas:
Cuiabá (MT)
Aracaju (SE)
João Pessoa (PB)
Maceió (AL)
Recife (PE)
Salvador (BA)
São Luís (MA)
Teresina (PI)
Belém (PA)
Manaus (AM)
Belo Horizonte (MG)
Boa Vista (RR)
Macapá (AP) / ponto facultativo
No Estado de São Paulo, várias cidades importantes também decretaram feriado.
Campinas
São José do Rio Preto
Piracicaba
Presidente Prudente
Bragança Paulista
Franca
Franco da Rocha
Itanhaém
Jacareí
Jandira
Mogi Guaçu
Em municípios paulistas como Diadema, Guarulhos, Mauá e Votorantim, o feriado se dá pelo aniversário das cidades.
Veja outras cidades que decretaram feriado em celebração ao dia de Nossa Senhora Imaculada Conceição.
Rio de Janeiro
Angra dos Reis
Belford Roxo
Campo dos Goytacazes
Resende
Nilópolis
Rio das Ostras
Rio Grande do Sul
Santa Maria
Viamão
São Leopoldo
Minas Gerais
Contagem
Divinópolis
Sete Lagoas
Teófilo Otoni
Santa Catarina
Itajaí
Paraíba
Campina Grande
Pará
Abaetetuba
Ceará
Sobral
Espírito Santo
Serra
As comemorações e homenagens à Nossa Senhora da Imaculada Conceição têm raízes em 1854. Na ocasião, o papa Pio IX proclamou o dogma, ou seja, reconheceu oficialmente como verdade absoluta a concepção imaculada de Maria.
A proclamação do dogma afirma que Maria, mãe de Jesus, foi concebida sem o pecado original, uma crença que já era profundamente enraizada na devoção popular. A declaração papal consolidou a posição de Nossa Senhora da Imaculada Conceição como uma figura central na fé católica. Fonte: https://www.estadao.com.br
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