O estado tem dois casos confirmados da doença e outros 36 ainda sendo analisados. Minas Gerais já registrou 1.079 notificações da enfermidade

O surto de febre amarela silvestre em Minas Gerais, com mais de 300 casos confirmados da doença, continua a matar em outros pontos do Brasil. O Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira os dois primeiros casos da enfermidade com transmissão dentro do estado. Entre as vítimas está um morador da área rural de Casimiro de Abreu, que não resistiu e morreu. Outros 36 casos ainda estão sendo analisados. A doença também atinge o Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Tocantins e o Rio Grande do Norte.

Os casos no Rio de Janeiro foram confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde. A avaliação epidemiológica nos dois pacientes mostraram que a transmissão da febre amarela silvestre ocorreu dentro do estado. “Após a realização de exames, foram registrados resultados positivos para o vírus em dois homens, moradores da área rural do município de Casimiro de Abreu, sem histórico de viagem para áreas onde há comprovação da circulação da doença”, diz a nota da pasta.

Por causa da confirmação, a secretaria informou que tomou novas medidas para a região. Será antecipada a vacinação para 24 municípios estratégicos, nas regiões Norte, Noroeste, Serrana, dos Lagos e no entorno da reserva do Poço das Antas. No último sábado, a secretaria já tinha anunciado que estenderá a imunização para todo o estado.

O Ministério da Saúde vai disponibilizar um milhão de doses de vacinas, que serão entregues nesta quinta-feira, para a Secretaria. Ela será responsável por distribuir para os municípios estratégicos.

Doença em Minas

O número de pessoas que morreram em decorrência da febre amarela continua subindo em Minas Gerais. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que já são 110 óbitos registrados pela doença. Ainda são analisados exames em outras 75 pessoas que perderam a vida por suspeita da enfermidade. Esse é o pior surto da história do país registrado pelo Ministério da Saúde. 

Nos últimos 72 dias, o estado contabilizou 1.090 notificações da doença, uma média de 15 por dia. Do total, 310 pessoas foram confirmadas com a doença, média de quatro por dia. Os exames descartaram a enfermidade em 57 pacientes.

Fonte: www.em.com.br

Incidente por volta de duas horas após a decolagem da aeronave, segundo a CNN. Autoridades australianas investigam o caso.

Fones de ouvido, alimentados por uma bateria, pegaram fogo durante um voo entre Pequim e Melborne, deixando o rosto e as mãos de uma passageira sujos. As autoridades australianas investigam o caso, segundo relato da americana CNN divulgado nesta quarta-feira (15).

A mulher, que não foi identificada, estava dormindo enquanto ouvia música quando foi surpreendida. "Quando fui me virar, senti meu rosto queimar ", afirmou ao escritório de segurança no transporte aéreo australiano (Australian Transport Safety Bureau - ATSB). O incidente por volta de duas horas após a decolagem da aeronave.

Ainda de acordo com a CNN, ela contou que retirou os fones de ouvido e os jogou no chão. A passageira notou que eles soltavam faíscas. Os funcionários do avião recolheram o aparelho rapidamente, mas a bateria e a tampa derreteram e ficaram colados ao chão.

Um alerta aos passageiros foi emitido pelo escritório de segurança no transporte aéreo australiano nesta quarta. Fonte: http://g1.globo.com

Padres chegaram a matar um tupi homossexual amarrando-o na boca de um canhão

Foi aos pés do Forte de São Luís do Maranhão, onde hoje funciona o Palácio dos Leões. 1614, o missionário francês Yves D’Évreux (1577-1632), da Ordem dos Capuchinhos, ordenou a prisão, tortura e execução do índio Tibira, da tribo dos tupinambás, sob o pretexto de “purificar a terra do abominável pecado da sodomia”. Tibira ainda tentou fugir, escondendo-se na mata por alguns dias, mas foi logo capturado. Amarrado pela cintura à boca de um canhão, “onde deitaram-lhe ferros aos pés”, teve seu corpo destroçado. Uma parte dele caiu aos pés do forte. A outra desapareceu no mar. 

O extermínio de Tibira foi documentado pelo próprio d’Evreux, que dedicou um capítulo inteiro de seu livro, Voyage Dans le Nord du Brésil Fait Durant les Années 1613 et 1614 (“Viagem ao Norte do Brasil feita nos anos de 1613 e 1614”, em livre tradução), ao índio tupinambá – “bruto, mais cavalo do que homem”. Antes de sentenciá-lo à morte, o capuchinho ainda lhe concedeu um último desejo: o de fumar tabaco – ou “petum”, em língua tupinambá. Segundo um costume indígena, quando saíam para caçar, os tupinambás costumavam levar “petum”. Caso viesse a faltar mantimentos, saciavam a fome, mastigando folhas de fumo. Para Tibira não morrer pagão, D’Évreux providenciou o batismo dele, com o nome de Dimas – em alusão ao “bom ladrão” perdoado por Jesus Cristo na cruz. 

Suas últimas palavras? “Vou morrer. Não tenho mais medo de Jurupari (Diabo). Agora, sou filho de Deus”. Para não sujar as mãos com sangue inocente, os missionários franceses concederam a “honra” da execução a outro tupinambá. “Morres por teus crimes, aprovamos tua morte e eu mesmo quero pôr fogo no canhão para que saibam e vejam os franceses que detestamos as sujeiras que cometeste”, declarou o cacique Caruatapirã, seu rival mortal. Daquele dia em diante, o algoz de Tibira passou a gabar-se de seu feito e, pior, a servir-se dele para impor respeito aos outros nativos. A execução, em praça pública, foi assistida por autoridades civis e militares da então colônia francesa, além de chefes de diversas etnias indígenas. 

Ainda hoje, quatrocentos anos depois, o relato da morte de Tibira causa espanto a Luiz Mott, doutor em Antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Não temos notícia no Brasil de outros criminosos que tivessem sido executados na boca de um canhão”, afirma. Segundo Mott, as razões de tão cruel execução são duas: medo do castigo divino – não é à toa que o termo sodomia originou-se a partir do episódio bíblico que narra a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra – e receio de contágio. “Ao castigar um adepto da sodomia com a pena capital, os religiosos aplicavam a pedagogia do medo não só para erradicar essa abominação da terra selvagem, como para inibir sua prática nefanda entre os colonos”, explica o antropólogo e historiador. 

Em países do Velho Mundo, como França, Portugal e Espanha, sodomitas, hereges e bruxos, entre outros, eram condenados à morte na fogueira, “para não deixar vestígios”. No Brasil colonial, a utilização de um canhão como instrumento de execução só pode ser explicada como artifício para espetacularizar a morte de um pecador. Segundo Mott, o extremismo homofóbico perpetrado em São Luís do Maranhão infringia o próprio Direito Canônico da Igreja Católica, que não autorizava missionários de condenarem suspeitos de sodomia à morte. “A execução de Tibira foi totalmente arbitrária. Só o tribunal do Santo Ofício tinha jurisdição papal para queimar sodomitas”, afirma Mott. 

Outros costumes

Os três navios franceses da expedição de Daniel de La Touche, que trouxeram o missionário francês Yves D’Évreux ao Brasil, ainda não tinham sequer zarpado do porto de Cancele, na Bretanha, em março de 1612 e os colonizadores portugueses já se escandalizavam com os hábitos sexuais dos silvícolas brasileiros. Um dos primeiros documentos que se tem notícia é o do jesuíta português Padre Manuel da Nóbrega (1517-1570). “Os índios do Brasil cometem pecados que clamam aos céus”, denunciou o sacerdote à Coroa Portuguesa, em 1549. Outro relato que chama a atenção é o do historiador português Gabriel Soares de Sousa (1540-1592). “São os tupinambás tão luxuriosos que não há pecado que eles não cometam”, decretou em seu “Tratado Descritivo do Brasil”, de 1587. 

Além deles, o jesuíta português Pero Correia (1551), o missionário francês Jean de Léry (1557) e o historiador português Pero de Magalhães Gandavo (1576) também reportaram casos de sodomia entre os tupinambás. Curiosamente, algumas mulheres da tribo também assumiam papéis diferentes do habitual. Saíam para caçar, participavam de guerras, tinham esposas. Se os gays eram conhecidos como “tibira”, as lésbicas eram chamadas de “çacoaimbeguiras”. “Algumas índias deixam todo o exercício de mulheres e, imitando os homens, seguem seus ofícios como se não fossem fêmeas. E cada uma tem mulher que a serve, com quem diz que é casada. E assim se comunicam e conservam como marido e mulher”, relata Pero de Magalhães Gandavo (1540-1580) em “Tratado da Terra do Brasil”, de 1576. 

Os tupinambás, porém, não eram os únicos a praticar o que Yves D’Évreux chamava de “o mais torpe, sujo e desonesto dos pecados”. Outras etnias, como guaicurus, xambioás, nambiquaras, bororos e tikunas, só para citar algumas, também não viam problema com a homossexualidade. “Tal conjunto de práticas era comum em sociedades indígenas brasileiras, sem que houvesse estigma sobre essas pessoas por parte de seu grupo”, afirma o sociólogo Estevão Rafael Fernandes, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). “Há várias fontes, inclusive, apontando para um papel espiritual desempenhado por esses indivíduos em suas aldeias. O que os missionários e colonizadores percebiam como depravação era, muitas vezes, percebido como potencial xamânico pelos indígenas”. 

Autor do artigo “Homossexualidade Indígena no Brasil”, Fernandes observa que, nos EUA e Canadá, tribos indígenas com uma sexualidade fora do modelo predominante também foram perseguidas por ingleses, franceses e espanhóis. E mais: lá, os indígenas homossexuais são chamados de two-spirit pelos seus iguais. Mais do que uma maldição, nascer com “dois espíritos” seria uma benção. É como se estivessem em transição entre dois mundos: o masculino e o feminino, o terreno e o espiritual, o indígena e o não-indígena. “Isso garantia a eles um papel de destaque em suas tribos”, completa.  

Perseguição no primeiro século

1547 – O português Estêvão Redondo é o primeiro homossexual degredado pelo Santo Ofício da Inquisição para o Brasil. Ele chegou a Recife, em fevereiro daquele ano, vindo de Lisboa. Teve seu nome inscrito no Livro dos Degregados pelo próprio governador de Pernambuco, Dom Duarte d’Albuquerque Coelho. 

1580 – O medo de morrer queimado era tanto que levava os suspeitos de sodomia a praticar atos impensáveis. Como o do professor baiano Fernão Luiz. Na esperança de apagar as provas do “crime”, tramou a morte de seu parceiro e de sua família: pôs veneno em uma galinha, preparou uma canja e a deu para eles como refeição. 

1586 – Para escapar da repressão inquisitorial, o feitor baiano Gaspar Roiz subornou um padre para queimar o sumário de culpas que o acusava de sodomia com um jovem chamado Matias. Muitas vezes, os acusados tinham seus bens confiscados pelo Santo Ofício, antes mesmo de conseguirem provar sua inocência. 

1591 – O padre Frutuoso Álvares foi o primeiro homossexual a ser interrogado pela Inquisição no Brasil. Era acusado de praticar atos libidinosos, como masturbação e sodomia, em homens e rapazes. Seu inquisidor foi o padre Heitor Furtado de Mendonça, responsável pela primeira visitação do Tribunal do Santo Ofício à colônia. 

1592 –  Filipa de Souza foi a primeira lésbica a ser açoitada publicamente pela Inquisição no Brasil. Nascida em Portugal, chegou à colônia em data ignorada. Viúva, foi denunciada por “práticas nefandas” e presa em 18 de dezembro de 1591, aos 35 anos. Depois de expulsa da capitania, não se teve mais notícias de seu paradeiro. 

Fonte: http://aventurasnahistoria.uol.com.br

Luiz André Medeiros

A morte “prematura” do gigante polonês Zygmunt Bauman, abre uma fecunda discussão sobre a continuidade de suas ideias e a percepção de quão vulnerável está essa “Multidão Solitária” chamada sociedade moderna – que habilmente o autor chamava de “sociedade líquida”.

Escrevendo sobre as mais diversas questões do mundo atual, Bauman partiu da constatação dos desastres sociais aos quais a sociedade contemporânea chegou: miséria, catástrofes ambientais, desigualdades sociais extremas e a barbárie que passamos. Para ele, muitos elementos contribuíram para a passagem do estado sólido da modernidade para uma qualidade fluida,  identificando  alguns fatores dessa passagem. Analisando a condição urbana, ele entende que as cidades são, por excelência, os locais onde acontecem todos as contradições, onde se vivem os paradoxos da globalização, principalmente os que derivam do mal-estar que leva a sensação generalizada de insegurança.

Sob sua óptica, analisando de forma profunda as relações de solidariedade, nossa sociedade vive o fenômeno em que as pessoas convivem lado a lado, mas dificilmente aprofundam os contatos, o que torna cada vez mais raro o relacionamento genuíno entre dois indivíduos. Entende que as pessoas se tornam coisas que podem ser adquiridas, consumidas e descartadas – critica: “é preciso diluir as relações para que possamos consumi-las”.

Quando me deparei com a leitura de “Amor Líquido” no começo do nosso século, já não conseguia perceber as nuances de um mundo em transformação, já que ainda vivia a vã  esperança da ideologia. Ele jogou na nossa cara e percebeu que a pessoa se torna uma mera imagem sensual a ser consumida e ejetada sem maiores delongas do círculo de contatos e do próprio âmbito da percepção pessoal. A sandice das relações virtuais e a descartabilidade do que denominou como “relacionamentos de bolso” são a tônica do “amor líquido”, pois pode-se dispor quando necessário e depois  guardá-lo.

Mostrou que, nesse mundo de incertezas, temos relacionamentos instáveis, pois as relações humanas estão cada vez mais flexíveis. Acostumados com o mundo virtual e com a facilidade de “desconectar-se”, as pessoas não conseguem manter um relacionamento de longo prazo. Pessoas estão sendo tratadas como bens de consumo, ou seja, caso haja defeito descarta-se.

Enfim, em linhas gerais, afirmou o paradoxo de um mundo em letargia, incapaz de conseguir alcançar forças para reagir. Deixa um legado e um ensinamento. Não nos mostra o caminho da salvação, mas diz o problema - a transformação que pode ser resumida nos seguintes processos: a metamorfose do cidadão, possuidor de direitos, em indivíduo em busca de afirmação no espaço social; a mudança  de estruturas de solidariedade coletiva para as de competição; a queda dos sistemas de proteção estatal às vicissitudes da vida, possibilitando um permanente ambiente de incerteza; e a colocação da responsabilidade dos fracassos no plano individual.

Trouxe-nos a culpa como castigo para os “Indivíduos por Fatalidade”, incapazes de enxergar um palmo . Segue em paz gênio. Fonte: http://www.cadaminuto.com.br

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

A fragilidade dos fundamentos da cultura pode ser uma das causas que explicam a incapacidade que a sociedade tem ao lidar com as críticas e as avaliações. Muito frequentemente, o que deveria ser uma rica troca de argumentos se reduz a ataques e ironias. Basta observar o cotidiano das pessoas nos diferentes setores. É incrível a falta de compostura de muitos parlamentares durante seus pronunciamentos, ou mesmo certas atitudes dos cidadãos. Essa falta de respeito resulta também da incompetência para uma autoavaliação. Movidos pela revolta pessoal que nasce do desinteresse em exercitar o autoconhecimento, muitos se sentem no direito de dizer, de qualquer jeito, o que bem entendem, sem medir as consequências. Por isso mesmo, é crescente a incompetência para avaliar os próprios atos e conceitos.  Sem reconhecer a própria inaptidão, muitos se consideram certos em tudo. Acham-se no direito de desferir juízos sobre os outros e permanecem fechados a qualquer tipo de observação, ainda que seja pertinente. 

Essa fragilidade no tecido cultural gera uma atmosfera permanente de revolta nas relações, fazendo crescer a intolerância e os equívocos no discernimento e adoção das prioridades. Consequentemente, perde-se o sentido de limite, que é necessário para que sejam estabelecidas as relações humanas. Impulsos que brutalizam essas relações ganham força, enquanto as instituições sociais ficam enfraquecidas. Assim se estabelece uma confusão que deseduca e é responsável por retrocessos civilizatórios. O risco permanente é a sociedade ser conduzida ao marasmo e às permissividades. De um lado, ficam as massas enfurecidas e raivosas. Do outro, defensivamente e se lamentando, os dirigentes, líderes e representantes do povo. Um descompasso de terríveis proporções. 

Nesse contexto, nascem os medos paralisantes e a falta de criatividade que inviabilizam as respostas urgentes e necessárias. Tudo acaba em confusão que descompassadamente envolve o conjunto da vida. Urge aprender e praticar, culturalmente, a competência para se fazer críticas pertinentes, que nunca pode estar desatrelada da autoavaliação. E para se alcançar essa habilidade, torna-se necessário investir na autoestima. Quem não conquistou essa qualidade, não suporta críticas e permanece obtuso. Busca promoção e privilégios sem avaliar o próprio desempenho. Segue a tendência medíocre de se “fazer juízo em causa própria”, com a parcialidade de quem não aceita observações ou posicionamentos divergentes.

A sociedade e suas instituições não avançam se os cidadãos não cultivarem a competência crítica que pressupõe abertura suficiente também para se deixarem avaliar. São sempre lamentáveis a animosidade e a resistência criadas quando o discurso inclui críticas e avaliações. Buscam-se justificativas para tudo. Dessa forma, uma barreira intransponível é construída, impedindo o diálogo capaz de reorientar processos. As perdas são muitas, nos prazos e na qualidade dos resultados, pois o objetivo é cada um se colocar como o melhor e o mais importante.

Investimentos civilizatórios capazes de garantir aos cidadãos a competência de criticar, de ouvir críticas e de se deixar inserir em processos de avaliação, em vista do bem maior, são urgentes. Não há outro caminho para superar mediocridades nos âmbitos dos funcionamentos institucionais, que requerem sempre novas respostas, em razão dos crescentes desafios da sociedade contemporânea. Nesse sentido, oportuno é avançar na implantação de sistemas que podem avaliar desempenhos em diferentes âmbitos - educacional, religioso, cultural, político e tantos outros – capacitando todos com a habilidade para criticar e ouvir críticas. Assim se alcança a cidadania qualificada, com a abertura a processos permanentes de avaliação. Fonte: http://www.cnbb.org.br

Polícia Civil afirma que criança de 11 anos foi estuprada pelo ex-padrasto. Com 25 semanas de gestação, aborto legal da gravidez está descartada.

Em depoimento para a Polícia Civil do Maranhão, a mãe da menina de 11 anos que está grávida afirmou que seu neto será colocado para a adoção. Segundo Ingrid Albuquerque, delegada da mulher em Timon, o único suspeito de ter cometido o estupro é o ex-padrastro da criança. Para a polícia, a mãe da vítima disse ainda que também sofria  violência doméstica e que seu ex-parceiro ameaçava a ela e a filha de morte.

 “A mãe já veio com o desejo de levar a gravidez a termo, ela é responsável pela filha. Ela disse que após o nascimento, vai encaminhar a criança para a lista de adoção. As duas estão muito abaladas. O suspeito era usuário de drogas e cometia violência doméstica contra a mãe”, disse a delegada informando ainda que foi pedido para a Justiça um mandado de prisão contra o homem.

O caso veio à público nesta quarta-feira (8), quando o Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual em Teresina (SAMVVIS), em Teresina, informou que iria manter a gravidez da menina, já que ficou constatado que a jovem estava fora da idade gestacional para a realização de um aborto legal. Segundo o SAMVVIS, a criança está gestante de 25 semanas.

A delegada Ingrid contou que o caso chegou ao conhecimento da polícia por meio do Conselho Tutelar de Timon.  A mãe da criança percebeu alterações no corpo da filha, desconfiou da gravidez e procurou o conselho. A investigação mostrou ainda que o padrasto da criança abusava sexualmente dela há pelo menos dois anos.

“A mãe notou inicialmente a criança com os seios alterados, salientes, então ela desconfiou. Ao pressionar a menina, ela revelou que era abusada sexualmente desde os nove anos de idade. Instauramos o inquérito policial e tomamos todas as medidas necessárias. Por uma questão de dias, vamos prender esse pedófilo porque é inadmissível a atrocidade que ele cometeu de abusar da própria enteada”, disse.

Levada para a Maternidade Donda Evangelina Rosa, em Teresina, a menina passou por vários exames, que constataram que a gravidez tinha ultrapassado as 20 semanas, prazo legal para interrupção de uma gestação oriunda de um estupro.

Segundo o artigo 128 do Código Penal Brasileiro, não se pune médico que realiza aborto no caso de gravidez decorrente da prática de estupro. Para tanto, é necessária a autorização da gestante e, quando menor de idade, de seu representante legal. 

De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o suspeito deixou a cidade de Timon no fim do ano passado, mas ele não pode ser considerado foragido porque ainda é aguardado que o mandado de prisão seja expedido pela Justiça. “Desde novembro, quando eu acho que tomou conhecimento da gravidez que ele fugiu de Timon. Ele já se encontra em outro estado”, finalizou a delegada Ingrid. Fonte: http://g1.globo.com

Pastoral Afro-Brasileira faz homenagem por ocasião do Dia Internacional da Mulher

A mensagem da Pastoral Afro-Brasileira recorda “todas as mulheres que vivem com esta força que brota do mais íntimo, dos sonhos e desejos de viver". A motivação inicial do texto, assinado pelo coordenador nacional, Jurandyr Azevedo Araújo, é de um subsídio da Pastoral Operária e da Pastoral da Mulher Marginalizada.

No Dia Internacional da Mulher, a Pastoral lembra daquelas que equilibram “a lata da vida na cabeça, balançando, (re) torcendo, entortando, curvando o corpo diante dos desafios de Ser Mulher”, ressaltando uma “força que nunca seca” e que está contida em cada uma que constrói na realidade desafiante do dia-a-dia as oportunidades de viver, de ser feliz, de continuar acreditando na vida.

A força de mulher tem um poder, escreve padre Jurandyr, que supera a submissão, a dominação institucional e relacional, o medo, a violência e ganha empoderamento na economia solidária, na vivência do ser mulher, na afirmação da identidade feminina, no amor despendido nas relações e na construção coletiva de “outro mundo possível”. 

Resistência da Mulher Negra 

Presença expressiva nas ações da Pastoral Afro-Brasileira, a Mulher Negra teve lugar especial na homenagem do coordenador nacional, que sublinha uma resistência histórica deste grupo. “Aqui, em nosso país, a história da população negra esteve submersa durante décadas e reconduzida ao seu espaço como forma de resistência e autoestima de seus descendentes através das lutas contemporâneas e da reafirmação da participação dos negros e das negras na construção desta nação e da luta pela eliminação do racismo, herança da escravidão”, lembra.

“A mesma garra que as Mulheres Negras tiveram para resistir no período da escravidão, se manteve quando lhe imputaram as mais duras formas para sobreviver”, continua, citando o processo de “coisificação” da população negra e escravizada e os estereótipos de ama de leite e mulata exportação, ambos ligados ao ato de servir. 

O coordenador encerra sua mensagem com o desejo de dar continuidade às ações sobre o lugar de Mulher Negra na sociedade. Um exemplo de atividade neste sentido foi o 3º Encontro das Mulheres da arquidiocese de Mariana (MG), provido no último final de semana, dias 4 e 5 de março. Cerca de 150 mulheres estiveram reunidas no Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Urucânia (MG), Região Pastoral Mariana Leste, para refletir sobre o empoderamento feminino. A luta contra a violência, o protagonismo da mulher negra e os direitos da mulher foram alguns dos pontos abordados durante o encontro. Fonte: http://www.cnbb.org.br

ma mulher foi vítima de agressão física a cada 12 minutos no estado do Rio de Janeiro em 2016, segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), da Secretaria de Segurança do estado.  Do total dos registros de ocorrência de agressão no ano pasado, 64% das vítimas eram mulheres.

Duas mulheres por dia procuraram uma delegacia para fazer registro de assédio. Os dados fazem parte das análises preliminares do Dossiê Mulher, que será divulgado em breve e traz informações relativas à violência contra a mulher no Estado do Rio de Janeiro. A diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública, Joana Monteiro  declarou que os números mostram a magnitude do problema. "É preciso conscientizar a população e demandar políticas que venham a reduzir as agressões".

O relatório aborda os principais crimes que milhares de mulheres sofrem cotidianamente, como lesão corporal dolosa, ameaça, assédio sexual, atentado violento ao pudor, estupro, homicídio doloso e violência doméstica. O documento é lançado anualmente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), para dar visibilidade deste tipo de violência e municiar políticas públicas no combate desses delitos para sociedade brasileira. Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br

Suspeito agrediu a garota e a arrastou pelos cabelos até barraco em Iguape. Vítima, de 13 anos, fugiu horas depois e conseguiu acionar a Polícia Civil.

Uma menina de 13 anos foi agredida, sequestrada e obrigada a manter relações sexuais com o agressor durante quase quatro horas em Iguape, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (7). O crime chocou moradores e policiais da cidade de pouco mais de 30 mil habitantes já que, segundo a polícia, foi premeditado. A garota ficou ferida e precisou ser encaminhada ao Hospital Regional de Pariquera-Açu, no interior de São Paulo, para avaliar as lesões. O suspeito foi preso em flagrante e encaminhado para a Cadeia Pública de Jacupiranga, no interior do Estado.

De acordo com informações da polícia, Lucas Ferreira, de 22 anos, abordou a garota em uma passarela. Em seguida, ele bateu a cabeça da menina contra o guidão de uma bicicleta e a arrastou, pelos cabelos, até um barraco. "Ele ameaçou ela de morte o tempo inteiro enquanto fazia todos os tipos de atrocidades com a garota. A vítima ficou muito machucada. É um caso que causa revolta. O agressor, inclusive, já tem passagem por tráfico", explica o delegado Carlos Ceroni.

Segundo apurado pelo G1, as agressões duraram quase quatro horas. Em determinado momento, o suspeito se distraiu e a menina conseguiu fugir do local. "A vítima foi socorrida por um senhor de idade que passava pelo local. Em seguida, os policiais fizeram uma varredura na área e encontraram o criminoso na casa do padrasto. Ele estava dentro de um cômodo da casa, escondido, e acabou sendo preso em flagrante. Além do estupro, ele também roubou o dinheiro que a vítima guardava em um dos bolsos", afirma Ceroni.

Ainda de acordo com o delegado Carlos Ceroni, responsável pelo caso, a frieza do estuprador impressionou até os policiais mais experientes da cidade. "Quando foi reconhecido pela vítima, ele preferiu ficar em silêncio. O criminoso é uma pessoa extremamente fria. A menina está totalmente transtornada. Imagine o que ela passou. Foram mais de três horas sendo dominada por um maníaco e, o tempo inteiro, sendo ameaçada de morte", completa o delegado.

A vítima foi encaminhada para o Hospital Municipal de Pariquera-Açu para passar por exames e tomar medicamentos que evitem o contágio por doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, de acordo com a polícia, ela está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar. A garota deve ser encaminhada, nesta quarta-feira (8), ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por uma perícia que também comprove as agressões sofridas durante o cárcere. Fonte: http://g1.globo.com

Dom Fernando Arêas Rifan*
Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianney                                                   

Hoje é o dia internacional da mulher, ocasião propícia para relembrarmos sua excelente dignidade e valor diante de Deus e dos homens. 

Na verdade, foi o cristianismo que salvou a dignidade da mulher! A história, nos testemunhos de Juvenal e Ovídio, nos conta que a moral sexual e a fidelidade conjugal, antes do cristianismo, estavam em extrema degradação. Constatamos isso, vendo atualmente a situação da mulher nos povos que não têm o cristianismo. No começo do século II, Tácito afirmava que uma mulher casta era um fenômeno raro. Galeno, o médico grego do século II, ficava impressionado com a retidão do comportamento sexual dos cristãos. Os próprios historiadores são obrigados a confessar que foram os cristãos que restauraram a dignidade do matrimônio. 

As mulheres encontraram na Igreja, conforme a sua própria condição, seu lugar digno: foi-lhes permitido formar comunidades religiosas dotadas de governo próprio, dirigir suas próprias escolas, conventos, colégios, hospitais e orfanatos, coisa impensável no mundo antigo (cf. Thomas E. Woods Jr, “Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental”).

Isso confere com o que ensina Papa S. João Paulo II: “Cristo se constituiu, perante os seus contemporâneos, promotor da verdadeira dignidade da mulher e da vocação correspondente a tal dignidade. Às vezes, isso provocava estupor, surpresa, muitas vezes raiando o escândalo: ‘ficaram admirados por estar ele conversando com uma mulher’ (Jo 4, 27), porque este comportamento se distinguia daquele dos seus contemporâneos. Em todo o ensinamento de Jesus, como também no seu comportamento, não se encontra nada que denote a discriminação, própria do seu tempo, da mulher. Devemos nos colocar no contexto do ‘princípio’ bíblico, no qual a verdade revelada sobre o homem como ‘ imagem e semelhança de Deus’ constitui a base imutável de toda a antropologia cristã. ‘Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou, criou-os homem e mulher’ (Gn 1, 27). Os dois são seres humanos, em grau igual, ambos criados à imagem de Deus” (Mulieris dignitatem, sobre a dignidade e a vocação da mulher).

Mas, “a igualdade de dignidade não significa ser idêntico aos homens. Isso só empobrece as mulheres e toda a sociedade, deformando ou perdendo a riqueza única e valores próprios da feminilidade. Na visão da Igreja, o homem e a mulher foram chamados pelo Criador para viver em profunda comunhão entre si, conhecendo-se mutuamente, para dar a si mesmos e agir em conjunto, tendendo para o bem comum com as características complementares do que é feminino e masculino” (S. João Paulo II, Mensagem sobre a mulher, 26/5/1995).    

Dizemos hoje, como fez S. João Paulo II (Carta às Mulheres, 29/6/1995), o nosso muito obrigado às mulheres, a todas e a cada uma, representadas na mulher-mãe: “Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida”. Fonte: http://www.cnbb.org.br

Três pessoas foram encontradas mortas nesta segunda-feira em um apartamento em Água Rasa, na Zona Leste da cidade de São Paulo. Os corpos de Fábio Luis Pinassi Nunes, de 36 anos, e de Thaise Leocadio Ramos, de 33 anos, foram encontrados com ferimentos de arma de fogo na cabeça, assim como o de um menino de 5 anos, filho do casal, identificado como Pedro Luiz Ramos Nunes.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, parentes das vítimas sentiram um odor forte vindo do apartamento e chamaram o zelador para arrombar a porta. No local, eles encontraram Thaise deitada no sofá e o pequeno Pedro, na cama do casal — os dois com hematomas na região da cabeça. Por último, avistaram Fábio, também já morto, com um revólver ao lado do corpo.

O delegado responsável pelo caso, Nilton Quieregato, titular da 29ª DP, afirmou ao EXTRA que a principal suspeita é de que o homem tenha cometido duplo homicídio antes de se matar com a arma de fogo encontrada. A narrativa foi registrada no boletim de ocorrência e deve ser considerada pela polícia uma conclusão do caso. Os agentes esperam agora o resultado da perícia da arma e dos exames toxicológicos e necroscópicos das vítimas. Não foram achados bilhetes ou mensagens no local.

A polícia suspeita de que Fábio Nunes tenha matado a mulher e o filho e ter cometido suicídio

A polícia suspeita de que Fábio Nunes tenha matado a mulher e o filho e ter cometido suicídio. A mãe de Thaise Ramos, Denise Leocadio, publicou em seu perfil de rede social que o velório ocorrerá nesta terça-feira no Cemitério de Quarta Parada, em Água Rasa, de 10h às 15h.

O pai de Fábio contou aos policiais que o filho passava por uma crise depressiva. Pessoas próximas estão arrasadas com o trágico acontecimento. Alguns deles trocaram a imagem de perfil por um símbolo de fita preta, em sinal de luto pela perda de seus entes queridos, e receberam mensagens de solidariedade de amigos nas redes sociais. Ao EXTRA, amigos relataram que não vão se pronunciar sobre a tragédia e pediram privacidade no momento em que se despedem de "três pessoas amadas".

O crime em São Paulo vem à tona dois depois de um caso com algumas semelhanças no Rio. No domingo, um pai matou seus dois filhos e se suicidou em um condomínio da Freguesia, na Zona Oeste da capital fluminense. Cesar Antunes Junior esfaqueou Maria Nina Magalhães Castro Antunes, de 10 anos, e Bernardo Magalhães Castro Antunes, de 6 anos, de acordo com a polícia, e deixou bilhetes para a ex-mulher, mãe das crianças. Fonte: http://extra.globo.com

 

 

Cento e dez pessoas morreram no sul da Somália nas últimas 48 horas em consequência da seca, anunciou o primeiro-ministro somali Hassan Ali Khaire. Segundo ele, as vítimas também sofreram com diarreias severas provocadas pela água insalubre nas regiões do sul da Somália. As autoridades locais acrescentaram que a maioria dos mortos é de crianças e idosos.

A Somália decretou no final de fevereiro estado de catástrofe nacional pela seca que atinge o país e ameaça a cerca de três milhões de pessoas.

A seca na Somália deixou 185.000 crianças em situação à beira da fome, e nos próximos meses espera-se que este número alcance 270.000 crianças, segundo o Unicef.

Fonte: http://fgsaraiva.blogspot.com.br

No vídeo, imagens da comemoração do aniversário de Eleide de Miranda- Irmã do Frei Petrônio de Miranda- e dos aniversariantes do mês de março na Missa de Cinzas na Comunidade Capim, Lagoa da Canoa-AL na última quarta, dia 1º. Convento do Carmo de Salvador- BA. 3 de março-2017. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com

Um ano após o lançamento das reações no Facebook, uma mudança no algoritmo da plataforma vai alterar o ''peso'' do recurso perante as curtidas. Ou seja, as publicações que receberem mais reações – "Amei", "Haha", "Uau", "Triste" e "Grr" – terão mais visibilidade no feed de notícias do que os posts que foram apenas curtidos — tiveram likes tradicionais — (ou receberam poucas reações). 

Em um primeiro momento, as cinco reações terão o mesmo peso, mas, com o tempo, é possível que as emoções passem a ter impactos distintos na visibilidade dos conteúdos publicados. 

Dados da plataforma apontam que as reações foram usadas mais de 300 bilhões de vezes desde que foram lançadas. De acordo com a rede social, a reação mais usada atualmente é o coração (Love), que representa mais da metade dos usos.

Segundo o Facebook, a mudança deve ocorrer devido a diferenças de comportamento entre as curtidas e as reações. “No último ano, descobrimos que, se as pessoas reagem a um post, isto é um sinal de que elas querem ver aquele tipo de conteúdo mais do que quando eles deixam um curtir, então nós estamos atualizando o feed para levar as reações mais em conta do que os likes ao decidir quais histórias são relevantes”, diz a rede social.

Ainda não se sabe quais serão os impactos da mudança para anunciantes da rede social. Para os usuários comuns, a única mudança, como já citado, será na ordem de conteúdo exibido no feed de notícias, de acordo com a quantidade de reações que um post receber na vida últil no feed. Fonte: http://www.techtudo.com.br

O Igor Bezerra (Foto) , de Petrolina-PE, conta a sua história.  

Quem ajudou Igor foi o estudante Filipe Segatto de 24 anos, (Foto)

Boa noite. Ontem vivi uma grande história, que julgo que merece ser compartilhada entre meus amigos de Facebook.

Estava eu ontem no carnaval de Petrolina, Pernambuco, e deixei meu carro estacionado numa daquelas ruas paralelas à orla. Mais precisamente, a última delas antes de chegar na própria orla. Por volta das 2 e 20, mais ou menos, retornei ao local onde deixei o carro, para poder ir embora. Chegando lá, encontrei meu carro com o vidro dianteiro do passageiro abaixado, provavelmente, quando travei as portas, tal vidro não subiu, e eu esqueci de verificar.

Fui ficando logo pensando no pior. Quando abri a porta do motorista, encontrei esse bilhete aí da foto, e verifiquei que todos os meus pertences que havia deixado, tinham sumido. Óculos escuros novo, celular, 2 camisas, comida, documentos do carro, perfume. Enfim, tudo tinha sumido.

Primeira coisa que pensei: "ladrão infeliz, me roubou e ainda deixa um bilhete tirando onda da minha cara". E fui para casa, todo triste. Chegando em minha casa, percebi que meus pais estavam acordados. Estranhei. Quando entro na sala, minha mãe falou que ligou para mim e quem atendeu foi um cara que não era eu. Dizendo a seguinte coisa: "oi, sou Fulano, moro aqui em juazeiro e estava no carnaval de Petrolina com minha namorada e minha mãe. Meu carro estava atrás do carro do seu filho. Quando fomos embora, percebemos que o vidro estava abaixado, então, retiramos tudo e deixamos um bilhete, para que não roubassem as coisas dele".

Fiquei assustado quando ouvi aquilo. Ainda pensei "será que não é mais um golpe, ou o cara querendo fazer outro assalto, sei lá". Resolvi dormir e ligar no outro dia. Quando foi hoje à tarde, falei com o rapaz e ele falou para eu esperar na igreja católica do centro de Juazeiro. Chamei dois amigos meus, Jota Souza e Conrado Guerra, para caso fosse alguma emboscada, estivesse eu com mais alguém. E eles, gentilmente, foram comigo. Chegando no local, toda uma tensão para saber se realmente isso era verdade ou a gente tinha entrado numa fria pesada. Kkkkkkkkkk.

Pouco minutos depois, ele chegou, com a namorada e a mãe no carro. Me devolverem absolutamente tudo o que eu tinha. Eu ofereci uma quantia como recompensa, e os 3, prontamente, recusaram. Eu ainda argumentei "aceitem, vcs me livraram de um prejuízo enorme". E, para o meu choque e espanto, a mãe do rapaz respondeu "de jeito nenhum, vá e faça isso por outra pessoa".

Sai de lá maravilhado. Como a gente ainda encontra pessoas honestas. Lembro que quando eu tinha 15 anos, achei uma conta de luz, enrolada com 75 reais. Na conta, tinha o endereço da pessoa. Imediatamente fui atrás e devolvi. Talvez a ação tenha voltado para mim hoje. Devemos sempre plantar coisas boas e devemos sempre sermos da maneira que nós gostaríamos que o mundo fosse. Presenciei uma atitude nobre, linda demais hoje. Que hajam mais "fulanos" como esse. Só assim, o mundo se tornará um lugar melhor. (Fonte: Facebook)

Caso aconteceu durante o carnaval de Petrolina, no Sertão de PE. Estudante achou carro aberto e resolveu recolher objetos para evitar furto.

O funcionário público Igor Bezerra, de 27 anos, tomou um susto quando retornou de uma festa do carnaval de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e encontrou parte do vidro do carro aberto. Mas o que tinha tudo para virar mais um registro de furto na delegacia teve outro final. No banco do motorista ele achou um bilhete com o recado: “Boa noite. Pegamos seus pertences para ninguém roubar. Amanhã liga, que devolvemos”.

O incidente ocorreu na madrugada do domingo (27). O funcionário público estacionou o carro na Orla da cidade, local de concentração de um dos polos da festa de carnaval. No veículo que tem vidro elétrico ficaram pertences de valor como celular, óculos novos, som, camisas, comida, perfumes e documentos. O equipamento do carro permite o fechamento dos vidros mesmo com o carro desligado e sem a chave no contato.

“Quando saí da festa, fui aonde estava meu carro e encontrei o vidro do passageiro abaixado, Imaginei que, quando travei o carro, os vidros não subiram e eu esqueci de verificar. Quando vi, pensei logo no pior. Quando abri a porta do motorista, encontrei um bilhete e verifiquei que tudo que tinha deixado no carro tinha sumido. A primeira coisa que imaginei foi que tinha sido roubado e que o suposto ladrão tinha deixado um bilhete em tom de deboche para mim”, contou.

Igor disse que só percebeu o que tinha acontecido quando chegou em casa, após falar com os pais. Ele contou que a mãe havia ligado para o celular, mas quem atendeu foi um outro homem. Por telefone, o rapaz se identificou, disse que estava no carnaval com a mãe e a namorada e que quando retornou ao carro para ir embora percebeu que o vidro estava abaixado. Foi quando ele retirou tudo e deixou um bilhete.

“Fiquei assustado quando ouvi o que minha mãe me contou. Ainda pensei se não seria um golpe ou se o cara estava querendo fazer outro contato. Mas no outro dia falei com ele por um aplicativo de mensagem e combinamos o encontro em uma igreja católica. Ele disse que passaria lá e ia me devolver. Chamei dois amigos para ir comigo, caso fosse uma emboscada. Gentilmente ele chegou com duas mulheres e me devolveu absolutamente tudo o que eu tinha”, contou o funcionário público.

Quem ajudou Igor foi o estudante Filipe Segatto de 24 anos, que mora na cidade vizinha de Juazeiro, na Bahia . O jovem explicou que tomou a iniciativa para evitar que o rapaz fosse roubado.

“Observei que estava aberto e a primeira atitude foi deixar minha mãe e minha namorada lá e ir até o palco pedir ao locutor para anunciar a placa e avisar ao dono do carro. Como não consegui, pensei que seria melhor levar as coisas dele para que outra pessoa não roubasse e resolvi deixar um bilhete para que ele não ficasse assustado ao chegar”, disse o estudante.

Surpreso e grato com a atitude, o jovem disse que ainda ofereceu uma recompensa. “Eu ofereci uma quantia em dinheiro e os três prontamente recusaram. Eu ainda argumentei, pedi para eles aceitarem porque me livraram de um grande prejuízo. Para o meu choque e espanto, a mãe do rapaz disse que não aceitaria e pediu para que eu fizesse o mesmo por outra pessoa” disse Igor.

O caso foi compartilhado em uma rede social, já tem quase 3 mil compartilhamentos e mais de mil comentários. “Achei uma grandiosidade imensurável. A gente sabe que atitudes como essa seriam a obrigação de todos. Porém, nos dias atuais, infelizmente vai se tornando raridade. Muitas pessoas não roubariam, mas ignorariam e não pegariam os meus pertences para guardar, assim como ele fez”, afirmou, agradecido.

“Pensei em mim que também ando com as coisas no meu carro e que não seria nada agradável chegar e ver tudo roubado. Resolvi ajudar porque hoje está muito propício para o mal, mas nem todo mundo é assim. A gente tem que plantar o bem”, disse Filipe.

Em meio à situação, Igor lembrou que, na adolescência, também ajudou uma pessoa de forma semelhante. “Quando eu tinha 15 anos encontrei uma conta de energia em um ônibus coletivo. Enrolado com a conta havia o valor de R$ 75. Como na conta tinha o endereço, fui lá na casa da pessoa e devolvi”, relembrou. Fonte: http://g1.globo.com

Polícia prendeu pai por estuprar criança de 11 anos e adolescente de 15. Criança de 12 anos entregou carta para a professora, que fez a denúncia.

Uma criança de 12 anos denunciou que as suas duas irmãs, de 11 e 15 anos, eram estupradas pelo pai, em uma fazenda na região de Araguaiana, a 570 km de Cuiabá. A menina escreveu uma carta e a entregou para uma professora, que levou o caso ao Conselho Tutelar e à Polícia Militar nesta quinta-feira (23).

O pai das vítimas, de 40 anos, foi preso e autuado, mas negou os crimes. Os abusos, entretanto, foram confirmados por exames, segundo a Polícia Civil. Na carta, a menina diz que o pai é "ruim" e que estupra as duas irmãs dela. Ela também afirma que o pai deixa as crianças tomarem bebidas alcoólicas, mas não permite que tenham amigos.

Em outro trecho, a criança conta que a irmã dela, de 15 anos, está com o olho inchado porque ficou acordada a noite toda e que foi estuprada. No final da carta, a menina diz que "jura por Deus" que o pai estuprou as irmãs. Ela também fez um desenho do pai preso em uma cela.

De acordo com o comandante da PM, subtenente Elton Vieira, o Conselho Tutelar já monitorava uma situação de supostos maus-tratos e tentou por diversas vezes ter contato com as crianças. No entanto, o pai das vítimas não permitia as visitas ou aproximação dos conselheiros. Havia denúncias de que as crianças eram vítimas de maus-tratos e agressão.

As crianças, de 11 e 12 anos, além da adolescente e o irmão delas, de 14 anos, moravam sozinhas com o pai na zona rural de Araguaiana. A mãe está presa por tráfico de drogas no município de Piranhas, em Goiás. Os pais são separados desde antes da prisão da mãe das vítimas. Duas das crianças moravam com a mãe, até que tiveram que se mudar para a casa do pai depois que ela foi para a cadeia.

“A diretora [da escola] recebeu da professora a foto da cartinha da criança, que revelava esses abusos contra as irmãs. Inclusive a carta pontuava que a adolescente teria sido estuprada durante toda a noite”, disse o comandante da PM. De acordo com a polícia, o pai das crianças trabalhava como seringueiro em uma fazenda da região. “Eu conversei com ele [o suspeito], que não falou nada. Ele abaixava o olhar e não queria olhar para nós [policiais]. Ele estava abalado com a situação [da descoberta do crime]”, afirmou o comandante.

Investigações
O suspeito, as duas crianças e os dois adolescentes foram levados para a delegacia da Polícia Civil em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. Conforme o delegado que começou a investigação, Wilyney Santana Borges, apenas a criança de 12 anos (que escreveu a carta) e o irmão dela não teriam sido vítimas dos abusos.

“Conversamos com a adolescente de 15 anos e com a criança de 11 e elas confirmaram os abusos. A menina de 15 anos tomava anticoncepcional fornecido pelo pai. Ele já a molestava há anos. Encaminhamos as meninas para exames que confirmaram os abusos”, afirmou o delegado ao G1.

A criança de 11 anos teria começado a sofrer os abusos há quatro meses, época em que passou a morar com o suspeito, depois da prisão da mãe. “A criança de 12 anos escreveu a carta e entregou para a professora. O menino de 14 anos é fechado, meio que protege o pai”, disse o delegado. Fonte: http://g1.globo.com