Por Hu Xijin

O Twitter anunciou na sexta-feira que suspendeu permanentemente a conta pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa notícia gerou diversas reações nos Estados Unidos. Quando vi as notícias esta manhã, a primeira coisa que me veio à mente foi - sem Trump, esta plataforma perderá muito de sua diversão. Em seguida, pensei que a proibição da conta de mídia social do presidente dos EUA para "riscos de mais incitamento à violência" mostra que a liberdade de expressão de fato tem limites em todas as sociedades, e os humanos não são capazes de regulamentar a liberdade de expressão em seu sentido completo. É uma pena, mas também é uma realidade.

Algumas pessoas podem acreditar que a decisão do Twitter de suspender a conta do presidente dos Estados Unidos é um sinal de democracia. Esta é uma espécie de lógica teimosa. Acredito que seja mais correto dizer que a divisão e as lutas da sociedade dos Estados Unidos deixaram o país fora de ordem. O presidente dos EUA e o partido da oposição não são mais o que costumavam ser. A luta política não deveria ter sido realizada dessa maneira. Não é o que se esperava quando os pais fundadores dos EUA criaram a separação de poderes. O presidente dos EUA não deve se comportar "loucamente". A atual ecologia política dos Estados Unidos não deve deixar um presidente "louco". Concluo, portanto, que foi a degeneração do sistema político dos Estados Unidos que resultou nesses problemas.

O autor é editor-chefe do Global Times. Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Fonte: https://www.globaltimes.cn

 

 

Twitter bane permanentemente Donald Trump de sua plataforma, citando "risco de mais incitação à violência"

O Twitter suspendeu permanentemente a conta do presidente Donald Trump nesta sexta-feira após a invasão do Capitólio dos Estados Unidos na quarta-feira, que terminou com vítimas fatais.

O Twitter disse: "Nossa estrutura de interesse público existe para que o público possa ouvir políticos eleitos e líderes mundiais de maneira direta. E foi construída com base no princípio de que as pessoas têm o direito de fiscalizar o poder público de maneira aberta. Contudo, deixamos claro há anos que essas contas não estão acima de nossas regras e não podem usar o Twitter para incitar a violência. Continuaremos a ser transparentes sobre nossas regras e suas aplicações." Fonte: Twiter

Justiça de SP determina volta da gratuidade no transporte para parte dos idosos

 

A decisão atende a entidades ligadas aos idosos e trabalhadores e vale para o metrô, trens da CPTM e ônibus metropolitanos. O governo do estado e a prefeitura tinham derrubado o benefício para quem tem de 60 a 64 anos. Fonte: https://cbn.globoradio.globo.com

 

O número de mortos agrava-se após os confrontos deste 6 de janeiro durante o ataque ao Congresso dos EUA por apoiadores de Donald Trump. O presidente que deixa o cargo interveio ontem com um vídeo no qual ele reiterou a acusação de eleições fraudulentas, convidando seus seguidores a "voltarem para casa". Entretanto, há uma condenação unânime das cenas de violência sem precedentes no Capitólio dos EUA.

 

Antonella Palermo, Silvonei José – Vatican News

Uma situação sem precedentes em Washington, onde nesta quarta-feira (06/01) grupos de manifestantes pró-Trump invadiram, alguns armados, o complexo do Capitólio, onde o Congresso se reunia para certificar a eleição de Joe Biden. Senadores e deputados foram evacuados da câmara depois de receberem dos agentes de segurança a ordem de usar máscaras de gás. Os manifestantes tentaram invadir a Câmara dos Deputados e a situação ficou fora de controle. Os eventos abalaram a opinião mundial. Além da mulher morta por tiros disparados por um agente do Capitólio, outras três pessoas perderam a vida. Treze pessoas ficaram feridas e 52 foram presas. Entretanto, a prefeita de Washington prorrogou o estado de emergência pública por mais duas semanas, até o dia seguinte à posse de Joe Biden; um evento para o qual se temem novas fortes tensões. Depois que a Câmara e o Senado rejeitaram a primeira objeção sobre a votação no Arizona, o Congresso reuniu-se sob a presidência de Mike Pence para examinar as certificações de votação Estado por Estado. Enquanto isso, aumentam as demissões: da porta-voz de Melania Trump à vice-porta-voz da Casa Branca. Enquanto críticas chegam de todos os líderes europeus: de Macron a Von der Leyen e Johnson. "O assalto ao Capitólio é uma página escura que ficará na memória", disse o presidente do Parlamento da União Européia, Davide Sassoli.

 

A voz dos bispos estadunidenses

Em Los Angeles, o presidente da Conferência dos Bispos dos EUA, dom José Horacio Gómez, uniu-se às vozes de condenação à violência: "isso não é o que somos como estadunidenses, onde a transição pacífica do poder é um dos sinais distintivos", disse ele, confiando-se a Nossa Senhora para que guie todos no caminho da sabedoria e de um patriotismo saudável e autêntico. "Precisamos parar e rezar pela paz neste momento crítico", disse o cardeal Wilton Gregory, arcebispo de Washington, falando sobre o assalto ao Congresso dos EUA. "O tom de divisão que recentemente dominou nossas conversas deve mudar", repreendeu ele, "e aqueles que recorrem à retórica incendiária devem assumir a responsabilidade de incitar à crescente violência em nossa nação". Ele pediu para honrar o lugar, que ele chama de "solo sagrado", onde as leis e políticas da nação estadunidense são debatidas e decididas. O cardeal rezou pela segurança das pessoas eleitas, dos funcionários, dos trabalhadores, dos manifestantes e das forças de segurança.  "Há feridos e danos ingentes - admitiu ele -, chamando todos à cooperação, ao respeito dos valores democráticos e do bem comum".

O arcebispo de Chicago, cardeal Blase Joseph Cupich, em uma série de tuítes falou de "vergonha nacional", comentando o ocorrido: "que o amor de Deus recorde a todos os estadunidenses que a política é a resolução pacífica de pontos de vista opostos. Esta é nossa tradição como nação democrática, e nós a minamos por nossa conta e risco". Ele também apela às pessoas eleitas "que escutem os conselhos de seus anjos melhores para defender a Constituição que juraram defender". E ainda: "a violência a serviço de uma falsidade é pior". "Por muitos meses temos testemunhado a erosão deliberada das normas do nosso sistema de governo". Enquanto defende o protesto pacífico, que ele diz ser um direito sagrado, reitera que os eventos no Capitólio devem "chocar a consciência de cada patriótico estadunidense e de cada fiel católico".

 

Comentário de Pax Christi

Também Johnny Zokovitch, diretor executivo da Pax Christi EUA, não usa meios termos para definir os eventos no Capitólio durante a contagem dos votos do Colégio Eleitoral. Ele chama os eventos de "resultado da demagogia de um homem, o presidente Trump, e o fracasso de todos aqueles - políticos, mídia, família e outros ainda - que desculparam, ignoraram, dispensaram ou encorajaram a odiosa e divisionista retórica que definiu o mandato deste presidente". Pax Christi também ressalta que "aqueles que poderiam e deveriam ter responsabilizado este presidente fizeram exatamente o contrário nos últimos quatro anos, e os incidentes feios e vergonhosos no Capitólio dos EUA são o resultado triste e previsível desta abdicação de responsabilidade". Fonte: https://www.vaticannews.va

Essa espécie de vocação suicida de parte da nossa gente, aglomerando-se nas praias e festas nesta época de pandemia, faz parte da índole individualista dessa população. Tal tendência é agravada por atitudes semelhantes de alguns dirigentes do País, que cometem os mesmos desatinos, sempre com um sorriso maroto nos lábios, típico de quem não tem noção da realidade, de esquizofrenia, o que agrava mais ainda a tragédia que estamos vivendo e pode prolongar por mais tempo essa hecatombe que ceifa tantas vidas entre nós. Só rezando.

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA

Fonte: https://opiniao.estadao.com.br

 

Caso aconteceu na sexta-feira (1º) na cidade que fica a cerca de 800 km de Salvador. Ninguém ficou ferido.

 

Por G1 BA e TV Bahia

Um enxada foi jogada na direção do prefeito de Tabocas do Brejo Velho, cidade a cerca de 800 km de Salvador, durante a posse do gestor municipal. O caso aconteceu na sexta-feira (1º), na Câmara de Vereadores. Por pouco, a ferramenta não atingiu Flávio da Silva Carvalho (PP). 

Ninguém ficou ferido e a posse ocorreu normalmente. Segundo informações iniciais, um homem entrou pela porta dos fundos da Câmara, onde não tinham guardas municipais, e depois de jogar a enxada fugiu. Ele não foi identificado.

Uma vidraça foi quebrada e o prefeito chegou a se assustar com o barulho. Mesmo com o susto, o Flávio da Silva foi empossado para o primeiro mandato.

Em nota, a Polícia Militar informou que um indivíduo não identificado adentrou pelo portão dos fundos e atirou uma enxada contra as vidraças, quebrando o vidro de uma das janela. Uma guarnição da 30ª CIPM fez rondas na região, mas o suspeito não foi encontrado.

Em uma rede social, o prefeito disse que está bem e que aguarda a apuração do caso, pela polícia. Fonte: https://g1.globo.com

O governo federal é a expressão viva da indiferença e da falta da sensibilidade que marca a triste passagem de Jair Bolsonaro pela Presidência

 

Comandado por um presidente que tem evidente dificuldade para demonstrar empatia autêntica por qualquer um que não leve seu sobrenome, o governo federal é a expressão viva da indiferença que marca a triste passagem de Jair Bolsonaro pelo poder. A ministros sem currículo e sem o mínimo cabedal para as nobres tarefas que lhes foram concedidas pela irresponsabilidade bolsonarista, só resta empenhar-se em agradar ao chefe – e o fazem emulando fielmente a truculência tão característica de Bolsonaro.

Tome-se o exemplo do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Como se fosse titular do Ministério da Doença, o sr. Pazuello, inspirado no presidente, parece trabalhar em favor do coronavírus, facilitando-lhe a dispersão entre os brasileiros e agravando a pandemia. Na quarta-feira passada, contra todas as evidências, o ministro disse que a recém-encerrada campanha eleitoral, com suas aglomerações, “não trouxe nenhum tipo de incremento ou aumento de contaminação”, razão pela qual “não podemos mais falar em lockdown nem nada”.

Ora, o que aconteceu, segundo as informações disponíveis, foi o exato oposto. Tanto é assim que vários governos decidiram reforçar algumas das restrições que haviam sido abrandadas. Ao desestimular o isolamento social e fazer crer que as contaminações estão diminuindo, o ministro semeia confusão e colabora para desmoralizar os esforços de quem demonstra preocupação com o vírus. 

Enquanto isso, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, a propósito das recomendações para os brasileiros nas festas de fim de ano, menosprezou o isolamento social, pois segundo ele “não tem eficácia”, malgrado seja preconizado pela comunidade científica mundial para reduzir a pandemia. Já em caso de suspeita de contaminação, Élcio Franco defendeu o “tratamento precoce”, que não existe senão no discurso dos xamãs bolsonaristas.

Sabe-se lá quantos brasileiros mais ficarão doentes, correndo risco de morte, como resultado do conflito de mensagens estimulado pelo governo. Para os propósitos de Bolsonaro, como se sabe, isso não tem a menor importância, já que, em suas inolvidáveis palavras, “todos vamos morrer um dia”. A única coisa que importa é livrar-se da responsabilidade pelas consequências da pandemia.

Assim, não surpreende que o governo tenha demorado tanto para formular um plano de vacinação e, também, que esse plano, afinal apresentado na terça-feira passada, seja tão aquém do necessário. A vacinação não somente se estenderá por um ano ou talvez até mais, como será destinada a uma parcela muito pequena da população. 

Sem jamais ter sido prioridade do governo – ao contrário, o próprio presidente disse e repetiu em voz alta que a vacinação não seria obrigatória, como se a vacina fosse uma aspirina que se escolhe tomar ou não –, a imunização dos brasileiros contra o coronavírus entrará para a já extensa e variada lista das obrigações que Bolsonaro, como presidente da República, está deixando de cumprir. E neste caso colocando em risco a saúde de todos.

À inépcia junta-se o autoritarismo explícito, única promessa de campanha que Bolsonaro cumpre à risca. Uma portaria do Ministério da Educação publicada na quarta-feira determinava o retorno às aulas presenciais nas universidades federais e nas faculdades particulares a partir de janeiro. De uma tacada só, a ordem violava a autonomia universitária e, sem qualquer consulta aos gestores universitários, atropelava os esforços para reduzir o contágio entre estudantes e professores.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, expressou surpresa com a repercussão negativa. Ou seja, foi simplesmente incapaz de perceber a violência da medida, evidente por si mesma. É, portanto, muito pior do que a simples incompetência: trata-se de um governo sem qualquer sensibilidade, movido exclusivamente pelos delírios bolsonaristas de poder, nos quais o presidente e alguns de seus principais ministros não demonstram compaixão pelos pobres e os doentes.

Com um presidente que é fã declarado de torturadores, quem haverá de se dizer surpreso, afinal? Fonte: https://opiniao.estadao.com.br

 

Por Bernardo Mello Franco

Lula, Ciro, Marina e Dino na campanha de Guilherme Boulos | Reprodução

O prefeito Bruno Covas lidera as pesquisas e é favorito para vencer a eleição de São Paulo. Mas foi da campanha do seu adversário, Guilherme Boulos, que surgiu o fato político mais relevante do segundo turno até aqui.

No sábado, Lula, Ciro Gomes, Marina Silva e Flávio Dino apareceram juntos na propaganda do candidato do PSOL. Os quatro não dividiam o mesmo palanque eletrônico desde 2006, quando o ex-presidente conquistou o segundo mandato.

Boulos emergiu como a grande novidade do primeiro turno. Com 17 segundos na TV, ultrapassou veteranos como Márcio França e Celso Russomanno, que contava com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O candidato do PT, Jilmar Tatto, amargou um vexatório sexto lugar.

O PSOL investiu na dobradinha entre um candidato de 38 anos e uma vice de 85. A presença de Luiza Erundina ajudou a atenuar um dos pontos fracos de Boulos. Se ele nunca ocupou cargos públicos, ela governou a cidade entre 1989 e 1992.

A campanha improvisou uma espécie de papamóvel para a ex-prefeita circular na pandemia. Protegida por uma cabine de acrílico, ela percorre a periferia em busca de votos que se descolaram do PT em 2016.

Apesar da aposta no corpo a corpo, Boulos decolou graças à internet. Sua candidatura ganhou impulso nas redes sociais, onde o bolsonarismo reinou sozinho na última eleição. Ele mobilizou artistas e ganhou a preferência dos eleitores mais jovens.

O líder do MTST moderou o tom, mas não abriu mão do discurso contra a desigualdade e a extrema direita instalado no Planalto. No segundo turno, isso o ajudou a reunificar o campo progressista, que se estranhava desde o rompimento de Lula e Ciro na corrida presidencial.

A união em torno de Boulos fez a esquerda voltar a sonhar com uma aliança nos moldes da Frente Ampla uruguaia para enfrentar Bolsonaro em 2022. O cenário ainda é improvável, mas deixou de ser impossível. E Boulos será peça-chave para qualquer acordo daqui a dois anos.

O prefeito Bruno Covas lidera as pesquisas e é favorito para vencer a eleição de São Paulo. Mas foi da campanha do seu adversário, Guilherme Boulos, que surgiu o fato político mais relevante do segundo turno até aqui.

No sábado, Lula, Ciro Gomes, Marina Silva e Flávio Dino apareceram juntos na propaganda do candidato do PSOL. Os quatro não dividiam o mesmo palanque eletrônico desde 2006, quando o ex-presidente conquistou o segundo mandato.

Boulos emergiu como a grande novidade do primeiro turno. Com 17 segundos na TV, ultrapassou veteranos como Márcio França e Celso Russomanno, que contava com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O candidato do PT, Jilmar Tatto, amargou um vexatório sexto lugar.

O PSOL investiu na dobradinha entre um candidato de 38 anos e uma vice de 85. A presença de Luiza Erundina ajudou a atenuar um dos pontos fracos de Boulos. Se ele nunca ocupou cargos públicos, ela governou a cidade entre 1989 e 1992.

A campanha improvisou uma espécie de papamóvel para a ex-prefeita circular na pandemia. Protegida por uma cabine de acrílico, ela percorre a periferia em busca de votos que se descolaram do PT em 2016.

Apesar da aposta no corpo a corpo, Boulos decolou graças à internet. Sua candidatura ganhou impulso nas redes sociais, onde o bolsonarismo reinou sozinho na última eleição. Ele mobilizou artistas e ganhou a preferência dos eleitores mais jovens.

O líder do MTST moderou o tom, mas não abriu mão do discurso contra a desigualdade e a extrema direita no poder. No segundo turno, isso o ajudou a reunificar o campo progressista, que se estranhava desde o rompimento de Lula e Ciro na campanha de 2018.

A união em torno de Boulos fez a esquerda voltar a sonhar com uma aliança nos moldes da Frente Ampla uruguaia para enfrentar Bolsonaro em 2022. O cenário ainda é improvável, mas deixou de ser impossível. E Boulos sairá da eleição como peça-chave para qualquer acordo daqui a dois anos. Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com

Líderes debandam da candidatura de Marcelo Crivella e se aproximam de Eduardo Paes; em SP, há união em torno de Covas contra Boulos

 

Maiá Menezes, João Paulo Saconi e Gustavo Schmitt

RIO E SÃO PAULO - A uma semana do segundo turno, líderes evangélicos estão redefinindo apoios nas duas principais capitais do país. Em São Paulo, a saída de Celso Russomanno (Republicanos) aumentou o arco do prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição, enquanto no Rio, a perspectiva de vitória de Eduardo Paes (DEM) tem provocado baixas entre apoiadores do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), sobrinho de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, e que tem no segmento seu principal trunfo em busca da reeleição.

Paes e Crivella já estiveram em templos de Madureira, Campo Grande e Barra da Tijuca. Nesses locais, eles não podem pedir votos e, em geral, pastores e bispos apenas oferecem uma oração em nome da pessoa presente. Paes, que não é evangélico, foi convidado pelo bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus de Madureira, a participar de um culto conhecido como Santa Ceia, celebração mensal que é das mais relevantes para a igreja. Ontem, num encontro com pastores na Barra da Tijuca, o candidato do Republicanos pediu que eles abordassem os fieis na porta de suas igrejas para tentar virar a eleição.

Na reta final do primeiro turno, lideranças evangélicas chegaram a enviar vídeos de apoio a Crivella, estimuladas pelo presidente Jair Bolsonaro. Agora, no entanto, o presidente recusou o pedido do prefeito para vir ao Rio, e o desempenho ruim nas pesquisas desanimou nomes importantes do segmento. R.R. Soares, fundador Igreja Internacional da Graça de Deus, autorizou o uso de um vídeo seu de apoio a Crivella, de 2017, na campanha, mas aliados garantem que não gravará novamente. Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, voltou atrás na decisão de gravar para o prefeito diante da perspectiva de derrota. Santiago, por outro lado, embarcou na campanha de Bruno Covas (PSDB), em São Paulo.

— O voto evangélico não garante a eleição do Crivella. Foi suficiente para colocá-lo no segundo turno, mas não para definir —avalia o professor José Eustáquio Alves, doutor em demografia pela UFMG.

Já Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, declarou que vai ficar neutro no Rio — seu irmão, o deputado Samuel Malafaia (DEM-RJ), já declarou apoio a Paes — e agora está concentrado em produzir vídeos contra Guilherme Boulos. A união dos líderes evangélicos contra o candidato do PSOL reflete a ojeriza às posições do partido sobre gênero, a descriminalização das drogas e do aborto.

Sem Russomanno na disputa, a oposição a Boulos consolidou o apoio a Covas. O atual prefeito tem o apoio das principais denominações, como a Assembleia de Deus Ministério Belém e Ministério Madureira, além de avançar na base da Universal, que estava com o candidato do Republicanos. Levantamento do Datafolha anterior ao primeiro turno já apontava uma liderança de Covas no segmento, enquanto Boulos ficou apenas em 5º.

A bancada de vereadores evangélicos na Câmara também pesa a favor do tucano. Dos 11 vereadores, ao menos oito fazem parte da sua base. O principal é o presidente da Casa, Eduardo Tuma (PSDB), que abriu caminho para Covas entre pastores. A gestão já fez gestos ao grupo ao longo da pandemia, ao permitir o funcionamento das igrejas, desde que respeitassem uma série de protocolos sanitários. Além disso, no começo do ano, o prefeito aprovou uma resolução que facilita isenção de IPTU para templos religiosos. (Colaborou Alice Cravo). Fonte: https://oglobo.globo.com

Informações publicadas pelo colunista Ancelmo Gois apontam que a investigação feita pela PF indica que invasão deve ter ocorrido antes de 1º de setembro

 

André de Souza

 

Fachada do TSE Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

BRASÍLIA - O ataque hacker que expôs informações de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conseguiu acessar dados de 2020, e não apenas de anos anteriores, como se supunha inicialmente.  A investigação conduzida pela  Polícia Federal (PF) com colaboração do próprio TSE apontava que os dados eram antigos, do período entre 2001 e 2010. Agora já se sabe que, entre as informações vazadas, há dados de funcionários referentes a este ano. A investigação indica ainda que a invasão deve ter ocorrido antes de 1º de setembro. As informações foram publicadas pelo colunista Ancelmo Gois.

Os  dados  foram expostos no último domingo, dia do primeiro turno da eleição. Ainda no domingo, o TSE informou que o ataque tinha ocorrido com certeza antes de 23 de outubro de 2020, e provavelmente era mais antigo, uma vez que expôs dados de funcionários antigos e ex-ministros. São dados administrativos com informações pessoais sobre servidores.

O ataque foi feito a partir de Portugal. A PF ainda  apura  se há uma ação coordenada para desacreditar o processo eleitoral. Também no domingo, houve uma outra tentativa de ataque para derrubar o site do TSE, que não foi bem-sucedida. Esse ataque teve origem no Brasil, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia.

Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reclamou  da atuação de “milícias digitais”.

— Ao mesmo tempo em que houve o ataque, milícias digitais entraram em ação. Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar eleições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF — afirmou Barroso. Fonte: https://oglobo.globo.com

 

Filipe Vidon

O influenciador e youtuber Felipe Neto publicou, nesta terça-feira, uma mensagem no Twitter declarando apoio ao candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos, do PSOL, argumentando que o candidato do PSDB, Bruno Covas, "concorda com 92% das orientações bolsonaristas". O atual prefeito de São Paulo tentou convencer Neto sobre seu alinhamento afirmando que "não votou em Bolsonaro". 

Na resposta ao influenciador, Bruno Covas declarou que admira o trabalho de Felipe Neto, mas questionou se ele conhece sua trajetória na política. O candidato tentou conquistar o influencer reforçando suas propostas de governo sobre combate às desigualdades,  respeito à diversidade e a defesa dos direitos humanos. 

Poucos minutos depois, Felipe Neto respondeu ao candidato com uma provocação: "Pra cima de mim, Covas?". Ele compartilhou uma lista com "28 motivos para não votar em Covas" e declarou que o candidato e seu padrinho político, o governador João Doria, podem "desaparecer da política brasileira". 

Em seguida, os dois candidatos que disputam o segundo turno pela Prefeitura de São Paulo responderam Felipe Neto. Guilherme Boulos agradeceu ao influenciador e afirmou que "vai vencer o ódio e o atraso". Já Covas, respondeu citando uma frase do avô e ex-governador de São Paulo, Mário Covas: "Sou um subversivo dentro do meu partido".  Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com

 

APRENDER COM AS DERROTAS... A Palavra do Frei Petrônio, direto do Rio de Janeiro. Com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Terça-feira, 17 de novembro-2020. www.instagram.com/freipetrônio

 

A DERROTA É UMA PONTE. ATRAVESSE-A!

 

Olá! Quem de nós apesar de viver para a vitória, já não sofreu alguma derrota? Nosso time do coração então....parece óbvio que a vida seja feita de vitórias e algumas derrotas e que, portanto, não deveria ser nada difícil lidar com as derrotas. Mas não é bem assim.

Há muitas pessoas que simplesmente não admitem a derrota, a perda,  a adversidade e não sabem lidar com estas questões, tornando-se por vezes, pessoas coléricas, intolerantes, amargas e até arrogantes, pois sempre que a derrota acontece, ( e ela acontece, querendo ou não) creditam a mesma na conta de terceiros ou de fatores externos e que não lhes dizem respeito.

Estas pessoas acreditam-se invencíveis e entendem que só perdem em alguma situação por conta de outros fatores, jamais porque o outro foi melhor, ou que ele tenha falhado.

E isto tem reflexos ao longo da vida, em especial durante a fase de crescimento e socialização, onde se molda boa parte do caráter e daquilo que seremos como  pessoas no futuro. Pense: Como será ter um chefe assim? ou um marido ou esposa? Certamente será difícil e conflituoso, pois quem não sabe conviver com as derrotas, não sabe também o valor de uma lágrima, um  abraço... de um incentivo sincero e do poder da derrota.

Sim! A derrota tem poder! O poder de transformar, de ensinar e, sobretudo, de motivar para uma virada, uma guinada no sentido e na direção dos objetivos. Já ouviu falar que aprendemos com os erros? Pois o raciocínio é o mesmo.

Uma derrota pode mostrar os pontos fracos de uma pessoa ou de uma equipe . E a sabedoria está em estudar as causas da derrota e se preparar  melhor para a próxima batalha.( sempre haverá uma próxima batalha)  A vitória e a derrota são muitas vezes, questão de detalhes.  Na vida e no esporte, a vitória de ontem não garante a vitória de amanhã. E o mesmo vale para a derrota.   

Neste quesito, o esporte de fato, tem muito a ensinar . Quem pratica  esportes, individuais ou em grupo, aprende desde cedo que se busca a vitória a todo custo, mas se a derrota acontecer, não será o fim da história. Sempre haverá um amanhã. E terá valido à pena a disputa, o empenho e a competição.

O que ficará além das valiosas lições, será a convicção que a cada derrota não deve ser lamentada, mas deve ser usada como  como degrau, ponte ou  trampolim. Obstáculos sempre vão existir. Nos cabe superá-los!

Ninguém vence sempre.  A derrota tem sim sua serventia. Ela aproxima o homem da sua humanidade, ensina a humildade que todo vencedor precisa ter, para enxergar no outro nunca um inimigo, mas um adversário, que tem valor e merece respeito. Para vencer um campeonato ou uma guerra, não é preciso vencer todas as partidas ou todas as batalhas.

Usemos a derrota a nosso favor, aprendamos com ela, aprimoremo-nos com ela! Assim, atravessaremos a ponte que ela deixou e  seguiremos em frente.

A lição que ficará é que, na vida, não há derrotas definitivas e se você não desistir, tiver garra e determinação,  então, no devido tempo,  você alcançará o sucesso e a sua vitória. Comece agora mesmo sua travessia! Até a próxima! Fonte: http://www.marigoadvogados.com.br

 

Ex-presidente dos Estados Unidos é o entrevistado do 'Conversa com Bial' de 16/11

 

Barack Obama foi por oito anos o homem mais poderoso do mundo. Quatro anos após deixar o cargo, o ex-presidente dos Estados Unidos lança "Uma Terra Prometida", o primeiro volume de suas memórias. No programa de segunda-feira, 16/11, ele conversa com Pedro Bial sobre a obra, a pandemia, a vitória de seu ex-vice Joe Biden nas eleições norte-americanas e a relação com o Brasil.

Entre os assuntos, Pedro Bial quis saber o que Obama achou das provocações do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Ao rebater um posicionamento do democrata Joe Biden sobre a Amazônia, Bolsonaro afirmou que "quando acabar a saliva, tem que ter pólvora".

Obama comparou as políticas do presidente brasileiro às de Donald Trump. Na maneira de lidar com a pandemia, por exemplo, ambos não deram ênfase à ciência: "isso teve consequências para eles".

Ele reforçou o papel central do Brasil na questão ambiental: "o Brasil foi um líder no passado, seria uma pena se parasse de ser."

"Minha esperança é que, com a nova administração de Biden, há uma oportunidade de redefinir essa relação. Sei que ele vai enfatizar que a mudança climática é real, que Estados Unidos e Brasil têm um papel de liderança a desempenhar. Sei que ele vai valorizar a ciência sobre a Covid-19, e o fato de que o vírus é real." Fonte: https://gshow.globo.com

Antônio Claret Mota Esteves estava internado e morreu na noite de sábado (14) em Passa Quatro (MG). Partido Verde fez a solicitação para substituição e Justiça Eleitoral ainda irá avaliar o pedido.

 

Por G1 Sul de Minas — Passa Quatro, MG

O atual prefeito e candidato à reeleição que morreu na véspera da eleição foi escolhido por 60,8% dos eleitores e acabou reeleito, neste domingo (15), em Passa Quatro (MG). O Partido Verde fez a solicitação para a substituição do candidato antes do início das votações, mas as urnas já estavam lacradas. A Justiça Eleitoral ainda irá avaliar o pedido.

Antônio Claret Mota Esteves (PV) teve 5.638 votos na cidade. Betinho Paiva (DEM) foi o segundo colocado, com 35,61% dos votos (3.302). Em terceiro lugar ficou Dr. Aledson (PSC), que teve 333 votos (3,59%). A cidade ainda teve 666 votos nulos e outros 244 brancos.

Claret estava internado havia duas semanas após sofrer infarto e veio a óbito na noite de sábado (14). Ele foi o prefeito eleito mais novo da história de Passa Quatro, aos 28 anos, no ano de 1986. Ele ainda foi vereador, presidente da Câmara, vice-prefeito e prefeito em duas ocasiões.

 

Pedido de alteração e avaliação

O juiz eleitoral Ronaldo Ribar, da comarca e Itanhandu (MG), que responde por Passa Quatro, informou que o Partido Verde fez a solicitação para substituição de Antônio Claret ainda na noite de sábado. O pedido da legenda era de que, neste caso, entrasse na disputa a chapa de Henrique Nogueira Gonçalves como candidato a prefeito e Marco Torres como vice.

No entanto, como as urnas já estavam lacradas, não houve tempo para substituição do nome e da foto de Antônio Claret. Desta forma, o candidato apareceu nas urnas.

A Justiça Eleitoral ainda irá avaliar o pedido de substituição, o que é comum em toda troca de candidatos. A lei eleitoral permite a troca de candidatura após o prazo (20 dias antes do pleito) em caso de morte. Segundo o advogado da chapa, todo o trâmite foi feito de forma correta para permitir a substituição.

Caso o pedido seja aceito, os votos destinados a Antônio Claret vão para Henrique Nogueira Gonçalves. Caso seja indeferido, os votos serão anulados. Fonte: https://g1.globo.com

O Frei Petrônio de Miranda, Padre Frade Carmelita e Jornalista- Direto da Ilha da Gipóia em Angra dos Reis/RJ- fala sobre a importância voto no próximo dia 15. Câmera: Bruno Moreira.  Convento do Carmo de Angra/RJ, 14 de novembro-2020. Críticas e sugestões de temas direto no whatsapp do Frei. (21) 98291-7139. E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Divulgação:  www.instagram.com/freipetronio

 

Gameleira, no interior de Pernambuco, teve dois vereadores assassinados em 2020. Um deles, Irmão Ednaldo (PRB), foi executado em frente à Câmara Municipal. REPRODUÇÃO

Disputa de votos por milicianos acirra barbárie durante a campanha. Nesta segunda, houve mais um ataque durante uma live na internet

 

Dois candidatos e três cabos eleitorais mortos, um vereador baleado, quatro crimes com motivações políticas no intervalo de um mês. Este é apenas o saldo recente da escalada de violência política na região metropolitana do Rio de Janeiro durante a eleição. No começo de outubro, Mauro Miranda, candidato a vereador de Nova Iguaçu pelo PTC, foi executado numa padaria. Dez dias depois, na mesma cidade, o candidato do DEM, Domingos Rocha Cabral, conhecido como Domingão, acabou assassinado na porta de um bar. No fim do mês, foi a vez de Renata Castro, militante de um candidato a vereador de Magé ser morta com 14 tiros ao sair de casa. Na última terça-feira, um dos 15 disparos efetuados em direção ao carro do vereador carioca Zico Bacana (Podemos) o acertou de raspão na cabeça. E o Rio de Janeiro está longe de ser uma exceção.

Nesta segunda-feira, Ricardo de Moura (PL), candidato a vereador em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, sofreu ataque enquanto conversava com eleitores em uma live. A transmissão captou o exato momento em que ele é alvejado por dois tiros, que atingiram, segundo a polícia, o braço e a perna direita do candidato. Moura sobreviveu ao que sua companheira de chapa, Adriana Afonso, candidata a prefeita, qualificou como “um atentado”. O autor dos disparos ainda não foi identificado. No último fim de semana, pelo menos seis ocorrências de agressões ou tentativas de homicídio contra candidatos foram registradas em todo o país, de acordo com o monitoramento do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC).

Já nesta quarta-feira a candidata do PSDB à Prefeitura de São Vicente (no litoral de São Paulo), Solange Freitas, teve o carro alvejado por rajadas de tiros. Ela estava acompanhada de assessores, mas ninguém se feriu pois o carro era blindado. Os autores da tentativa de homicídio ainda não foram identificados. Solange é uma conhecida jornalista brasileira, tendo atuado por 30 anos como repórter no litoral paulista, sendo 15 deles na afiliada da TV Globo em Santos.

Os episódios em sequência são um retrato da violência política que continua assolando as eleições municipais no Brasil. Somente este ano, 82 militantes e candidatos foram assassinados, indica o levantamento do pesquisador Pablo Nunes, que coordena o CESeC. Além das mortes, o estudo ainda mapeou 170 agressões de janeiro a outubro. “Não deixa de ser dramático o grau de violência contra pessoas que são mortas por defender suas bandeiras. A proximidade das eleições fez com que o número de casos aumentasse desde julho, mas os primeiros meses de 2020 já tinha sido muito violentos”, afirma o cientista político. Em 2016, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, foram 100 mortos ao longo de todo o ano eleitoral.

Primeiro homicídio registrado no monitoramento, a execução do prefeito João Schwambach (MDB), em 9 de janeiro, chocou a população de Imbuia, no interior de Santa Catarina. Ele foi morto com dois tiros nas imediações da Prefeitura. Os disparos saíram da arma do motorista José Cardoso, que teria se suicidado depois do crime. A polícia encerrou as investigações sem desvendar o que motivou o assassinato. Até o momento, o mês com maior registro de violência política foi setembro, que marcou o início da campanha eleitoral, com 13 homicídios catalogados.

Segundo estado com mais mortes (oito), o Rio de Janeiro experimenta um acirramento das disputas eleitorais em áreas controladas por milícias, especialmente na Baixada Fluminense, onde nove políticos foram assassinados em 2016, ano da última eleição municipal. Nos casos recentes, a polícia investiga possíveis relações das vítimas com grupos paramilitares. Domingão, do DEM, havia sido preso em julho, ao lado do irmão, que é policial militar, por suspeita de chefiar uma milícia de Nova Iguaçu. Já Mauro Miranda tinha em sua ficha uma condenação por porte ilegal de arma. Por causa dos assassinatos na cidade, a Polícia Civil criou uma força-tarefa para combater o crime organizado na Baixada. “A ideia é asfixiar a milícia e permitir uma eleição limpa, com candidatos circulando e o povo votando livremente”, explicou o secretário Allan Turnowski.

Na primeira operação da força-tarefa, em meados de outubro, 12 suspeitos de integrar milícias foram mortos. Os trabalhos são coordenados pelo delegado Giniton Lages, responsável por prender os supostos executores da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Mais de dois anos depois do crime, as autoridades ainda não conseguiram identificar os mandantes. A mobilização da polícia não foi capaz de impedir o assassinato de Renata Castro, cabo eleitoral ligada a um tradicional clã político da cidade, a família Cozzolino (PP), e que fazia campanha para o policial Pablo Vasconcelos (PSL), candidato a vereador. Na mesma semana em que foi executada, ela havia denunciado nas redes sociais e à Polícia Federal que estaria sendo ameaçada pelos vereadores Clevinho Vidal (PCdoB) e Felipe da Gráfica (PTB) —eles negam as ameaças. Em agosto, a pré-candidata a vereadora Tia Sandra (PSB) já tinha sido morta por traficantes no município.

“A política está contaminada pela violência e pelo crime organizado, como é o caso do Rio de Janeiro, com o fenômeno das milícias”, observa Renato Sérgio de Lima, diretor presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que vê a necessidade de regulamentação das candidaturas de policiais e agentes das forças de segurança, em maior proporção nos partidos de direita. “É legítimo que policiais se candidatem e tentem representar a categoria. O ponto de tensão é a parcela corrupta que quer se apropriar do Estado por interesses criminosos. Quando não se regulamenta o direito do policial ser candidato, cria-se um ambiente tóxico em que o interesse de representar uma categoria e o comportamento miliciano acabam se misturando.”

 

Laços de família e de milícia

No começo deste mês, o vereador Zico Bacana (Podemos) sobreviveu a um atentado a tiros que matou dois de seus apoiadores e o feriu de raspão na cabeça durante evento de campanha na zona oeste do Rio. Em 2008, ele foi citado pela CPI das Milícias como chefe de uma facção paramilitar na região. O ex-policial sempre negou as acusações e não chegou a ser indiciado. Após resistir ao ataque, o parlamentar se pronunciou dizendo ter sido vítima de uma “covarde tentativa de homicídio”, mas está disposto a retomar a campanha pela eleição assim que se recuperar do ferimento. “Querem parar a democracia e meu trabalho como representante do povo, mas não vão conseguir. Em breve estarei de volta às ruas”, afirmou em vídeo divulgado por seu comitê de campanha.

Já no dia seguinte, outro atentado contra candidato a vereador, dessa vez na zona norte. Simone Sartório (Patriota) sofreu uma emboscada e seu carro foi atingido por um tiro, mas ela não se feriu. Em Paraty, o postulante ao Legislativo da cidade pelo PT, Valmir Tenório, não teve a mesma sorte de Bacana e Sartório. Foi assassinado na tarde da quarta-feira passada. A polícia apura o suposto envolvimento dos três suspeitos com o tráfico de drogas. “A violência nas eleições municipais é um problema que ameaça a democracia em todo o país e agora atinge, mais uma vez, Paraty”, manifestou em nota a coligação Trabalhando o Futuro, encabeçada pelo PT, que cobrou apuração rigorosa sobre o assassinato e reforço no policiamento até a eleição.

Em Minas Gerais, empatado com o Rio de Janeiro na segunda colocação entre os estados com mais homicídios de políticos em 2020, a execução à luz do dia do candidato a vereador Cássio Remis (PSDB), em Patrocínio, no Alto Paranaíba, ganhou repercussão nacional por também ter sido registrada ao vivo em uma live transmitida pela própria vítima. O autor dos cinco disparos foi o ex-secretário de Obras, Jorge Marra, irmão do atual prefeito da cidade. Ele está preso desde o fim de setembro e acabou indiciado por homicídio, porte ilegal de arma e roubo, devido à subtração do celular de Remis. A Polícia Civil, porém, descartou o enquadramento do caso como crime político. “Apesar de alguns políticos terem tentado nos influenciar [durante as investigações], nossa atuação é independente”, disse o delegado regional Valter André.

Pernambuco, por sua vez, é o recordista de assassinatos vinculados à política. Foram 13 mortes desde janeiro. Gameleira, com 30.000 habitantes, por exemplo, teve dois de seus 11 vereadores executados. A motivação dos crimes ainda está em investigação. “É um estado que há muito tempo figura como um dos lugares onde há mais atentados contra políticos. Nas cidades do interior, rivalidades políticas passam de pai pra filho, e a violência se reproduz de geração para geração”, diz Pablo Nunes. Em Itambé, na divisa com a Paraíba, apelidada de “Fronteira do Medo”, o empresário Adson Mattos foi assassinado por denunciar e criticar políticos da região em agosto, uma década depois da execução de seu primo Manoel Mattos (PT), que era vereador e ativista dos direitos humanos.

Para Renato Sérgio de Lima, a atmosfera bélica de divisão no cenário político nacional lembra os conflitos recentes às vésperas da eleição americana e favorece o embrutecimento dos embates regionais. “O Brasil sempre teve histórico de resolver de forma violenta suas contendas eleitorais. Logo, a violência política não é uma novidade”, afirma o pesquisador. “Atualmente, estamos mimetizando o que acontece nos Estados Unidos. Uma polarização tão grande da sociedade que faz as pessoas se sentirem liberadas para eliminar o inimigo. A banalização do discurso de ódio autoriza que a política continue fazendo suas vítimas.”

Matéria originalmente publicada em 9 de novembro, atualizada em 11 de novembro com novas informações. Fonte: https://brasil.elpais.com

 

 

 

 

Um carro desgovernado atropelou 09 pessoas que estavam na passeata de um candidato a prefeito de Centenário do Sul- PR, neste sábado (07), pela manhã. Segundo a imprensa local, sete pessoas tiveram ferimentos leves e duas foram atendidas no Hospital de Centenário do Sul em estado mais grave - tendo uma delas sido transportada de helicóptero para Londrina, dada gravidade dos ferimentos.

O condutor alegou que o carro deu problema no freio. Testemunhas que estiveram no local relataram que o veículo estava em uma velocidade incompatível com a via. A Polícia Militar atendeu a ocorrência e encaminhou os relatórios para investigações da Polícia Civil. Fonte: https://tnonline.uol.com.br

O Frei Petrônio de Miranda, Padre Frade Carmelita e Jornalista- Direto da Ilha da Gipóia em Angra dos Reis/RJ- fala sobre a importância voto no próximo dia 15. Câmera: Bruno Moreira.  Convento do Carmo de Angra/RJ, 12 de novembro-2020. Críticas e sugestões de temas direto no whatsapp do Frei. (21) 98291-7139. E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Divulgação:  www.instagram.com/freipetronio

Por Jornalistas Livres

 

Luciana Novaes, vereadora do PT do Rio de Janeiro

Durante a pré-história os seres humanos desenvolveram técnicas de domesticação de plantas e animais em um processo que historiadores e antropólogos conhecem como sedentarização. Aos poucos deixamos de vagar pelo mundo em busca de alimentos e passamos a construir o que chamamos hoje de moradia. Desde então, as habitações se tornaram elementos indispensáveis para a boa manutenção da vida humana. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 25°, reconhece que todo ser humano deve ter um padrão de vida suficiente para garantir a si e a sua família saúde e bem-estar, e isso inclui a habitação. O mesmo faz a Constituição Brasileira ao garantir no artigo 6º que a moradia é um direito social.
Porém, os dispositivos legais não foram suficientes para assegurar moradia digna para todos os brasileiros. Estima-se que o Brasil tenha um déficit habitacional de cerca de 7,7 milhões de residências. Na cidade do Rio de Janeiro, a situação é dramática e faltam mais de 220 mil habitações. Ao mesmo tempo, a capital fluminense é a segunda cidade com o aluguel mais caro do país, perdendo apenas para São Paulo. A defasagem no número de domicílios é um dos fatores que fizeram a população de rua do município crescer acentuadamente. Dados da Defensoria Pública do Rio de Janeiro de 2019 estimam que ao menos 15 mil cariocas estão no relento. Por sua vez,os abrigos atendem apenas 2,3 mil pessoas menos de 15% do necessário.

No meio da crise do coronavírus, não são apenas os desabrigados que preocupam, mas também quem reside em habitações insalubres. É preciso lembrar que 22,5% da população da cidade do Rio de Janeiro mora em favelas. Na periferia da cidade o isolamento social mostrou-se inviável, e um dos motivos é a precariedade das habitações. Na Rocinha, por exemplo, 38% dos moradores dividem o mesmo cômodo com uma ou mais pessoas, já na Tijuca esse percentual cai para apenas 2% dos habitantes.

Contudo, o poder público municipal parece dar de ombros para o problema habitacional, mesmo quando se trata de conter o vírus. Medidas paliativas que poderiam amenizar a situação de quem não dispõe de uma casa segura nesse momento não foram tomadas. É o caso do arrendamento de hotéis inoperantes, que poderiam abrigar parcela da população de rua, ou mesmo servir para isolar casos suspeitos. Essa medida foi importante, por exemplo, na Itália, cuja rede hoteleira acolheu moradores de rua e cidadãos que não tinham condições de isolamento, uma vez que nos centros urbanos como a Lombardia grande parte das habitações são apartamentos verticais pouco espaçosos.

A pandemia escancara aos gestores públicos que é preciso frear a grande especulação imobiliária no município do Rio de Janeiro, que supervaloriza imóveis enquanto escanteia para os morros e os cantões urbanos os pobres e desabrigados, negando a eles o direito à cidade. É necessário também apostar em uma política pública justa de urbanização e construção de moradias populares. Moradia digna não pode ser o privilégio de poucos, deve ser direito de todos. Fonte: https://jornalistaslivres.org

Por Joaquim Ferreira dos Santos

 

Junte tudo que é seu - os comprimidos de hidroxicloroquina, as bíblias de araque que você não leu, os tweets em caixa alta, a bílis escorrendo no canto da boca – e, vá, se mande, faz o que mais dia menos dia se torna inevitável na vida de todo ignorante empoderado. Sai de fininho, o rabo entre as pernas, deste palácio que não te pertence mais. Tudo passa, chegou a hora de pastar longe daqui.

Hoje é você, amanhã será o outro que te arremeda, e esta ordem de despejo que ora aqui se apresenta devia estar pronta, afixada desde sempre, na porta dos fundos dos gabinetes de todos os adoradores da morte, do autoritarismo e do preconceito. O pé na bunda lhes é destino e ponto final, seja na Pensilvânia, Roraima ou Irajá.

Fora, malandragem, com a tralha de tacos de golfe, camisas de time de futebol, piadinhas homofóbicas, caneta Bic, e volta ao condomínio da tua insignificância municipal. O mundo gira, a Lusitana roda, e o caminhão de mudança já está na porta para carregar os cacarecos dourados da cafonice, a máquina de bronzear laranja, a arma embaixo do travesseiro, o muro na fronteira e toda a traquitana maligna da falta de consideração pelo próximo. Deu pra ti, grosseirão!

Os votos demoram a ser contados, alguns chegarão apenas no próximo domingo, outros ainda em dois anos, mas eis que já se fazem evidentes os trovões de volta à civilidade e eles estão mostrando a porta da rua para que você saia sem alguém lhe bater. Prazo de locação vencido. A tristeza não é mais senhoria. Faz as malas, pica a mula, puxa o carro, vaza, sebo nas canelas, rala peito - e não tenha o topete de aparecer tão cedo.

Deixa as emas na santa paz laica do quintal. De resto, encaixota os demônios vermelhos com que você assustava a vizinhança. Leva também a seringa para injetar desinfetante na veia dos seus doentes, a luz ultravioleta para combater o vírus da família e todas a cristaleira de mentiras, decretos de incentivo ao caos, ao tiroteio, ao golden-shower e ao uso do leite moça no recheio do pão.  

Desta vez não é uma gripezinha, é o cartão vermelho, o fim de jogo e o suspiro aliviado por quem já vai tarde. Os supremacistas, os milicianos, a Fox News, os guardiões dos hospitais, os juízes conservadores, os generais de pijama, todo esse exército de homens de bem, com Deus no peito e a suástica no coração, foi insuficiente para convencer os demais inquilinos de que o ódio seria bom pastor e vizinho. Hoje não tem cantoria de pastor gospel, mas a decisão unânime dos moradores - você está despejado!

Pela vulgaridade ideológica, por falar aos gritos, palavrões aos berros, desprezar máscaras, gays, negros, mulheres e todos os funcionários do palácio. Posto isso, enquanto não se faz obrigatória aos governantes a vacina do bom senso, a assembleia aqui reunida resolveu aplicar em vossa ex-excelência este artigo primeiro, parágrafo único, da lei internacional do ponha-se-no-olho-da-rua. Favor deixar a chave na portaria e pagar os atrasados. Atenção: o condomínio não aceita dinheiro vivo. Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com