Hitler, Stálin, Pol Pot, Mao e Franco chegaram à idade adulta com personalidades afetadas por frustrações, traumas e danos psicológicos infantis

 

JAVIER HERRERO

Os tiranos do século XX demonstraram não conhecer o significado da palavra compaixão, mas dominavam à perfeição os sinônimos de horror e os puseram em prática com firmeza sobre os povos que subjugaram. Quando se transformaram em assassinos brutais? Sua infância teve algo a ver com essa transformação? Para a psicologia, a infância é um momento-chave na vida das pessoas. Nessa fase vital estão ocultos os códigos que explicam condutas posteriores. Esse foi o campo de pesquisa de Véronique Chalmet, que entrou no buraco negro no qual foi incubado o horror do século passado: a infância e adolescência dos opressores mais sanguinários. A escritora francesa lançou em outubro La Infancia de los Dictadores (“a infância dos ditadores”), versão em espanhol de seu livro Enfance de Dictateurs, uma síntese em que aborda os primeiros anos desses carrascos que em algum momento perderam a inocência infantil, embora seja difícil imaginar essa inocência neles.

“Ninguém nasce sendo um assassino. Esses ditadores cresceram em um ambiente coercitivo e quando alcançaram o poder, liberaram todo o ódio acumulado”, assinala Chalmet, colaboradora habitual de revistas de divulgação científica como Ça m’intéresse, em resposta a perguntas do EL PAÍS enviadas por correio eletrônico. “Como disse Nelson Mandela, as pessoas aprendem a odiar”, acrescenta. A escritora francesa, especialista em psicologia e criminologia, acredita que “muitas frustrações, traumas e violência física e psicológica provocaram uma perda total de valores éticos” na infância desses déspotas. Já adultos, “eles não se preocupavam com o que era certo ou errado −embora soubessem perfeitamente a diferença−, e essa é uma característica dos criminosos psicopatas”, explica.

Chalmet teve oportunidade de estudar sociopatas e psicopatas recentemente em uma instituição de saúde para doentes mentais perigosos, e vê muitas semelhanças no comportamento destes e no dos tiranos. “De fato, estamos lidando com o mesmo tipo de personalidade. Essas crianças maltratadas se tornaram adultos insensíveis incapazes de empatizar”, assinala. A principal diferença entre os sociopatas anônimos e os tiranos estaria, segundo a autora, na conquista do poder: “Seduziram o povo para obter o comando e depois o mantiveram aterrorizando as pessoas. Hitler, Pol Pot e Mussolini eram carismáticos e perversos manipuladores”.

O livro de Chalmet mostra algumas circunstâncias que esses personagens malvados compartilharam. Curiosamente, esses ditadores tinham “uma necessidade desesperada de modelos parentais protetores”, descreve a autora, “mas se viram presos em famílias disfuncionais. Para a maioria deles, o pai estava ausente ou era cruel. Já a mãe muitas vezes escondia ou reprimia seus sentimentos, embora isso significasse deixar o filho em um estado de confusão, medo ou solidão”.

 

A seguir, certas características da infância de alguns desses personagens sinistros:

 

Stálin (1878-1953). No período em que comandou a União Soviética, 20 milhões de pessoas perderam a vida. Josef Vissarionovich era tão frágil quando nasceu que o apelidaram de Sosso (“o delicado”). Além disso, tinha uma anomalia no pé esquerdo. Logo começou a sofrer a fúria alcoólica que seu pai, embriagado todos os dias, descarregava na forma de surras contra ele e sua mãe. Aos 10 anos, foi para a escola paroquial de Gori, seu povoado na Geórgia, onde se destacou como menino prodígio do coro. Sofreu dois atropelamentos de carruagem, que lhe deixaram sequelas físicas. Em 1894, foi admitido no seminário de Tbilisi com a ilusão materna de que se tornasse padre. Lá, o adolescente de 16 anos descobriu “uma vida austera, marcada pela oração, pelos castigos corporais e pelo estudo” com os monges, e quando voltava para seu quarto, encontrava “as marcas dos confiscos feitos em sua ausência […], um espírito policial e um sistema coercitivo bem azeitado”, descreve Chalmet.

 

Franco (1892-1975). Desencadeou uma guerra civil na Espanha que causou mais de meio milhão de mortos e dezenas de milhares de fuzilados nos anos posteriores. Filho de um intendente-geral da Marinha de Ferrol (em La Coruña), ao nascer era um bebê muito franzino e, durante seu crescimento, continuou tão magro que sua mãe, Pilar, chamava-o de Cerillita (“palitinho de fósforo”). Na infância, evitava falar em público porque tinha vergonha de sua voz fina. Sua devotada mãe incutiu nele o valor sagrado da família, um conceito que mais tarde ele quis extrapolar totalitariamente para a Espanha. Seu pai tinha casos extraconjugais continuamente e acabou reconhecendo um menino filipino três anos mais velho que Franco. Finalmente, em 1907, o pai abandonou a esposa e os filhos e foi para Madri. O adolescente complexado nunca o perdoou e não voltou a vê-lo.

 

Mao Tsé-tung (1893-1976). Estabeleceu a República Popular da China e sua ditadura provocou 70 milhões de mortes. Seu pai era um comerciante “duro e ambicioso, sem nenhum escrúpulo, cuja inteligência se limitava à arte da especulação”, relata Chalmet, “mas glorificava a posse do estritamente necessário e valorizava o trabalho físico”. Embora Mao manifestasse grande desprezo por seu pai, se analisamos as consequências de suas decisões para a população chinesa, vemos que ele aplicou à risca as ideias paternas. Desde pequeno se destacou seu gosto pela leitura. Mas, à medida que crescia, aumentava sua fobia pela água. Segundo a autora, ele passou 25 anos sem tomar banho. Mao, que sempre demonstrou um grande amor por sua mãe, sentia desde a infância muito ódio por seu pai −sobre quem, durante uma sessão de tortura contra opositores em 1968, chegou a dizer: “É uma pena que meu pai esteja morto, teria sido necessário fazê-lo sofrer assim”.

 

Idi Amin Dada (1925-2003). Governou Uganda de 1971 a 1979 e ao se exilar deixou para trás inumeráveis atrocidades e 300.000 mortos. Seu pai o abandonou quando era recém-nascido porque considerava que a mãe, curandeira da família real do reino tradicional de Buganda, tinha engravidado do rei Daudi Chwa. “Antes de aprender a andar, ele conheceu a cozinha infernal de sua mãe”, afirma Chalmet. Nela eram usados os ingredientes mais truculentos −incluindo fetos e crianças sacrificados− em rituais sangrentos para seus clientes ricos. Idi Amin sempre viveu sem um lar fixo, dividindo espaço com os amantes de sua mãe. Só foi à escola por alguns meses durante sua adolescência, quando já estava dotado de um físico hercúleo que usava para se envolver em brigas diárias com alunos da escola técnica de Makerere, na qual não foi admitido.

 

Pol Pot (1925-1998). Comandou o regime comunista do Khmer Vermelho, que perpetrou um genocídio contra o povo cambojano de 1976 a 1979, matando dois milhões de pessoas, um terço da população. Seu nome era Saloth Sar e foi educado conforme os férreos valores do ensino khmer, em que o castigo físico era comum. Dotado de extrema frieza emocional, seu irmão mais novo, Neap, afirmou que “ninguém conseguia saber o que ele pensava”. Em 1934, ingressou no monastério budista de Wat Botum, onde se destacou por sua aceitação da disciplina e da hierarquia. Sua irmã Roeung chegou a ser concubina do rei Monivong, mas sua origem camponesa era motivo de desprezo na corte. Saloth Sar, testemunha da aflição de sua irmã, desenvolveu um profundo ódio pela classe dominante. Foi sempre um estudante medíocre, mas acabou dando um jeito de conseguir uma bolsa de estudo de radioeletricidade na França em 1947, onde se uniu ao Partido Comunista da Camboja. Fonte: https://brasil.elpais.com

Segunda-feira, 18 de novembro-2019, Dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.

35 MORTES DE BALAS PERDIDAS NO RIO: Gari morre após ser atingido por bala perdida na Zona Norte

Francisco de Paulo da Silva estava trabalhando quando foi baleado

 

Por Jéssica Santos*

Um gari morreu depois de ser vítima de uma bala perdida em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (13).

Segundo a Comlurb, Francisco de Paulo da Silva, foi atingido quando fazia o serviço de rotina no Morro do Juramento.

A vítima chegou a ser socorrida ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos. A Comlurb informou que está dando todo o apoio à família, inclusive com a equipe de assistência social da companhia.

Já são 145 feridos por bala perdida sendo 35 mortes segundo estatística da BandNews FM.

*Estagiária sob supervisão de Amanda Martins. Fonte: https://bandnewsfmrio.com.br

Ketellen estava acompanhada pela mãe quando foi atingida durante troca de tiros na Praça da Cohab, em Realengo; homem também foi baleado no tiroteio

 

RIO — Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira no Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo. A menina foi baleada a caminho da escola na tarde desta terça durante uma troca de tiros na Praça da Cohab , no mesmo bairro.

Além da menina, um homem identificado como Davi Gabriel Martins do Nascimento, de 17 anos, também foi baleado e morreu no local. De acordo com informações preliminares fornecidas pela Polícia Militar, um carro que passava pelo local efetuou os disparos. Ketellen foi atingida na perna, foi operada no hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Militar informou que os ocupantes do veículo de onde partiram os disparos ainda não foram identificados. Nas redes sociais, moradores de Realengo lamentaram o ocorrido e relataram pânico durante e após o tiroteio. O corpo de Ketellen foi levado para o IML na manhã desta quarta.

Ketellen é a sexta criança morta com bala perdida em 2019. Além dela, morreram da mesma forma Ágatha Félix , de 8 anos (vítima de uma bala perdida no Alemão), Kauê dos Santos , de 12 anos (baleado durante operação policial no Chapadão), Kauê Rozário , de 11 anos (atingido por bala perdida na Vila Aliança), Kauan Peixoto , de 12 anos (morto durante um confronto entre policiais e bandido na favela da Chatuba, em Mesquita) e Jenifer Gomes , de 11 anos (baleada em Triagem). Fonte: https://oglobo.globo.com

Sugerir uma não renovação da concessão é um atentado à liberdade de imprensa

 

Helio Beltrão

Cresce um movimento de boicote à Globo por certos anunciantes, com adesão recente do espalhafatoso e divertido Luciano Hang, controlador da Havan. Os gestores dessas empresas protestam contra o jornalismo ideológico da emissora e contra valores com os quais não concordam.

O boicote é um instrumento para persuadir terceiros a se dissociar de uma pessoa ou empresa, socialmente ou deixando de comprar o produto ou serviço. Pode servir uma causa nobre, neutra ou perversa, dependendo do caso. 

Em 1933, três meses após a nomeação de Hitler como chanceler federal, o Partido Nazista liderou um boicote dos negócios judeus, como vingança contra a negativa cobertura jornalística internacional sobre a Alemanha e Hitler desde a nomeação. A justificativa era que judeus alemães e estrangeiros orquestravam uma campanha de mídia contra o país.

A população não aderiu, e o boicote fracassou. Desgraçadamente, o caminho até o Holocausto continuou, pavimentado pela queima de livros de autores judeus e pela imposição das leis antissemitas.

Em 1955, Rosa Parks se recusou a ceder seu assento no ônibus municipal a um homem branco, desobedecendo à lei de seu estado e município.

A lei, implementada por governos do Partido Democrata, previa a segregação de brancos e negros nos guichês de compra de passagens, na espera, e nos bancos do ônibus. Era proibido que empresas privadas operassem com política igualitária. 

Rosa foi detida pelas autoridades, e a partir dessa data iniciou-se um boicote contra a política e a lei, apoiado pelo reverendo Martin Luther King Jr., herói da liberdade. O boicote teve êxito, e alguns anos depois as leis segregacionistas foram abolidas.

Na verdade, a maioria dos boicotes não vinga ou não causa mudança de comportamento no boicotado. No Brasil, são comuns as tentativas infrutíferas de boicotar a compra de gasolina para conter a alta de preços, uma tola revolta contra a lei de oferta e demanda.

Nos EUA, há o bizarro “Dia do Nada Comprar”, tentativa de combater o suposto consumismo da Black Friday. O consumidor dá de ombros: segue comprando produtos bons com desconto. Independentemente da natureza da causa, o boicote pacífico é voluntário e, portanto, perfeitamente lícito.

É um componente fundamental da liberdade de expressão e do exercício de sua propriedade. No mercado, o consumidor é supremo e o empresário segue suas diretrizes, como assinala Ludwig von Mises.

Todos temos direito a nos distanciarmos daqueles de que não gostamos por qualquer motivo. Convidamos para nossa casa só aqueles que admiramos e declinamos entrada aos que julgamos que tenham valores ou comportamentos com os quais não compactuamos.

Há exageros, no entanto. Felizmente, o boicote repugnante normalmente encontra reação: a crítica, o prestígio ao boicotado e até mesmo o boicote aos boicotadores.

Problema maior ocorre quando o boicote tem apoio do Estado. O governo dos Estados Unidos impeliu seus atletas e outros governos a não participar dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, em razão da invasão do Afeganistão pelos soviéticos.

A vontade dos atletas e da população foi suplantada pela coerção de cima para baixo. Não surtiu efeito e houve o troco por meio da não participação de 14 países nos Jogos de Los Angeles, em 1984.

O governo brasileiro, simpático aos boicotes à Globo, pode estar ferindo princípios da boa administração pública ao sugerir uma n=não renovação da concessão e ao direcionar verbas desproporcionais por motivos políticos. É, ademais, um atentado à liberdade de imprensa.

Está na hora de privatizar o espectro magnético e estabelecer direitos de propriedade em frequências, minimizando as interferências políticas.

*Helio Beltrão- Engenheiro com especialização em finanças e MBA na universidade Columbia, é presidente do instituto Mises Brasil.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

Prefeito pediu ajuda e disse que efeito é 'claramente o impacto da mudança climática'

 

VENEZA | AFP

Veneza registrava na noite desta terça-feira (12) uma histórica "acqua alta" (maré alta), com um pico que pode atingir ou superar 1,90 metro, segundo o Centro de Marés da cidade italiana.

Por volta de meia-noite, o Centro de Marés indicava uma altura de 1,87 m, a maior "acqua alta" desde o recorde registrado em 4 de novembro de 1966. O nível das marés é registrado em Veneza desde 1923.

Um nível de maré de 1,87 m não significa que a cidade esteja submersa sob quase dois metros de água. Desta altura deve-se subtrair o nível médio da cidade, que se encontra em entre um metro e 1,30 m.

Segundo jornalistas da AFP. o nível da água atingia 1,20 metro em algumas zonas.

"Enfrentamos uma maré mais que excepcional. Todos estão mobilizados para manejar a emergência", tuitou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro.

Para o prefeito, a maré é um claro impacto da mudança climática. Ele disse ainda que pedirá a decretação de estado de catástrofe natural, porque a maré deve continuar subindo.

As águas inundaram o vestíbulo da basílica de São Marcos, algo pouco frequente.

O procurador do prédio, Pierpaolo Campostrini, recordou que em toda a história da basílica —construída em 828 e reconstruída em 1063, após um incêndio— o vestíbulo só foi inundado em cinco ocasiões.

O mais preocupante é que três das cinco grandes inundações ocorreram nos últimos 20 anos. A última em 2018.

O fenômeno da "acqua alta" costuma inundar as zonas baixas da cidade, em particular a praça de São Marcos. Na noite desta terça-feira o fenômeno foi agravado pelo siroco, um forte vento saariano.

Para proteger Veneza das marés, que afetam cada vez mais seu patrimônio artístico, em 2003 foi iniciada a construção de 78 diques flutuantes com base no projeto Mose (Módulo Experimental Eletromecânico). Este sistema fechará a lagoa em caso de excessiva elevação das águas do mar Adriático. Fonte: www1.folha.uol.com.br

Gabriel Alves

Não é fácil quando nos deparamos pela primeira vez com morte, luto e sensação de finitude. A professora Ana Paula Peixoto conta como o assunto foi discutido na sala de aula com crianças de 5 anos de idade e como, de repente, essas inquietações podem se mostrar muito mais fortes e profundas em uns do que em outros.

 

Por Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.psicopedagoga e jornalista 

Um aluno de 5 anos da turma da tarde chegou na sala contando que o avô faleceu. Logo em seguida uma aluna falou:

“Depois que morre a gente não vê mais quem a gente ama!”

E enquanto as outras crianças assentiam com a cabeça e diziam “é”, o Danilo (nome fictício), um outro aluno, pôs-se a chorar. Veja bem, vira e mexe eles contam do avô que morreu, do peixe, do cachorro, da bisa que faleceu… Mas o Danilo não parava de chorar. E, soluçando, me disse, após eu questionar a razão do choro, que estava muito triste porque não ia mais ver os pais.

“Quando eles morrerem, eu não vou ver mais eles?”

E chorava copiosamente. Os colegas logo disseram:

“Quando você morrer você encontra eles no céu!”

“É!”

“Vai virar estrelinha, o meu vô ta cuidando de mim agora”, disse o menino que chegou na sala contando da morte do avô.

“Depois que morre todo mundo se encontra e vê o papai do céu.

O Danilo, porém, não entendia.

“Mas se encontra no céu por que tem que morrer? E se morre, como que encontra depois? Eu vou ver meus pais então?”

A cabeça dele estava a mil por hora. Ele estava tentando entender mais profundamente o que acontecia. Ele já sabia que todos vamos morrer, o que ele não tinha entendido ainda era o “nunca mais vou ver meus pais”. Nunca mais ver quem se ama.

As outras crianças, já distraídas, pegaram seus livros para fazer a lição. O Danilo ainda sofria. Pedi para ele vir para o meu colo.

Eu queria chorar junto com ele. Porque eu era o Danilo. Eu também fui uma criança questionadora. Eu não ouvia a explicação e simplesmente voltava para a rotina. Eu pensava, questionava, queria entender os porquês. “Tia Paulinha, mas se tem duas vidas, se a gente se vê no céu, pra que morrer?”. Ele não parava de questionar.

Quando, enfim, eu o abracei, era como se eu abraçasse a Ana Paula criança. Eu senti a dor dele perfeitamente. Eu também só queria chorar.

Olhei nos olhos do Danilo e não soube perfeitamente o que dizer para acalmar a sua dor da percepção da vida. Mas eu disse que quando eu tinha a idade dele eu era igual. Que eu também sofri e chorei, tive medo, mas que depois eu entendi que o que importa é o momento. Disse pra ele abraçar muito a mamãe e o papai quando chegasse em casa e disse que eles só vão morrer quando eles estiverem beeeeem velhinhos!

Ele secou a lágrima, me deu um abraço e voltou para seu lugar, ainda com a feição de quem não compreendia aquilo totalmente, mas com o coração mais calminho. Eu queria continuar abraçando o Danilo pelo resto do dia.

Hoje foi o dia mais marcante da minha profissão, o dia que eu testemunhei uma criança compreender mais a fundo o que é viver –e a finitude e a incerteza do depois. Fonte: https://cadeacura.blogfolha.uol.com.br

 

Quatro jovens contam a rotina em uma favela carioca, onde a violência policial mata um em cada quatro e alarma até a ONU. “Conhecemos mais gente que morreu pela violência do que quem entrou na universidade”, diz Arthur, de 22 anos

Felipe, Fagner, James e Arthur, com a pesquisadora Camila Barros (ao centro) na favela Maré, no Rio de Janeiro.

O Brasil viveu este domingo atento a seus adolescentes. Cinco milhões fizeram a prova do Enem com os olhos voltados para o ingresso na universidade. Era, sem dúvida, um dia muito importante para todos eles, mas, como quase sempre neste país tão desigual, para alguns era vital. Para os que vivem nas favelas, preparar-se para o exame –nem falemos em tirar boa nota– significa ter acesso a oportunidades que outros já dão como certas. É comprar ingressos para um futuro menos sombrio. “Todo negro de favela sentiu o impacto da violência. Quando você chega a uma certa idade, já conhece mais gente que morreu pela violência do que gente que entrou na universidade”, explica Arthur, de 22 anos.

Jovens como ele –homens, negros, adolescentes ou na faixa dos 20 anos, pobres– são frequentemente o típico alvo da crescente violência da polícia brasileira, a mais letal do mundo, depois da venezuelana. Os policiais foram responsáveis por 11 de cada 100 mortes violentas em 2018. As vítimas de confrontos com as forças de segurança aumentam velozmente. Duplicaram entre 2015 e 2018, quando totalizaram 6.220 pessoas.

Pessoas com o perfil de Arthur, trabalhadores da ONG Redes da Maré, sabem que são alvos por sua cor, seu gênero, e por morar na favela da Maré. Tanto ele como seus colegas que vão à sede desta organização, fundada pelos primeiros estudantes universitários da periferia, para contar suas experiências à visitante. Tanto faz que James, 24 anos, bibliotecário, tenha entrado na universidade aos 17 anos para estudar ciência da computação ou que Fagner, 28 anos, seja um artista plástico que dá aulas de cinema. As letras maiúsculas da camiseta de Felipe, de 21 anos, ilustram o que uma parte do Brasil denomina de genocídio dos negros: “Jovem, negro, VIVO”.

Embora em qualquer canto do Rio de Janeiro se possa comprar maconha ou cocaína, a guerra às drogas é travada nos morros, em favelas como essa. Grupos criminosos dividem o negócio e o controle dos bairros. Em uma terça-feira quente de outubro, vê-se um sujeito com um fuzil sentado em um bar, um jovem vestido apenas com chinelos e um calção de banho, portando uma arma, vende coca por 45 reais por grama, e chama a atenção a tornozeleira eletrônica em outro jovem de short que se refresca em uma ducha na rua.

altíssima letalidade da polícia brasileira vem de antes de Jair Bolsonaro se tornar presidente com um discurso belicista que proclama que a maneira mais eficaz de combater o crime é com a violência. Essa retórica calou fundo em uma população amedrontada pelo crime. A novidade é que está no topo do poder. De vez em quando, um episódio choca o Brasil. Um músico alvejado com 80 tiros por militares, um estudante atingido por um helicóptero da polícia, seis jovens com tiros na nuca, a menina Ágatha, de oito anos, morta por uma bala...

Enquanto as mortes pelas mãos de agentes do Estado aumentam, os assassinatos em geral diminuem. Ambos os fenômenos não têm ligação, alertam os especialistas. "Nos Estados com mais letalidade policial, a taxa de criminalidade acaba sendo mais alta", enfatiza Daniel Cerqueiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O impacto da violência é enorme. Ele traduz isso em perdas econômicas: “O Brasil, com 2% da população mundial, possui 14% dos homicídios. Isso significa desperdiçar 6% do PIB.”

A insegurança é, ao lado da economia, a grande preocupação de qualquer brasileiro. Por isso, o presidente Bolsonaro não perde a oportunidade de ressaltar que no primeiro semestre de seu mandato os homicídios caíram 22%. Mas o acadêmico é categórico: “O Governo federal não tem absolutamente nada a ver com isso, vem de antes, é um processo. O Governo vai contribuir, de todo modo, para reverter isso com sua política enlouquecida de liberalização de armas e endurecimento das penas, com um sistema prisional como o nosso, que é um caos total”. São prisões, explica ele, que fizeram aflorar 79 organizações criminosas e são o canteiro perfeito para novos recrutas.

"O Rio de Janeiro é o paradigma do que funciona mal na polícia do Brasil, não reflete o país em geral", afirma David Marques, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma ONG criada por acadêmicos, juízes e policiais que desde que coleta e sistematiza os dados colocou a segurança pública na agenda nacional. Em outros Estados, "a retórica é de prevenção e respeito pelos direitos humanos". O Espírito Santo é agora o aluno que está na frente.

O Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, é o epicentro da letalidade policial, com uma em cada quatro mortes nas mãos de agentes em 2018. Em 2019, até agosto, o número foi recorde: 1.249 mortes, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Na zona metropolitana do Rio, a cifra de mortes por policiais chega a 50% do total de homicídios, com o agravante de que nem todos os casos entram na estatística como deveriam, já que isso depende em parte do reporte dos próprios agentes. É um fenômeno que alarma até a ONU e que surgiu antes mesmo de o ex-juiz e ex-fuzileiro naval, Wilson Witzel, assumir o cargo de governador. Witzel pronunciou uma dessas frases difíceis de esquecer: “O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha ... e fogo! Para não ter erro”. Na ocasião da comoção pela morte trágica de Ágatha, Witzel reafirmou o seu compromisso em matar criminosos armados e atribuiu o caso ao crime organizado. "O crime organizado não é maior que o Estado. E nós não vamos permitir que eles continuem zombando das nossas caras, serão combatidos, serão caçados nas comunidades", afirmou o governador, no dia seguinte.

Artur, o jovem de 22 anos, destaca um dos conhecidos que viu morrer. Seu primo Mateus, três anos mais novo. "Tinha 14 anos quando foi executado" sob custódia policial, conta. Havia sido detido, acusado de roubar alguns colares, e levado para a delegacia. A favela da Maré, onde vive e se formou como ativista a vereadora assassinada Marielle Franco, é um desses bairros de frequentes tiroteios e operações policiais. Lugares onde a polícia entra com força total em busca de traficantes de drogas. Pouco importa que moradores morram no fogo cruzado ou o terror que causa às crianças em idade escolar e aos demais moradores. Enquanto dura a operação policial, todos ficam enclausurados.

Complexo do Alemão, também no norte do Rio, é ainda mais violento. Tão longe e tão perto das praias de cartão postal. Algumas ruelas estão tão marcadas de balas que lembram o Oriente Médio. "Aqui vemos as mesmas armas da Síria, com a diferença de que não entram tanques", afirma Julio César Camilo, 44 anos, presidente de uma associação de bairro. “Não temos o direito de ir e vir. Prometeram para nós que haveria projetos sociais, além da polícia, mas só colocaram o braço armado do Estado ... a qualquer momento há um tiroteio”, explica ele ao lado do esqueleto de um enorme teleférico construído quando da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Um dia, as autoridades o fecharam sem explicação. Até hoje. É quarta-feira. A área está tensa, mas ele revela que “desde a fatalidade da menina Ágatha (morta em setembro) está mais tranquilo”.

Quando irrompe um tiroteio, Roberta, 39 anos, se tranca no banheiro com seus sete filhos. O lugar menos inseguro de sua casa. As balas na sala atestam que às vezes a violência se instala dentro. E narra episódios de abuso policial. "Roubam até o que está na geladeira", diz.

A Redes da Maré lançou mão da engenhosidade –e a técnica jurídica– para reivindicar nos tribunais seu direito à segurança pública. Apresentou "artifício jurídico para que na periferia seja aplicada uma lei que se aplica no resto da cidade". Uma juíza ordenou aplicar o que já está na lei: as operações policiais não podem ser de noite, nem no horário da entrada ou saída das escolas, todo carro-patrulha ou blindado tem que portar GPS e tem que haver uma ambulância e um chefe de polícia que responda pelos agentes. As incursões caíram de 41 para 16 em um ano. Isso foi antes de Bolsonaro e o governador Witzel serem eleitos.

Quando os quatro jovens saem da favela para o resto da cidade se sentem "exóticos", diz James. "Exatamente, essa é a palavra", explica Fagner. “Olham para você o tempo todo", conta o artista. “A polícia me tirou várias vezes do ônibus ou me revistou. Já me abordaram quando eu chegava do trabalho, perguntando o que faço. Ou minha casa foi invadida enquanto eu dormia e me perguntaram o que fazia em minha casa às oito da manhã.”

O mais doloroso para esses homens é que quando crianças eles também viram os traficantes como heróis, cresceram com vizinhos que hoje seguem seus passos em direção ao dinheiro fácil, com a única diferença de que em algum ponto do caminho algo aconteceu. Quer tenha sido o percurso para a prova do Enem ou qualquer outra coisa, seus caminhos se separaram. Fonte: https://brasil.elpais.com

Domingo, 3 de novembro-2019.

Caso que mais inspira cuidados é do serra-talhadense Lucas Emanoel, transferido para o Recife. Apesar da suspeita, seguiu estável para Recife.

Um acidente com um veículo em que seguiam seminaristas da Diocese de Afogados da Ingazeira aconteceu agora a pouco na PE 283, na altura do Sítio Poço da Volta.

Segundo o blogueiro Mário Martins, o veículo,  um Pálio placas OYY 1488 perdeu o controle em um ponto da via e capotou.  Ele acabou parando virado alguns metros após o local da capotagem.

Todos foram levados para o Hospital Regional Emília Câmara. Dos cinco ocupantes, o caso mais grave é o do seminarista Lucas Emanoel, de Serra Talhada. Ele precisou ser transferido por conta de uma pancada na cabeça e suspeita de traumatismo craniano. Apesar da suspeita,  ele seguiu com quadro considerado estável, sem perda de sentidos ou desorientado.

O que se sabe até agora é que o veículo era guiado pelo Diácono Alisson Maciel, que foi ordenado na última quarta-feira em Triunfo. Além dele, mais quatro jovens seguiam no carro. À exceção de Lucas, todos estão sendo cuidados no Hospital Regional Emília Câmara.

O bispo Diocesano Dom Egídio Bispo está em Recife. Ele celebrou na catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios ontem. Comunicado,  aguarda a chegada do seminarista transferido.

Há poucos dias, a maioria esteve envolvida na Festa de São Judas Tadeu,  organizada pelo seminário.  A festa  tradicional em Afogados da Ingazeira,  reuniu um grande número de fiéis na reta final de outubro. Fontehttp://nilljunior.com.br

De acordo com colunista do jornal O Globo, youtuber deve se explicar em seu canal

 

Felipe Neto, 31, fez sua fama na internet com vídeos em que criticava todo o tipo de coisa. Com o passar do tempo, angariou críticas por seu temperamento e pelas polêmicas nas quais se envolvia.

Mas, recentemente, caiu no gosto de muitos jovens ao defender publicamente pautas como o ativismo LGBT —após censura de Crivella a beijo gay na Bienal do Rio, por exemplo, o youtuber comprou livros com a temática para distribuição gratuita.

Foi por causa de uma de suas alfinetadas ao conservadorismo que ele se envolveu em uma disputa judicial contra Silas Malafaia, 61, conforme revelou em agosto.

“Silas Malafaia está me processando criminalmente, buscando minha condenação à prisão, simplesmente por eu ter acabado com seu esquema de boicotes a empresas que apoiam causas LGBT. Meu vídeo continua no ar, minha luta contra o processo será até o fim”, escreveu à época

O processo veio na esteira de uma fala de Neto que dizia que Malafaia "explora a fé das pessoas para enriquecer".

Mas agora, de acordo com a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, o imbróglio parece estar no fim.

Youtuber e pastor firmaram um acordo na Justiça para encerrar o processo. Segundo a publicação, Neto tem até a próxima sexta (8) para gravar um vídeo em que diz o seguinte:

"Em acordo na queixa-crime [...], venho esclarecer que: eu critico a postura e não concordo com muitas coisas que o pastor Silas Malafaia fala, mas não posso provar e afirmar que ele enriquece através de fiéis." Fonte: https://f5.folha.uol.com.br

No Olhar do dia desta quinta, 31 de outubro-2019- Direto do Carmo da Lapa/RJ- vamos agradecer a Deus por mais um mês e óbvio, conversar sobre os principais fatos e acontecimentos do dia. E vamos que vamos!

No Olhar do dia desta terça-feira, 29 de outubro-2019- Direto do Carmo da Lapa/RJ- vamos falar de tudo um pouco. E vamos que vamos!

Veículo saiu da pista no km 99 da BR-040 e rodovia opera em meia pista. Feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e pela concessionária para dois hospitais em Duque de Caxias.

 

Por Amaro Mota, G1 Rio e G1 Região Serrana

Um acidente com um ônibus na BR-040, na Serra de Petrópolis (RJ), deixou um homem e uma mulher mortos e mais de 50 feridos por volta das 6h da manhã deste domingo (27).

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu no km 99, sentido Rio de Janeiro, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ainda segundo a PRF, o ônibus saiu da pista e bateu contra um barranco.

A via chegou a ser totalmente interditada, mas foi liberada parcialmente por volta das 08h49. Segundo a concessionária Concer, a descida da Serra opera em meia pista, sem retenção.

Helicópteros do Corpo de Bombeiros e ambulâncias da Concer foram usados para resgatar as vítimas, que foram levadas para os hospitais Moacyr Rodrigues do Carmo e Adão Pereira Nunes, ambos em Duque de Caxias.

De acordo com a assessoria do Hospital Moacyr do Carmo, 32 pessoas deram entrada na unidade vítimas do acidente. Dessas, algumas chegaram com ferimentos leves e foram liberadas e outras permanecem internadas.

Outros 24 feridos foram levados para o Hospital Adão Pereira Nunes. Um deles não resistiu e morreu e outras 23 vítimas permanecem internadas. Entre os feridos, estão cinco crianças, uma delas em estado grave.

O grupo participava de uma excursão que vinha de Minas Gerais para passar o domingo em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Uma parte do grupo veio de Belo Horizonte e os outros de Conselheiro Lafayete.

 

Passageiros do ônibus relataram imprudência e alta velocidade.

“Estava sendo imprudente, andando em alta velocidade desde lá de cima, na curva perdeu o freio, quase bateu na mureta, depois bateu no ônibus e aí sim ele colidiu contra a mureta. Estrago feio mesmo”, lamentou Charleson Oliveira, auxiliar de carga.

Ainda de acordo com Charleson, no momento da colisão ele estava acordado, pois estava apreensivo. “A hora que ele não conseguiu fazer a curva e perdeu totalmente o controle do ônibus, bateu no outro ônibus que estava do nosso lado direito, bateu na mureta, nisso eu segurei no banco da frente, pra mim não machucar, só que o banco arrancou com a pancada e eu voei lá pra frente igual a papel”.

O jovem Cristiano Tuller, 19 anos , que vinha de Minas Gerais com 18 pessoas, entre amigos e parentes, diz que na hora do acidente as pessoas que estavam atrás foram arremessadas para a frente do veículo e sua prima, que estava em uma das primeiras poltronas do veículo e está em estado grave.

“Estava todo mundo dormindo e, quando deu umas 5h30, o ônibus deu o primeiro vacilo. Ele virou e quase bateu em um caminhão, um caminhão-pipa. Depois disso todo mundo ficou acordado. Quando foi sete e pouco, na parte mais alta da serra, ele virou com tudo, quase caiu nessa primeira virada. Quando a gente estava descendo, ele perdeu totalmente o freio. Foi na hora que ele esbarrou no outro ônibus e todo mundo foi pra frente. O motorista faleceu e uma das minhas primas está entre a vida e a morte no hospital”, lamentou.

G1 tenta contato com a empresa responsável pelo ônibus. Fonte: https://g1.globo.com

“A obesidade digital ameaça o bem-estar individual e coletivo. Após o cansaço, chegou o momento de assumir a necessidade de uma nova dieta tecnológica”, escreve Víctor Sampedro Blanco, da Universidade Rey Juan Carlos, pesquisador da esfera pública à luz da teoria da democracia e a análise das mobilizações sociais e transformações tecnológicas, em artigo publicado por Virtual Educa, 14-10-2019. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

Move fast and break things, o lema do quartel general do Facebook se materializou em um ecossistema digital que acelera os ritmos, fragmenta e polariza o espaço público. Há anos, sucedem-se escândalos, aumenta a crítica interna e externa às grandes empresas tecnológicas. A desintermediação digital, que democratizaria a agência comunicativa, nunca teve lugar.

Um ecossistema comunicativo híbrido explora as sinergias entre as novas mídias digitais e tradicionais, especialmente a televisão. Mas, prevalecem as redes centralizadas, os protocolos e os algoritmos de código fechado – Víctor Sampedro Blanco

 

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Um ecossistema comunicativo híbrido explora as sinergias entre as novas mídias digitais e tradicionais, especialmente a televisão. Mas, prevalecem as redes centralizadas, os protocolos e os algoritmos de código fechado. A esfera pública digital mostra o domínio de grandes corporações e dos estados com mais poder, consequentemente, gera desigualdade acumulativa. Uma desigualdade que aumenta quanto mais atividade digital desempenhamos.

O estado atual de hiperconexão e saturação recomenda uma aproximação dietética: desconectar-nos, reprogramar-nos e redefinir-nos, isto é, para retomar a conexão digital com arquiteturas comunicativas descentralizadas e modelos de negócios mais responsáveis socialmente. Seria o caso de mudar a dieta digital para alterar a maneira de produzi-la, porque a atual concentra em muito poucos atores a capacidade de intervir na esfera pública.

As “propriedades políticas” da tecnologia digital - as relações desiguais de poder que estabelece - são a consequência de a ter canalizado para a indústria do big data e o marketing. Isso também ocorreu em um contexto de “desinstitucionalização e descontrole tecnológico”. Os monopólios de fato das grandes corporações oferecem uma falsa interatividade. As plataformas privadas monetizam e monopolizam as receitas do capitalismo cognitivo. Convertido em modelo hegemônico, os desequilíbrios geopolíticos aumentam.

Instalou-se um estado permanente de guerra comercial, tecnológica e cibernética entre os EUA, China e Rússia. Coincidem, respectivamente, com as três superpotências que Orwell profetizou em ‘1984’ – Víctor Sampedro Blanco

 

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Já disse Orwell

Instalou-se um estado permanente de guerra comercial, tecnológica e cibernética entre os Estados Unidos, China e Rússia. Coincidem, respectivamente, com as três superpotências que Orwell profetizou em 1984: Oceania, Lestásia e Eurásia. A inteligência coletiva das populações serve ao Estado e, melhor dizendo, às megaempresas. Snowden evidenciou a convergência entre espionagem e monitoramento corporativo nas democracias. A Internet chinesa - e depois a russa - materializam os riscos de um conluio entre Estados autoritários e o mercado.

Perdemos autonomia e soberania tecnológicas, após ter cedido nossos canais de comunicação ao capitalismo de vigilância: a cadeia de interfaces gera big data, que é guardado em nuvens corporativas. Convertido em previsões, é vendido nos mercados de comportamentos futuros. Se estes pudessem ser antecipados e moldados pelos interesses alheios, seria um risco ao livre arbítrio, o fundamento da liberdade.

O setor de serviços digitais implementou o pós-fordismo, reforçando o modelo de produção da McDonalização: fazer o cliente trabalhar para reduzir os custos e baratear os preços – Víctor Sampedro Blanco

 

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O setor de serviços digitais implementou o pós-fordismo, reforçando o modelo de produção da McDonalização: fazer o cliente trabalhar para reduzir os custos e baratear os preços. Parece um intercâmbio justo, mas os usuários trabalham em linhas de montagem invisíveis. Produzem perfis digitais de forma inconsciente e sem remuneração. Seguem os princípios McDonalizadores: eficiência, cálculo, controle e previsibilidade.

 

Algoritmos lixo

Os "algoritmos lixo" exploram com eficiência os vieses cognitivos mais negativos para maximizar a mineração de dados. Em tempo real, calculam o valor e controlam o ritmo das atividades e fluxos de conteúdo digital. Viralizam os mais polarizados, para estimular o engajamento e transformá-lo em uma atividade digital compulsiva que gera mais dados. O objetivo final reside em antecipar, tornar previsíveis, as futuras decisões de consumo ou ideológicas.

As câmaras de eco das mal intituladas comunidades digitais - consideradas data farms pela indústria - reduzem a dissonância e a ansiedade. Dois sentimentos que resultam inevitáveis no universo incomensurável da internet. E, como na indústria de alimentos processados, a quantidade - de conexões e interações – se antepõe à qualidade – de conteúdos e debate público. A analogia dietética mostra, assim, sua relevância.

Como na indústria de alimentos processados, a quantidade - de conexões e interações – se antepõe à qualidade – de conteúdos e debate público. A analogia dietética mostra, assim, sua relevância – Víctor Sampedro Blanco

 

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Sal, açúcar e gorduras - predominantes em alimentos processados - são a transcrição alimentar de fake news e a infotoxização digital: calorias falsas, viciantes e com pouca contribuição nutricional para o corpo social. As interfaces aplicam tecnologias viciantes que remetem ao fast food. Sequestram a atenção e promovem um compromisso com pouca vontade. Minamos dados em jornadas contínuas, sem feriados, nem remuneração. Não controlamos o ritmo, nem os frutos desse trabalho invisível, que coloniza nosso tempo de lazer. Ignoramos o valor dos dados e os riscos associados à perda de anonimato, privacidade e intimidade.

 

É difícil, nessas condições, atuar como empreendedores de nossas marcas on-line. Pelo contrário, nossa bulímica atividade leva à obesidade digital generalizada. Acostumados a um alto nível de consumo, minamos dados nas galerias da deep path’ a interface oculta, projetada para gerar descargas de dopamina. A gestão algorítmica de nossos hormônios ameaça oferecer monodietas digitais, personalizadas pelo microtargeting publicitário.

A indústria do big data responde a um modelo extrativista dos recursos cognitivos na sociedade do conhecimento. Monopoliza a economia da atenção e polui o ecossistema informativo. Interfere e monopoliza as conexões digitais e inunda a esfera pública de conteúdos autopromocionais e persuasivos. Além disso, disfarça-os com informação veraz ou genuína conversa interpessoal. Em última instância, a ação comunicativa habermasiana se torna marketing.

O considerado prossumidor foi integrado em todas as fases da produção. Realiza estudos de mercado que, pela primeira vez, ele mesmo custeia. Contribui com os dispositivos, os aplicativos e os custos de conexão– Víctor Sampedro Blanco

 

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O considerado prossumidor foi integrado em todas as fases da produção. Realiza estudos de mercado que, pela primeira vez, ele mesmo custeia. Contribui com os dispositivos, os aplicativos e os custos de conexão. Não declara suas intenções futuras. As buscas, escolhas e reações são gravadas automaticamente e em tempo real. Colabora, dessa maneira, para desenhar e difundir novos produtos e serviços. Elabora e protagoniza publicidade microssegmentada. Por fim, sua dieta digital antecipa a oferta que consumirá e suas decisões off-line.

 

O individual e o público

A dietética digital sugere a conveniência em adotar táticas individuais, apoiadas em estratégias coletivas e políticas públicas. A pedagogia tecnológica deve incentivar usos e consumo digitais mais saudáveis. O que acontecerá na medida em que projetam a privacidade e o controle dos dados, blindando o espaço e o tempo da interação off-line. Porque se trata de fortalecer as redes presenciais, colocando as digitais a seu serviço para estender as energias para além dos teclados.

Essa mudança de práticas precisa ser acompanhada de infraestruturas comunitárias e medidas (inter)estatais que consideram o big data um bem comum e público, e, assim, complementar a iniciativa privada. Uma cidadania digital, consciente e crítica, não se reduz ao status de consumidora e espectadora. Materializa-se em uma sociedade civil organizada em grupos locais e redes globais de produção e reprogramação, que deveriam desenvolver código e equipamentos de código livre e aberto.

Uma cidadania digital, consciente e crítica, não se reduz ao status de consumidora e espectadora. Materializa-se em uma sociedade civil organizada em grupos locais e redes globais de produção e reprogramação – Víctor Sampedro Blanco

 

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Em outras palavras, aplicariam a economia da proximidade, os ritmos e o senso coletivo das dietas próprias do movimento slow food’. E transferido para o âmbito pedagógico, os jardins escolares seriam acompanhados de hacklabs. Isso já ocorre em algumas experiências inovadoras e deveria ser generalizado.

No terreno das políticas públicas surgem numerosas iniciativas. Surgem as plataformas ligadas às radiotelevisões públicas. Com uma arquitetura aberta e descentralizada permitem que os cidadãos criem suas próprias plataformas e usem big data para objetivos específicos. Além disso, cuidam da saúde pública digital: verificam e desmentem o conteúdo digital mais tóxico.

Essas redes públicas já são uma realidade em um país como a Nova Zelândia e estão incluídas nos programas eleitorais mais progressistas. Seriam financiadas com um regime fiscal e sancionador das corporações tecnológicas, o que é urgente adotar. A obesidade digital ameaça o bem-estar individual e coletivo. Após o cansaço, chegou o momento de assumir a necessidade de uma nova dieta tecnológica e o compromisso de gerá-la nos três níveis destacados. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Avião de pequeno porte caiu no Bairro Caiçara. Ainda não há informações sobre vítimas

 

Uma aeronave caiu no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte (MG). O acidente ocorreu na manhã desta segunda-feira (21/10) e informações dão conta de que o avião de pequeno porte havia acabado de decolar do Aeroporto Carlos Prates. 

 Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu sobre carros no cruzamento das ruas Minerva e Belmiro Braga. O avião e os veículos pegaram fogo. Além dos bombeiros, equipes da Polícia Militar (PM), Guarda Municipal e do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) estão no local para socorrer as vítimas. Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br

Atualização: 

Avião de pequeno porte cai e deixa ao menos três mortos em BH

Outras três pessoas ficaram feridas, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Na queda, carros foram atingidos e pegaram fogo. Chamas já foram controladas. Acidente ocorreu próximo ao Aeroporto Carlos Prates, de onde a aeronave tinha acabado de decolar. Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com

Fala a auditora Rose Bertoldo, uma das 35 mulheres participantes do Sínodo para a Amazônia, na linha de frente na luta contra o abuso, a exploração, a escravidão, o tráfico e o feminicídio no BrasilA entrevista é de Anna Moccia, publicada por Nigrizia, 17-10-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Ouvir o "grito de escravidão" que vem não apenas da natureza, mas também de seus povos, especialmente de mulheres constantemente ameaçadas em seus territórios, é parte integrante da missão da Igreja e, em particular, deste Sínodo, que conclama a construir novos caminhos para o futuro. A irmã Roselei Bertoldo, entre as 35 mulheres participantes dos trabalhos do Sínodo, está na linha de frente da luta contra o tráfico de pessoas através da rede Um grito pela vida no Brasil, um dos 44 grupos da rede internacional Talitha Kum.

Eis a entrevista.

O risco de violência contra mulheres na Amazônia aumentou devido à presença de funcionários de empresas de mineração, comerciantes de madeira, soldados, todos na maioria homens. O que está acontecendo?

Quando se trata do Brasil, devemos primeiro fazer uma distinção entre exploração sexual e prostituição, porque esta é legal a partir dos 18 anos. Mas acontece que muitas mulheres são enganadas pelas várias empresas, que as atraem com falsas promessas de trabalho e, uma vez que chegam à sede dessas grandes empresas, são exploradas sexualmente. As ações do Estado geralmente se revelam ineficazes e ainda há muita impunidade. Fizemos muitas denúncias relacionadas principalmente às indústrias de mineração e garimpeiros, mas, apesar de nossos esforços, caem no vazio. Ao mesmo tempo, verifica-se um enfraquecimento das políticas públicas, principalmente dos comitês de luta contra o tráfico de pessoas.

Nos últimos anos, houve uma proliferação de um grupo obscuro de prostituição que envolveu especialmente as adolescentes. Como acabam nessa rede?

Na maioria dos casos, as meninas vivem em cidades pequenas ou em localidades dispersas e já sofrem situações de violência dentro de suas famílias. Acontece que são as próprias jovens que fogem para ir às grandes cidades, na esperança de encontrar um futuro melhor. Mas, quando chegam, acabam entrando nessas redes de exploração e tráfico. Há também casos de garotas que se mudam para a cidade por motivos de estudo e são acolhidas por famílias locais, mas são justamente essas "novas famílias", que deveriam cuidar delas, que as exploram no plano de trabalho ou sexual.

Existem casos recentes sobre os quais você pode falar?

Tem a história de uma jovem adolescente de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, que foi estudar em Manaus. O acordo era que ela moraria com essa família e receberia um salário pelo trabalho que realizaria para eles. Mas, depois de dois dias que estava lá, o chefe da família a levou para São Paulo, onde passou a viver em situação de escravidão: ela não podia sair e não recebia salário. Felizmente, a menina conseguiu denunciar esses abusos e, graças ao ministério do trabalho brasileiro, conseguiu resolver sua situação.

Outro caso recente diz respeito a quatro adolescentes entre 16 e 17 anos que foram contatadas pela internet para trabalhar como modelos em São Paulo. Elas já haviam comprado as passagens e estavam prestes a partir, mas uma das famílias que era contra a partida denunciou tudo à polícia e acabou-se descobrindo que essas pessoas gerenciavam uma rede criminosa e que já havia escravizado outras 40 garotas.

Como Talitha Kum atua no Brasil contra o tráfico?

A maioria dos casos em Manaus está relacionada à exploração sexual ou doméstica e o trabalho da Talitha Kum, e especificamente da rede Um grito pela vida, centra-se principalmente na área da prevenção: frequentamos escolas públicas toda semana e existe uma colaboração com as prefeituras para realizar atividades com meninas e adolescentes. É um trabalho que também se estende para as suas famílias. Por exemplo, quando há uma reunião na escola, os pais participam desses encontros de formação. Depois realizamos um trabalho de diálogo para que políticas públicas de apoio possam ser criadas em favor das vítimas.

Outro trabalho importante é realizado em termos de comunicação, por meio de estações locais de rádio e televisão, para multiplicar o conhecimento sobre os riscos possíveis. Não menos importante é o nosso empenho nas áreas de fronteira. Por exemplo, temos um grupo específico trabalhando na cidade de Tabatinga, na fronteira entre Peru, Colômbia e Brasil, onde acordos específicos foram assinados com os três países e um trabalho interessante está sendo desenvolvido no campo da prevenção.

O Instrumentum Laboris menciona a questão do tráfico várias vezes. O que vocês esperam deste sínodo?

No Instrumentum Laboris, a palavra "tráfico" aparece sete vezes e, em todos os grupos de escuta e de diálogo com as diferentes realidades das quais estou participando, a questão do tráfico e da exploração sexual está muito presente. Uma das propostas que estamos apresentando no Sínodo é que a Igreja se responsabilize pela luta contra o abuso, a exploração, o feminicídio e o tráfico e o leva adiante em todas as atividades eclesiais. Também solicitamos que, por meio do Dicastério de Desenvolvimento Humano Integral, que atua com os migrantes, sejam tomadas medidas nos vários países da região Pan-amazônica para garantir que aqueles que assinaram pactos sobre a migração possam realmente colocá-los em prática. Também seria importante para as Conferências Episcopais envolvidas na Região Pan-Amazônica criem comissões de trabalho específicas. É muito bom o exemplo do Celam, o Conselho Episcopal da América Latina, que em 2017 criou uma rede chamada Clamor. Talitha Kum está pedindo a todas as Conferências Episcopais que se juntem a essa rede.

O pontificado do Papa Francisco é certamente inovador também na frente dos direitos das mulheres. Qual é o papel das mulheres na Igreja ou qual deveria ser?

Nós, mulheres, estamos intervindo ativamente em todo o processo sinodal e estamos pedindo que ministérios específicos sejam criados dentro da Igreja. Isso pode acontecer, ou talvez não. De qualquer forma, estamos escrevendo a história. Tudo o que falamos é registrado e servirá principalmente para o futuro. Estamos abrindo um caminho e o aspecto positivo diz respeito, sobretudo, às mulheres indígenas que estão participando do sínodo: o fato de as mulheres que vivem ao longo dos rios, muitas vezes esquecidas no passado, agora possam falar, está deixando uma marca muito grande. A sua palavra marcou e marca o que está acontecendo durante os trabalhos. Elas são realmente ouvidas e é interessante ver como os maiores problemas de destruição da vida e da natureza sejam trazidos ao Sínodo através das palavras das mulheres. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Polícia foi chamada pelo filho do ator, acusando o pai de ter atacado a mãe dele

O Departamento de Polícia da cidade de Santa Barbara, na Califórnia, deu novos esclarecimentos sobre as duas mortes ocorridas ontem na casa do ator Ron Ely (81 anos), famoso por ter interpretado o personagem Tarzan na série de TV do herói nos anos 60. O jornal The Sun e a revista People noticiam que foi o filho do ator, Cameron Ely (30 anos), o protagonista dos crimes. Ele teria assassinado a própria mãe a facadas e depois foi morto pela polícia.

Segundo os assessores do Departamento de Polícia local, teria sido Cameron o responsável por chamar as autoridades após matar a mãe dele, a ex-Miss Florida Valeria Lundeen (62 anos), por volta das 20h de terça-feira, dia 15 de outubro. Ele teria dito que o pai atacou sua mãe. Os policiais retornaram a ligação antes de comparecem ao local, com uma voz masculina atendendo a ligação sem fôlego e chorando.

Quando os policiais chegaram ao bairro de Hope Runch, vizinhança de luxo no subúrbio de Santa Barbara, Cameron estava armado, agindo de forma agressiva e não teria obedecido às ordens dos quatro oficiais presentes. Ele teria acabado trocando tiros com os policiais e morrendo logo em seguida. Ainda não há informações oficiais sobre o estado de saúde de Ron Ely. Inicialmente foi noticiado que o ator teria sido levado para um hospital na região, mas sem ferimentos.

Até o momento não houve nenhum pronunciamento oficial por parte de representantes e familiares da família Ely. Além de Cameron, Ron e Valerie são pais das gêmeas Kirsten e Kaitland (32 anos), modelos e influenciadoras digitais responsáveis por administrar as páginas do pai nas redes sociais. Nenhuma delas se pronunciou publicamente sobre o ocorrido até o instante.

Afastado da televisão desde 2014, Ron Ely era um dos nomes mais conhecidos da TV norte-americana entre os anos 60 e 70. Além de protagonizar ‘Tarzan’ entre 1966 e 1968, ele tem em seu currículo participações em sucessos como ‘Mulher-Maravilha’, ‘Ilha da Fantasia’ e ‘Barco do Amor’. Casado desde 1984 com Valerie Lundeen, quando mais jovem Ely namorou com as atrizes Ursula Andress e Britt Ekland.

Antes de se casar com Ron Ely, Valerie participou de vários concursos de beleza nos Estados Unidos. Ela foi vencedora do Miss Flórida em 1981, representando a cidade de Miami, chegando a competir no concurso Miss Estados Unidos no mesmo ano. Ela chegou a trabalhar como aeromoça e venceu uma competição de beleza entre funcionárias de companhias aéreas dos Estados Unidos, sendo nomeada Miss Airlines Internacional em 1980. Fonte: https://revistamonet.globo.com

Nelsinei Badini Alvim, de 47 anos, estava a caminho de casa, no bairro Amendoeira, quando foi vítima dos criminosos

 

Diego Amorim e Ana Carolina Torres

RIO — Um assalto em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio , terminou com a morte do pastor Nelsinei Badini Alvim, de 47 anos, na noite desta terça-feira. Ele estava a caminho de casa, e quando passava pela Rua Lúcio Mendonça, no Coelho, foi rendido por dois bandidos. Um deles atirou. O disparo atingiu a vítima sob um dos braços e saiu pelo peito. A PM conseguiu prendê-lo: Wanderson Leonardo Pires Machado tem 18 anos. O outro criminoso fugiu.

De acordo com o 7º BPM (Alcântara), não houve reação por parte do pastor. Ele entregou o carro aos bandidos e, mesmo assim, foi ferido. Nelsinei chegou a ser levado para o Hospital estadual Alberto Torres, no Colubandê, também em São Gonçalo, mas não resistiu aos ferimentos.

O crime ocorreu por volta das 21h. Os policiais do batalhão de Alcântara foram para o local após serem avisados sobre os assaltos. Os agentes viram quando o pastor entregou o carro e foi baleado. Ao verem os PMs, os criminosos correram. Um deles conseguiu fugir após pular o muro de uma casa.

Já Wanderson entrou num carro. Houve perseguição. O suspeito acabou batendo num veículo que estava estacionado e foi preso. Uma arma que, de acordo com os policiais, ele havia jogado num matagal, foi apreendida.

Wanderson foi levado para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), onde prestou depoimento e ficou preso.

Nas redes sociais, amigos lamentam a morte do pastor: "Nossas condolências à familia e à igreja, que o Deus Espírito Santo console todos nós", diz uma das mensagens. Outro internauta questiona mais um caso de violência registrado no município: "Meus sentimentos à família, aos amigos. Que Deus venha trazer o consolo. Mas onde vamos parar? Autoridades, cadê vocês?", afirma a publicação.

 

Rua onde pastor foi assassinado tem histórico de violência

Na Rua Osvaldo Aranha, no bairro Amendoeira, em São Gonçalo, onde o pastor foi assassinado na noite de terça-feira, existem duas escolas infantis onde estudam mais de 400 crianças. A Escola Municipal Professora Genecy Suhett Lima e o Centro Educacional Zanelat ficam a 30 metros do local do crime.

Pais e professores evitam falar sobre a violência na região. Entretanto, um ou outro conta que os assaltos e roubos na região se tornaram frequentes nos últimos anos.

— A noite o policiamento é zero. Infelizmente, não podemos nem sair de casa, porque eles passam aqui no bonde e fazendo arrastões — disse o pai de uma aluna de uma das escolas.

Morador do bairro há mais de 40 anos, o aposentado Júnior Santos, de 72, acredita que os crimes que acontecem na região são porque a área é rota de fuga dos criminosos. O homem vive em uma casa a cem metros de onde o pastor Nelsinei foi assassinado.

— Os bandidos que vêm dos bairros Jardim Catarina, Jardim Mirambi e Candoza passam por aqui. Eles aproveitam e cometem crimes. Antes, isso não acontecia. Agora, assaltos são praticados a luz do dia — lembrou o aposentado. Fonte: https://oglobo.globo.com

Marina Ruy Barbosa sofreu ataque semelhante

 

Cleo teve seu Instagram hackeado na manhã desta quarta-feira (16). Exatamente como aconteceu como Marina Ruy Barbosa em julho deste ano, diversas mensagens sobre "celulares grátis" foram postadas em sua conta.

Além de um post no feed, alguns Stories foram compartilhados, além de adicionados novos destaques. “Doar! Estou dando 1000x iPhone XS grátis ‘e muito mais na minha história do Instagram agora. Eu amo todos vocês”, diz a mensagem na conta de Cleo. A mesma da conta de Marina, meses atrás.

No Twitter, Cleo fez um comunicado aos fãs. "Minha conta no insta foi invadida, já estamos tomando providências. Não cliquem em nenhum link", escreveu. 

Cleo ainda contou que o hacker não é brasileiro. "Não cliquem em nenhum link que colocaram no meu insta. O hacker não é do Brasil", disse.

Os fãs deixaram mensagens de apoio. "Inveja é uma coisa perigosa. Mas ninguém apaga quem nasceu pra brilhar. Só luz e amor", disse uma seguidora. "Acabei de ver, espero que recupere logo", emendou outra. Fonte: https://revistaglamour.globo.com

Eduardo Moreira

Quando o mundo criticava (e com toda a razão) os vídeos na vertical, veio o IGTV, a tentativa do Instagram em criar o seu YouTube, e começou a oferecer os vídeos nesse formato. Mesmo que em determinados contextos eles eram justificados (nos Stories ou no Snapchat), o mundo sabia que o correto era gravar um vídeo na horizontal.

O IGTV tentou ser pioneiro. Tentou ser o YouTube dos vídeos verticais. Não deu certo, claramente. Pouca gente usou (eu, inclusive). E agora, para convencer a maioria dos usuários, a plataforma aceita ser “mais uma” a permitir a gravação de vídeos na horizontal. Essa é uma mudança radical para a plataforma, mas que é bem vinda e necessária dentro do seu anseio em se tornar popular.

Para justificar as mudanças que estão acontecendo no IGTV, onde a principal delas é justamente a adoção dos vídeos na horizontal, O Instagram afirma que “escutou os criadores de conteúdo que querem enviar vídeos na horizontal no IGTV”, da mesma forma que “escutou os usuários que assistem vídeos na horizontal no IGTV, mas que queriam fazer isso de uma forma mais natural”.

E continua: “No final, nossa visão é fazer do IGTV um grande destino para um bom conteúdo, independente de como ele está gravado, de tal forma que os criadores possam se expressar da forma que quiserem”.

E essa é a mesma empresa que, em 2015, permitiu que as fotos não fosse exclusivamente quadradas.

 

Errar é humano. Corrigir o erro é sinal de inteligência

Agora, o Instagram permite que os criadores não tenham que produzir conteúdos exclusivos ou recortados em proporções. Basta enviar para o IGTVo mesmo vídeo que foi enviado para o YouTube.

A pergunta que fica é: por que limitou tanto as possibilidades em função de algo que, em muitos casos, não passa de uma moda passageira, e que recebeu uma tonelada de críticas? Não era para fazer tudo nesse formato, mas ao menos permitir que os usuários possam se expressar de diferentes formas.

Ainda não está claro porque seríamos obrigados a renunciar a outros tipos de conteúdos, e foi o próprio Instagram que reconheceu que o formato horizontal entrega uma experiência melhor em vídeos de dança e esportas, que normalmente colocam muitas pessoas em cada cena.

De qualquer forma, sempre é possível voltar atrás nesse mundo, e o Instagram dessa vez acertou com o IGTV. Ou melhor, corrigiu um erro. Fonte: https://www.targethd.net