No olhar do dia desta quarta-feira 22, conheça um pouco os sr. Gonçalo Vieira do Nascimento- da cidade de Ipu/CE- colaborador da Província Carmelitana de Santo Elias- Carmelitas, do Rio de Janeiro. 22 de maio-2019.

Conheça as histórias de vida do senhor, Gonçalo Vieira do Nascimento- da cidade de Ipu/CE- colaborador da Província Carmelitana de Santo Elias- Carmelitas, do Rio de Janeiro. 22 de maio-2019.

Segundo informações da Polícia Civil e de fiéis da Igreja Batista Shalom, Rudson Aragão Guimarães estava insatisfeito por ter sido retirado de cargo pelo pastor

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Paracatu (MG) — A cidade de Paracatu, município mineiro a cerca de 240km do centro de Brasília, ainda tenta assimilar a tragédia que resultou na morte de quatro pessoas na noite de terça-feira (21/5), no Bairro Bela Vista. Apesar de ainda não ter interrogado o assassino, a Polícia Civil local suspeita de que Rudson Aragão Guimarães, 39 anos, cometeu os crimes devido a um atrito com o pastor da Igreja Batista Shalom há dois meses, que resultou no seu afastamento do espaço religioso. A hipótese foi reforçada por fiéis do templo evangélico.

"A motivação é o que mais nos intriga no momento, mas durante as investigações conseguiremos evoluir nesse sentido. A princípio, tudo aconteceu devido à sensação de exclusão que Rudson sentia por parte da igreja. Ele foi retirado de um cargo que ocupava na comunidade e excluído de grupo de Whatsapp da igreja. Isso gerou uma indignação grande e chegou ao ápice ontem, quando ele estava bastante alterado e cometeu os crimes", disse a delegada de Homicídios da 2ª Delegacia Regional de Paracatu, Thays Silva.

Membro da Igreja Batista Shalom, Yuri Jordão, 45 anos, diz que Rudson ocupava o cargo de intercessor na igreja. Ele auxiliava o pastor, Evandro Rama, a conduzir orações para os fiéis. Há dois meses, no entanto, após ser alertado de problemas pessoais do assassino, Evandro o retirou da função. Tentou auxiliá-lo, mas Rudson não se mostrou interessado nos conselhos do pastor. Sendo assim, Evandro o expulsou da igreja.

"A partir daí, o Rudson passou a denegrir a imagem do pastor nas redes sociais. Fez várias publicações o ofendendo, o que deixou o pastor muito assustado. Por alguns dias, as atitudes do Rudson cessaram, e nós achamos que tudo estava acabado. Mas aí, ontem ele se rebelou", lamentou Yuri.

Rudson matou três pessoas dentro da Igreja Batista Shalom. O pastor Evandro, que era um dos seus alvos, conseguiu escapar. Revoltado com a fuga do pastor, Rudson abriu fogo contra os fiéis e matou o pai de Evandro, Antônio Rama, 67; Rosângela Albernaz, 50; e Marilene Martins de Melo Neves, 52. A tragédia poderia ter sido maior, pois outras 17 pessoas estavam na igreja e o homicida ainda tinha seis munições intactas. Policiais militares que faziam patrulhamento nas redondezas do prédio impediram o pior e alvejaram Rudson.

De acordo com o boletim médico mais recente emitido pelo Hospital Municipal de Paracatu, o assassino está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) após ter sido submetido a cirurgia. No momento, ele se encontra clinicamente estável e respira sem a ajuda de aparelhos. O hospital não tem previsão de quando Rudson receberá alta.

Hipótese de feminicídio

Antes da ação sanguinária na Igreja Batista Shalom, Rudson tirou a vida da ex-namorada Heloísa Vieira Andrade, 59, com um golpe de canivete no pescoço dela. A mulher estava na casa da irmã dele. Não está descartada a hipótese de feminicídio. 

"Nesta quarta-feira, vamos fazer a lavratura do auto de prisão em flagrante dele. O inquérito tem prazo legal de 10 dias para ser concluído. Depois de ser liberado do hospital, ele será encaminhado ao presídio e permanecerá à disposição da Justiça. Aí, vai caber à autoridade judiciária competente decidir qual medida vai adotar", detalhou a delegada Thays Silva. Fonte: www.correiobraziliense.com.br

Homem assassinou a ex-namorada com golpes de canivete na casa dele e depois matou três pessoas na igreja. Câmeras de segurança flagraram crime e homem foi preso.

Por G1 Triângulo Mineiro

Imagens de circuito interno mostram o momento em que um assassino entra na Igreja Batista Shalom, em Paracatu, no Noroeste de MG, para matar três pessoas. Momentos antes, ele também matou a ex-namorada. Em respeito às vítimas, o G1 divulgou imagens até o momento das ameaças (veja acima).

O crime foi na noite desta segunda-feira (21) no Bairro Bela Vista. Durante a ação, o assassino foi baleado pela Polícia Militar e levado para o hospital.

No vídeo é possível ver que fiéis estão em uma roda de oração na frente da igreja quando o homem 39 anos entra com uma arma na mão. Ele faz ameaças e não deixa as pessoas saírem pela porta da frente. Momentos depois, atira contra Antônio Rama, 67 anos, pai do pastor.

Depois, o assassino também matou duas mulheres e foi rendido pela polícia. As vítimas são veladas em Paracatu e Uberlândia. As causas das mortes serão investigadas pela Polícia Civil.

Segundo informou o sargento Cirino de Menezes, da assessoria comunicação d 45º Batalhão de Polícia Militar, testemunhas contaram que o autor estava fazendo ameaças ao pastor Evandro Rama depois dele ter sido retirado de um grupo do WhatsApp da igreja por motivos de comportamento. A informação foi confirmada por familiares da vítima.

O policial contou ainda que diante da situação, câmeras foram instaladas dentro da igreja.

Outras imagens de circuito de segurança em frente à igreja mostram o momento em que o assassino chega ao local. O portão estava fechado, mas o homem conseguiu arrancar e entrar na igreja. Veja abaixo.

Entenda

O assassino, de 39 anos, estava na casa da família dele, no Bairro Bela Vista, juntamente com a ex-companheira, a mãe e a irmã. A PM contou que as pessoas faziam uma corrente de oração, o que não agradou o homem. Ele golpeou Heloísa Vieira Andrade, de 59 anos, no pescoço com um canivete. Ela não resistiu e morreu no local.

Em seguida, o homem foi até a Igreja Batista Shalom, que fica a três quarteirões da casa, onde cerca de 20 pessoas estavam reunidas. Segundo informou a PM, ele ameaçou matar o pastor Evandro Rama, que conseguiu fugir. Contudo, o criminoso atirou e matou Rosangela Albernaz, de 50 anos, Marilene Marins de Melo Neves, 38 anos e Antônio Rama, 67 anos, pai do pastor.

A PM, que seguia até a casa onde aconteceu o primeiro homicídio, passou em frente a igreja e ouviu os disparos. Um policial entrou e tentou render o assassino, que usou uma das vítimas como escudo. O militar atirou contra o homem, que foi levado para o Hospital Municipal de Paracatu. Com ele foram apreendidos uma arma, o canivete e munições intactas. Fonte: https://g1.globo.com

Informações ainda são superficiais, mas a ex-namorada do atirador está entre os óbitos. Ele chegou a fazer um refém no templo religioso antes da chegada da polícia

Um homem entrou em uma igreja evangélica da cidade de Paracatu, na Região Noroeste do estado, e disparou vários tiros de arma de fogo na noite desta terça-feira (21). O ato aconteceu na Igreja Batista Shalom, situada no Bairro Bela Vista. Ele foi identificado como Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos, ex-militar das Forças Armadas. No total, quatro pessoas foram mortas pelo atirador.

Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito foi até a casa da ex-namorada, Heloísa Vieira Andrade, de 59, onde também estavam a mãe e a irmã dele. Lá, desferiu uma facada no pescoço da ex-companheira.

Depois, o atirador correu para o templo onde efetuou os disparos. Inicialmente, ele matou dois idosos com tiros na cabeça.  Instantes depois, pegou outra mulher como refém. A Polícia Militar (PM) chegou ao local da ocorrência e, neste momento, tentou negociar. Contudo, o homem matou a refém.

As vítimas mortas na igreja foram identificadas como Rosângela Albernaz, de 50; Marilene Martins de Melo Neves, 52; e Antônio Rama, 67, pai do pastor Evandro Rama, que celebrava o culto no momento da ocorrência. 

Informações ainda são superficiais, mas a ex-namorada do atirador está entre os óbitos. Ele chegou a fazer um refém no templo religioso antes da chegada da polícia

Diante da morte da refém, policiais militares atiraram na clavícula de Rudson. Ele foi socorrido, encaminhado para o hospital da cidade em estado grave e está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Segundo os bombeiros, o atirador está entubado.

De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, major Flávio Santiago, policiais que estavam em patrulha próximo ao local evitaram um massacre maior. “Temos a informação de que ainda haviam 20 pessoas no local e ele estava com mais 6 munições intactas, se a PM não tivesse chegado a tempo, a situação seria muito pior.” 

Conforme o Corpo de Bombeiros, o pastor da igreja, Evandro Rama, fraturou um dos pés enquanto tentava fugir do local. Não há informações sobre o estado de saúde dele.

O atirador usou uma garrucha calibre 36 com capacidade para um tiro. Rudson tinha outro seis balas à disposição quando foi detido. Em depoimento ao Estado de Minas, um militar que frequentava a igreja informou que Hudson era frequentador do templo. Contudo, só ia esporadicamente aos cultos. 

Segundo a PM, ele já teve problemas com drogas e teria deixado a igreja por este motivo. Conforme relatos de moradores de Paracatu, o homem reclamava de ouvir vozes. “Tudo indica que foi um surto (psicótico)”, afirmou o tenente-coronel Luiz Magalhães, do 45ª Batalhão de Polícia Militar de Paracatu.

Populares tentaram invadir o hospital de Paracatu. Por isso, a polícia precisou cercar o local. Um boato de que a mãe do autor teria sofrido um infarto foi veementemente negado pela corporação. Fonte: www.em.com.br

Quatorze governadores formalizaram nesta terça-feira pedido ao presidente Jair Bolsonaro para que revogue o decreto assinado recentemente com a flexibilização no porte e posse de armas no Brasil. O Jornal da CBN 2ª edição conversou sobre o assunto com o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB).

Para ele, existe vício de constitucionalidade no decreto das armas. Além disso, sustenta, a ideia contraria a vontade do brasileiro, que já se posicionou sobre o tema em plebiscito. 'Do ponto de vista da sociedade, há uma rejeição enorme. A população não quer armas, quer paz'. Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com

Medida faz parte de uma campanha das redes sociais contra a disseminação de conteúdo perigoso. O Twitter anunciou que aderiu ao projeto com ações contra o movimento antivacinas

RAÚL LIMÓN

Três meses após a transmissão ao vivo dos atentados na Nova Zelândia, o Facebook decidiu implementar medidas de controle e anunciou que, a partir desta quarta-feira, proibirá o uso do aplicativo Live, que permite a transmissão de vídeo em tempo real, a qualquer usuário que violar as regras da rede social sobre organizações ou indivíduos perigosos. A medida será adotada a partir do momento em que for detectada uma publicação vinculada a um ato violento ou discurso de ódio. É uma das medidas das redes sociais contra a disseminação de conteúdo perigoso, campanha à qual o Twitter aderiu ao anunciar que vai redirecionar as pesquisas contra vacinas a links de autoridades sanitárias que explicam os danos dessa atitude para a saúde individual e pública.

Até agora, qualquer violação das regras do Facebook envolvia a eliminação da publicação específica e a conta só era bloqueada, às vezes temporariamente, se o usuário mantivesse a atitude ou, de imediato, em casos de propaganda terrorista ou pedofilia. Estas regras serão agora aplicadas ao Live e desde o primeiro momento.

A decisão ocorre depois que o vice-presidente da empresa, Guy Rosen, reconheceu que o sistema de inteligência artificial do Facebook para impedir a disseminação de imagens nocivas não foi capaz de identificar a transmissão ao vivo do atentado de Christchurch, na Nova Zelândia, no qual 50 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas.

"Os sistemas de inteligência artificial são baseados em dados que os treinam, o que significa que são necessários milhares de exemplos desse conteúdo para treinar um sistema capaz de detectar certos tipos de texto, imagens ou vídeos. Tem funcionado muito bem com temas como nus, propaganda terrorista e também com imagens de violência, dos quais há um grande número de exemplos que podemos usar para treinar nossos sistemas."

Com o ataque em Chistchurch não funcionou. O vídeo dos atentados (cerca de 1,2 milhão de cópias) foi removido minutos depois de sua realização, mas pôde ser visto 200 vezes durante a transmissão ao vivo sem que nenhum usuário o denunciasse naquele momento. O conteúdo completo, após o crime, foi reproduzido 4.000 vezes até ser enviado ao Facebook (29 minutos depois do início da matança e 12 minutos depois do final da transmissão ao vivo), um link em que era possível acessar uma gravação do ataque. Muitas capturas e cópias em 800 formatos diferentes continuaram sendo distribuídas por redes alternativas.

Rosen anunciou a nova medida de restrição do Live, acompanhada por um investimento de 7,5 milhões de dólares (cerca de 30 milhões de reais) em três universidades para melhorar a tecnologia de análise de imagens e vídeos. Para evitar essa situação, as universidades de Maryland, Cornell e Berkeley farão pesquisas sobre sistemas de detecção de imagens, vídeos ou sons manipulados intencionalmente.

TWITTER ADERE À FRENTE CONTRA O MOVIMENTO ANTIVACINAS

A campanha das redes sociais contra a desinformação e disseminação de boatos e informações prejudiciais também prossegue no Twitter, que adotou uma ferramenta que redireciona para "fontes confiáveis de saúde pública" qualquer pesquisa relacionada a vacinas.

A ferramenta começou a ser aplicada em vários idiomas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, América do Sul, Coreia do Sul, Japão, Indonésia e Cingapura.

A medida já era empregada em buscas relacionadas a suicídio e danos autoinfligidos e busca coibir as pesquisas no buscador de links sobre comentários, anúncios ou páginas contrárias às vacinas. As sugestões vão orientar para informações das autoridades de saúde pública para divulgar informações verdadeiras.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) iniciou a campanha #VaccinesWork (#VacinasFuncionam) para conscientizar pelas redes sociais sobre a importância de proteger a saúde das crianças. A organização insiste em que campanhas de vacinação contra o sarampo, pneumonia, cólera e difteria salvam três milhões de vidas anualmente. Cerca de 1,5 milhão de crianças morreram em 2017 de doenças para as quais existem vacinas e houve um "aumento perigoso dos surtos de sarampo em países de alta renda", causado, entre outras coisas, pela "desinformação na mídia digital e redes sociais ". Fonte: https://brasil.elpais.com

 

Gabriel Chiarelli, de 22 anos, decidiu expor sua situação aos motoristas depois de dez meses de desemprego que o levaram a abrir mão da faculdade de direito.

Por EPTV 2

Desde que perdeu o emprego há dez meses, Gabriel Chiarelli de Oliveira, de 22 anos, não desistiu. Bateu de empresa em empresa em Ribeirão Preto (SP), mas, sem a resposta esperada, precisou sacrificar a faculdade de direito que havia acabado de começar.

Ainda assim, não deixou se abater e decidiu chamar atenção. Imprimiu currículos e passou a distribui-los em semáforos na zona sul da cidade, ao mesmo tempo em que recorreu a uma mensagem com seu telefone e um apelo escrito em cartolina: "Não quero dinheiro, preciso de um trabalho. Você pode me ajudar?"

Com sonho de voltar a estudar, de ter condições para comprar uma moto e de sustentar, Gabriel atualmente tem contado com a ajuda da avó por conta da falta de dinheiro. Ele tem esperanças de que alguém vai atender seu chamado em breve e não está nem perto de desistir.

"Essa ideia não foi minha. Eu pesquisei na internet e usei outras pessoas como inspiração. Essas pessoas conseguiram, eu também vou conseguir. Se tem alguma pessoa desempregada, não custa fazer isso que fiz. Não vai cair um braço, não vai cair uma perna por ficar segurando um papel esperando alguém te ajudar. E tem muitas pessoas de bom coração que ajudam", diz.

Um dos 13,4 milhões de desempregados em todo o país, Gabriel está em uma das faixas etárias mais afetadas pela falta de oportunidades. No Estado de São Paulo, três em cada dez jovens estão sem trabalho.

Segundo o economista Luciano Nakabashi, os mais novos geralmente são os primeiros a sentir as consequências de uma recessão econômica por fatores como a falta de experiência. A qualificação, no entanto, é a melhor saída para obter mais chances, afirma.

"Quando a gente pega esse momento de crise que o Brasil atravessou que foi muito forte e essa recuperação lenta que quase não gera vagas, é muito mais difícil para quem não tem experiência, mais ainda se colocar no mercado de trabalho. Acho que esse período especificamente para os jovens está sendo muito ruim. Já é mais difícil naturalmente pela questão da experiência, mas nesse momento, com essa crise tão forte, acaba sendo ainda mais difícil para eles se colocar no mercado de trabalho", diz.

Da demissão ao semáforo

Gabriel conta que trabalhou por dois anos em cartórios de São Paulo e Ribeirão Preto e se matriculou para a faculdade de direito com o sonho de ser auditor da Receita Federal. Quando tudo parecia encaminhado, ele perdeu o emprego e precisou adiar o sonho do curso superior.

"Esse planejamento foi por água abaixo. O valor é muito alto das mensalidades. Conheço algumas pessoas lá, mas não deu certo abaixar o valor. Por isso, infelizmente tive que trancar, mas meu sonho é voltar e terminar o direito. É meu sonho. Não quero ser advogado, quero fazer direito e entra na Receita Federal para trabalhar na alfândega. Eu vou, tem que correr atrás, não pode parar", afirma.

Desempregado, Gabriel bem que tentou voltar ao mercado de trabalho, mas só encontrou portas fechadas.

"Um ano em cada cartório e eu só tive essas oportunidades, ninguém mais abriu portas para mim. Por isso eu vim aqui no semáforo, porque alguém vai abrir uma porta pra mim, porque eu estou disposto a aceitar qualquer proposta que me derem. Eu aceito qualquer tipo de trabalho."

Inspirado em exemplos semelhantes, decidiu expor sua situação publicamente aos motoristas que passam pela zona sul. As horas sob o sol já parecem estar surtindo efeito, segundo Gabriel, depois que os primeiros interessados em ajudá-lo começaram a entrar em contato.

"O retorno foi bom, fiquei muito emocionado porque não acreditei com um monte de empresa me ligando. Fiquei dez meses entregando currículo e nenhuma me ligava. Aí fiquei aqui cinco horas e recebi sete, oito ligações, tirando mensagem no Whatsapp", diz.

Depois das primeiras ligações, o jovem não esconde a esperança de que em breve sua história vai mudar e não deseja o que vive a ninguém. "Que todo mundo esteja empregado, porque não quero que ninguém fique nessa situação." Fonte: https://g1.globo.com

(Foto: Protesto reúne multidão em Salvador — Foto: Maiana Belo/G1 Bahia)

Em oposição à reforma da Previdência e aos cortes anunciados na Educação, população vai às ruas do País na quarta-feira 15

Esta quarta-feira 15 deve receber a maior mobilização popular dos primeiros cinco meses do governo Bolsonaro. No Dia Nacional em Defesa da Educação, reações contrárias à reforma da Previdência e aos cortes anunciados para os institutos e universidades federais devem levar milhares para as ruas do País e conflagrar uma greve nacional dos trabalhadores em Educação.

O ato unificado, convocado pelas maiores entidades estudantis e sindicais do País, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), deve receber a participação de diversos setores da sociedade, como professores, estudantes e trabalhadores em geral, e já tem desdobramentos em vários estados e capitais pelo País.

Em nota, a UNE declarou que “o governo usa o corte no setor como moeda de troca para aprovar a reforma da Previdência, assim como transformou o MEC em uma verdadeira máquina ideológica de perseguição”.  A entidade afirma que esse é o momento com mais ataques à Educação na história da recente democracia brasileira.

Em São Paulo, a mobilização vai acontecer a partir das 14 horas no Masp, na Avenida Paulista. O Conselho de Reitores de Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), que reúne os reitores da USP, Unicamp e Unesp, soltou uma nota convocando a comunidade acadêmica a debater as questões relativas à ciência e tecnologia no Brasil. As três instituições estão na mira da CPI das Universidades Públicas, criada na Assembleia Legislativa de São Paulo sob o pretexto de investigar possíveis gastos excessivos pelas instituições, além de um possível “aparelhamento de esquerda”.

“As universidades públicas estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp) integram o sistema público de universidades brasileiras, respondem por mais de 35% da produção científica nacional e são responsáveis por 35% dos programas de pós-graduação de excelência no País. Interromper o fluxo de recursos para estas instituições constitui um equívoco estratégico que impedirá o País de enfrentar e resolver os grandes desafios sociais e econômicos do Brasil”, declarou o Cruesp em nota.

Também estão confirmadas no ato em São Paulo a Universidade Federal de São Paulo, a Universidade Federal do ABC e a Universidade Federal de São Carlos. Escolas particulares também sinalizaram adesão à paralisação, caso da escola Nossa Senhora da Graça (Gracinha), Politeia Escola Democrática, Colégio Equipe, Colégio Oswald de Andrade, entre outras. No Oswald de Andrade, estudantes enviaram uma carta à direção e aos pais sinalizando o interesse de participar da manifestação. A unidade cancelou excursões marcadas para a data.

No Rio de Janeiro, estão confirmadas a Universidade Federal Fluminense, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Somam à lista escolas particulares como Colégio Andrews, Escola Parque e Colégio Santo Agostinho Leblon, entre outras.

Também marcam presença na paralisação a Universidade de Brasília (UNB) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) que, juntamente com a UFF, no Rio de Janeiro, foram acusadas pelo ministro Abraham Weintraub de não terem bons rendimentos educacionais, além de promoverem “balbúrdia”.

Esse foi o critério utilizado por Weintraub para justificar um corte orçamentário que, inicialmente, recairia apenas sobre essas instituições. Após mal estar generalizado, o MEC resolveu estender o corte a todos os institutos e universidades federais.

Uma lista divulgada pela UNE reúne as principais manifestações pelo País.

RIO GRANDE DO SUL

-Porto Alegre, FACED-UFRGS, 18h

– Caxias do Sul, Praça Danti Alighieri, 17h30

-Viamão, Centro de Viamão, 16h

SANTA CATARINA

-Florianópolis, Praça Central, 15h

-Chapecó, Praça Coronel Bertaso, 9h30

-Araranguá, saída da UFSC e do IFSC às 9h em direção ao centro da cidade

-Blumenau, em frente ao Carlos Gomes, 14h30

PARANÁ

-Curitiba, Praça Santos Andrade, 9h

-Cascavel, em frente à Catedral, 9h

-Londrina, calçadão de Londrina, 10h

-Guarapuava, praça 9 de dezembro, 9h

-Irati, esquina do supermercado GCenter, 9h

SÃO PAULO

-São Paulo, MASP, 14h;

-Sorocaba, Praça Cel Fernando Prestes, 9h

-São Carlos, Praça Coronel Salles, 9h

-Ribeirão Preto, Av. do Café e marcha até a Esplanada do Teatro Pedro II, 7h.

-Bauru, Câmara municipal, 9h

-Campinas, Largo do Rosário, 10h30

MINAS GERAIS

-Juiz de Fora, Parque Halfeld, 16h

-Diamantina, Largo Dom João, 15h

-Belo Horizonte, Praça da Estação, 9h30

-Araçuaí, Concentração na IFNMG, 7h

-Montes Claros, Praça do Automóvel Clube, 16h

-Itajuba, Praça central, 18h

-Frutal, calçada JB2, Centro 15h

– Lavras, Praça dos Bancos, 10h

-Mariana, ICSA da UFOP, 15h

RIO DE JANEIRO

-Rio de Janeiro, Candelária, 15h

DISTRITO FEDERAL

-Brasília, Museu da República, 10h

GOIÁS

-Goiânia, Praça Universitária,14h

Fonte: www.cartacapital.com.br

Também foram colhidas provas que vão auxiliar os inquéritos que apuram o tráfico de drogas na região, diz delegado da Polícia Civil.

Uma ação integrada entre equipes da Polícia Civil foi realizada nesta terça-feira (7) em várias comunidades de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Os agentes cumpriram sete mandados de prisão e recuperaram três veículos roubados.

Durante a operação, também foram colhidas provas que vão auxiliar os inquéritos que apuram o tráfico de drogas na região. Segundo o delegado Celso Castelo, as informações levaram também a realização de uma prisão em flagrante pelo crime de receptação dolosa.

Os policiais iniciaram a operação antes do amanhecer, por volta das 5h30 da manhã. A ação teve como objetivo o cumprimento de mandados de prisão, além de checar denúncias de localização de um cemitério clandestino e mapeamento da região.

Pelo menos, oito viaturas entraram na comunidade do Areal, a mesma que foi sobrevoada no último sábado (4) pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão. Disparos foram ouvidos por moradores da comunidade. Nos bairros Belém e Camorim Grande, tiroteios também foram registrados, mas cessaram em pouco tempo.

A ação contou com apoio de cerca de 100 policiais dos Departamentos Geral de Polícia do Interior, Baixada e Especializadas, além da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

A operação seria uma resposta à atuação dos bandidos, que aterrorizam a população desde a ação comandada por Wilson Wizel no fim de semana. O governador anunciou que acabaria com a "bandidagem" na cidade e sobrevoou uma comunidade acompanhado de policiais que chegaram a disparar tiros de fuzis do alto.

Depois disso, um intenso tiroteio foi registrado no bairro Sapinhatuba I. A BR-101, a Rodovia Rio-Santos, chegou a ser fechada pela polícia por cerca de 20 minutos para preservar os motoristas. No mesmo dia, um grupo de moradores protestou fechando as principais vias de entrada e saída de Angra dos Reis.

Na segunda-feira (6), uma bala perdida teria atingido o box de um apartamento, que fica a aproximadamente 2 km da comunidade, na Praia da Chácara, uma área nobre do município.

 

Ação com Witzel atirou contra tenda evangélica, diz morador

Os tiros foram dados por um policial civil, durante uma operação contra uma disputa entre traficantes. Wilson Witzel fez questão de divulgar nas redes sociais que acompanhava de perto o trabalho da polícia. Um dos momentos divulgados pelo governador mostra um policial já no ar com um fuzil em punho. "Vamos botar fim na bandidagem em Angra dos Reis", disse Witzel.

A TV Globo teve acesso à sequência do vídeo gravado com o helicóptero no ar - cortada da publicação de Witzel. No trecho, a arma é disparada sobre uma área de mata de uma comunidade.

No solo, uma tenda azul foi atingida. Um morador disse que o espaço é usado por evangélicos. “Aquela barraquinha ali foi criada pelos irmãos evangélicos e serve de banheiro. Aqui não tem ponto de tráfico, é uma tranquilidade”, explicou Rodrigo Bernardes.

O Governo do Estado não vai divulgar nota sobre o episódio dos tiros em Angra dos Reis, mas informou que "as circunstâncias serão apuradas". Em nota, a Polícia Civil afirmou que todos os protocolos para utilização de aeronaves foram obedecidos na operação em Angra dos Reis.

 

Witzel se hospeda em hotel de luxo

Depois da participar da operação o governador passou o fim de semana com a família em um hotel de luxo em Angra dos Reis, com diárias que variam de R$ 1,6 mil a R$ 5,5 mil. Wilson Witzel disse que recebeu a hospedagem do hotel.

"Eu me hospedei no hotel porque foi o hotel que ofereceu, para ali ser o heliponto. Dali partiu o helicóptero. As minhas despesas pessoais eu paguei com o meu cartão de crédito e o hotel fez a cessão da hospedagem para que a minha família ficasse ali naquele final de semana", explicou. Fonte: https://g1.globo.com

 

Crianças precisaram se esconder no corredor da Orquestra Maré do Amanhã por causa dos confrontos. Equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais contam com apoio de helicóptero na ação.

Oito pessoas morreram em uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (6). Em Imagens publicadas nas redes sociais, é possível ouvir o som de disparos enquanto o helicóptero da corporação sobrevoa a comunidade.

De acordo com o aplicativo Onde Tem Tiroteio, desde as 11h há intensos confrontos na localidade Vila do João. Segundo a polícia, duas pessoas foram presas, sete fuzis e uma granada apreendidos. Um dos objetivos da ação é prender o traficante Thomas Jayson Gomes Vieira, o 3N, que fugiu recentemente o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

Crianças se protegem de tiros

Crianças da Orquestra Maré do Amanhã precisaram se esconder no corredor da unidade de educação e as aulas foram suspensas devido aos disparos.

De acordo com a polícia, equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) fazem uma operação no local para capturar foragidos.

 

De acordo com o último balanço trimestral da Segurança Pública do estado do Rio, a Polícia Militar matou 434 pessoas em confronto no primeiro trimestre deste ano. Os antigos "autos de resistência" - hoje chamados de mortes por intervenção policial - somaram 434 casos de janeiro a março, numa média de sete óbitos por dia.

As mais de 400 mortes representam o maior número registrado desde 1998. No ano passado, foram 368 mortes no mesmo período.

Entre os casos de mortes envolvendo a polícia que aconteceram no primeiro trimestre está o tiroteio que em fevereiro deixou 13 pessoas mortas nas comunidade do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, no Centro. Fonte: https://g1.globo.com

Guardas florestais encontraram o réptil no fim de março em localidade no norte do país e o batizaram de 'Monty Python'

As autoridades da Austrália descobriram uma serpente de três olhos em uma estrada do norte do país, para a alegria dos internautas de um país acostumado a uma fauna selvagem muito diversa.

Os guardas florestais encontraram o réptil no fim de março na localidade de Humpty Doo e o batizaram de "Monty Python".

Os estudos revelaram que o animal enxerga pelos três olhos. A terceira órbita se desenvolveu provavelmente quando a serpente estava em estado embrionário, explicou a Comissão de Parques e Fauna do Território do Norte.

A malformação é algo frequente nos répteis, de acordo com a Comissão. A serpente, da espécie píton carpete, media 40 centímetros e tinha quase três meses de vida quando foi encontrada. Morreu após um mês de cativeiro.

"É notável que tenha conseguido sobreviver tanto tempo na natureza com esta malformação. Tinha problemas para alimentar-se antes de morrer na semana passada", declarou o guarda florestal Ray Chatto ao jornal Northern Territory News.

A serpente encontrou uma segunda vida na internet, quando a Comissão de Parques e Fauna Selvagem publicou suas fotos no Facebook.

Os internautas estabeleceram comparações com o corvo de três olhos da série Game of Thrones e iniciaram um jogo de palavras para comentar a descoberta. Fonte: https://www.em.com.br

Depois do crime, Geovani da Silva Magalhães fugiu para o interior de São Paulo, onde acabou se entregando

Um homem foi preso nesta sexta-feira (26/04/2019) acusado de matar o próprio pai com um tiro na cabeça após perder uma partida de truco, em Padre Bernardo (GO), na Região do Entorno do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), Geovani da Silva Magalhães não teria gostado de uma brincadeira feita por Natal de Oliveira Magalhães, logo após perder no jogo de cartas.

O crime aconteceu na noite de quinta-feira (25/04/2019). O suspeito usou a arma da família para efetuar o disparo. Depois de matar o pai, Geovani fugiu para a cidade de Aramina, no interior de São Paulo.

No município paulista, o suspeito se apresentou em uma delegacia e foi preso. Um mandado de prisão temporária já havia sido expedido pela justiça goiana. Fonte: www.metropoles.com

Decisão da ministra Carmen Lúcia, do STF, que derrubou o tratamento de reversão sexual por psicólogos, levanta o questionamento: como lidar com as consequências do preconceito dentro do núcleo familiar?

Victor Carvalho

O debate sobre o preconceito continua distante do núcleo familiar que ainda empurra os seus para encontros que prometem reverter a identidade dos LGBTs

RIO - "Eu tinha medo de ter câncer de útero ou câncer de mama, por ser uma consequência dessa vida de pecado, por ser lésbica", diz X.*, de 32 anos, sobre a época em que vivia o conflito entre sua fé e sua sexualidade. Ela preferiu não se identificar ao contar a experiência com a terapia de reversão sexual, mais conhecida como cura gay.

 

— Não quero expor meus pais, estamos em um momento delicado — justifica. 

Esse é um dos dramas que LGBTs+ enfrentam quando se assumem para a família. Em muitos casos, a possibilidade de cura é considerada e procurada em consultórios e templos religiosos. A prática pela via psicológica foi liberada no ano passado, por decisão do juiz federal Waldemar Claudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal no Distrito Federal, mas foi cassada depois de uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal, publicada na quarta-feira, 24 de abril. A ministra Carmen Lúcia, responsável pelo caso, defendeu que é papel do STF julgar esse tipo de alteração.

A decisão foi recebida com festa por ativistas dos direitos dos LGBTs+ e pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), autor da ação que derrubou a liberação do tratamento no Brasil. Em nota, a instituição afirmou que "continuam válidas todas as disposições da Resolução CFP nº 01/99 (que determina que não cabe a profissionais da Psicologia o oferecimento de qualquer tipo de prática de reversão sexual), reafirmando que a Psicologia brasileira não será instrumento de promoção do sofrimento, do preconceito, da intolerância e da exclusão".

Por outro lado, o debate sobre o preconceito continua distante do núcleo familiar que ainda empurra os seus para encontros que prometem reverter a identidade dos LGBTs+. X. participou de uma tentativa de cura incentivada pelos pais, após eles descobrirem sua relação homoafetiva. Vivendo no Paraná, ela visitava sua cidade natal, no interior do Rio Grande do Sul, e precisou visitar toda semana a mulher do pastor da igreja que a família frequentava. Por três meses, ela perdeu o contato com amigos e com a namorada.

— A mulher do pastor me deu folhas em que estavam listadas coisas sobre o meu comportamento e os meus relacionamentos. Eu escrevia que estava me relacionando com uma mulher, dizia coisas íntimas e sexuais. Depois de preencher, eu lia em voz alta para renunciar a tudo, orava a Deus, pedindo para que tirasse aquilo de mim e repreendesse a ação do inimigo(demônios, segundo a crença da congregação)   na minha vida — diz X., que não conseguia fugir das sessões. — Eu me sentia ridícula, suja, culpada e a pior pessoa do mundo. Se você não se emociona, parece que não está abrindo o coração para Deus. Era uma espécie de confissão, mas muito induzida. Eu saía de lá e me sentia miserável. Não estava com a pessoa que eu amava, não me reconhecia mais e não sabia o que fazer com a minha vida.

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Depois de brigar com os pais, X. retomou a vida ao lado da namorada e ficou um ano sem visitá-los. Ao mesmo tempo em que convivia com o fato de ser lésbica, o conflito com a sua crença a impedia de viver uma vida saudável. Tinha insônias, crises de ansiedade e medos que a rondavam noite e dia. 

— Eu não conseguia assumir para a minha família que estava com a minha namorada. Não conseguia admitir que a cura não funcionou — afirma ela, que retomou o contato com a família em uma festa de Natal.

Os laços familiares voltaram a se estreitar, mas sua sexualidade não era comentada. Certos de que a filha poderia se voltar para a religiosidade, os pais de X. a levaram a um ritual feito pela mesma igreja, mas agora na casa do pastor. Dez pessoas consideradas influentes e "mais próximas de Deus" se posicionavam em um círculo, com a pessoa considerada pecadora entre elas. Era o começo da segunda fase da terapia:

— Parecia um paredão, a gente ficava no meio sendo bombardeada. Você sentava naquela sala e era forçada a falar todos os seus pecados para limpar o coração. Era muito opressor. Você chora de vergonha, de raiva e de medo. Eles acessam um canal de dor. Lá você via mulheres e homens chorando. Adolescentes tinham que renunciar à masturbação, principalmente as meninas. Homens casados confessavam traições. A igreja toda ficava sabendo o que acontecia nesses encontros. Todo mundo queria saber quais eram os pecados que a pessoa cometeu — explica X.

Busca por uma 'salvação'

Encontros entre membros da igreja e a busca por uma "salvação" não é uma novidade para Sergio Viula, 49 anos, ex-pastor, professor e ativista, que não só frequentava os encontros como os articulava. Ele e outros pastores fundaram, no Rio, na década de 1990, o grupo Movimento pela Sexualidade Saudável, conhecido pela sigla Moses, que tinha como objetivo reunir LGBTs+, em sua maioria homens gays, que esperavam mudar de vida.

— Nós tínhamos estratégias muito interessantes para alcançar os homossexuais. Fazíamos panfletagem na Parada Gay, íamos para a porta da Le Boy (boate que fechou as portas em 2016), em Copacabana. Dávamos folhetos para as pessoas e conversávamos. Felizmente, muitos não davam bola, mas outros frequentaram o Moses — diz Sergio, que foi casado com uma mulher por 14 anos, com quem tem dois filhos. Ele deixou a vida de pastor e pediu o divórcio depois de uma série de situações vividas no Moses. Mais tarde, vieram as reflexões sobre sua sexualidade e a saúde mental das pessoas que participavam dos encontros. 

— Preciso deixar isso bem claro: nesses meus 14 anos de casado, 18 anos na igreja, nunca vi um homossexual, uma lésbica ou um trans ser curado. Um dos homens do Moses, casado com uma mulher, morreu e havia três "viúvas" no enterro: a esposa dele e dois homens com quem ele ficou — relembra Sergio, que viu de perto e sentiu na pele o desgate emocional de quem reprime os seus desejos.

— Eu via muita gente deprimida e pensava: "De que maneira o Moses colaborou para diminuir esse sofrimento?" Em nada! Por mais que demonstrasse compaixão e amor, é sempre um amor condicional. Você é bem-vindo, mas tem que deixar de ser você mesmo. Isso não é amor, não vale a pena pagar por isso. Nenhum centavo.

Psicólogos alertam para os danos na psique humana causados por essas terapias. Pedro Paulo Bicalho, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), relembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças, em 1990. O CFP tem uma resolução inspirada nessa decisão, que afirma que "psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades."

Pais não lidam bem com sexualidade dos filhos

Apesar da atuação do CFP, as terapias de cura gay não são muito denunciadas porque a maioria dos casos acontecem fora dos consultórios. O papel da família na busca pela aceitação de um LGBT+ é considerado vital para a saúde mental dos integrantes dessa comunidade, mas o cenário ainda é outro: pais não conseguem lidar com a sexualidade dos filhos. 

— Quando uma família acredita na possiblidade de reverter quem a pessoa é, talvez, o melhor caminho não seja explicar que essas terapias são perigosas, mas dar um passo atrás. Explicar que ser gay é normal, que ser trans é normal — afirma Ana Andrade, militante na ong All Out, que promove campanhas a favor da causa LGBT+ ao redor do mundo.

Outras organizações não governamentais também atuam para favorecer o processo de autoaceitação. Uma delas é a Mães pela Diversidade, que mira em pais e mães de LGBTs+. 

— Cada um tem o seu tempo e suas crenças. E também há a questão do que os outros vão dizer. Não são apenas os pais e mães que precisam aceitar. Os tios, os avós, o que eles vão pensar? — diz Denise Kolblinger, psicóloga clínica e mãe de três filhos (uma hétero, um gay e uma lésbica), que organiza grupos de apoio para mães de filhos LGBT+. 

A análise foi utilizada de forma saudável por X. Após se envolver na militância feminista e LGBT+, ela começou a reconsiderar a sua relação com a sua fé, sua sexualidade e seus relacionamentos.

— Comecei a análise porque precisava de alguém que não fosse da igreja nem parente para tratar meus traumas e culpas. Eu consegui entender que posso ter a minha crença, mas não do jeito que a colocaram para mim. Em paralelo, eu achei referências de pessoas que também passaram por isso e que me fizeram ver que não sou um caso isolado.

Já em relação aos seus pais, X., aos 32 anos, voltou a trazer o assunto a tona:

— A gente voltou a falar sobre isso esse ano. Eu cheguei para eles e assumi: "Não vou mais carregar esse peso, não vou mais viver em negação, porque vocês não conseguem lidar com uma coisa que não diz respeito a vocês.

Sérgio Viula só se assumiu para os pais quando já era adulto. Ficaram quatro anos afastados, mas, hoje, eles aceitam a sua sexualidade. Sérgio reforça que os LGBTs precisam fazer uma rede de contatos para evitar o desamparo:

— No meu tempo, eu não conhecia ninguém gay na minha vizinhança que fosse realmente assumido. Só existiam dois homens bem mais velhos, e eu era orientado a não chegar perto deles.

Sobre a cura gay e o debate dos últimos anos, Sergio retorna ao momento em que começou a olhar o seu trabalho pastoral, de influenciador de reversões sexuais, sob uma outra ótica:

— É a mesma coisa que você inventar um problema para vender uma solução. A pessoa que acredita que tem um problema continua sem a solução porque nenhum dos dois existe. Aqui está a questão: não há nada de errado com a homossexualidade, e qualquer tentativa de mudar isso faz mal às pessoas. Fonte: https://oglobo.globo.com

*Nome modificado para preservar a identidade da entrevistada

CÁRMEN LÚCIA CASSA LIMINAR QUE LIBERAVA 'CURA GAY'

Resolução do Conselho Federal de Psicologia voltar a valer integralmente

GUILHERME AMADO

Cármen Lúcia cassou uma liminar de primeira instância que liberava a "cura gay" em todo o país.

Com a decisão, volta a valer a resolução do Conselho Federal de Psicologia, em sua íntegra, que é contra o bizarro tratamento de reversão sexual.

"A psicologia e a ciência não admitem que as usem a serviço da discriminação. Há décadas que a homossexualidade não é considerada nem doença nem desvio pela Organização Mundial da Saúde. Não precisa de orientação nem de cura", afirmou Rogério Giannini, presidente do Conselho Federal de Psicologia. A decisão suspensa por Cármen Lúcia era do juiz federal Waldemar Claudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal no Distrito Federal.

A comunidade LGBTQI, claro, está comemorando a notícia.

A discussão sobre a possibilidade de gays serem curados ou não é hoje um dos principais pontos de atrito entre conservadores e progressistas no país. Muitos evangélicos conservadores defendem esta medida. Fonte: https://epoca.globo.com

As montagens com pó de serra colorido são uma tradição da Páscoa na histórica cidade mineira

Um vídeo no qual um policial da Guarda Civil de Ouro Preto aparece pisoteando um tapete de serragem em homenagem à vereadora Marielle Franco, vítima de um atentado no ano passado no Rio de Janeiro, causou indignação nas redes sociais neste domingo (21/04/19) de Páscoa.

Os tapetes são tradicionais na cidade histórica mineira nas comemorações da Páscoa. Neste ano, um deles homenageava a vereadora e o seu motorista, Anderson Gomes, também morto no atentado.

Todo ano, os tapetes são confeccionados de madrugada e colorem as ruas no encerramento da Semana Santa. Enquanto os policiais aparecem destruindo as imagens, pessoas questionam a atitude e gritam “Marielle Vive”.

Episódio parecido ocorreu no dia 3 de abril de 2018, quando um agente da Guarda Municipal também foi filmado desmanchando os tapetes com os pés. Na época, a Guarda Civil alegou que cumpria uma orientação da prefeitura e da paróquia para evitar manifestações políticas.

Homenagem
Enquanto isso, em Paris, a comissão de denominação de ruas da prefeitura de Paris determinou que um jardim da cidade receba o nome da vereadora, O local escolhido é uma praça suspensa no terraço de um hotel em construção junto à Gare de l’Est, uma das principais estações de trem da cidade.

Anne Hidalgo, prefeita da capital francesa, expressou à ONG RED Br – Rede Europeia pela Democracia no Brasil, entidade à frente da iniciativa – seu desejo de nomear um local da cidade em homenagem a Marielle em fevereiro deste ano.

Em 1º de abril, o Conselho de Paris votou a favor da proposta. Falta agora a ratificação pelo conselho do 10° distrito, bairro onde fica o futuro jardim, e depois pelo Conselho de Paris. A decisão final será tomada no dia 11 de junho.

A inauguração do Jardim Marielle Franco deve ocorrer em outubro, de acordo com a historiadora Juliette Dumont, que faz parte da RED.Br.

Marielle Franco, vereadora do PSOL, e o motorista do carro em que ela estava, Anderson Gomes, foram executados em 14 de março de 2018, no bairro da Lapa, centro do Rio de Janeiro. Desde então, a prefeita de Paris publica posts nas redes sociais em homenagem a Marielle e cobra a resolução do caso.

(Com informações da Agência Estado)

Fonte: www.metropoles.com