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Abdalla e sua família se refugiam na guerra na casa de um amigo na castigada Idlib. O vídeo com as brincadeiras que faz com a menina para que as bombas não a afetem conquista a Internet
Mehmet Algan e Abdalla Mohamed se conheceram há sete anos em Istambul (Turquia). Um amigo comum os apresentou. Mehmet, 34 anos, ainda trabalha na cidade turca, mas Abdalla, 32 anos e sírio de nascimento, é um refugiado da guerra na cidade de Sarmada, perto da fronteira sírio-turca, na castigada província de Idlib. Ao lado dele estão sua mulher e a filha de três anos. No último sábado, 15 de fevereiro, Mehmet, como em outras ocasiões, ligou para Abdalla para perguntar como as coisas estavam indo. Ele lhe contou o que fazia muitos dias com sua filha Salwa para que o estrondo diário das bombas não abalasse seu coraçãozinho de três anos. Inventou uma brincadeira para proteger a menina. Fingia que aquilo que se escutava não era a guerra, mas algo muito mais divertido. E lhe enviou um vídeo mostrando para seu amigo Mehmet. Era outra faceta do sangrento conflito sírio.
“Ele me enviou o vídeo e isso me abalou muito”, diz em uma troca de mensagens Mehmet, que trabalha em Istambul para a Associação Médica para Expatriados da Síria (SEMA, na sigla em inglês). No início, mostrou à mulher, conversou com ela e colocou uma mensagem de texto, sem a gravação, em sua conta do Twitter. Mas queria mostrar o vídeo. Pediu permissão a Abdalla e ele deu.
O sorriso e a gargalhada de pai e filha toda vez que brincavam conquistaram a rede social –na conclusão deste artigo acumulava 1,3 milhão de retuítes e 2,5 milhões de visualizações. “É um avião ou um projétil?”, Abdalla pergunta à filha enquanto a grava com o celular, com ela a seu lado, de pé em um sofá. “Um projétil”, tenta adivinhar Salwa. “Quando cair, você tem que rir”, continua Abdalla. “Caiu!”. Risadas bem fortes dos dois.
Este jornal entrou em contato com Abdalla, tremendamente atarefado pelo sucesso midiático de seu vídeo. “Eu brinco com a Salwa quando as bombas caem”, diz ele em uma troca de áudios pelo WhatsApp, “para que a personalidade da minha filha não seja influenciada pela guerra”. Não esconde a menina de três anos. Compartilha mais de vinte vídeos e fotos do seu dia-a-dia com Salwa, brincando com suas bonecas, correndo pela casa, pai e filha conversando, passeando pelas ruas da terra de Sarmada –a mãe, mais cheia de pudor, não aparece ao lado deles. “A ideia me veio das bombinhas com que as crianças brincam”, continua Abdalla. “Transformei a ideia em fogos de artifício para minha filha.” E isso funciona.
Abdalla, um provedor de serviços de Internet, conseguiu convencê-la de que isso era uma brincadeira de criança, fogos de artifício que lançavam na rua por diversão. Este jovem sírio fugiu com a mulher e a filha da cidade de Saraqib, a cerca de 50 quilômetros de Sarmada, no início de fevereiro. Agora a família vive na casa de um amigo. O regime de Bashar al Assad atacava por céu e terra as milícias armadas rebeldes, entrincheiradas ali, em um dos pontos-chave da batalha desencadeada pela conquista de Idlib, no oeste do país. Eles querem cruzar para a Turquia, como muitos dos quase um milhão de pessoas deslocadas que se amontoam na fronteira do lado sírio.
Na segunda-feira, quando o vídeo bombava na Internet sem nenhuma referência sobre quem eram o pai e a filha, a agência de notícias turca Anadolu procurou e localizou Abdalla. O repórter Esref Musa, segundo conta a este jornal, o gravou com a filha. Em uma das cenas, Abdalla leva a garota até a sacada. Uma bomba cai na colina que se vê no fundo da imagem. Enquanto o barulho se dissipa, o pai mostra o lugar a Salwa, apontando para a fumaça. E continuam brincando de que aquilo não tem a ver com a guerra, que é uma farra de crianças.
“Espero que o vídeo”, continua Abdalla durante a conversa com o EL PAÍS, “seja divulgado em todo o mundo para transmitir uma ideia que, na minha opinião, nenhum pai havia tido antes”. Até agora, pelo menos, nada disso tinha tido tanta repercussão.
A conversa com Abdalla, pelo WhatsApp, termina. Ele faz a última pergunta:
- Vocês podem nos ajudar a sair da guerra? Fonte: https://brasil.elpais.com
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Segundo organização, empresa contratada para segurança e limpeza abandonou o evento deixando os alimentos no local e caso foi resolvido nesta manhã. Donativos serão doados a vítimas da chuva em MG.
Uma montanha de alimentos arrecadados em um show da cantora Pabllo Vittar foi abandonada na Praça da Estação, em Belo Horizonte, na noite deste sábado (8). Os alimentos foram levados por fãs como entrada para o show. A doação dos produtos seria feita para o Serviço Social Autônomo (Servas) para as vítimas das chuvas no estado.
Uma foto tirada no local mostra a montanha de alimentos e um caminhão com agentes da Prefeitura recolhendo os produtos.
A organização do evento afirmou que a equipe responsável pela segurança e limpeza do evento abandonou o local por causa da chuva e que o caso foi resolvido nesta manhã (leia nota na íntegra ao fim da reportagem).
Os alimentos foram recolhidos e serão aproveitados. A organização se comprometeu a adquirir produtos para substituir o que foi danificado. Disse ainda que vai acionar a empresa de segurança para que ela arque com as responsabilidades.
O G1 esteve na praça no início da tarde e os alimentos não estavam mais lá.
A Prefeitura afirmou que recolheu o material ainda na noite de sábado e “garantiu o acondicionamento adequado, instaurando procedimento de autuação e multa. Os responsáveis pelo evento terão 24 horas para retirar o material e caso não o faça, será dada destinação adequada pela política de segurança alimentar do município”. Disse ainda que os produtores serão autuados pois a administração municipal precisou limpar a praça.
Cerca de 15 mil pessoas estavam presente no evento.
Nota da organização
"Promotor do evento Chá da Alice, realizado nesse sábado, dia 08, na Praça da Estação informa que o abandono dos alimentos arrecadados no evento foi de responsabilidade da empresa Equipe 1 contratada para realizar a limpeza, recolhimento das doações e segurança do local. Em virtude da chuva, a empresa autorizou a saída de seus funcionários sem aviso prévio à organização. Hoje, pela manhã, a Prefeitura de Belo Horizonte, parceira na organização do evento, recolheu os alimentos. "Iremos avaliar a situação dos alimentos e arcar com a troca dos que foram danificados", afirma Produção do Evento. A festa Chá da Alice teve um público de 15 mil pessoas e contou com shows de Pabllo Vittar, Baianas Ozadas e participação de Mari Antunes, vocalista do Babado Novo". Fonte: https://g1.globo.com
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Longa de Petra Costa disputa uma estatueta com dois filmes sobre a guerra síria, uma produção do casal Obama e um longa da Macedônia indicado a melhor filme internacional
O longa documental Democracia em vertigem (The edge of democracy, no título internacional em inglês) pode render ao Brasil, neste domingo, seu primeiro Oscar na categoria Melhor Documentário. Mas o filme da cineasta brasileira Petra Costa, dedicado à crise política que culminou com o impeachment de Dilma Rousseff da presidência, tem adversários fortes na disputa por uma estatueta: há duas produções sírias com narrativas distintas sobre a guerra que há quase dez anos destrói o país; um longa focado sobre o impacto da entrada da indústria chinesa em uma pequena cidade dos EUA (que tem entre os produtores o casal Barack e Michelle Obama); e um documentário que conta com sensibilidade a história de uma apicultora da Macedônia do Norte―filme que concorre também a um Oscar de melhor filme internacional (antes chamado de filme estrangeiro).
A seguir, conheça os quatro adversários de Democracia em vertigem indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Honeyland, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov
A Macedônia do Norte estreou seu nome em 2019 e o fez colocando um de seus filmes nas salas de cinema de todo o planeta. Neste documentário, Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov traçam um paralelo entre as vidas de uma colônia de abelhas afetadas pelo caos do mundo moderno e de sua cuidadora, a apicultora Hatidze, que também vê sua tranquila rotina rural interrompida pela chegada de uma família concorrente que não partilha de seu zelo pela apicultura, conquistou os críticos no mundo todo. No Brasil, Honeyland foi ovacionado durante sua exibição Mostra de Cinema de São Paulo no ano passado.
For Sama, de Waad Al Kateab e Edward Watts
O longa For Sama é o relato pessoal e corajoso da jornalista síria Waad Al Kateab, que o faz como uma espécie de carta visual para a filha Sama, que nasce em Aleppo durante a guerra civil. O documentário, que acompanha a vida da família e a rotina do hospital comandado pelo marido da diretora, o médico Hamsa, chega fortalecido após conquistar o prêmio Bafta (os troféus cinematográficos dados pela Academia de Cinema Britânica) na mesma categoria.
Indústria Americana (American Factory), de Steven Bognar e Julia Reichert
Nesta produção original da Netflix, os diretores Steven Bognar e Julia Reichert debatem as frágeis e voláteis relações trabalhistas norte-americanas a partir da abertura de uma indústria chinesa no pós-crise dos EUA. O que começa otimista com a contratação de 2.000 operários norte-americanos em Ohio, logo evolui para um conflito cultural com a mão-de-obra chinesa. O filme, uma parceria com a Higher Ground (produtora recém-criada pelo ex-presidente Barack Obama e pela ex-primeira-dama Michelle), chega ao Oscar 2020 como favorito nos bolões de apostas a levar a estatueta.
The Cave, Feras Fayyad
Mais um documentário que tem a guerra da síria como foco, desta vez para contar agora a história de um time feminino de médicas que arrisca a vida para salvar as vítimas do conflito sírio, enquanto enfrenta o machismo sistêmico do país. Por ser a segunda vez em que o diretor Feras Fayyad concorre a uma estatueta de melhor documentário ―em 2018, Últimos Homens em Aleppo foi indicado―, o filme produzido pela National Geographic também chega forte à disputa do Oscar 2020. Fonte: https://brasil.elpais.com
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Ministério dos Transportes afirma que a aeronave com 177 passageiros e 6 tripulantes fez um 'pouso forçado'. Segundo o governo, ninguém morreu.
Um avião da companhia Pegasus Airlines saiu da pista ao aterrissar no aeroporto de Sabiha Gokcen, em Istambul, na Turquia, nesta quarta-feira (5). Imagens divulgadas pela imprensa local mostraram a fuselagem do avião, um Boeing 737-800, quebrada em várias partes e os passageiros sendo retirados pelas equipes de emergência.
O Ministério dos Transportes afirma que a aeronave fez um "pouso forçado". Segundo o governo, ninguém morreu — porém, há ao menos 21 feridos.
"Não houve perda de vidas, os passageiros feridos estão sendo retirados do avião e levados para os hospitais", disse o ministro turco dos Transportes, Cahit Turan. O avião levava 177 passageiros e seis tripulantes e havia decolado da cidade da cidade de Izmir, no oeste da Turquia, rumo a Istambul.
A Pegasus Airlines, companhia turca de baixo custo, confirmou por meio das redes sociais que não houve mortes no acidente e que os passageiros feridos foram levados ao hospital.
Após o acidente, as autoridades interromperam as operações no Aeroporto Sabiha Gokcen. Os voos que estavam programados ao local foram desviados.
Aeroporto
O Aeroporto Sabiha Gokcen é o segundo maior de Istambul. Ele foi inaugurado para aliviar o tráfego ao Aeroporto Internacional Ataturk, no começo dos anos 2000. Desde então, o Aeroporto Ataturk foi fechado para voos de passageiros e foi inaugurado o Aeroporto Internacional de Istambul, um dos maiores do mundo. O Sabiha Gokcen, assim, manteve-se como o segundo da cidade.
Fonte: https://g1.globo.com
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Caso ocorreu em Ribeirão Preto, com 596 registros da doença em janeiro; pai diz que houve falha no atendimento
*Cláudia Collucci
Imagine você pai ou mãe de um menino de dez anos. Criança saudável que de repente passa a sentir dor no corpo e febre numa cidade em que os casos de dengue estão em disparada.
Você leva seu filho à unidade básica de saúde uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito vezes, durante quatro dias. O menino recebe soro e analgésico e é liberado para voltar para casa.
Na madrugada do quinto dia, quando o seu filho já está desfalecido, urinando sangue, ele é transferido para uma unidade de emergência. Sofre uma parada cardíaca e morre. Por dengue.
Uma criança de dez anos. Um pai que buscou ajuda no serviço de saúde durante cinco dias seguidos.
O caso é real e aconteceu em Ribeirão Preto. O menino é Denis Bryan Souza, 10. O pai, Michel Rodrigues da Silva.
As declarações do pai à EPTV Ribeirão no último sábado (1) não me saem da cabeça:
"De segunda a quinta eu estava levando ele (ao posto) de madrugada e de dia, todos os dias. Falavam que era diarreia, que dava para tratar em casa. Eles estavam mandando eu voltar para casa com meu filho desfalecido.”
"Na madrugada de quinta para sexta, ele piorou. Nem se levantava, não falava, estava pálido, parecia até que estava morto na cama, aí corri. Na triagem mesmo, a médica viu e mandou passar ele na frente de todo mundo. Falou para socorrer que ele estava morrendo."
"Se tivessem internado meu filho antes, isso com certeza não teria acontecido. Fiquei sem o meu menino."
Mais desesperador do que ouvir o relato de Michel é a nota em que a Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto diz que "até o momento, não verificou nenhuma intercorrência no atendimento."
Ainda não digeri essa resposta dada no dia seguinte à morte de Denis. No mínimo, digam o de sempre: "foi aberta uma sindicância para apurar blá blá blá..."
Pode ser que ao final de uma eventual investigação se descubra que a morte foi inevitável mesmo, que o menino evoluiu rapidamente para um quadro irreversível.
Mas penso que a fala contundente de um pai que perambulou cinco dias seguidos por um serviço de saúde e que neste domingo (2) enterrou o seu filho não pode ser desprezada.
É preciso investigar todas as etapas do atendimento de Denis, do começo ao fim. Escutar os profissionais de saúde, avaliar cada conduta adotada e ouvir o pai, sim. Do contrário, eventuais falhas não serão corrigidas e mais mortes potencialmente evitáveis continuarão ocorrendo.
É a segunda morte por dengue registrada em Ribeirão Preto em 2020. No último dia 15, Maria Gabriela, de oito anos, morreu em circunstâncias bem parecidas, depois de passar duas vezes por uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Dengue hemorrágica.
Até a última sexta (31), Ribeirão tinha registrado 596 casos da doença, um aumento de 134,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram computadas 254 ocorrências em janeiro, segundo a Secretaria de Saúde.
Epidemias de dengue são nossas velhas conhecidas há mais três décadas. Os testes sorológicos estão disponíveis nas unidades de saúde há um tempão, ou pelo menos deveriam estar. Treinamento e capacitação do pessoal de saúde também são feitos aos montes.
Ainda assim, em todas as epidemias ocorrem mortes potencialmente evitáveis, muitas vezes por falhas sistêmicas em serviços públicos e privados de saúde. O que falta para que os sinais da dengue sejam reconhecidos precocemente e tratados de forma correta antes que evoluam para quadros tão críticos e impossíveis de serem revertidos? O que fazer para não perdemos mais vidas como as de Denis e Maria Gabriela?
*Jornalista especializada em saúde, autora de “Quero ser mãe” e “Por que a gravidez não vem?”.
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O caso aconteceu em Sergipe. A companhia aérea suspeitou que a doença da criança fosse contagiosa. Em entrevista à CRESCER, o pai explicou que a filha de 2 anos e 11 meses possui ictiose — uma condição rara que não passa de uma pessoa para outra
SABRINA ONGARATTO
Uma família viveu uma situação bastante constrangedora há pouco mais de uma semana, no aeroporto de Aracajú, em Sergipe. Marcus Vinicius Alexandre Silva, 28 anos, de Girau do Ponciano, tinha acabado de embarcar com a mulher, o pai e a filha de 2 anos e 11 meses em um voo da Gol com destino a São Paulo, quando foram convidados a se retirarem do avião. O motivo alegado pela companhia aérea era de que a menina tivesse uma doença contagiosa.
No entanto, a família estava indo para a capital paulista justamente em busca de tratamento para a pequena que sofre de ictiose — uma condição rara, mas que não passa de uma pessoa para outra. Em entrevista à CRESCER, ele, que está desempregado, contou em detalhes tudo o que aconteceu.
C: O que sua filha tem?
M: Ela nasceu perfeita, mas cerca de quinze dias depois, apareceu uma mancha vermelha ao redor da boca. Na época, a gente achou que fosse da chupeta. Depois de passar por alguns médicos, suspeitaram de dermatite. Ela melhorava e depois a mancha voltava a aparecer, mas nunca tinha ficado da maneira que está hoje. Há cerca de dez dias, ela entrou em uma crise e está com manchas no rosto e no corpo todo que doem, coçam bastante, escamam e dependendo da maneira como pegamos ela, machuca.
C: Foi a primeira vez que voaram com ela? O que vocês pretendiam fazer em São Paulo?
M: Sim, foi a primeira vez que ela voou. Moramos no interior e lá, os hospitais não têm muita estrutura, são mais limitados. Em São Paulo, o suporte é maior e as coisas são mais desenvolvidas. Estávamos desesperados em busca de atendimento para ela.
C: Onde e como vocês foram abordados?
M: Passamos por todo o processo normalmente — check in, raio x e portão de embarque —, ninguém falou nada até estarmos acomodados dentro do avião. Faltando menos de 10 minutos para decolar, fomos abordados por um funcionário da empresa. Ele perguntou se a minha filha estava com catapora, minha esposa disse que não e explicou o que ela tem. Disseram que parecia caxumba, novamente minha esposa explicou que não se tratava disso. Então, uma enfermeira especialista em dermatologia, que já tinha conversado conosco antes do embarque, tentou ajudar, explicando que se tratava de ictiose. Em seguida, veio uma aeromoça perguntando quantas bagagens tínhamos despachado. Minutos depois, outros funcionários vieram e fomos convidados e nos retirarmos do avião para conversar lá fora. Perguntei o motivo e disseram que minha filha tinha uma doença contagiosa. Tentamos explicar que não, a enfermeira também falou e, inclusive, responsabilizou-se por um laudo autorizando minha filha a viajar, mas disseram que ela não tinha competência para isso. Começamos a discutir no avião, minha filha começou a chorar... ficamos nervosos... Nesse meio tempo, um passageiro cobrou do comandante uma decisão. O piloto disse que se não saíssemos por bem, eles acionariam a Polícia Federal. Foi uma confusão e resolvemos sair. Quando descemos, o avião foi embora. Fonte: https://revistacrescer.globo.com
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Apontamentos espirituais do Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
Sábado, 1º de fevereiro-2020. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. www.olharjornalistico.com.br
Ao retornar do nosso Capítulo Provincial em Campos do Jordão, São Paulo, o nosso confrade, Frei Valter Rubens, O. Carm., mesmo antes de chegar em casa recebe um triste telefonema. Seu cunhado, Jobson João Lima da Silva, um policial militar reformado e sua esposa, Ana Angélica Gomes dos Santos, irmã do nosso confrade, foram vítimas de um brutal ato de assalto seguido de morte na famosa e violenta Avenida Brasil, Rio de Janeiro. Até ontem, 31, 14 policiais e agentes da segurança foram vítimas violência e 9 morreram.
Fazendo uma rápida pesquisa nas mídias sociais, nos deparamos com a revolta dos cariocas diante da morte de mais um policial que, infelizmente, entrou para as estatísticas do ano novo.
Óbvio que a revolta, a dor e a insegurança diante de mais uma barbaria contra os agentes de segurança nos assusta. É também óbvio que nós, residentes nesta cidade, convivemos às 24 horas com a morte. E não pense que a violência está apenas na Avenida Brasil ou nas favelas- aqui chamadas de comunidades- não, não! Ela perpassa por todas as classes recheadas de corruptos- verdadeiros assassinos do povo que- em nome da “mudança”, continuam enganando em sucessivas eleições, sem falar nos desvios do dinheiro público quando eleitos.
Nós cristão, anunciamos e vivemos- ou deveríamos viver- a paz, mas às vezes parece que os atos de violência e morte vencem o nosso discurso de respeito e amar a vida. O que fazer? Como enfrentar de cabeça erguida a violência brutal na “cidade maravilhosa”? Bem, acho que, com a morte e apesar da morte, ainda devemos sonhar com este novo dia de paz. Também penso que as eleições deste ano podem – eu disse podem- ser um dos caminhos através da escolha certa e ética na escolha do nosso futuro prefeito.
Força e ESPERANÇA aos familiares e amigos que choram os seus mortos em mais um caso de revolta e dor. E tenho dito!
NOTA: O Velório com a Santa Missa será neste domingo 2, às 14:00h, no Cemitério-Parque Jardim da Saudade de Paciência.
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PM reformado e esposa morrem em tentativa de assalto na Avenida Brasil
Polícia procura por câmeras da região para tentar encontrar criminosos
Rio - Um policial militar reformado, identificado como Jobson João Lima da Silva, 56 anos, e sua companheira, Ana Angélica Gomes dos Santos, foram mortos a tiros em tentativa de assalto na tarde desta sexta-feira na Avenida Brasil, sentido Centro, altura de Bangu.
De acordo com a PM, o casal estava em um veículo quando foi abordado por ocupantes de outro carro, que começaram a atirar. Na ação, Jobson e Ana ficaram feridos e foram socorridos ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas não resistiram aos ferimentos. Jobson entrou na corporação em 1985 e passou para a inatividade em 2012, segundo informou a PM. As vítimas deixam um filho. Ainda não há informações sobre a data e local de enterro de Jobson e Ana Angélica.
Disque Denúncia divulga cartaz
O Portal dos Procurados divulgou, no início da noite desta sexta-feira, um cartaz pedindo informações que possam levar a identificação e prisão dos envolvidos na morte do Sub Tenente Inativo da Polícia Militar do Rio Jobson João Lima da Silva, 56 anos. O agente entrou na corporação em 1985 e passou para a inatividade em 2012.
O casal estava em um veículo, modelo Creta, na cor vermelha, quando foi abordado por criminosos em outro veiculo, que fizeram vários disparos. Com a morte do militar, chega a sete o numero de Agentes de Segurança, assassinados no Rio em 2020. Sendo todos os sete da Policia Militar do Rio de Janeiro.
Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos envolvidos na morte do Sub Ten Inativo/PM Jobson favor denunciar pelos seguintes canais: Whatsapp do Portal dos Procurados (21) 98849-6099; pelo facebook/(inbox), endereço: https://www.facebook.com/procuradosrj/, pelo mesa de atendimento do Disque-Denúncia (21) 2253-1177, ou pelo Aplicativo para celular do Disque Denuncia.
Todas as informações sigilosas sobre o caso serão encaminhadas para Grupo de Ação Conjunta (GAC), formado pela DH e PMERJ, encarregadas do caso e que tem como prioridade prender os envolvidos na morte de Agentes de Segurança Pública no Rio. Fonte: https://odia.ig.com.br
NOTA: O Velório com a Santa Missa será neste domingo 2, às 14:00h, no Cemitério-Parque Jardim da Saudade de Paciência.
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Só nos últimos dias, 30 pessoas perderam a vida no estado. Entre outubro e semana passada, 11 já haviam morrido
Em novo boletim divulgado na noite deste sábado (25), a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) informou que 30 pessoas já morreram em Minas Gerais por conta das chuvas que caíram nos últimos dias. Juntando com as 11 vidas perdidas entre outubro e semana passada, o número de óbitos no estado saltou para 41.
E o número pode aumentar, já que 17 pessoas continuam desaparecidas, conforme a Cedec, todas vítimas das precipitações desta semana. São exatamente 3.531 cidadãos fora de suas casas, sendo 2.620 desalojados e 911 desabrigados. Sete pessoas também se feriram.
De acordo com a Defesa Civil estadual, os números dizem respeito às ocorrências finalizadas até as 18h deste sábado, mesmo dia em que as autoridades encontraram sete corpos em Belo Horizonte e um em Contagem, na Grande BH.
Todos de BH foram achados soterrados no Bairro Jardim Alvorada, na Pampulha, e na Vila Bernadete, no Barreiro. Três crianças e dois adultos morreram depois que barracões deslizaram na Pampulha, por volta das 20h de sexta.
Já no Barreiro, dois corpos, ambos do sexo masculino, já foram resgatados. Outras cinco pessoas ainda estão desaparecidas.
A Defesa Civil informou à imprensa que divulgará boletins duas vezes ao dia: um pela manhã e outro no período da tarde. Fonte: https://www.em.com.br
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Minas tem pelo menos 12 mortos e 16 desaparecidos por causa das chuvas
A região metropolitana de BH foi a mais atingida pelos desastres. Dez pessoas morreram em BH, Betim e Ibirité
As chuvas que atingiram diversas regiões do Minas, nessa sexta-feira (24), deixou pelo menos 12 mortos e 16 pessoas estão desaparecidas no estado. Até o meio da manhã deste sábado, os bombeiros confirmaram quatro mortes em Betim e quatro em Ibirité, ambas na região metropolitana de BH, duas na capital, na região do Barreiro, e uma em Matipó e uma em Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira.
Na Vila Bernadete, no Barreiro, seis casas foram soterradas em um deslizamento de terra, no início da noite dessa sexta-feira (24). Dois corpos já foram encontrados e sete pessoas ainda estão desaparecidas.
Em Betim, outro deslizamento de encosta atingiu duas casas. Em um dos imóveis estavam um casal e uma criança, e na outra casa um homem estava sozinho.
As primeiras mortes registradas ocorreram em Ibirité, na Grande BH, na tarde de sexta-feira, dia de maior índice de chuva já registrado nos últimos 100 anos na Grande BH. Uma mãe, de 25 anos, e seus dois filhos, de 6 meses e 6 anos, e mais uma pessoas de identidade ainda não divulgada morreram soterrados após a casa deles desabarem.
No último balanço divulgados pelo Corpo de Bombeiros, 2.554 pessoas estavam desalojadas e 787 desabrigadas.
Situação de Emergência
Na manhã deste sábado, Zema vai visitar municípios atingidos pelas fortes chuvas e decretar situação de emergência no estado. Fonte: https://www.em.com.br
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AO VIVO-BELO HORIZONTE: 8 mortos e 7 soterrados até agora-9h 32min. (Sábado, 25 de janeiro-2020). www.instagram.com/freipetronio
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Faz algum tempo que eu descobri que não tenho mais que carregar o meu futuro
Deixem-me repetir: um dos mais surpreendentes triunfos de ficar velho (velhice é outra coisa) é descobrir, com um sorriso irônico e um enorme alívio, que não se tem futuro.
Uma analogia batida é imaginar o final de uma viagem de trem quando passamos pelos subúrbios e as zonas mais pobres da cidade e, em seguida, entramos no enxame de gente ansiosa da estação. Neste momento, a viagem termina, não há mais trilho a ser trilhado. Acabar é ficar com um absoluto presente no colo. Um presente que não será mais vivido e transmitido para ninguém.
Faz algum tempo que eu descobri que não tenho mais que carregar o meu futuro. E eu lhes confesso: ele foi pesado, cheio de coisas escondidas e de memórias empoeiradas como é comum acontecer com o reprimido, o ocultado e o aprisionado que imploram livramento.
Quando mencionei isso numa aula, alguns jovens me olharam intrigados, mas nenhum ficou decepcionado. Acho até que alguns me invejaram por terem consciência de que estou mais próximo do fim da linha, mas — e esse ponto é absolutamente fundamental — não finalizei o gosto da viagem. O fim tem uma vantagem: ele torna o presente algo único e precioso. Se para os jovens o futuro demanda múltiplas escolhas imperiosas que podem ou não dar certo — sobretudo com o poderoso preocupar-se com o que se “vai ser”; essa exigência do individualismo que, no caso americano, é muito mais obsessivo do que entre nós —, isso faz com que ele assuma uma tremenda e muitas vezes agoniada proporção.
Nestes tempos globalizados e um tanto sinistros, eu — no papel de pai, avô e professor — sei como é complicado sair da verdadeira prisão de um Brasil no qual a gente só tinha futuro como médico, advogado, engenheiro e oficial das Forças Armadas (com ênfase no oficial) e numa elitista carreira diplomática, para poder ser “alguém”. Hoje, porém, pode-se até ser polícia, dono de bar, motorista e garçom.
Convenhamos que esse naipe de escolhas tornou-se muito amplo e certamente demasiado democrático no contexto de um universo profissional preciso e estruturado para as camadas médias, um leque no qual o futuro invariavelmente deveria repetir o passado.
Quando, nos anos 50, entrei numa Faculdade de Filosofia, um amigo decretou que ia estudar numa escola para mulheres e veados. De lá, disse ele, você sai professor, o que, no Brasil, é pior que ser lixeiro, pois não aprender algo novo, descobrir o que ninguém sabe, é uma dimensão indesejada. Pode-se ser do contra, mas é crime, pecado e tabu falar em alternativas e liberdade. Até hoje pagamos salários de merda aos lixeiros, mas não há verbas previstas para conferências e palestras acadêmicas que, obviamente, não precisam de honorários.
Quando virei um leitor aplicado, disseram-me que poderia enlouquecer, pois é justamente isso que ocorre com quem relativiza costumes estabelecidos e prisões culturais solidamente construídas. Como duvidar ou questionar se o caminho já estava traçado primeiro pelo catolicismo e depois pelo chamado “pensamento crítico”?
Tornei-me, Deus e eu sabemos como, antropólogo social. Um profissional da dúvida que afasta — um investigador do por que gostamos de comer misturando arroz com feijão e o que isso teria a ver com a mestiçagem mascaradora e criadora de hierarquias; pesquisei como os chamados “índios” que andam sem roupa inventam seus mundos. Um conhecido me perguntou se eles não ficavam excitados vendo aquelas mulheres nuas.
Questão tão esdrúxula quanto válida quando descobrimos por que a “política” foi transformada num espaço de enriquecimento e aristocratização, porque não se resiste aos dinheiros públicos que até anteontem, sendo de todos, não seriam de ninguém...
Um dia ouvi num ato falho que, além de louco, era antropófago. Fiquei feliz. Descobri o meu futuro pesquisando sociedades modestas; muito mais pobres do que a pobreza que vive ao nosso lado e é mantida pelo nosso estilo de vida. Encontrei futuros no Museu Nacional, que, não obstante, pegou fogo.
Lamento ver instituições como a Casa de Rui Barbosa serem atingidas. Para mim, elas deveriam ser independentes. Pesquisadores e professores não podem ser funcionários públicos — os papéis não combinam.
Ponto final: sem liberdade, amor e perseverança não há, mesmo velho, nenhum futuro. Aliás, o que está para chegar depende de lucidez intelectual: o verdadeiro livramento. Fonte: https://oglobo.globo.com
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Utensílios de cozinha de vítimas do Holocausto nazista conservados no campo de extermínio de Auschwitz. DANIEL OCHOA DE OLZA
Vozes literárias das testemunhas permitem entrever uma experiência que não há como transmitir, setenta e cinco anos depois da liberação do campo nazista alemão
Elie Wiesel, prêmio Nobel da Paz, sobrevivente de Auschwitz, autor de livros como Noite, Amanhecer e Dia, acabava de voltar de Sarajevo, então sitiada (em 1992) pelas hostes genocidas sérvias. Visitou Madri e falou do longo século XX, no qual a violência parecia não ter fim. Perguntado sobre o campo de extermínio nazista, respondeu: "Ainda não conseguimos abordar este tema. Fica fora de todo entendimento, de toda percepção. Podemos comunicar alguns retalhos, alguns fragmentos, mas não a experiência. O que vivemos ninguém saberá, ninguém entenderá".
Setenta e cinco anos depois da liberação do campo nazista alemão, em 27 de janeiro de 1945, Auschwitz-Birkenau gerou uma enorme produção literária e histórica, milhares de volumes em todas as línguas. Os livros sobre o campo de extermínio podem ser divididos em três categorias. A primeira, a fundamental, os relatos dos que estiveram lá, entre os quais se contam algumas quantas obras-primas, como as de Wiesel, Primo Levi (a trilogia de Auschwitz) e Imre Kertész (Nobel de Literatura, autor de Kaddish por uma Criança Não Nascida). À medida que o século XXI avança e as testemunhas vão desaparecendo, suas palavras ganham maior importância. Dentro desta categoria poderiam ser incluídos também a HQ Maus, de Art Spiegelman, ganhadora do Prêmio Pulitzer, que relata a vida do pai do autor, sobrevivente do campo, e O Diário de Anne Frank, que permite compreender o terror vivido pelos judeus europeus fora dos campos.
Todos esses livros de testemunhas, entre outros, são marcados pelo que Wiesel expressou: reúnem uma experiência impossível de transmitir, impossível de entender, e que, entretanto, está nas suas palavras. Além disso, 80% dos deportados que chegavam a Auschwitz eram enviados imediatamente para as câmaras de gás, e nenhum deles sobreviveu. Não existe, portanto, nenhum testemunho da experiência que mais define o horror de Auschwitz, do centro do extermínio industrial que transforma o Holocausto em um crime sem comparação na história. Sobreviveram, isso sim, alguns poucos sonderkommando, os detentos obrigados pelos nazistas a se ocuparem dos cadáveres. Dois deles deixaram suas lembranças por escrito, as quais, de novo, vão além do compreensível: Shlomo Venezia, em Sonderkommando, e Filip Müller, em Sonderbehandlung: drei Jahre in den Krematorien und Gaskammern von Auschwitz (“tratamento especial: três anos nos crematórios e câmaras de gás de Auschwitz”).
A segunda categoria se centra nos livros de história, os ensaios que tratam de reconstruir o funcionamento do campo baseando-se em depoimentos —de sobreviventes e também de algozes—, bem como em documentos. Destacam-se dois especialmente importantes: Auschwitz— the Nazis & the ‘Final Solution’ (“Auschwitz – os nazistas e a ‘solução final’”), do historiador e cineasta britânico Laurence Rees, e Auschwitz: Geschichte und Nachgeschichte (“Auschwitz: história e posteridade”), da historiadora alemã Sybille Steinbacher. Este último consegue, em 216 páginas de formato pequeno, reunir com inúmeros dados e um rigor implacável e eficaz o horror administrativo do campo. Steinbacher resume em um dado a banalidade do mal: os judeus tinham que pagar os trens que os levavam à morte, um bilhete de terceira classe, com desconto para os menores de 10 anos. As SS obtinham um desconto de grupo para transportes de mais de 1.000 pessoas, e os trens de volta, vazios, eram gratuitos. "Trata-se de um dos detalhes mais horripilantes da organização do assassinato maciço", escreve Steinbacher.
E por último estão os romances, a ficção que Auschwitz gerou, tanta que se converteu em um gênero por si só. Alguns venderam milhões de exemplares em dezenas de idiomas, como O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne, e O Tatuador de Auschwitz, de Heather Morris. Sobre estes dois livros, o Memorial de Auschwitz, que se ocupa da conservação e gestão dos restos do campo de extermínio, patrimônio da Humanidade da Unesco, desaconselhou sua leitura para entender a realidade histórica, devido aos erros factuais contidos. Outro romance, A Bibliotecária de Auschwitz, do espanhol Antonio Iturbe, também foi um sucesso internacional. Trata-se de uma reconstrução rigorosa de fatos reais baseando-se em entrevistas com seu protagonista. Apesar de ser ficção, A Escolha de Sofia, de William Styron, é um grande romance sobre o Holocausto e os trágicos dilemas decorrentes do sistema criado pelos nazistas para desumanizar suas vítimas.
Ao final, frente ao silêncio da poesia previsto pelo filósofo Theodor Adorno, ficam as palavras dos sobreviventes, a viagem ao incompreensível, ao território da morte e a desumanização.
"Jazíamos num mundo de mortos e de larvas. O último rastro de civismo tinha desaparecido ao redor de nós e dentro de nós. É homem quem mata, é homem quem comete ou sofre injustiças; não é homem quem, perdido todo recato, divide cama com um cadáver; quem esperou que seu vizinho terminasse de morrer para lhe tirar um quarto de pão está, embora sem culpa, mais longe do homem pensante que o sádico mais atroz". (Primo Levi, É Isto um Homem?)
"Nosso primeiro gesto como homens livres foi nos lançarmos sobre as provisões. Não pensávamos em outra coisa. Nem na vingança, nem em nossos pais. Só em pão." (Elie Wiesel, Noite)
“Ao final daquele dia senti, pela primeira vez, que algo havia se degradado no meu interior, e a partir daquele dia todas as manhãs eu me levantava com o pensamento de que aquela seria a última manhã em que me levantaria”. (Imre Kertész, Sem Destino). Fonte: https://brasil.elpais.com
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Parabéns ao Frei Eduardo, O. Carm, do Carmo de Brasília. www.instagram.com/freipetronio
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Blocos criticam anúncio em ano eleitoral e exigência de ambulâncias
Júlia BarbonAna Luiza Albuquerque
RIO DE JANEIRO
Em uma jogada de marketing, a prefeitura do Rio de Janeiro decidiu ampliar o período oficial do Carnaval para 50 dias neste ano. A folia começará já neste domingo (12), com um show nas areias de Copacabana, e acabará em 1º de março.
No ano passado, contando o pré e o pós-carnaval, foram 23 dias de folia oficial.
A ideia é aproveitar a estrutura montada para a festa de Réveillon e induzir turistas a permanecer na cidade por mais tempo, aumentando de 1,7 milhão para 1,9 milhão o número de visitantes, como divulgou a gestão Marcelo Crivella nesta quarta (8).
A quantidade de desfiles previstos também voltou a crescer: são 543 cadastrados até agora, ante 498 em 2019 e 608 em 2018. Os chamados megablocos continuarão concentrados no centro da cidade (veja programação ao final), que igualou a zona sul em total de cortejos (133).
Desde o ano passado, a prefeitura carioca vem trocando o bordão de "maior" pelo "melhor" Carnaval do Brasil, com a expansão da festa em outras capitais do país como São Paulo e Belo Horizonte.
Mesmo assim, Marcelo Alves, presidente da Riotur, empresa municipal responsável pelo evento, defende que essa será a maior folia que a cidade já viu. “A ocupação hoteleira está em 70% e chegará a 100%. [...] Mais de R$ 4 bilhões de movimentação econômica”, disse em entrevista coletiva.
Ele ressaltou a complexidade da organização da festa —com vários dias e um público mais jovem e com menos dinheiro do que as famílias que chegam para o Ano Novo— e deu uma alfinetada: "Todo mundo quer Carnaval, mas ninguém quer Carnaval na porta da sua casa".
O pano de fundo do evento é um prefeito com fama de inimigo do Carnaval por ser evangélico —reputação que ele nega. Crivella nunca foi a um desfile na Marquês de Sapucaí e extinguiu as verbas da prefeitura para escolas de samba.
Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação que reúne 12 blocos, incluindo o Simpatia É Quase Amor, vê o anúncio da ampliação do Carnaval como estratégia de um governo que quer se reeleger.
“Tiveram três anos para dar valor ao Carnaval de rua, para cuidar, para ajudar e incentivar. Não fizeram. Agora entram na reta final de um ano eleitoral”, critica ela, ressaltando que o Carnaval do Rio já dura quase dois meses há anos, independente de ser oficial ou não.
No último domingo (5), ao menos 25 blocos fizeram a abertura não-oficial do Carnaval do Rio, juntando milhares de pessoas no centro carioca sem autorização da prefeitura. A organização é feita pela Desliga dos Blocos, movimento “em defesa da liberdade criativa e contra a mercantilização do Carnaval de rua do Rio”.
IMPASSE DOS BLOCOS
As ligas de blocos têm vivido novamente um impasse com exigências que consideram ser de responsabilidade do poder público, que começaram a ser cobradas no ano passado e teriam se intensificado agora.
A principal delas é que os grandes cortejos banquem mais ambulâncias e equipes médicas. Com isso, alguns estão tendo dificuldades em conseguir autorizações obrigatórias do Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, até agora 80 dos cerca de 200 blocos que carecem da licença foram liberados.
“O Simpatia É Quase Amor, por exemplo, vai ter que colocar 6 ambulâncias, 50 maqueiros, 4 médicos e 4 enfermeiros, porque os bombeiros entenderam agora que o posto médico montado em Ipanema pela prefeitura não basta. Ninguém nunca vai conseguir cumprir isso”, diz Fernandes.
As ligas pedem a revisão de decretos estaduais de 2014 e 2016, que submetem os desfiles de Carnaval com trios elétricos ou outras estruturas às mesmas regras de eventos como shows e festivais.
“Não somos megaempresários do show business. Não tem cachê nem fomento”, diz Rodrigo Rezende, presidente da Liga dos Amigos do Zé Pereira, que reúne Orquestra Voadora e Céu na Terra, entre outros. "Se a segurança pública é responsabilidade da PM, por que a saúde pública deve ser responsabilidade do bloco?”, argumenta.
No ano passado ocorreu o mesmo impasse, mas, depois de quase três meses de debate com a prefeitura, a empresa que produz o Carnaval de rua carioca assumiu o ônus, em acordo com o Ministério Público e os Bombeiros.
Outra dificuldade tem sido a exigência de uma autorização da Polícia Militar, que é dada pelos batalhões das áreas dos desfiles, dependendo do entendimento de cada comandante. Em 2019, muitos cortejos tradicionais ameaçaram não sair a menos de dois dias do feriado. Neste ano, porém, a expectativa é que o problema seja resolvido antes.
Convidados, os órgãos estaduais não foram à entrevista coletiva desta quarta (8)
Os bombeiros afirmaram que as regras já estão previstas há tempos na legislação e que as exigências contra incêndio e pânico são estipuladas criteriosamente de acordo com uma série de fatores. Entre eles estão a existência de trio elétrico, o número de pessoas esperadas, a oferta de serviços médicos próximos, a distância de hospitais de referência e a simultaneidade com outros blocos.
A organização do Carnaval do Rio é exclusiva da prefeitura, que neste ano vai disponibilizar 33 mil banheiros, 7 postos médicos, 303 ambulâncias, 858 profissionais de saúde, 475 agentes de trânsito e 1.180 garis. São investidos em média, anualmente, R$ 100 milhões, sendo R$ 16 milhões no sambódromo.
Dentro desse valor está um aporte privado. Desde 2011, a produtora Dream Factory, através da Ambev, ganhou todas as licitações para bancar equipamentos públicos da festa (cerca de R$ 26 milhões por ano) em troca do direito de negociar verbas de patrocínio. O modelo foi criado na gestão de Eduardo Paes (então MDB).
MEGABLOCOS NO RIO
Costumam reunir mais de 200 mil pessoas*
2.fev (domingo) - Lexa
9.fev (domingo) - Carnaval Square (Claudia Leitte)
15.fev (sábado) - Chora Me Liga
16.fev (domingo) - Bloco da Preta
22.fev (sábado) - Bola Preta
25.fev (terça) - Fervo da Ludi
29.fev (sábado) - Poderosas
1º.mar (domingo) – Monobloco. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
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O jovem de 17 anos que se asfixiou após uma brincadeira com amigos, quando foi soterrado no último sábado na areia da Praia de Ponta Negra, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, estava de cabeça para baixo em um buraco de mais de um metro de profundidade. A revelação foi feita pelo estudante João Matheus da Silva Gonçalves, de 22, que passava pelo local e ajudou a resgatar o adolescente. Ele contou que apenas os pés do rapaz podiam ser vistos por quem estava na areia. A vítima precisou ser removida de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, onde está internada no Centro de Tratamento Intensivo.
— Estava indo para casa e uma moça me chamou para ajudar. Quando olhei vi o corpo coberto de areia. Ele estava enviesado só com os pés do lado de fora. O problema é que a cabeça dele ficou no fundo do buraco. Quando conseguimos retirá-lo já estava desacordado. Um bombeiro fez massagens e respiração boca a boca. Fiquei muito assutado com o que vi — disse o estudante.
De acordo com João Matehus, até ser resgatado com auxpilio de uma pá, o adolescente ficou soterrado por um período aproximado de dois a três minutos. Ainda não está esclarecido se o rapaz caiu no buraco em meia a uma brincadeira ou se foi soterrado propositalmente. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o quadro clínico da vítima segue estável. Fonte: https://extra.globo.com
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Chegando no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 7 de janeiro-2020. www.instagram.com/freipetronio
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Queda teria sido por problemas técnicos e aconteceu logo após decolagem
DUBAI | REUTERS e AFP
Um Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines caiu logo após decolar do aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerã, na madrugada desta quarta (8). De acordo com a TV estatal iraniana, todos os passageiros a bordo da aeronave foram mortos.
Informações iniciais apontavam que o avião levava 180 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. Logo depois, o porta-voz da Organização de Aviação Civil do Irã, Reza Jafarzadeh, colocou o número total de pessoas a bordo em 170, enquanto as agências internacionais reforçaram um total de 176 passageiros.
Ainda na madrugada, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski alertou contra a "especulação" sobre a tragédia. "Peço a todos que evitem especulações e versões não verificadas da catástrofe", escreveu em sua página no Facebook. Horas antes, a embaixada ucraniana descartou "a tese de um ataque terrorista" e que o acidente foi devido à "falha de um motor de avião".
O motivo do acidente será investigado pela companhia aérea, pela fabricante Boeing e autoridades da Ucrânia e do Irã. Especulações preliminares apontaram até agora, assim como Zelenski, um problema técnico.
A grande maioria dos passageiros do voo eram estrangeiros, informou o Conselho de Segurança Nacional em Kiev. Apenas onze pessoas, sendo nove tripulantes e dois passageiros, eram cidadãos ucranianos. Os outros passageiros identificados até agora eram de países como Irã (82), Canadá (63), Suíça (10), Reino Unido (4) e Alemanha (3).
Equipes de resgate chegaram a ser enviadas para uma área próxima ao aeroporto, adicionou Jafarzadeh à emissora.
"O avião está pegando fogo, mas nós enviamos equipes... e podemos salvar alguns passageiros", disse a princípio o chefe dos serviços de emergência do Irã, Pirhossein Koulivand. Mais tarde, ele acrescentou: "O fogo é tão forte que não podemos fazer nenhum resgate... temos 22 ambulâncias, quatro ônibus-ambulâncias e um helicóptero no local".
O serviço de rastreamento aéreo FlightRadar24, apontou que o avião que caiu caiu operava o voo PS 752. Consultada, a Boeing disse que a empresa está ciente dos relatos da mídia sobre um acidente de avião no Irã e coleta mais informações. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
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De acordo com o Corpo de Bombeiros, incêndio que destruiu dois apartamentos no bairro da Pompéia foi causado por celular que estava carregando encostado em uma cama.
Por G1 Santos
O incêndio que destruiu dois apartamentos em Santos, no litoral de São Paulo, teria sido causado por um aparelho celular que superaqueceu após ter sido deixado no carregador, segundo o Corpo de Bombeiros. De acordo com a corporação, as causas do incêndio permanecem sendo investigadas pela perícia.
Conforme apurado pelo G1, o acidente aconteceu na última quinta-feira (2). O apartamento, localizado na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no bairro da Pompéia, era destinado à reserva de temporada e foi alugado por um grupo de turistas.
Em relato aos bombeiros, os turistas afirmaram que, antes de sair do imóvel, um deles deixou o celular carregando em cima de uma cama, o que fez com que o aparelho tivesse um superaquecimento.
O Corpo de Bombeiros aponta que, segundo o grupo, o celular gerou um foco de incêndio, fazendo com que o fogo se espalhasse pelo apartamento. As chamas puderam ser vistas da janela de um dos quartos. Os bombeiros, além da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, foram acionados para o local.
Na ocasião, o trânsito chegou a ficar interditado no local e os motoristas foram orientados a retornar pela contramão, sentido à Avenida Senador Pinheiro Machado (Canal 1). O prédio foi evacuado. Fonte: https://g1.globo.com
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Acidente foi entre as cidades de Pimenta Bueno e Vilhena. Chovia no momento da colisão, diz PRF.
Por Renato Barros, G1 RO
Seis pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas após uma colisão frontal entre uma carreta e um ônibus na BR-364, na noite deste sábado (28), entre as cidades de Vilhena (RO) e Pimenta Bueno (RO). Entre os feridos estão seis crianças e duas gestantes.
De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), João Paulo Lobato, no momento do acidente chovia forte na BR-364. O ônibus da empresa Bruna Turismo seguia sentido Porto Velho, com dezenas de passageiros, quando acabou batendo de frente com a carreta que seguia na pista oposta, sentido Vilhena.
Entre as vítimas fatais estão os dois motoristas do ônibus, o motorista do caminhão e a esposa dele, além de uma criança do sexo feminino.
Os 25 feridos foram levados para o Hospital Regional de Vilhena. A polícia ainda não divulgou os nomes de vítimas.
Mobilização no hospital
Várias pessoas estão indo até o Hospital Regional de Vilhena em busca de informações de passageiros do ônibus.
Alguns dos feridos na colisão da BR-364 estão em estado grave. Uma das crianças feridas teve o braço perfurado e já passou por cirurgia.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) diz que mobilizou uma força-tarefa de profissionais de Saúde, que conta com 15 médicos, para atender as vítimas do acidente.
Até a última atualização da reportagem, três pessoas já passaram por cirurgia. Os demais que deram entrada no pronto-socorro, segundo o secretário municipal de Saúde, Afonso Emerick, estão sendo atendidos e não apresentam risco de morte. Fonte: https://g1.globo.com
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