PAPA FRANCISCO CONFIRMA DOM ORLANDO BRANDES ARCEBISPO DE APARECIDA (SP) ATÉ COMPLETAR 80 ANOS
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O Papa Francisco, por meio de uma comunicação divulgada nesta quarta-feira (24) pela nunciatura apostólica no Brasil, confirmou a continuidade de dom Orlando Brandes como arcebispo de Aparecida (SP) por mais três anos.
“A Nunciatura Apostólica no Brasil comunica que o Santo Padre Francisco dispôs que S.E. Dom Orlando Brandes continue no Ministério Pastoral de Arcebispo de Aparecida e Metropolita da Província Eclesiástica homônima até completar 80 anos idade”, diz um trecho do comunicado.
O texto assinado pelo núncio apostólico, dom Giambattista Diquattro, ainda cita as instruções recebidas para informar aos fiéis da arquidiocese de Aparecida sobre a decisão.
Divina providência
Dom Orlando Brandes, de 77 anos, em entrevista exclusiva ao A12, no seminário Santo Afonso, falou sobre o sentimento de continuar à frente da arquidiocese por mais três anos.
“Eu recebo mais essa missão que o Papa Francisco me confiou com gratidão e também com tremor e com muita esperança”, disse.
O arcebispo confidenciou que espera orações dos peregrinos e devotos de Nossa Senhora Aparecida e contou como foi a conversa com o Santo Padre, Papa Francisco, quando o Pontífice fez o pedido para ele continuar na Arquidiocese de Aparecida.
“Eu fui muito claro com o Santo Padre ao falar das minhas limitações de idade e outras limitações, mas eu me coloco à disposição da Igreja, no caso do Papa Francisco, vendo por trás disso a Divina Providência, a vontade de Deus”, falou. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Sexta-feira, 26 de maio-2023. 7ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, pela glorificação do Cristo e pela iluminação do Espírito Santo, abristes para nós as portas da vida eterna. Fazei que, participando de tão grandes bens, nos tornemos mais dedicados a vosso serviço e cresçamos constantemente na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Jo 21,15-19)
15Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. 16Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. 17Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres. 19Por estas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: Segue-me!
3) Reflexão - Jo 21,15-19
Estamos nos últimos dias antes de Pentecostes. Durante a quaresma, a seleção dos evangelhos diários segue a tradição antiga da Igreja. Entre Páscoa e Pentecostes, a preferência é para o evangelho de João. Assim, nestes últimos dois dias antes de Pentecostes, os evangelhos diários trazem os últimos versículos do Evangelho de João. Na próxima segunda feira, quando retomamos o Tempo Comum, retomamos o evangelho de Marcos. Nas semanas do Tempo Comum, a liturgia diária faz leitura contínua do evangelho de Marcos (da 1ª até à 9ª semana comum), de Mateus (da 10º até 21ª semana comum) e de Lucas (da 22ª até 34ª semana comum).
Os evangelhos de hoje e de amanhã trazem o último encontro de Jesus com os discípulos. Foi um reencontro celebrativo, marcado pela ternura e pelo carinho. No fim, Jesus chama Pedro e pergunta três vezes: "Você me ama?" Só depois de ter recebido, por três vezes, a mesma resposta afirmativa, é que Jesus dá a Pedro a missão de tomar conta das ovelhas. Para podermos trabalhar na comunidade Jesus não pergunta se sabemos muita coisa. O que ele pede é que tenhamos muito amor!
João 21,15-17: O amor no centro da missão
Depois de uma noite de pescaria no lago sem pegar nenhum peixe, chegando na praia, os discípulos descobrem que Jesus já tinha preparado uma refeição com pão e peixe assado nas brasas. Todos juntos fizeram uma ceia de confraternização, em cujo centro estava o próprio Senhor Jesus, preparando a Ceia. Terminada a refeição, Jesus chama Pedro e pergunta três vezes: "Você me ama?" Três vezes, porque foi por três vezes que Pedro negou Jesus (Jo 18,17.25-27). Depois de três respostas afirmativas, também Pedro se torna "Discípulo Amado" e recebe a ordem de tomar conta das ovelhas. Jesus não perguntou se Pedro tinha estudado exegese, teologia, moral ou direito canônico. Só perguntou: "Você me ama?" O amor em primeiro lugar. Para as comunidades do Discípulo Amado a força que as sustenta e mantém unidas não é a doutrina, mas sim o amor.
João 21,18-19: A previsão da morte
Jesus diz a Pedro: Eu garanto a você: quando você era mais moço, você colocava o cinto e ia para onde queria. Quando você ficar mais velho, estenderá as suas mãos, e outro colocará o cinto em você e o levará para onde você não quer ir. Ao longo da vida, Pedro e todos nós vamos amadurecendo. A prática do amor irá tomando conta da vida e a pessoa já não será mais dono da própria vida. O serviço de amor aos irmãos e às irmãs tomará conta de tudo e nos conduzirá. Um outro colocará o cinto em você e o levará para onde você não quer ir. Este é o sentido do seguimento. E o evangelista comenta: “Jesus falou isso aludindo ao tipo de morte com que Pedro iria glorificar a Deus”. E Jesus acrescentou: "Siga-me."
O amor em João – Pedro, você me ama? - O Discípulo Amado
A palavra amor é umas das palavras mais usadas por nós, hoje em dia. Por isso mesmo, é uma palavra muito desgastada. Mas era com esta palavra que as comunidades do Discípulo Amado manifestavam a sua identidade e o seu projeto. Amar é antes de tudo uma experiência profunda de relacionamento entre pessoas onde existe uma mistura de sentimentos e valores como alegria, tristeza, sofrimento, crescimento, renúncia, entrega, realização, doação, compromisso, vida, morte etc. Este conjunto todo na Bíblia é resumido por uma única palavra na língua hebraica. Esta palavra é hesed. É uma palavra de difícil tradução para a nossa língua. Nas nossas Bíblias geralmente é traduzida por caridade, misericórdia, fidelidade ou amor. As comunidades do Discípulo Amado procuravam viver esta prática do amor em toda a sua radicalidade. Jesus a revelou em seus encontros com as pessoas com sentimentos de amizade e de ternura, como, por exemplo, no seu relacionamento com a família de Marta em Betânia: “Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro”. Ele chora diante do túmulo de Lázaro (Jo 11,5.33-36). Jesus encarou sempre sua missão como uma manifestação de amor: “tendo amado os seus, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Neste amor Jesus manifesta sua profunda identidade com o Pai (Jo 15,9). Para as comunidades não havia outro mandamento a não ser este: “agir como Jesus agia” (1Jo 2,6). Isto implica em “amar os irmãos”(1Jo 2,7-11; 3,11-24; 2Jo 4-6). Sendo um mandamento tão central na vida da comunidade, os escritos joaninos definem assim o amor: “Nisto conhecemos o Amor: que ele deu a sua vida por nós. Nos também devemos dar as nossas vidas por nossos irmãos e irmãs”. Por isso não devemos “amar só por palavras, mas por ações e verdade”.(1Jo 3,16-17). Quem vive o amor e o manifesta em suas palavras e atitudes torna-se também Discípula Amada, Discípulo Amado.
4) Para confronto pessoal
- Olhe para dentro de você e diga qual o motivo mais profundo que leva você a trabalhar na comunidade? É o amor ou é a preocupação com as ideias?
- A partir das relações que temos entre nós, com Deus e com a natureza, que tipo de comunidade estamos construído?
5) Oração final
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que existe em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e jamais te esqueças de todos os seus benefícios (Sl 102, 1-2).
25 DE MAIO: Santa Maria Madalena de Pazzi- A Santa do Dia.
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O Frei Bruno Secondin, O. Carm- In Memoriam (+ 07/06/2019) - em conferência para a Província Carmelitana de Santo Elias no Retiro anual do mês de julho-2017, fala sobre Santa Maria Madelena de Pazzi, Carmelita.
Terça-feira, 23 de maio-2023. 7ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, fazei que o Espírito Santo, vindo habitar em nossos corações, nos torne um templo da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Jo 17,1-11a)
1Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; 2e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. 3Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. 4Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. 5Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado. 6Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra. 7Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti. 8Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste. 9Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. 11Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti.
3) Reflexão - Jo 17,1-11a
Nos evangelhos de hoje, de amanhã e de depois de amanhã, vamos meditar as palavras que Jesus dirigiu ao Pai no momento da despedida. João conservou estas palavras e as colocou como pronunciadas por Jesus durante o último encontro de Jesus com seus discípulos. É o Testamento de Jesus em forma de prece, também chamada Oração Sacerdotal (Jo 17,1-26).
O capítulo 17 do evangelho de João é o final de uma longa reflexão de Jesus, iniciada no capítulo 15, sobre a sua missão no mundo. As comunidades conservaram estas reflexões para poderem entender melhor o momento difícil que elas mesmas estavam atravessando: tribulação, abandono, dúvidas, perseguição. A longa reflexão termina com a oração de Jesus pelas comunidades. Nela transparecem os sentimentos e as preocupações que, conforme o evangelista, estavam em Jesus no momento de ele sair deste mundo para o Pai. É com estes sentimentos e com esta preocupação que Jesus está agora diante do Pai, intercedendo por nós. Por isso, a Oração Sacerdotal é também o Testamento de Jesus. Muita gente, no momento de se despedir para sempre, deixa alguma mensagem. Todo mundo guarda palavras importantes do pai e da mãe, sobretudo quando são dos últimos momentos da vida. Preservar estas palavras é como preservar as pessoas. É uma forma de saudade.
O capítulo 17 é um texto diferente. É mais de amizade do que de raciocínio. Para captar bem todo o seu sentido, não basta a reflexão da cabeça, da razão. Este texto deve ser meditado e acolhido também no coração. É um texto não tanto para ser discutido mas sim para ser meditado e ruminado. Por isso, você não se preocupe se não entender logo tudo. O texto exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente deve ler, meditar, pensar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz com um doce gostoso na boca. Vai virando e virando, até se gastar todo. Por isso, feche os olhos, faça silêncio dentro de você e escute Jesus falando para você, transmitindo no Testamento sua maior preocupação, sua última vontade. Procure descobrir qual o ponto em que Jesus insiste mais e que ele considera o mais importante.
João 17,1-3: Chegou a hora!
“Pai, chegou a hora!" É a hora longamente esperada (Jo 2,4; 7,30; 8,20; 12,23.27; 13,1; 16,32). É o momento da glorificação que se fará através da paixão, morte e ressurreição. Chegando ao fim da sua missão, Jesus olha para trás e faz uma revisão. Nesta prece, ele vai expressar o sentimento mais íntimo do seu coração e a descoberta mais profunda da sua alma: a presença do Pai em sua vida.
João 17,4-8: Pai, reconheceram que vim de Ti!
Revendo sua vida, Jesus se vê a si mesmo como a manifestação do Pai para os amigos e as amigas que o Pai lhe deu. Jesus não viveu para si. Viveu, para que todos pudessem ter um lampejo da bondade e do amor que estão encerrados no Nome de Deus que é Abba, Pai.
João 17,9-11a: Tudo que é meu é teu, tudo que é teu é meu!
No momento de deixar o mundo, Jesus expõe ao Pai a sua preocupação e reza pelos amigos e amigas que ele deixa para trás. Eles continuam no mundo, mas não são do mundo. São de Jesus, são de Deus, são sinais de Deus e de Jesus neste mundo. Jesus está preocupado com as pessoas que ficam, e reza por elas.
4) Para confronto pessoal
1) Quais as palavras de pessoas queridas que você guarda com carinho e que orientam a sua vida? Caso você fosse embora, qual a mensagem que você deixaria para sua família e para a comunidade?
2) Qual a frase do Testamento de Jesus que mais me tocou? Por que?
5) Oração final
Bendito seja o Senhor todos os dias; Deus, nossa salvação, leva nossos fardos: nosso Deus é um Deus que salva, da morte nos livra o Senhor Deus (Sl 67, 20-21).
Segunda-feira, 22 de maio-2023. 7ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Nós vos pedimos, ó Deus, que venha a nós a força do Espírito Santo, para que realizemos fielmente a vossa vontade e a manifestemos por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Jo 16, 29-33)
29Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que agora falas claramente e a tua linguagem já não é figurada e obscura. 30Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém te pergunte. Por isso, cremos que saíste de Deus. 31Jesus replicou-lhes: Credes agora!... 32Eis que vem a hora, e ela já veio, em que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas não estou só, porque o Pai está comigo. 33Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.
3) Reflexão - Jo 16,29-33
O contexto do evangelho de hoje continua sendo o ambiente da Última Ceia, ambiente de confraternização e de despedida, de tristeza e de expectativa, no qual se reflete a situação das comunidades da Ásia Menor do fim do primeiro século. Para poder entender bem os evangelhos, não podemos nunca esquecer que eles não relatam as palavras de Jesus como se fossem gravadas num CD para transmiti-las literalmente. Os Evangelhos são escritos pastorais que procuram encarnar e atualizar as palavras de Jesus nas novas situações em que se encontravam as comunidades na segunda metade do primeiro século na Galiléia (Mateus), na Grécia (Lucas), na Itália (Marcos) e na Ásia Menor (João). No evangelho de João, as palavras e as perguntas dos discípulos não são só dos discípulos, mas nelas transparecem também as perguntas e os problemas das comunidades. São espelhos, nos quais as comunidades, tanto as daquele tempo como as de hoje, se reconhecem com suas tristezas e angústias, com suas alegrias e esperanças. Elas encontram luz e força nas respostas de Jesus.
João 16,29-30: Agora estás falando claramente
Jesus tinha dito aos discípulos: O próprio Pai ama vocês, porque vocês me amaram e acreditaram que eu saí de junto de Deus. Eu saí de junto do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai (Jo 16,27-28). Ouvindo esta afirmação de Jesus, os discípulos respondem: Agora estás falando claramente e sem comparações. Agora sabemos que tu sabes todas as coisas, e que é inútil alguém te fazer perguntas. Agora sim, acreditamos que saíste de junto de Deus". Os discípulos acham que entenderam tudo. Sim, realmente, eles captaram uma luz verdadeira para clarear seus problemas. Mas era uma luz ainda muito pequena. Captaram a semente, mas por ora não conhecem a árvore. A luz ou a semente era a intuição básica da fé de que Jesus é para nós a revelação de Deus como Pai: Agora sim, acreditamos que saíste de junto de Deus. Mas isto era apenas o começo, a semente. Jesus, ele mesmo, era e continua sendo a grande parábola ou revelação de Deus para nós. Nele Deus chega até nós e se revela. Mas Deus não cabe em nossos esquemas. Ultrapassa tudo, desarruma nossos esquemas e traz surpresas inesperadas que, por vezes, são muito dolorosas.
João 16,31-32: Vocês me deixam só, mas não estou só. O Pai está comigo
Jesus pergunta: "Agora vocês acreditam? Ele conhece seus discípulos. Sabe que falta muito para a compreensão total do mistério de Deus e da Boa Nova de Deus. Sabe que, apesar da boa vontade e apesar da luz que acabaram de receber naquele momento, eles ainda deviam enfrentar a surpresa inesperada e dolorosa da Paixão e Morte de Jesus. A pequena luz que captaram não bastava para vencer a escuridão da crise: Vem a hora, e já chegou, em que vocês se espalharão, cada um para o seu lado, e me deixarão sozinho. Mas eu não estou sozinho, pois o Pai está comigo. Esta é a fonte da certeza de Jesus e, através de Jesus, esta é e será a fonte da certeza de todos nós: O Pai está comigo! Quando Moisés foi enviado para a missão de libertar o povo da opressão do Egito, ele recebeu esta certeza: “Vai! Estou com você!” (Ex 3,12). A certeza da presença libertadora de Deus está expressa no nome que Deus assumiu na hora de iniciar o Êxodo e de libertar o seu povo: JHWH, Deus conosco: Este é o meu nome para sempre (Ex 3,15). Nome que ocorre mais de seis mil vezes só no Antigo Testamento.
João 16,33: Coragem! Venci o mundo!
E vem agora a última frase de Jesus que antecipa a vitória e que será fonte de paz e de resistência tanto para os discípulos e discípulas daquele tempo como para todos nós, até hoje: Eu disse essas coisas, para que vocês tenham a minha paz. Neste mundo vocês terão aflições, mas tenham coragem; eu venci o mundo. “Com seu sacrifício por amor, Jesus vence o mundo e o Satanás. Seus discípulos são chamados a participar da luta e da vitória. Sentir o ânimo que ele infunde já é ganhar uma batalha” (L.A.Schokel).
4) Para confronto pessoal
1) Uma pequena luz ajudou os discípulos a dar um passo, mas não iluminou o caminho todo. Você já teve uma experiência assim na sua vida?
2) Coragem! Eu venci o mundo! Esta frase de Jesus já te ajudou alguma vez em sua vida?
5) Oração final
Protege-me, ó Deus: em ti me refúgio. Eu digo ao Senhor: “És tu o meu Senhor, fora de ti não tenho bem algum”. O Senhor é a minha parte da herança e meu cálice: Nas tuas mãos está a minha vida (Sl 15).
Papa Francisco interrompe audiência para atender celular e deixa multidão esperando
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Público aguardou por mais de um minuto até que pontífice desse continuidade a encontro semanal
Papa Francisco fala ao telefone durante audiência semanal na praça São Pedro, no Vaticano - Andreas Solaro/AFP
VATICANO | REUTERS
O papa Francisco interrompeu sua audiência semanal no Vaticano nesta quarta-feira (17) para atender a uma ligação, deixando a multidão que o assistia na praça São Pedro à sua espera por mais de um minuto.
O celular aparentemente tocou no momento em que um homem prestes a fazer uma leitura subiu em um pódio para iniciá-la. Um assistente então gesticulou para o homem esperar e deu o celular a Francisco.
Segundo a transmissão do evento no Vaticano, o único som que podia ser ouvido durante a interrupção era o de gaivotas que sobrevoavam a praça. Enquanto isso, as câmeras tiravam seu foco do papa para se voltar para o público. A assessoria de imprensa do Vaticano em geral não comenta diálogos privados do papa e não respondeu às perguntas feitas pela agência de notícias Reuters sobre a ligação.
Esta não é a primeira vez em que um incidente do tipo acontece com o argentino de 86 anos —que, no entanto, já fez declarações críticas a celulares no passado, alertando fiéis católicos para tomar cuidado com o vício em dispositivos. Em ao menos duas ocasiões em 2021, Francisco pediu licença para atender a ligações ao final da audiência, momento em que outros clérigos se enfileiram para cumprimentá-lo.
Recentemente, o papa também foi alvo da tecnologia —imagens geradas por inteligência artificial que o colocaram em contextos improváveis, como numa boate, virando uma mesa, ou vestindo uma jaqueta inspirada na marca Balenciaga, viralizaram. Uma análise do New York Times indicou que as imagens tiveram mais visualizações, curtidas e comentários do que muitas outras sintetizadas por computadores. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Quarta-feira, 17 de maio-2023. 6ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, ao celebrarmos solenemente a ressurreição do vosso Filho, concedei que nos alegremos com todos os santos, quando ele vier na sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 16,12-15)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12"Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu".
3) Reflexão - Jo 16,12-15
Nestas semanas do tempo pascal, os evangelhos diários são quase todos tirados dos capítulos 12 a 17 de João. Isto revela algo a respeito da origem e do destino destes capítulos. Eles refletem não só o que aconteceu antes da paixão e morte de Jesus, mas também e sobretudo a vivência da fé das primeiras comunidades depois da ressurreição. Refletem a fé pascal que as animava.
João 16,12: Ainda tenho muita coisa para dizer
O evangelho de hoje começa com esta frase: "Ainda tenho muitas coisas para dizer, mas agora vocês não seriam capazes de suportar”. Nestas palavras de Jesus transparecem duas coisas: o ambiente de despedida que marcava a última ceia, e a preocupação de Jesus, o irmão mais velho, com seus irmãos mais novos que em breve ficariam sem a sua presença. O tempo que restava era pouco. Em breve Jesus iria ser preso. A obra iniciada ainda estava incompleta. Os discípulos estavam apenas no início do aprendizado. Três anos é muito pouco para alguém mudar de vida e começar a viver e pensar a partir de uma nova imagem de Deus. A formação deles não estava terminada. Faltava muito, e Jesus ainda tinha muita coisa para ensinar e transmitir. Mas ele conhece seus discípulos. Eles não são dos mais inteligentes. Nem suportariam conhecer desde já todas as implicações e conseqüências do discipulado. Ficariam desanimados. Não seriam capazes de suporta-lo.
João 16,13-15: O Espírito Santo dará a sua ajuda
“Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade, porque o Espírito não falará em seu próprio nome, mas dirá o que escutou e anunciará para vocês as coisas que vão acontecer. O Espírito da Verdade manifestará a minha glória, porque ele vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês”. Esta afirmação de Jesus reflete a experiência das primeiras comunidades. Na medida em que iam imitando Jesus, tentando interpretar e aplicar a Palavra dele nas várias circunstâncias de suas vidas, experimentavam a presença e a luz do Espírito. E isto acontece até hoje nas comunidades que procuram encarnar a palavra de Jesus em suas vidas. A raiz desta experiência são as palavras de Jesus: “Tudo o que pertence ao Pai, é meu também. Por isso é que eu disse: o Espírito vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês”.
A ação do Espírito Santo no Evangelho de João.
João usa muitas imagens e símbolos para significar a ação do Espírito. Como na criação (Gn 1,1), assim o Espírito desceu sobre Jesus "como uma pomba, vinda do céu" (Jo 1,32). É o começo da nova criação! Jesus fala as palavras de Deus e nos comunica o Espírito sem medida (Jo 3,34). Suas palavras são Espírito e Vida (Jo 6,63). Quando Jesus se despediu, ele disse que ia enviar um outro consolador, um outro defensor, para ficar conosco. É o Espírito Santo (Jo 14,16-17). Através da sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito para nós. Através do batismo todos nós recebemos este mesmo Espírito de Jesus (Jo 1,33). Quando apareceu aos apóstolos, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo!" (Jo 20,22). O Espírito é como água que jorra de dentro das pessoas que crêem em Jesus (Jo 7,37-39; 4,14). O primeiro efeito da ação do Espírito em nós é a reconciliação: "Aqueles a quem vocês perdoarem os pecados serão perdoados; aqueles aos quais retiverem, serão retidos" (Jo 20,23). O Espírito que Jesus nos comunica tem ação múltipla: consola e defende (Jo 14,16), comunica a verdade (Jo 14,17; 16,13), faz lembrar o que Jesus ensinou (Jo 14,26); dará testemunho de Jesus (Jo 15,26); manifesta a glória de Jesus (Jo 16,14); desmascara o mundo (Jo 16,8). O Espírito nos é dado para que possamos entender o significado pleno das palavras de Jesus (Jo 14,26; 16,12-13). Animados pelo Espírito de Jesus podemos adorar a Deus em qualquer lugar (Jo 4,23-24). Aqui se realiza a liberdade do Espírito de que fala São Paulo: "Onde há o Espírito do Senhor, aí está a liberdade", (2Cor 3,17).
4) Para confronto pessoal
1) Como vivo a minha adesão a Jesus: sozinho ou em comunidade?
2) Minha participação na comunidade já me levou alguma vez a experimentar a luz e a força do Espírito Santo?
5) Oração final
Só o nome do Senhor é excelso. Sua majestade transcende a terra e o céu.
Conferiu a seu povo um grande poder. Louvem-no todos os seus fiéis (Sl 148, 13-14).
SINODALIDADE: O QUE É?
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Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Salvador (BA)
O tema da “sinodalidade” é de profunda atualidade, adquirindo especial importância desde o Vaticano II, principalmente no pontificado do Papa Francisco. Ele ofereceu uma reflexão teológica profunda e desafiadora sobre a sinodalidade da Igreja, aos 17 de outubro de 2015, na comemoração dos 50 anos da instituição do Sínodo dos Bispos, afirmando que “o caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio”.
Para compreender bem a sinodalidade, é preciso considerar também outro termo de grande sentido eclesiológico e igualmente importante, a colegialidade. A colegialidade é exercida pelos bispos unidos ao Papa; portanto, é episcopal. Refere-se ao “colégio episcopal” ou “corpo episcopal”. São instrumentos valiosos para o exercício da colegialidade na Igreja os Concílios Ecumênicos, como sua máxima expressão, o Sínodo dos Bispos e as Conferências Episcopais.
A sinodalidade vai além da colegialidade e não se reduz ao Sínodo dos Bispos. Há diversos níveis de exercício da sinodalidade na Igreja. O primeiro realiza-se nas Igrejas particulares, com os seus vários organismos de comunhão. No segundo, estão as Províncias Eclesiásticas e as Conferências Episcopais. O terceiro nível é o da Igreja universal, com o Sínodo dos Bispos. “O Sínodo dos Bispos, representando o episcopado católico, torna-se expressão da colegialidade episcopal dentro duma Igreja toda sinodal”, afirma Francisco. Dentre as iniciativas tomadas por ele para tornar mais efetiva a sinodalidade, está a ampliação da consulta na fase preparatória da Assembleia Sinodal, como corre atualmente, assim como uma maior participação na sua realização, valorizando o “sensus fidei”.
De acordo com seu sentido etimológico, o termo grego “sínodo” significa “caminhar juntos”. A sinodalidade expressa a participação e a comunhão em vista da missão. A unidade, a variedade e a universalidade do Povo de Deus se manifestam no caminho sinodal. Entretanto, o Papa alerta que o conceito de sínodo é “fácil de exprimir em palavras, mas não de ser colocado em prática”.
A sinodalidade não é uma questão restrita a organização ou funcionamento eclesial, mas pertence à própria natureza da Igreja, isto é, possui fundamentação teológica. O horizonte da sinodalidade é eclesiológico, espiritual, e não funcional. Para uma justa compreensão da sinodalidade, é importante retomar a eclesiologia do Concílio Vaticano II que apresenta a Igreja como “mistério”, sinal e instrumento de comunhão, e como “Povo de Deus”, no qual há diversidade de vocações e ministérios, mas “reina entre todos verdadeira igualdade quanto à dignidade e ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo” (Lumen Gentium 32). Trata-se de uma Igreja servidora, ministerial, na qual a autoridade se exprime como serviço e o próprio Sucessor de Pedro se apresenta como “servo dos servos de Deus”.
*Artigo publicado no jornal Correio, em 31 de maio de 2021. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Segunda-feira, 15 de maio-2023. 6ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Concedei-nos, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 15,26-16,4)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15,26"Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora".
3) Reflexão - Jo 15,26-16,4
Nos capítulos 15 a 17 do Evangelho de João, o horizonte se amplia para além do momento histórico da Ceia. Jesus reza ao Pai “não só por estes mas também por aqueles que vão acreditar em mim por causa da palavra deles” (Jo 17,20). Nestes capítulos, é constante a alusão à ação do Espírito na vida das comunidades depois da Páscoa.
João 15,26-27: A ação do Espírito Santo na vida das comunidades
A primeira coisa que o Espírito faz é dar testemunho de Jesus: “Ele dará testemunho de mim”. O Espírito não é um ser espiritual sem definição. Não! Ele é o Espírito da verdade que vem do Pai, será enviado pelo próprio Jesus e nos introduzirá na verdade plena (Jo 16,13). A verdade plena é o próprio Jesus: “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida!” (Jo 14,6). No fim do primeiro século, havia alguns cristãos de tal modo fascinados pela ação do Espírito que já não olhavam para Jesus. Afirmavam que agora, depois da ressurreição, já não era preciso fixar-se em Jesus de Nazaré, aquele “que veio na carne”. Dispensavam Jesus e ficavam só com o Espírito. Diziam: “Anátema seja Jesus!” (1Cor 12,3). O Evangelho de João toma posição e não permite separar a ação do Espírito da memória de Jesus de Nazaré. O Espírito Santo não pode ser isolado como uma grandeza independente, separada do mistério da encarnação. O Espírito Santo está inseparavelmente unido ao Pai e a Jesus. É o Espírito de Jesus que o Pai nos envia, aquele mesmo Espírito que Jesus nos conquistou pela sua morte e ressurreição. E nós, recebendo este Espírito no batismo, devemos ser o prolongamento de Jesus: “E vós também dareis testemunho!” Não podemos esquecer nunca que foi precisamente na véspera da sua morte que Jesus nos prometeu o Espírito. Foi no momento em que ele se entregava pelos irmãos. Hoje em dia, o movimento carismático insiste na ação do Espírito, e faz muito bem. Deve insistir cada vez mais. Mas deveria ter a mesma insistência para afirmar que se trata do Espírito de Jesus de Nazaré que, por amor aos pobres e marginalizados, foi perseguido, preso e condenado à morte e que, por isso mesmo, nos prometeu o seu Espírito, para que nós, depois da sua morte, continuássemos a sua ação e fôssemos para a humanidade a mesma revelação do amor preferencial do Pai pelos pobres e oprimidos.
João 16,1-2: Não ter medo
O evangelho adverte que ser fiel a este Jesus vai trazer dificuldades. Os discípulos vão ser expulsos da sinagoga. Vão ser condenados à morte. Com eles vai acontecer o mesmo que aconteceu com Jesus. Por isso mesmo, no fim do primeiro século, havia pessoas que, para evitar a perseguição, diluíam a mensagem de Jesus transformando-a numa mensagem gnóstica, vaga, sem definição, que não contrastava com a ideologia do império. A estes se aplica o que Paulo dizia: “Eles têm medo da cruz de Cristo” (Gl 6,12). E o próprio João, na sua carta, dirá a respeito deles: “Há muitos impostores espalhados pelo mundo, que não querem reconhecer que Jesus Cristo veio na carne (se fez homem). Quem assim procede é impostor e Anticristo” (2Jo 1,7). A mesma preocupação transparece na exigência de Tomé: "Se eu não vir a marca dos pregos nas mãos de Jesus, se eu não colocar o meu dedo na marca dos pregos, e se eu não colocar a minha mão no lado dele, eu não acreditarei." (Jo 20,25) O Cristo ressuscitado que nos prometeu o dom do Espírito é Jesus de Nazaré que continua até hoje com os sinais da tortura e da cruz no seu corpo ressuscitado.
João 16,3-4: Não sabem o que fazem
Tudo isso acontece “porque não reconhecem o Pai nem a mim”. Estas pessoas não têm a imagem correta de Deus. Têm uma imagem vaga de Deus na cabeça e no coração. O Deus deles já não é o Pai de Jesus Cristo que congrega todos na unidade e na fraternidade. No fundo, é o mesmo motivo que levou Jesus a dizer: “Pai, perdoa, eles não sabem o que estão fazendo’ (Lc 23,34). Jesus foi condenado pelas autoridades religiosas porque, de acordo com o pensamento deles, ele teria uma falsa imagem de Deus. Nas palavras de Jesus não transparece ódio nem vingança, mas compaixão: são irmãos ignorantes que não sabem nada do nosso Pai.
4) Para confronto pessoal
1) O mistério da Trindade está presente nas afirmações de Jesus, não como uma verdade teórica, mas como expressão do compromisso do cristão com a missão de Jesus. Como vivo em minha vida este mistério central da nossa fé?
2) Como vivo a ação do Espírito na minha vida?
5) Oração final
Cantai ao Senhor um cântico novo, ressoe o seu louvor na assembleia dos fiéis. Alegre-se Israel em seu criador, exultem em seu rei os filhos de Sião (Sl 149, 1-2).
Dom Orani Tempesta é vítima de assalto na Avenida Brasil; bandidos levam carro e pertences do religioso
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Veiculo do arcebispo do Rio foi levado na altura de Barros Filho, Zona Norte do Rio
Dom Orani Tempesta sofre tentativa de roubo Reprodução
Por O Globo — Rio de Janeiro
O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, foi vítima de bandidos na Avenida Brasil, na noite da última sexta-feira. O assalto aconteceu na altura de Barros Filho, Zona Norte do Rio, e suspeitos levaram o veículo do religioso, além de pertences.
Dom Orani estava em companhia do motorista e voltava do Bangu, na Zona Oeste, onde foi rezar o "Terço pela paz". O carro em que o religioso estava foi abordado por volta das 22h. Os bandidos levaram celular, roupa de missa, paramentos, anel episcopal e livros, além do carro.
O religioso e o motorista foram deixados a pé na pista e foram socorridos por um casal que passava e deu carona aos dois, além de emprestar um telefone celular para que o arcebispo ligasse para casa. Os dois nada sofreram. O caso está sendo investigado pela 40ª DP (Honório Gurgel).
Em vídeo divulgado neste sábado, ele agradeceu ao casal que desviou do próprio trajeto e o deixou em casa: "Quero também agradecer ao casal de namorados que desviou do seu trajeto para me trazer até em casa, com toda gentileza, toda disponibilidade e todo carinho. No meio de tantas situações difíceis, nós ainda encontramos pessoas muito boas, fraternas e com o coração aberto", disse o religioso.
O veículo possui uma chave que não precisa ficar na ignição e permaneceu no bolso do motorista. Por isso a polícia acredita que os bandidos não tenham conseguido ir longe com o carro.
Essa não é a primeira vez que Dom Orani é vítima da violência no Rio. O arcebispo já esteve na mira de bandidos pelo menos três vezes nos últimos seis anos.
Entre os casos mais recentes está o de 2015, muito semelhante ao dessa sexta-feira. Na ocasião, o carro em que ele estava, um Kia Sorento preto foi levado por bandidos na Rua Goiás, em Quintino. O arcebispo também voltava de um compromisso religioso.
Com o veículos foram levados pertences do cardeal, como roupas, livros e uma bíblia. Celulares e um crucifixo de prata junto a um cordão que havia sido dado de presente pelo Papa João Paulo II também foram levados, na época.
O carro, assim como parte dos pertences foram localizados dias depois na Rua Mabucaba, perto da favela Mundial, em Coelho Neto, na Zona Norte. Os criminosos eram menores.
Segundo a assessoria da Arquidiocese, o arcebispo passa bem, depois desse último ataque. O religioso manteve sua agenda normal de celebrações para esse sábado.
Veja o que disse a PM:
"Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que uma equipe do Batalhão de Vias Expressas deslocaram-se até a Av. Brasil, altura de Barros Filho, onde homens armados roubaram o veículo, na madrugada deste sábado (13/05). A vítima ficou ilesa e ainda não registrou o caso em delegacia", afirmou a PM.
Confira a nota da Arquidiocese:
"Na noite de ontem, 12/05/2023, por volta das 22h30, ao retornar do Terço pela paz em Bangú, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, sofreu um assalto na Avenida Brasil, na altura de Barros Filho, sentido Centro da cidade. Foram levados os celulares do arcebispo e do motorista, anel episcopal, paramentos (roupas de missa), báculo (cajado), livros, relógios e o próprio carro. Dom Orani e o Motorista, foram socorridos por um casal que passava pela avenida e os levaram até a residência do arcebispo. Além disso emprestaram o telefone celular, para que Dom Orani ligasse para casa. Tanto o arcebispo, quanto o Motorista, não sofreram nenhum ferimento. Dom Orani está seguindo normalmente com sua agenda." Fonte: https://oglobo.globo.com
MARIA, MÃE DE DEUS E DA IGREJA
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Dom José Gislon
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! O mês de maio, dedicado à Mãe de Jesus, nos traz presente, com maior intensidade, a participação e a importância da mulher no projeto criador e redentor de Deus nosso Pai. Mas seria uma omissão de nossa parte, como Igreja, comunidade de fé, vivermos este mês sem manifestar gratidão a Deus pela presença materna de Maria no projeto de amor do Pai e na vida da Igreja. Ela foi mãe, servidora e fiel discípula de Jesus. Por isso, este mês é tempo propício também para refletirmos e reconhecermos “a dignidade da mulher e a sua indispensável contribuição na Igreja e na sociedade, ampliando sua presença, especialmente na formação e nos espaços decisórios”, como nos lembra o documento 105 da CNBB, sobre os cristãos leigos e leigas.
A participação da mulher sempre esteve presente no projeto de amor de Deus, e a sua atuação na missão e na vida da Igreja ajudou a tornar mais visível o amor do Pai, manifestando sua ternura divina e humana na vida das pessoas, nas famílias e em tantas realidades de abandono, de violência e de dor, muitas vezes desconhecidas ou ignoradas por muitos de nós.
A Igreja, que é mãe e mestra, vive de Cristo. Por isso, Jesus Cristo é a fonte de tudo o que a Igreja é e de tudo o que ela crê (DV, n.8). Em sua ação evangelizadora, a Igreja tem o compromisso de fazer resplandecer o rosto paterno e materno do Criador. Ela está a serviço do Reino de Deus, por isso ela não comunica a si mesma, mas o Evangelho, a palavra e a presença transformadora de Jesus Cristo, na realidade em que se encontra, sem deixar de ser mãe, que acolhe os filhos, e mestra, que cultiva e ensina os valores do Evangelho. Nesse processo de evangelização, os batizados precisam também percorrer um caminho de iniciação cristã, de crescimento na fé, para fazerem a experiência do encontro transformador com Jesus Cristo. Do encontro e da comunhão com o Mestre Jesus, nasce, alimenta-se e se fortalece a vida de fé do discípulo e missionário do Reino.
Imbuídos de atitudes de gratuidade, que expressam e manifestam o amor de Jesus pela humanidade, os discípulos missionários promovem justiça, paz, reconciliação e fraternidade. Desse modo, oferecem à sociedade atual o testemunho de perdão e da reconciliação, são promotores e semeadores da paz. A reconciliação, que busca implantar e desenvolver uma cultura da paz, pode tornar possível a superação de toda divisão, que nos afasta de Deus e nos separa uns dos outros. Diante de graves situações que fazem os irmãos sofrerem, os discípulos se enchem de compaixão, clamam por justiça e paz e sabem que só se vence o mal com o bem.
Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco recorda que: “Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ele” (EG n. 183). Fonte: https://www.cnbb.org.br
Domingo 14: Dia das Mães- Um Olhar
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MATERNIDADE – MISSÃO E VOCAÇÃO
Dom Carlos José
Bispo da Diocese de Apucarana – Paraná
“Filho, eis aí tua mãe!” (Jo 19,27)
Amor de Mãe é inexplicável! Mães que geram; que adotam; mães que criam seus netos; que cuidam dos filhos das outras mães para que essas possam ganhar o sustento da família; mães que se tornam mães de suas mães, quando a velhice chega; mães solteiras, viúvas ou abandonadas à própria sorte, incompreendidas ou ignoradas pelos seus filhos; mães que catequizam e mulheres de vida religiosa, consagradas ao Senhor que, na doação de si mesmas, se tornam mães de tantos órfãos ou abandonados pelos seus familiares. Descrevê-las ou defini-las chega a ser impossível, pois, sabemos que mãe é mãe e pronto, diferentes e iguais ao mesmo tempo.
O primeiro amor de um filho é a mãe e o último amor de uma mãe é sempre o filho, mesmo que, na velhice, já não o reconheça ou nem se lembre de seu nome, acarinha-o como se fosse a primeira vez. A mãe é capaz de sorrir com os lábios e chorar com o coração; de esquecer-se de suas necessidades para cuidar do fruto de seu ventre; de chorar de alegria com as conquistas do filho ou de sorrir (mesmo sofrendo por dentro) para acalmá-lo diante das frustações da vida; de se expressar em silêncio; de se encher de fé e esperar, rezando, a volta do filho que se distanciou enquanto cuida com carinho dos que estão próximos. E, quando não consegue ir até onde o filho está, a mãe entrega-o à Mãezinha do Céu para que tome conta do seu rebento.
A mãe reza incansavelmente pelos filhos e agradece a Deus pelas vidas a ela emprestadas e, quando essas vidas partem para a eternidade antes delas, ainda encontram forças para seguir em frente, se espelhando na Virgem Maria que enfrentou tudo com oração e fé. O amor de mãe é inexplicável sim, pois ela é capaz de amar a todos os filhos da mesma forma e a cada um, conforme suas necessidades e jeito de ser, pois todos são seus preferidos! A maternidade revela o olhar amoroso do Pai para com suas criaturas, seja em seus gestos, seja na firmeza ao apontar o caminho certo ou na hora de perdoar e acolher o filho arrependido de seus atos. Ser mãe é uma vocação, uma missão, algo muito maior do que colocar filhos no mundo.
A maternidade tem um quê de espiritual, divino e misterioso. As mães, meigas e carinhosas, são ao mesmo tempo revestidas da fortaleza, coragem e destemor quando se trata da defesa dos seus filhos. Todas as mães carregam em si os traços de Maria Santíssima, seja na coragem, seja na resposta à missão materna. Não existem mães perfeitas, a não ser a Mãe de Jesus. Existe no coração materno o desejo de acertar sempre na educação e no bem-estar dos filhos. Neste Dia das Mães, Jesus mesmo nos diz: ‘Eis aí tua mãe’, para que possamos olhar para elas ou lembrarmos delas, com mais carinho e gratidão e menos julgamentos. Que a Mãe de Cristo, Mãe de todos nós, fortaleça e abençoe todas as mamães do mundo! Fonte: https://www.cnbb.org.br
Quarta-feira, 10 de maio-2023. 5ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, que amais e restituís a inocência, orientai para vós os nossos corações, para que jamais se afastem da luz da verdade os que tirastes das trevas da descrença. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 15,1-8)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
3) Reflexão - Jo 15,1-8
Os Capítulos 15 até 17 do Evangelho de João trazem vários ensinamentos de Jesus que o evangelista juntou e colocou aqui no contexto amigo e fraterno do último encontro de Jesus com seus discípulos:
Jo 15,1-17: Reflexões em torno da parábola da videira
Jo 15,18 a 16,4a: Conselhos sobre a maneira de como comportar-se quando forem perseguidos
Jo 16,4b-15: Promessa sobre a vinda do Espírito Santo
Jo 16,16-33: Reflexões sobre a despedida e o retorno de Jesus
Jo 17,1-26: O Testamento de Jesus em forma de oração
* Os Evangelhos de hoje e de amanhã trazem uma parte da reflexão de Jesus em torno da parábola da videira. Para entender bem todo o alcance desta parábola, é importante estudar bem as palavras que Jesus usou. Igualmente importante é você observar de perto uma videira ou uma planta qualquer para ver como ela cresce e como acontece a ligação entre o tronco e os ramos, e como o fruto nasce do tronco e dos ramos.
João 15,1-2: Jesus apresenta a comparação da videira
No Antigo Testamento, a imagem da videira indicava o povo de Israel (Is 5,1-2). O povo era como uma videira que Deus plantou com muito carinho nas encostas das montanhas da Palestina (Sl 80,9-12). Mas a videira não correspondeu ao que Deus esperava. Em vez de uvas boas deu um fruto azedo que não prestava para nada (Is 5,3-4). Jesus é a nova videira, a verdadeira. Numa única frase ele nos entrega toda a comparação. Ele diz: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo em mim que não produz fruto, ele o corta. E todo ramo que produz fruto, ele o poda!". A poda é dolorosa, mas é necessária. Ela purifica a videira, para que cresça e produza mais frutos.
João 15,3-6: Jesus explica e aplica a parábola
Os discípulos já são puros. Já foram podados pela palavra que ouviram de Jesus. Até hoje, Deus faz a poda em nós através da sua Palavra que nos chega pela Bíblia e por tantos outros meios. Jesus alarga a parábola e diz: "Eu sou a videira e vocês são os ramos!" Não se trata de duas coisas distintas: de um lado a videira, do outro, os ramos. Não! Videira sem ramos não existe. Nós somos parte de Jesus. Jesus é o todo. Para que um ramo possa produzir fruto, deve estar unido à videira. Só assim consegue receber a seiva. "Sem mim vocês não podem fazer nada!" Ramo que não produz fruto é cortado. Ele seca e é recolhido para ser queimado. Não serve para mais nada, nem para lenha!
João 15,7-8: Permanecer no amor.
Nosso modelo é aquilo que Jesus mesmo viveu no seu relacionamento com o Pai. Ele diz: "Assim como o Pai me amou, também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor!" Ele insiste em dizer que devemos permanecer nele e que as palavras dele devem permanecer em nós. E chega a dizer: "Se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, aí podem pedir qualquer coisa e vocês o terão!" Pois o que o Pai mais quer é que nos tornemos discípulos e discípulas de Jesus e, assim, produzamos muito fruto.
4) Para confronto pessoal
1- Quais as podas ou momentos difíceis, que já passei na minha vida e que me ajudaram a crescer? Quais as podas ou momentos difíceis, que passamos na nossa comunidade e nos ajudaram a crescer?
2- O que mantém a planta unida e viva, capaz de dar frutos, é a seiva que a percorre. Qual é a seiva que percorre nossa comunidade a mantém viva, capaz de produzir frutos?
5) Oração final
Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor em toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. (Sl 95, 1)
Terça-feira, 9 de maio-2023. 5ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, que pela ressurreição do Cristo nos renovais para a vida eterna, dai ao vosso povo constância na fé e na esperança, para que jamais duvide das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 14,27-31a)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.
3) Reflexão - Jo 14,27-31a
Aqui, em Jo 14,27, começa a despedida de Jesus e no fim do capítulo 14, ele encerra a conversa dizendo: "Levantem! Vamos embora daqui!" (Jo 14,31). Mas, em vez de sair da sala, Jesus continua falando por mais três capítulos: 15, 16 e 17. Se você pular estes três capítulos, você vai encontrar no começo do capítulo 18 a seguinte frase: "Tendo dito isto, Jesus foi com seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia ali um jardim onde entrou com seus discípulos" (Jo 18,1). Em Jo 18,1, está a continuação de Jo 14,31. O Evangelho de João é como um prédio bonito que foi sendo construído lentamente, pedaço por pedaço, tijolo por tijolo. Aqui e acolá, ficaram sinais destes remanejamentos. De qualquer maneira, todos os textos, todos os tijolos, fazem parte do edifício e são Palavra de Deus para nós.
João 14,27: O dom da Paz.
Jesus comunica a sua paz aos discípulos. A mesma paz será dada depois da ressurreição (Jo 20,19). Esta paz é mais uma expressão da manifestação do Pai, de que Jesus tinha falado antes (Jo 14,21). A paz de Jesus é a fonte da alegria que ele nos comunica (Jo 15,11; 16,20.22.24; 17,13). É uma paz diferente da paz que o mundo dá, diferente da Pax Romana. Naquele fim do primeiro século a Pax Romana era mantida pela força das armas e pela repressão violenta contra os movimentos rebeldes. A Pax Romana garantia a desigualdade institucionalizada entre cidadãos romanos e escravos. Esta não é a paz do Reino de Deus. A Paz que Jesus comunica é o que no AT se chama Shalôm. É a organização completa de toda a vida em torno dos valores da justiça, fraternidade e igualdade.
João 14,28-29: O motivo por que Jesus volta ao Pai.
Jesus volta ao Pai para poder retornar em seguida. Ele dirá a Madalena: “Não me segure, porque ainda não subi para o Pai “ (Jo 20,17). Subindo para o Pai, ele voltará através do Espírito que nos enviará (cf Jo 20,22). Sem o retorno ao Pai ele não poderá estar conosco através do seu Espírito.
João 14,30-31a: Para que o mundo saiba que amo o Pai.
Jesus está encerrando a última conversa com os discípulos. O príncipe deste mundo vai tomar conta do destino de Jesus. Jesus vai ser morto. Na realidade, o Príncipe, o tentador, o diabo, nada pode contra Jesus. Jesus faz em tudo o que lhe ordena o Pai. O mundo vai saber que Jesus ama o Pai. Este é o grande e único testemunho de Jesus que pode levar o mundo a crer nele. No anúncio da Boa Nova não se trata de divulgar uma doutrina, nem de impor um direito canônico, nem de unir todos numa organização. Trata-se, antes de tudo, de viver e de irradiar aquilo que o ser humano mais deseja e tem de mais profundo dentro de si: o amor. Sem isto, a doutrina, o direito, a celebração não passa de peruca em cabeça calva.
João 14,31b: Levantem e vamos embora daqui.
São as últimas palavras de Jesus, expressão da sua decisão de ser obediente ao Pai e de revelar o seu amor. Na eucaristia, na hora da consagração, em alguns países se diz: “Na véspera da sua paixão, voluntariamente aceita”. Jesus diz em outro lugar: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo. Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente. Tenho poder de dar a vida e tenho poder de retomá-la. Esse é o mandamento que recebi do meu Pai” (Jo 10,17-18).
4) Para confronto pessoal
1) Jesus disse: “Dou-vos a minha paz”. Como contribuo para a construção da paz na minha família e na minha comunidade?
2) Olhando no espelho da obediência de Jesus ao Pai, em que ponto eu poderia melhorar a minha obediência ao Pai?
5) Oração final
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! (Sl 144, 10-11)
Segunda-feira, 8 de maio-2023. 5ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Pai, que unis os corações dos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 14,21-26)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas — não o Iscariotes — disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
3) Reflexão - Jo 14,21-26
Como dissemos anteriormente, o capítulo 14 do Evangelho de João é um exemplo bonito de como se praticava a catequese nas comunidades da Ásia Menor no fim do primeiro século. Através das perguntas dos discípulos e das respostas de Jesus, os cristãos formavam sua consciência e encontravam uma orientação para os seus problemas. Assim, neste capítulo 14, temos a pergunta de Tomé com a resposta de Jesus (Jo 14,5-7), a pergunta de Filipe com a resposta de Jesus (Jo 14,8-21), e a pergunta de Judas com a resposta de Jesus (Jo 14,22-26). A última frase da resposta de Jesus a Filipe (Jo 14,21) forma o primeiro versículo do evangelho de hoje.
João 14,21: Eu o amarei e me manifestarei a ele.
Este versículo traz o resumo da resposta de Jesus a Filipe. Filipe tinha dito: “Mostra-nos o Pai e isso nos basta!” (Jo 14,8). Moisés tinha perguntado a Deus: “Mostra-me a tua glória!” (Ex 33,18). Deus respondeu: “Não poderás ver minha face, porque ninguém pode ver-me e continuar vivendo” (Ex 33,20). O Pai não pode ser mostrado. Deus habita uma luz inacessível (1Tim 6,16). “Ninguém jamais viu a Deus” (1Jo 4,12). Mas a presença do Pai pode ser experimentada através da experiência do amor. Diz a primeira carta de São João: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Jesus diz a Filipe: “Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele”. Observando o mandamento de Jesus, que é o mandamento do amor ao próximo (Jo 15,17), a pessoa mostra o seu amor por Jesus. E quem ama a Jesus, será amado pelo Pai e pode ter a certeza de que o Pai se manifestará a ele. Na resposta a Judas, Jesus dirá como acontece esta manifestação do Pai na nossa vida.
João 14,22: A pergunta de Judas, pergunta de todos.
A pergunta de Judas: “Por que o senhor se manifesta só a nós e não ao mundo?” Esta pergunta de Judas reflete um problema que é real até hoje. Às vezes, sobe em nós cristãos o pensamento de que somos melhores que os outros e que Deus nos ama mais do que os outros. Será que Deus faz distinção de pessoas?
João 14,23-24: Resposta de Jesus.
A resposta de Jesus é simples e profunda. Ele repete o que acabou de dizer a Filipe. O problema não é se nós cristãos somos mais amados por Deus do que os outros, ou que os outros são desprezados por Deus. Este não é o critério da preferência do Pai. O critério da preferência do Pai é sempre o mesmo: o amor. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras”. Independentemente do fato de a pessoa ser ou não ser cristã, o Pai se manifesta a todos aqueles que observam o mandamento de Jesus que é o amor ao próximo (Jo 15,17). Em que consiste a manifestação do Pai? A resposta a esta pergunta está estampada no coração da humanidade, na experiência humana universal. Observe a vida das pessoas que praticam o amor e que fazem da sua vida uma doação aos outros. Examine a sua própria experiência. Independentemente de religião, classe, raça ou cor, a prática do amor traz uma paz profunda e uma alegria que conseguem conviver com dor e sofrimento. Esta experiência é o reflexo da manifestação do Pai na vida das pessoas. É a realização da promessa: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada
João 14,25-26: A promessa do Espírito Santo.
Jesus termina sua resposta a Judas dizendo: Essas são as coisas que eu tinha para dizer estando com vocês. Jesus comunicou tudo que ouviu do Pai (Jo 15,15). As palavras dele são fonte de vida e devem ser meditadas, aprofundadas e atualizadas constantemente à luz da realidade sempre nova que nos envolve. Para esta meditação constante das suas palavras Jesus nos promete a ajuda do Espírito Santo: “O Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse.
4) Para confronto pessoal
1) Jesus disse: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Como eu experimento esta promessa?
2) Temos a promessa do dom do Espírito para nos ajudar a entender as palavra de Jesus. Eu invoco a luz do Espírito quando vou ler e meditar a Escritura?
5) Oração final
Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo, desde agora, para sempre e pelos séculos. (Sl 144, 21)
'Me exaltei', diz padre que expulsou padrinho de batismo
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O padre Rones Soares Buzaim escreveu uma carta aberta para pedir desculpas à família da criança, após ele expulsar o padrinho do batismo em Propriá (SE). Buzaim admitiu que os “ânimos se exaltaram” durante a cerimônia. O texto foi divulgado pela Diocese de Propriá.
O padre insinuou que o homem estava bêbado. O caso repercutiu após o vídeo do desentendimento viralizar nas redes sociais.
O sacerdote disse no texto que “precisaria se retratar pelo erro cometido na condução do problema”. Na carta, além de se dirigir à família da criança ele menciona “pessoalmente, ao padrinho”.
“Reconheço que me exaltei e acabei por extrapolar os limites do bom senso. Pelo meu erro cometido, reitero o meu pedido de perdão, confiante na Misericórdia de Deus, a fim de que possamos viver na Unidade do Corpo Místico de Jesus Cristo, que é a sua Igreja”, escreveu o padre.
O bispo da Paróquia de Propriá, dom Vítor Agnaldo de Menezes, informou por meio de nota que já sabia do ocorrido e que atua para compreender o contexto do ocorrido, “com a prudência e cautela que o caso exige”, e tomar as providências necessárias.
Entenda o caso
O batismo de uma menina acabou marcado por uma briga entre o padre e o padrinho, que foi expulso da igreja durante a cerimônia, que aconteceu nessa quinta-feira (4), em Propriá, interior de Sergipe.
O padrinho da criança, Gleidson Alves dos Santos, esqueceu o nome da afilhada no momento do batismo, revoltando o padre.
"No momento em que ele perguntou o nome da menina, que é sobrinha da minha esposa, eu perguntei a ela. Aí ele disse que não ia mais batizar e perguntou se eu era 'padrinho de cachaça', só que eu não estava bêbado", contou ao g1.
Gleidson disse ainda que ficou assustado com a reação do padre, que segundo ele, não cabia para o momento. Fonte: https://www.correio24horas.com.br
Justiça manda despejar templo da igreja de Valdemiro e autoriza uso da polícia
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Justiça manda despejar templo da igreja de Valdemiro e autoriza uso da polícia
Igreja Mundial do Poder de Deus ainda pode recorrer da decisão
A Justiça de São Paulo determinou o despejo de um templo da Igreja Mundial do Poder de Deus e autorizou o arrombamento com apoio de força policial para o cumprimento da medida caso o imóvel não seja desocupado voluntariamente.
A determinação foi dada pela juíza Juliana Francini dos Reis de Oliveira em um processo movido por um empresário que cobra uma dívida estimada em cerca de R$ 15 mil referente ao contrato de aluguel de um imóvel na cidade de Monte Alto, no interior do estado.
A igreja, fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago em 1988, não negou a dívida à Justiça, mas disse que há um excesso na cobrança. Declarou que o proprietário deixou de abater parcelas já pagas, bem como os valores referentes ao Imposto de Renda. Questionou ainda o cálculo da correção monetária e juros.
A Mundial disse também ser uma instituição religiosa sem fins lucrativos, que presta serviços filantrópicos gratuitamente para pessoas necessitadas e que se mantém apenas com a ajuda de fiéis.
Na sentença em que condenou a igreja, a juíza decretou a rescisão do contrato e condenou a igreja a fazer o pagamento dos valores em atraso.
O mandado de despejo foi expedido no dia 25 de abril.
A Mundial ainda pode recorrer.
A igreja, que declara em seu site ter cerca de 6.000 templos, passa por uma grave crise financeira, sendo alvo de centenas de processos de cobrança na Justiça paulista.
Nos processos, a Mundial costuma afirmar que é "público e notório" que vem enfrentando dificuldades financeiras, "principalmente pelo longo período de pandemia". Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Sínodo: leigos e leigas também têm direito a voto
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Foram introduzidas novidades e mudanças em relação à composição dos participantes da Assembleia Geral de outubro no Vaticano: 70 "não bispos" também participarão como membros votantes, identificados pelas Conferências Episcopais e Conselhos das Igrejas Orientais e após nomeados pelo Papa. Pede-se que as mulheres sejam em 50% e que a presença dos jovens seja valorizada. Os cardeais Grech e Hollerich: "não é uma revolução, mas um enriquecimento para a Igreja".
Salvatore Cernuzio - Vatican News
Não muda a natureza nem o nome - que continua sendo Sínodo dos Bispos -, mas muda a composição dos participantes da assembleia de outubro, no Vaticano, sobre o tema da sinodalidade, ao qual irão participar também membros "não bispos", incluindo sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas, nomeados diretamente pelo Papa: 50% dos quais "são solicitados" que sejam mulheres. Um pedido explícito, juntamente com o de "aumentar" a presença de jovens. Todos terão direito a voto, chegando a um número de membros votantes na Sala Nova do Sínodo de cerca de 370 para um total de mais de 400 participantes. Até agora, havia um pequeno número de membros votantes não bispos e eram alguns membros de institutos religiosos clericais.
Sínodo, o instrumentum laboris estará pronto no fim de maio
Essas são as principais mudanças e novidades introduzidas pelo Papa para o Sínodo que selará no outono (e depois continuará em 2024) o caminho sinodal que ele mesmo lançou em 2021 e que envolveu as dioceses dos cinco continentes. "Não é uma revolução, mas uma mudança importante", fizeram questão de especificar os cardeais Mario Grech e Jean-Claude Hollerich, respectivamente secretário-geral do Sínodo e relator-geral, ilustrando as novidades em um encontro na Sala de Imprensa do Vaticano nesta quarta-feira (26).
Membros não bispos
As novas disposições, que foram comunicadas em uma carta aos responsáveis das assembleias continentais celebradas na África, Ásia, Oriente Médio e Oceania, não revogam os regulamentos atuais, a Constituição Apostólica Episcopalis Communio de 2018, que já previa a presença de "não bispos". Com as novidades desta quarta (26) - que são justificadas no contexto do processo sinodal que Francisco queria que começasse "de baixo para cima" - o número exato é fornecido: 70 entre sacerdotes, religiosos e leigos provenientes das Igrejas locais que representam o Povo de Deus. Portanto, não haverá mais "auditores".
Uma Assembleia "plenariamente" de bispos
"Esta decisão", explica a Secretaria Geral do Sínodo, "reforça a solidez do processo como um todo, incorporando à assembleia a memória viva da fase preparatória, através da presença de alguns daqueles que foram seus protagonistas. Dessa forma, a especificidade episcopal da Assembleia Sinodal não é afetada, mas sim confirmada". "Estamos falando de 21% da assembleia que continua sendo totalmente uma Assembleia de bispos, com uma certa participação de não bispos", reiterou Hollerich. "A presença deles garante o diálogo entre a profecia do povo de Deus e o discernimento dos pastores, a circularidade colocada em prática durante todo o processo sinodal."
Sínodo, etapa continental concluída
Mais detalhadamente, os membros "não bispos" são nomeados pelo Papa a partir de uma lista de 140 pessoas identificadas pelas Conferências Episcopais e pela Assembleia de Patriarcas das Igrejas Católicas Orientais (20 cada). Em outras palavras, cada assembleia continental terá que propor uma lista de 20 nomes e o Papa escolherá 10 dentre eles. Como mencionado, pede-se que metade desses nomes seja de mulheres e que os jovens sejam enfatizados: "porque o nosso mundo é assim", observaram os dois cardeais.
Na escolha, eles levam em conta a cultura geral, a "prudência", mas também o conhecimento e a participação no processo sinodal. Como membros, eles têm o direito de votar. Um aspecto importante, embora Grech espere "que um dia possamos dispensar o voto. O sínodo é um discernimento, uma oração, não nos apoiamos nos votos". O cardeal maltês também explicou que haverá "uma única votação" e não duas diferentes, uma para os bispos e outra para os não bispos.
Cinco religiosas e cinco religiosos
As cinco religiosas e os cinco religiosos eleitos pelas respectivas organizações de Superioras Gerais e Superiores Gerais (Uisg para o feminino e Usg para o masculino) também terão direito a voto. Eles - e essa é a outra novidade substancial - substituem os 10 clérigos dos Institutos de Vida Consagrada previstos no passado. Todas as eleições - realizadas em plenário e por voto secreto pelos respectivos Sínodos, Conselhos e Conferências Episcopais - devem ser ratificadas pelo Papa. E até que o Papa não confirme a eleição, os nomes dos eleitos não serão conhecidos pelo público.
Os facilitadores
Outra novidade é que a Assembleia também contará com a participação - mas sem direito a voto - de "especialistas", pessoas competentes em vários aspectos sobre o assunto em questão. Haverá também delegados fraternos, membros de outras Igrejas e comunidades eclesiásticas. Pela primeira vez, as figuras dos "facilitadores", também especialistas que facilitarão o trabalho nos vários momentos, aparecerão. Uma escolha, explicou Grech, que nasceu da experiência dos grupos de estudo "que nos mostrou como esses especialistas podem criar uma dinâmica que pode dar frutos". "Há bispos que nunca participaram do Sínodo, por isso é necessário facilitar a dimensão espiritual", explicou Hollerich, enfatizando que, pela primeira vez, também haverá bispos de países que não têm uma Conferência Episcopal na Assembleia: Luxemburgo é um deles, mas também a Estônia e a Moldávia. Dessa forma, concordaram os dois cardeais, "a Igreja será mais completa e será uma alegria tê-la toda reunida em Roma". Fonte: https://www.vaticannews.va
Sínodo: gratidão pelo voto das mulheres
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Irmã Nadia Coppa, presidente da UISG, União Internacional das Superioras Gerais, envia uma mensagem ao Santo Padre pela extensão do voto às religiosas na próxima assembleia sinodal
Irmã Grazielle Rigotti, ascj - Vatican News
"Uma tenda que se esta alargando", foi o título da mensagem enviada ao Santo Padre pela Presidente da União Internacional das Superioras Gerais, por ocasião do comunicado da Secretaria-geral do Sínodo sobre a XVI Assembleia Sinodal dos Bispos, no último dia 26 de abril. De forma particular, Irmã Nádia Coppa destacou o fato de que a assembleia contará com a participação, como membros com direito de voto, de religiosos e leigos dos quais a metade deverão ser mulheres.
"Em nome do Conselho de Direção da União Internacional das Superioras Gerais, expresso a minha gratidão e apreço pela escolha feita", completou a religiosa, ressaltando ser "uma disposição inédita que enriquece o dinamismo eclesial".
De fato, o comunicado destacou a mudança na composição dos participantes da assembleia de outubro, no Vaticano, sobre o tema da sinodalidade. Desta forma, irão participar também membros "não bispos", incluindo sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas, nomeados diretamente pelo Papa. Além disso, 50% dos quais "são solicitados" que sejam mulheres. Um pedido explícito, juntamente com o de "aumentar" a presença de jovens. Todos terão direito a voto, chegando a um número de membros votantes na Sala Nova do Sínodo de cerca de 370 para um total de mais de 400 participantes.
“Todos somos chamados a tornar-nos parte ativa de uma Igreja relacional, inclusiva e dialogante.”
Relembrando o sentido próprio da sinodalidade, Irmã Nádia ainda afirmou que o Sínodo é uma profecia para o mundo atual: só a partir da unidade em Cristo é que tem sentido a pluralidade entre os membros do corpo. Por isso, este alargar a participação dos membros neste sentido significa, "dar a oportunidade de continuar a aprofundar este movimento apaixonante do Espírito num processo de comunhão eclesial que nos torna uma presença profética num mundo em contínua transformação." Fonte: https://www.vaticannews.va
Bispo de Penedo Dom Valdemir passa mal em celebração na cidade de Taquarana mas sua saúde já está restabelecida.
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O Bispo da Diocese de Penedo Dom Valdemir Ferreira, passou mal nesta quarta-feira (03) durante uma missa solene na Paróquia de Santa Cruz, município de Taquarana, devido a uma hipertensão. O mesmo recebeu os primeiros socorros ainda naquela cidade, sendo em seguida transferido para uma unidade de saúde em Arapiraca.
De acordo com informações repassadas pelo o próprio pastor, o mesmo já encontra-se em casa em pronto restabelecimento de saúde. Na oportunidade, Dom Valdemir agradeceu pela atenção, gentileza e preocupação de todos fieis que concentraram-se em orações, e aqueles que estiveram presentes nos hospitais assim como os que enviaram mensagens via whatsapp e telefonemas.
” O Senhor da vida e da esperança continue abençoando cada um(a). Minha orações, fraternalmente, Dom Valdemir.
Por redação. Fonte: https://diariopenedense.com.br
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