Frei Betto convida o Papa para a Cop30, que vai se realizar em Belém do Pará em 2025
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A Conferência mundial sobre o clima vai se realizar em Belém, no Pará, em plena Amazônia, em novembro de 2025. O religioso dominicano convidou o Papa a participar da Cop30 sobre o clima, afirmando que Francisco disse estar pensando sobre isso. Em entrevista concedida à Rádio Vaticano – Vatican News, ele tratou de vários temas destacando, entre outros, o "Grito dos Excluídos" para 7 de setembro deste ano, com a demanda de aprimorar nossa democracia e aumentar a distribuição de renda no Brasil
Raimundo de Lima – Vatican News
De passagem por Roma estes dias, o teólogo e escritor Frei Betto participou da audiência geral desta quarta (23/08) na Sala Paulo VI, no Vaticano, na qual encontrou o Papa Francisco.
Na oportunidade, o religioso dominicano convidou-o a participar da Cop30 sobre o clima, afirmando que o Pontífice disse estar pensando sobre isso. A esse propósito, ele acrescentou que também o Presidente Lula já havia insistido nesse convite ao Santo Padre. A Conferência mundial sobre o clima vai se realizar em Belém, no Pará, em plena Amazônia, em novembro de 2025.
Dez anos de Pontificado do primeiro Papa Latino-americano
Em visita à Rádio Vaticano – Vatican News, Frei Betto concedeu-nos uma longa entrevista na qual também nos falou, entre outras coisas, sobre os dez anos de Pontificado de Jorge Mario Bergoglio - primeiro Papa latino-americano -; sobre a Laudato si’ de Francisco e a preservação do meio ambiente em nossa realidade diante do que se promete e do que realmente se faz; agosto, mês vocacional e a crise de vocações para a vida consagrada e religiosa, representando um desafio para a Igreja a abrir-se a novas experiências; setembro, mês da Bíblia, a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja; e o Grito dos Excluídos para 7 de setembro deste ano, com a demanda de aprimorar nossa democracia, aumentar a distribuição de renda no Brasil, fazer com que os direitos dos mais pobres sejam assegurados, principalmente dos povos indígenas, como a melhor maneira de celebrar nossa Independência (Ouça a entrevista na íntegra clicando acima). Fonte: https://www.vaticannews.va
DOMINGO, 27 DE AGOSTO: DIA DO CATEQUISTA
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Dom Carmo José Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
Textos inspirantes: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (1Cor 9, 16)
E disse-lhes: Ide pelo mundo inteiro proclamar o Evangelho a todas as criaturas. “Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado” (Mt 16,15)
A situação atual, religiosamente falando, é preocupante. Por que? A ignorância religiosa é grande. Nossos cristãos não conhecem, suficientemente, Jesus Cristo, a Igreja, a Palavra de Deus. Os sacramentos não são devidamente valorizados. Ademais, há muita confusão religiosa; surgem, constantemente, novas denominações. Muitas, até agressivas e outras parecem mais supermercados da fé…
A escola, muito pouco favorece a evangelização. As famílias -patrimônio da humanidade – (Bento XVI), está em processo de esfacelamento. A mídia repassa conteúdos questionáveis, quando não preocupantes ou até nocivas. A igreja, através da pastoral de suas dioceses e paróquias, deixa a desejar. Faltam autênticos catequistas e formação para eles. Não basta ter boa vontade. Ademais, os pais que deveriam ser os primeiros catequistas, são omissos. Falta investimento na formação de catequistas. A frequência aos sacramentos e a participação ao culto, após a COVID, como será? Boa pergunta…
O testemunho dos cristãos está comprometido: o domingo se tornou o dia do futebol, da praia ou de outros entretenimentos. Muitas famílias nem participam mais da comunidade. São omissos. Não assumem sua função catequética: sua missão. Quem sofre mais com isso? As crianças, ou seja, os filhos. O índice de agressividade é alto entre os jovens e, até, entre casais. O “DA” (Documento de Aparecida) recorda, até, o direito das crianças sobre a formação (DA 286-326). Adiantou?
Qual o futuro das crianças e jovens não evangelizados? Como transformar esse quadro? Não são poucas as advertências da Igreja para a renovação pastoral: Roma, CNBB, Dioceses, etc, etc…
Aos catequistas, hoje e sempre, nossa admiração, incentivo e felicitações. Possa Maria, a catequista por excelência, ser referência e modelo para todos ou todas. Parabéns e gratidão. E a todos que te admiram e incentivam. Fonte: https://www.cnbb.org.br
VIDA CONSAGRADA – MISSÃO E PROFETISMO
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Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! A Igreja no Brasil celebra com seus filhos e filhas, neste Domingo, a Assunção de Nossa Senhora. É uma Solenidade litúrgica, na qual somos envolvidos pela ação de Deus que toca a realidade humana, através da sua palavra, e faz o homem perceber que o seu destino final não é habitar na terra entre os mortos, mas no céu, para participar da glória do Pai, na eternidade, através da ressurreição.
Dentro das celebrações do Mês Vocacional, com gratidão, alegria e esperança, rezamos por todos os religiosos e religiosas, que se consagraram a Cristo, vivendo a vocação, dom de Deus, e servindo a Igreja, Povo de Deus, através dos carismas das Ordens e Congregações Religiosas. A consagração da vida a Cristo, pelos votos de pobreza, obediência e castidade, é uma das mais belas formas do seguimento de Jesus. A pessoa se consagra para viver a sua consagração no seio de uma comunidade, em profunda comunhão com o Senhor, mas sem deixar de anunciar e testemunhar os valores do Reino de Deus, através da missão no mundo. Nestes dois mil anos de cristianismo, a vida consagrada é um sinal visível da ação do Espírito Santo na vida da Igreja. Podemos dizer que, ao longo dos séculos, passou por muitas dificuldades, mas graças a ação do Espírito Santo, soube responder sempre com uma nova primavera aos desafios advindos das mudanças de época, e dar uma resposta criativa, missionária, profética e evangelizadora, para a missão da Igreja, inserida na realidade histórica do Povo de Deus a caminho da casa do Pai. Podemos dizer que os vários carismas da vida consagrada tiveram e têm na Igreja a força para fazer florescer uma nova primavera na evangelização, através da participação ativa no processo sinodal, de uma Igreja em saída, missionária e profética.
Ao longo da história da Igreja, a Vida Consagrada teve um papel profético e ajudou a própria Igreja a fazer um caminho de conversão. A vida religiosa nasce e se desenvolve como uma forma original de seguir Jesus; não é um estado de perfeição, mas um estado de peregrinação. A Igreja reconhece e expressa gratidão aos religiosos e religiosas pelo empenho na ação evangelizadora, nas frentes missionárias e na implantação da Igreja em muitos lugares. Não esquecendo todo o trabalho feito na catequese, na educação, na saúde e nos seminários.
O carisma de cada uma das Ordens e Congregações é dom de Deus, não só para a vida dos membros dos Institutos, mas também para a Igreja e o povo de Deus. Todo carisma só tem sentido quando vivido nesta dimensão. No aspecto vocacional, a Vida Consagrada é um chamado; em modo simbólico, ela manifesta o absoluto de Deus na nossa vida e um modo de ser segundo o Evangelho. Foi no amor a Cristo e por amor a Ele, que os fundadores iniciaram os Institutos de vida consagrada na Igreja, para dar uma resposta de humanização e evangelização, diante de realidades bem concretas, que tocavam a vida da sociedade. Se a vida consagrada, viesse a faltar, seria uma perda enorme para a Igreja. Mas de modo especial, do amor de Cristo, vivido de forma profética, na proximidade, na alegria e na esperança. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Justiça proíbe Câmaras Municipais de iniciar sessões com leitura da Bíblia
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'O Estado brasileiro é laico e garante a pluralidade de crenças', disse o procurador
O procurador-geral Mario Luiz Sarrubbo - Karime Xavier - 20.mar.20/ Folhapress
O Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a realização da leitura de trechos da Bíblia durante sessões em Câmaras Municipais.
A decisão foi tomada em quatro julgamentos recentes realizados pelos desembargadores paulistas em razão de ações de inconstitucionalidade abertas pelo Ministério Público contra as Câmaras Municipais de Artur Nogueira, São Carlos, Araçatuba e Engenheiro Coelho.
Nas ações, Mário Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça, disse que são ilegais as normas aprovadas nos Legislativos que determinam a leitura da Bíblia no início das sessões.
"O Estado brasileiro é laico e garante a pluralidade de crenças", afirmou o procurador nas ações. "O ato normativo em análise tem nítido caráter religioso, instituindo preferência por determinadas religiões, deixando de contemplar as que não se orientam pela Bíblia."
A mais recente decisão foi tomada no dia 9 de agosto contra a Câmara de Artur Nogueira. O desembargador Evaristo dos Santos, relator do processo, afirmou que a imposição da leitura da Bíblia é uma "afronta ao princípio da laicidade do Estado".
Mesmo entendimento foi adotado pelo desembargador Jarbas Gomes ao analisar resolução da Câmara Municipal de São Carlos, que, além de estabelecer a leitura de trechos da Bíblia, determina a manutenção de um exemplar do livro religioso sobre a Mesa Diretora do Legislativo.
"Essa predileção pela Bíblia Sagrada contrasta com os princípios da igualdade e interesse público", afirmou na decisão.
As Câmaras ainda podem recorrer.
A de São Carlos, por exemplo, afirmou à Justiça que a pura e simples manutenção de um exemplar da Bíblia, bem como a leitura de um pequeno trecho, não podem ser consideradas como uma violação à liberdade de crença.
"A laicidade estatal não significa aversão à fé, pois o texto constitucional não impede a colaboração com confissões religiosas", declarou no processo.
Já a Câmara de Artur Nogueira declarou no processo que, pela lei, tem autonomia para disciplinar seus trabalhos. "Não cabe ao Ministério Público a tentativa de interferência nos seus ritos e procedimentos, sendo assunto eminentemente local, ou seja, que apenas e tão somente cabe à população de Artur Nogueira e seus representantes."
Argumentos semelhantes foram apresentados pelas Câmaras de Engenheiro Coelho e de Araçatuba. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Quinta-feira, 17 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 18,21-19,1)
18:21Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? 22Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos. 24Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida. 26Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo! 27Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida. 28Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: Paga o que me deves! 29O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: Dá-me um prazo e eu te pagarei! 30Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. 31Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. 32Então o senhor o chamou e lhe disse: Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. 33Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti? 34E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. 35Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração. 19:1Após esses discursos, Jesus deixou a Galiléia e veio para a Judéia, além do Jordão.
3) Reflexão Mateus 18,21-19,1
No evangelho de ontem ouvimos as palavras de Jesus sobre a correção fraterna (Mt 18,15-20). No evangelho de hoje (Mt 18,21-39) o assunto central é o perdão e a reconciliação.
Mateus 18,21-22: Perdoar setenta vezes sete!.
Diante das palavras de Jesus sobre a correção fraterna e a reconciliação, Pedro pergunta: “Quantas vezes devo perdoar? Sete vezes?” Sete é um número que indica uma perfeição e, no caso da proposta de Pedro, sete é sinônimo de sempre. Mas Jesus vai mais longe. Ele elimina todo e qualquer possível limite para o perdão: "Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete!” É como se dissesse: “Sempre, não! Pedro, mas setenta vezes sempre!” Pois não há proporção entre o amor de Deus para conosco e o nosso amor para com o irmão. Aqui se evoca o episódio de Lamec do AT. “Lamec disse para as suas mulheres: da e Sela, ouçam minha voz; mulheres de Lamec, escutem minha palavra: Por uma ferida, eu matarei um homem, e por uma cicatriz matarei um jovem. Se a vingança de Caim valia por sete, a de Lamec valerá por setenta e sete" (Gn 4,23-24). A tarefa das comunidades é a de reverter o processo da espiral da violência. Para esclarecer a sua resposta a Pedro Jesus conta a parábola do perdão sem limite.
Mateus 18,23-27: A atitude do patrão
Esta parábola é uma alegoria, isto é, Jesus fala de um patrão, mas pensa em Deus. Isto explica os contrastes enormes desta parábola. Como veremos, apesar de se tratar de coisas normais diários, existe algo nesta história que não acontece nunca na vida diária. Na história que Jesus conta, o patrão segue as normas do direito da época. Era um direito dele de prender o empregado com toda a sua família e mantê-lo na prisão até que tivesse pago pelo trabalho escravo a sua dívida. Mas diante do pedido do empregado endividado, o patrão perdoa a dívida. O que chama a atenção é o tamanho da dívida: dez mil talentos. Um talento equivale a 35 kg. Segundo os cálculos feitos, dez mil talentos equivalem a 350 toneladas de ouro. Mesmo que o devedor junto com mulher e filhos fossem trabalhar a vida inteira, jamais seriam capazes de juntar 350 toneladas de ouro. O cálculo extremo é proposital. Nossa dívida frente a Deus é incalculável e impagável.
Mateus 18,28-31: A atitude do empregado
Ao sair daí, esse empregado perdoado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague logo o que me deve'. Dívida de cem denários é o salário de cem dias de trabalho. Alguns calculam que era de 30 gramas de ouro. Não existe meio de comparação entre os dois! Nem dá para entender a atitude do empregado: Deus lhe perdoou 350 toneladas de outro e ele não quer perdoas 30 gramas de ouro. Em vez de perdoar, ele faz com o companheiro aquilo que o patrão ia fazer, mas não fez. Mandou prender o companheiro de acordo com as normas da lei, até que fosse paga a dívida. Atitude chocante para qualquer ser humano. Chocou os outros companheiros. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. Qualquer um de nós teria tido a mesma atitude de desaprovação.
Mateus 18,32-35: A atitude de Deus
“O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: 'Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?' O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida”. Diante do amor de Deus que perdoa gratuitamente nossa dívida de 350 toneladas de ouro, é nada mais que justo que nós perdoemos ao irmão a pequena dívida de 30 gramas de ouro. O perdão de Deus é sem limites. O único limite para a gratuidade da misericórdia de Deus vem de nós mesmos, da nossa incapacidade de perdoar o irmão! (Mt 18,34). É o que dizemos e pedimos no Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” (Mt 6,12-15).
A comunidade como espaço alternativo de solidariedade e fraternidade
A sociedade do Império Romano era dura e sem coração, sem espaço para os pequenos. Estes buscavam um abrigo para o coração e não o encontravam. As sinagogas também eram exigentes e não ofereciam um lugar para eles. Nas comunidades cristãs, o rigor de alguns na observância da Lei levava para dentro da convivência os mesmos critérios da sociedade e da sinagoga. Assim, nas comunidades começavam a aparecer as mesmas divisões que existiam na sociedade e na sinagoga entre rico e pobre, dominação e submissão, homem e mulher, raça e religião. Em vez da comunidade ser um espaço de acolhimento, tornava-se um lugar de condenação. Juntando palavras de Jesus, Mateus quer iluminar a caminhada dos seguidores e das seguidoras de Jesus, para que as comunidades sejam um espaço alternativo de solidariedade e de fraternidade. Devem ser uma Boa Notícia para os pobres.
4) Para um confronto pessoal
1) Perdoar. Tem gente que diz: “Perdôo, mas não esqueço!” E eu? Sou capaz de imitar a Deus?
2) Jesus deu o exemplo. Na hora de ser morto pediu perdão para os seus assassinos (Lc 23,34). Será que sou capaz de imitar Jesus?
5) Oração final
Desde o nascer ao pôr-do-sol, seja louvado o nome do Senhor. O Senhor é excelso sobre todos os povos, sua glória ultrapassa a altura dos céus. (Sl 112, 3-4)
Quarta-feira, 16 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 18,15-20)
Naquele tempo, disse Jesus: 15Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. 16Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. 17Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. 18Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. 19Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. 20Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
3) Reflexão Mateus 18,15-20
No evangelho de hoje e de amanhã vamos ler e meditar a segunda parte do Sermão da Comunidade. O evangelho de hoje fala da correção fraterna (Mt 18,15-18) e da oração em comum (Mt 18,19-20). O de amanhã fala do perdão (Mt 18,21-22) e traz a parábola do perdão sem limites (Mt 18,23-35). A palavra chave desta segunda parte é “perdoar”. O acento cai na reconciliação. Para que possa haver reconciliação que permita o retorno dos pequenos, é importante saber dialogar e perdoar. pois o fundamento da fraternidade é o amor gratuito de Deus. Só assim a comunidade será um sinal do Reino. Não é fácil perdoar. Certas mágoas continuam machucando o coração. Há pessoas que dizem: "Eu perdôo, mas não esqueço!" Rancor, tensões, brigas, opiniões diferentes, ofensas, provocações dificultam o perdão e a reconciliação.
A organização das palavras de Jesus nos cinco grandes Sermões do evangelho de Mateus mostra que, já no fim do primeiro século, as comunidades tinham formas bem concretas de catequese. O Sermão da Comunidade (Mt 18,1-35), por exemplo, traz instruções atualizadas de como proceder em caso de algum conflito entre os membros da comunidade e como encontrar critérios para solucionar os conflitos. Mateus reuniu aquelas frases de Jesus que pudessem ajudar as comunidades do fim do primeiro século a superar os dois problemas agudos que elas enfrentavam naquele momento, a saber, a saída dos pequenos por causa do escândalo de alguns e a necessidade de diálogo para superar o rigorismo de outros e acolher os pequenos, os pobres, na comunidade.
Mateus 18,15-18: A correção fraterna e o poder de perdoar.
Estes versículos trazem normas simples de como proceder no caso de algum conflito na comunidade. Se um irmão ou uma irmã pecar, isto é, se tiver um comportamento não de acordo com a vida da comunidade, não se deve logo denunciá-los. Primeiro, procure conversar a sós. Procure saber os motivos do outro. Se não der resultado, leve mais duas ou três pessoas da comunidade para ver se consegue algum resultado. Só em caso extremo, deve levar o problema para a comunidade toda. E se a pessoa não quiser escutar a comunidade, que ela seja para você “como um publicano ou pagão”, isto é, como alguém que já não faz parte da comunidade. Não é você que está excluindo, mas é a pessoa, ela mesma, que se exclui a si mesma. A comunidade reunida apenas constata e ratifica a exclusão. A graça de poder perdoar e reconciliar em nome de Deus foi dada a Pedro (Mt 16,19), aos apóstolos (Jo 20,23) e, aqui no Sermão da Comunidade, à própria comunidade (Mt 18,18). Isto revela a importância das decisões que a comunidade toma com relação a seus membros.
Mateus 18,19: A oração em comum
A exclusão não significa que a pessoa seja abandonada à sua própria sorte. Não! Ela pode estar separada da comunidade, mas nunca estará separada de Deus. Caso a conversa na comunidade não der resultado e a pessoa não quiser integrar-se na vida da comunidade, resta o último recurso de rezar juntos ao Pai para conseguir a reconciliação. E Jesus garante que o Pai vai atender: “Se dois de vocês na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está no céu”.
Mateus 18,20: A presença de Jesus na comunidade.
O motivo da certeza de ser ouvido pelo Pai é a promessa de Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, estarei no meio deles!” Jesus é o centro, o eixo, da comunidade e, como tal, junto com a Comunidade ele estará rezando conosco ao Pai, para que conceda o dom do retorno ao irmão ou à irmã que se excluiu.
4) Para um confronto pessoal
- Por que será que é tão difícil perdoar? Na nossa comunidade existe espaço para a reconciliação? De que maneira?
- Jesus disse: "Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, estarei no meio deles". O que significa isto para nós hoje?
5) Oração final
Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre. (Sl 112, 1-2)
Festa da Boa Morte celebra tradição secular de mulheres negras na Bahia
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Celebração religiosa em Cachoeira (BA) une catolicismo ao candomblé e é organizada por irmandade bicentenária
Mulheres da Irmandade da Boa Morte dentro da casa da Irmandade, em Cachoeira, no Recôncavo da Bahia- Rafaela Araújo/Folhapress
João Pedro Pitombo- CACHOEIRA (BA)
As roupas de gala são bordadas com renda branca pelas próprias irmãs, assim como os turbantes amarrados nas cabeças. Completam a indumentária um pano da costa vermelho, além de anéis, pulseiras, balagandãs, colares e os chamados correntões cachoeiranos.
Era por volta de 9h da manhã de terça-feira (15) e, enquanto o país se via às voltas com um apagão que atingia 25 estados, o grupo com cerca de 40 mulheres negras tomou as ruas de pedra de Cachoeira (120 quilômetros de Salvador) para celebrar a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte.
As protagonistas do dia formam a Irmandade da Boa Morte, confraria religiosa afro-católica de tradição secular, formada apenas por mulheres negras e que se mantém viva há mais de 200 anos.
A associação, que une o culto católico ao candomblé, foi criada na primeira metade do século 18 para celebrar a Nossa Senhora da Boa Morte. A irmandade foi formada em Salvador, mas acabou migrando para Cachoeira em meio a um cenário de revoltas e rebeliões que marcaram a capital baiana.
Em seus dois séculos de história, a entidade atuou na assistência social aos mais necessitados e deu apoio à organização de funerais dignos para suas associadas. Também teve perfil antiescravista, trabalhando para conseguir alforria de negros escravizados e apoio aos recém-libertos.
A irmandade é atualmente considerada um ícone do feminismo negro no Brasil.
"Eu, como mulher negra, por respeito aos meus ancestrais, não posso deixar que essa memória se perca. É um pedaço de mim zelar, crer, respeitar e amar o nosso passado e a Nossa Senhora da Boa Morte", afirma Edite Marques de Souza, 77, escolhida como provedora da irmandade para a festa deste ano.
Ela conta que tem origem religiosa dentro do candomblé, sempre acompanhou de perto a irmandade em Cachoeira até se tornar uma das irmãs, há cerca de 30 anos: "Me sinto plena porque tenho a felicidade de servir à Nossa Senhora".
A festa acontece entre 13 e 17 de agosto. Todos os anos, quatro irmãs são escolhidas para ocupar os cargos de provedora, procuradora, tesoureira e escrivã, atuando na organização dos festejos.
A celebração é patrimônio imaterial do estado desde 2010, ano em que foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.
Nesta terça-feira, os festejos começaram por volta das 6h, com uma alvorada de fogos de artifício na cidade. Na sede da irmandade, as associadas se preparavam desde cedo para ganhar as ruas da cidade e receberam a visita do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e da prefeita Eliana Gonzaga (Republicanos).
Por volta das 9h, as irmãs caminharam pelas ruas e ladeiras da cidade até na Igreja Matriz do Rosário, templo católico erguido no final do século 17. A falta de energia elétrica não impediu a realização da missa e da solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Rezaram dentro do templo escuro.
Após a cerimônia na igreja, as irmãs saíram em procissão acompanhadas por moradores e turistas. Filarmônicas e bandas se apresentaram pelas ruas da cidade. A programação religiosa foi encerrada com um samba de roda e o Almoço das Irmãs, na sede da irmandade.
Os festejos tiveram início no domingo (13), com a procissão com a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte, a Missa de Réquiem pelas irmãs falecidas e a Ceia Branca.
No dia seguinte, as irmãs participaram da Missa da Dormição de Nossa Senhora, na Capela de Nossa Senhora da Boa Morte. Com trajes brancos, cabeças cobertas e velas nas mãos, participam de uma nova procissão e da cerimônia que marca o enterro simbólico da santa.
A festa ainda prossegue nesta quarta-feira (16) e quinta-feira (17), com mais samba de roda nas praças da cidade e almoços nos quais serão servidos um cozido (prato a base de carnes e verduras, acompanhado de pirão) e o caruru, prato típico da culinária baiana.
Durante os cinco dias de festejos, também estão sendo realizadas atividades culturais, exposição de fotografias, uma feira do empreendedorismo negro e uma feira de artesanato.
Aos 85 anos, Lindaura Paz dos Santos, que ocupou o posto de procuradora da Festa da Boa Morte, celebra a festa da qual faz parte há 43 anos. "Se não tivesse fé, não estaria na irmandade até hoje. É a fé que nos faz manter a tradição." Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Terça-feira, 15 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 18,1-5.10.12-14)
1Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? 2Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: 3Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. 4Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. 5E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. 10Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? 13E se a encontra, sente mais júbilo do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos.
3) Reflexão Mateus 18,1-5.10.12-14
Aqui no capítulo 18 do evangelho de Mateus começa o quarto grande discurso da Nova Lei, o Sermão da Comunidade. Como já foi informado anteriormente (dia 9 de junho de 2008), o Evangelho de Mateus, escrito para as comunidades dos judeus cristãos da Galiléia e Síria, apresenta Jesus como o novo Moisés. No AT, a Lei de Moisés foi codificada nos cinco livros do Pentateuco. Imitando o modelo antigo, Mateus apresenta a Nova Lei em cinco grandes Sermões: 1) O Sermão da Montanha (Mt 5,1 a 7,29); 2) O Sermão da Missão (Mt 10,1-42); 3) O Sermão das Parábolas (Mt 13,1-52); 4) O Sermão da Comunidade (Mt 18,1-35); 5) O Sermão do Futuro do Reino (Mt 24,1 a 25,46). As partes narrativas, intercaladas entre os cinco Sermões, descrevem a prática de Jesus e mostram como ele praticava e encarnava a nova Lei em sua vida.
O evangelho de hoje traz a primeira parte do Sermão da Comunidade (Mt 18,1-14) que tem como palavra chave os “pequenos”. Os pequenos não são só as crianças, mas também as pessoas pobres e sem importância na sociedade e na comunidade, inclusive as crianças. Jesus pede que estes pequenos estejam no centro das preocupações da comunidade, pois "o Pai não quer que um só destes pequenos se perca" (Mt 18,14).
Mateus 18,1: A pergunta dos discípulos que provocou o ensinamento de Jesus
Os discípulos querem saber quem é o maior no Reino. Só o fato de eles fazerem esta pergunta revela que pouco ou nada tinham entendido da mensagem de Jesus. O Sermão da Comunidade, todo inteiro, é para fazer entender que entre os seguidores e as seguidoras de Jesus deve vigorar o espírito de serviço, doação, perdão, reconciliação e amor gratuito, sem buscar o próprio interesse e a autopromoção.
Mateus 18,2-5: O critério básico: o menor é o maior.
Os discípulos querem um critério para poder medir a importância das pessoas na comunidade: "Quem é o maior no Reino do Céu?". Jesus responde que o critério é a criança! Criança não tem importância social, não pertence ao mundo dos grandes. Os discípulos devem tornar-se como crianças. Em vez de querer crescer para cima, devem crescer para baixo e para a periferia, onde vivem os pobres, os pequenos. Assim serão os maiores no Reino! E o motivo é este: “Quem recebe a um destes pequenos, recebe a mim!” Jesus se identifica com eles. O amor de Jesus pelos pequenos não tem explicação. Criança não tem mérito. É a pura gratuidade do amor de Deus que aqui se manifesta e pede para ser imitada na comunidade dos que se dizem discípulos e discípulas de Jesus.
Mateus 18,6-9: Não escandalizar os pequenos.
Estes quatro versículos sobre os escândalo dos pequenos foram omitidos no texto do evangelho de hoje. Damos um breve comentário. Escandalizar os pequenos significa: ser motivo para que os pequenos percam a fé em Deus e abandonem a comunidade. Mateus conservou uma frase muito dura de Jesus: “Quem escandalizar um desses pequeninos que acreditam em mim, melhor seria para ele pendurar uma pedra de moinho no pescoço, e ser jogado no fundo do mar”. Sinal de que naquele tempo muitos pequenos já não se identificavam mais com a comunidade e procuravam outros abrigos. E hoje? Na América Latina, por exemplo, cada ano, são em torno de 3 milhões de pessoas que abandonam as igrejas históricas e mudam para as igrejas evangélicas. Sinal de que já não se sentem em casa entre nós. E muitas vezes são os mais pobres que nos abandonam. O que falta em nós? Qual a causa deste escândalo dos pequenos? Para evitar o escândalo, Jesus manda cortar mão ou pé e arrancar o olho. Esta frase não pode ser tomada ao pé da letra. Ela significa que se deve ser muito exigente no combate ao escândalo que afasta os pequenos. Não podemos permitir, de forma nenhuma, que os pequenos se sintam marginalizados na nossa comunidade. Pois neste caso a comunidade já não seria um sinal do Reino de Deus.
Mateus 18,10-11: Os anjos dos pequenos estão na presença do Pai
Jesus evoca o salmo 91. Os pequenos fazem de Javé o seu refúgio e tomam o Altíssimo como defensor (Sl 91,9) e, por isso : “A desgraça jamais o atingirá, e praga nenhuma vai chegar à sua tenda, pois ele ordenou aos seus anjos que guardem você em seus caminhos. Eles o levarão nas mãos, para que seu pé não tropece numa pedra”. (Sl 91,10-12).
Mateus 18,12-14: A parábola das cem ovelhas
Para Lucas, esta parábola revela a alegria de Deus pela conversão de um pecador (Lc 15,3-7). Para Mateus, ela revela que o Pai não quer que um destes pequeninos se perca. Com outras palavras, os pequenos devem ser a prioridade pastoral da Comunidade, da Igreja. Eles devem estar no centro da preocupação de todos. O amor aos pequenos e excluídos deve ser o eixo da comunidade dos que querem seguir Jesus. Pois é deste modo que a comunidade se torna amostra do amor gratuito de Deus que acolhe a todos.
4) Para um confronto pessoal
- As pessoas mais pobres do bairro participam da nossa comunidade? Elas se sentem bem ou encontram em nós motivo para se afastar?
- Deus Pai não quer que se perca nenhum dos pequenos. O que significa isto para a nossa comunidade?
5) Oração final
Minha herança eterna são as vossas prescrições, porque fazem a alegria de meu coração. Abro a boca para aspirar, num intenso amor de vossa lei. (Sl 118, 111.131)
Aliança entre Bolsonaro e evangélicos sobrevive
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Masculinidade e WhatsApp sustentam o feitiço do ex-presidente
Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, desembarca de avião da PF em Brasília após ser preso em Florianópolis - Pedro Ladeira - 9.ago.23/Folhapress
A Polícia Federal costuma recorrer ao humor sarcástico para nomear suas operações. Seria esse o caso da "Lucas 12:2", que investiga suposto esquema de venda ilegal de joias e objetos de Jair Bolsonaro nos EUA?
Intencional ou não, o nome da operação traz em si potencial para viralizar nas redes sociais entre os milhões de evangélicos. A linguagem bíblica aproxima simbolicamente o caso investigado da liderança cristã que mobilizou fieis, transformou púlpito em palanque, profetizou a vitória do ex-presidente, repreendeu ou expulsou quem discordava e fez contorcionismo teológico para compatibilizar o gesto da arminha com a mensagem de Jesus.
Apesar do provocativo nome, o site Fuxico Gospel, conhecido por noticiar escândalos no mundo evangélico, não havia mencionado a operação até a manhã desta segunda (14). Mas o mesmo não pode ser dito da imprensa secular, que "evangelizou" seu público sobre a passagem bíblica em Lucas 12:2, que diz: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".
Cristãos desigrejados por causa de tensões políticas em 2022 também se manifestaram nas redes. "O pessoal não está refletindo, está apenas rindo", relata o sociólogo Leonardo Rossatto, membro de uma dessas comunidades. Em suas redes sociais, a notícia circula com comentários como: "Olha o nome da operação kkkkk" ou "Eita, como ele é honesto", referindo-se Bolsonaro.
Comentaristas do campo evangélico explicam de modo semelhante o envolvimento das principais igrejas nas campanhas do ex-presidente. Para eles, líderes influentes receberam, do Planalto e pela primeira vez, tratamento VIP. Viajaram no avião presidencial, postaram selfies com empresários e celebridades e ganharam milhões de seguidores nas redes. É, portanto, uma união mundana, sem inspiração religiosa.
Contudo, a exposição de possíveis crimes de Bolsonaro não garante que o eleitor cristão se arrependa e mude suas escolhas. Os EUA têm sido um espelho do Brasil no campo político, especialmente pela importância eleitoral de evangélicos. E, de olho nas eleições de 2024, o New York Times divulgou dados de junho indicando que a maioria dos evangélicos brancos (56%) segue apoiando Donald Trump. E 76% deles afirmam não acreditar que o ex-presidente tenha cometido algum crime federal.
"Há um encantamento, quase um feitiço, em torno dele," comentou um interlocutor sobre o vínculo de evangélicos com Trump. Entre os componentes dessa "magia" estão a masculinidade agressiva, presente em Trump e em Bolsonaro, e a comunicação. O governo mudou, mas o ex-presidente continua com sua bandeira hasteada nos territórios do WhatsApp e do Telegram. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Segunda-feira, 14 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 17, 22-27)
22Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia, Jesus lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, 23e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará”. E os discípulos ficaram extremamente tristes.
24Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do templo?” 25Pedro respondeu: “Paga, sim!” Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: “Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?” 26Ele respondeu: “Dos estranhos!” – “Logo os filhos estão isentos”, retrucou Jesus, 27“mas, para não escandalizar essa gente, vai até o lago, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por mim e por ti”.
3) Reflexão Mateus 17,22-27
Os cinco versículos do evangelho de hoje falam de dois assuntos bem diferentes um do outro: 1) Trazem o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus (Mt 17,22-23): 2) Informam sobre a conversa de Jesus com Pedro sobre o pagamento das taxas e impostos ao templo (Mt 17,24-27).
Mateus 17,22-23: O anúncio da morte e ressurreição de Jesus
O primeiro anúncio (Mt 16,21) havia provocado uma forte reação da parte de Pedro que não quis saber de sofrimento nem de cruz. Jesus tinha respondido com a mesma força: “Atrás der mim, satanás!” (Mt 16,23) Aqui, no segundo anúncio, a reação dos discípulos é mais branda, menos agressiva. O anúncio provoca tristeza. Parece que eles começam a compreender que a cruz faz parte do caminho. A proximidade da morte e do sofrimento pesa neles, gerando desânimo. Por mais que Jesus procurasse ajuda-los, a resistência de séculos contra a idéia de um messias crucificado era maior.
Mateus 17,24-25a: A pergunta dos fiscais do imposto a Pedro
Quando chegaram em Cafarnaum, os fiscais do imposto do Templo perguntaram a Pedro: "O mestre de vocês não paga o imposto do Templo?" Pedro responde: “Paga sim!” Desde os tempos de Neemias, (Séc V aC), os judeus que tinham voltado do cativeiro da Babilônia, comprometeram-se solenemente em assembléia a pagar vários impostos e taxas para poder manter funcionando o culto no Templo e para cuidar da manutenção tanto do serviço sacerdotal como do prédio do Templo (Ne 10,33-40). Pelo que transparece na resposta de Pedro, Jesus pagava este imposto como, aliás, todos os judeus faziam.
Mateus 17,25b-26: A pergunta de Jesus a Pedro sobre o imposto
É curiosa a conversa entre Jesus e Pedro. Quando eles chegam em casa, Jesus pergunta: "O que é que você acha, Simão? De quem os reis da terra recebem taxas ou impostos: dos filhos ou dos estrangeiros?" Pedro respondeu: "Dos estrangeiros!" Então Jesus disse: "Isso quer dizer que os filhos não precisam pagar!” Provavelmente, aqui se reflete uma discussão entre os judeus cristãos anterior à destruição do Templo no ano 70. Eles se perguntavam se deviam ou não continuar a pagar o imposto do Templo, como faziam antes. Pela resposta de Jesus, eles descobrem que não há obrigação de pagar esse imposto: “Os filhos não precisam pagar”. Os filhos são os cristãos. Mas mesmo não havendo obrigação, a recomendação de Jesus é pagar para não provocar escândalo.
Mateus 17,27: A conclusão da conversa sobre o pagamento do imposto
Mais curiosa do que a conversa é a solução que Jesus dá à questão. Ele diz a Pedro: “Para não provocar escândalo, vá ao mar, e jogue o anzol. Na boca do primeiro peixe que você pegar, vai encontrar uma moeda de prata para pagar o imposto. Pegue-a, e pague por mim e por você". Milagre curioso! Tão curioso como aquele dos 2000 porcos que se precipitaram no mar (Mc 5,13). Qualquer que seja a interpretação deste fato miraculoso, esta maneira de solucionar o problema sugere que se trata de um assunto que não tem muita importância para Jesus.
4) Para um confronto pessoal
1) O sofrimento e a cruz abateram e entristeceram os discípulos. Isto já aconteceu na sua vida?
2) Como você entende o episódio da moeda encontrada na boca do peixe?
5) Oração final
Nos céus, louvai o Senhor, louvai-o nas alturas do firmamento. Louvai-o, todos os seus anjos. Louvai-o, todos os seus exércitos. (Sl 148, 1-2)
5 dados curiosos sobre a vida de São Maximiliano Kolbe, mártir do século XX
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REDAÇÃO CENTRAL, 14 Ago. 20 / 06:00 am (ACI).
Neste dia 14 de agosto, é celebrado São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote membro da ordem dos frades menores conventuais, que morreu mártir nos campos de concentração nazistas, ao oferecer a sua vida em troca pela de um pai de família condenado à morte.
A seguir, alguns dados curiosos da vida deste santo do século XX.
1- A Virgem Maria apareceu a ele quando era criança
Ainda criança, realizou uma travessura que sua mãe reprovou. Tempos depois, a mãe viu que Kolbe tinha mudado de atitude e que, frequentemente, rezava chorando diante de um pequeno altar.
O menino lhe disse: “Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha”.
“A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu”.
2- Foi condenado a morrer de fome em uma cela e sobreviveu
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi preso e enviado aos campos de concentração. No tempo em que esteve ali, condenaram a morrer de fome em uma cela 10 prisioneiros que tentaram escapar.
São Maximiliano trocou sua vida pela do sargento polonês Franciszek Gajowniczek, que tinha explicado: “Meu Deus, eu tenho esposa e filhos”.
Nessa cela, o sacerdote seguiu incentivando seus companheiros na fé, com orações e cantos. Após duas semanas, somente São Maximiliano continuava vivo. Necessitando da cela para outros réus, os nazistas decidiram acabar com sua vida injetando-lhe ácido carbônico na veia.
3- Foi muito devoto à Imaculada Conceição
Maximiliano sempre foi muito devoto à Imaculada Conceição. Em 1917, fundou um movimento chamado “A Milícia da Imaculada”, o qual se consagrou à Virgem para lutar com todos os meios pela construção do Reino de Deus em todo o mundo.
Também iniciou a publicação de uma revista mensal chamada “Cavaleiros da Imaculada”, orientada a promover o conhecimento, o amor e o serviço à Virgem Maria.
4- Papa Francisco visitou seu túmulo
Durante sua visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz, no marco de sua viagem apostólica à Polônia pela Jornada Mundial da Juventude Cracóvia 2016, o Papa Francisco conheceu a “cela da fome”, onde São Maximiliano foi preso até o dia de sua morte, em 14 de agosto de 1941.
No recinto escuro, em cujas paredes há uma placa de recordação e estão gravadas as vítimas com três velas ao centro, o Santo Padre se sentou e rezou sozinho e em silêncio por cerca de seis minutos.
5- Na Polônia existem os frades bombeiros de São Maximiliano
Em 1927, o santo fundou a “Cidade da Imaculada” no convento franciscano de Niepokalanów, há 40 quilômetros de Varsóvia.
Há mais de 80 anos, aquele lugar conta com um Corpo de Bombeiros Frades de São Maximiliano Maria Kolbe.
Em 1928, Kolbe reuniu e disse aos frades: “Recebemos isso das pessoas, não é nosso, por isso, temos que nos assegurarmos de que não se destrua”. Logo colocaram mãos à obra e organizaram uma guarda contra incêndios. Fonte: https://www.acidigital.com
O testemunho de Pe. Kolbe que transformou o evangelho em vida
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A Igreja recorda nesta segunda-feira, 14 de agosto, São Maximiliano Maria Kolbe, "um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentração de Auschwitz", afirma Pe. Maicon André Malacarne em artigo. O "testemunho de liberdade, de dom, de entrega" do padre polonês "é o ressoar de quem assumiu radicalmente a Páscoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida".
Pe. Maicon André Malacarne*
O anúncio da paixão de Jesus Cristo é atravessado pela pergunta dos cobradores de impostos a Pedro: «o vosso mestre não paga o imposto do Templo?» (Mt 17,22-27). Trata-se da permanente tensão entre o ‘dom’ e a ‘obrigação’. De fato, Jesus viveu toda a vida como entrega, como ‘pagamento’, e a prova maior foi a cruz. A taxa do Templo era infinitamente menor do significado da Páscoa de Jesus, mas, para não escandalizar ninguém, Jesus disse a Pedro: «pega, então, a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti». A liberdade com que Jesus realizava cada gesto era firmada no compromisso de não gastar tantas forças com questões secundárias.
Uma das grandes conquistas da vida é a liberdade! Pessoas livres são muito fáceis para conversar, para conviver e são sempre generosas em acolher! Pessoas livres não se preocupam tanto com ‘o que os outros vão achar’, mas também descobrem que a liberdade é sempre um caminho de libertação, um ‘sapato’ para calçar todos os dias. A liberdade não é um ponto de chegada, sempre um ponto de partida na dinâmica de ‘livremente ser’.
Um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentração de Auschwitz, foi de São Maximiliano Maria Kolbe, cuja memória a Igreja celebra hoje! O padre polonês foi preso em 1941 e partilhou o destino de sofrimento de muitos prisioneiros. O episódio mais conhecido da sua história data julho de 1941, quando um dos prisioneiros fugiu e, como castigo, a ‘lei do campo’ escolhia dez presos para morrer sem comer. Um dos escolhidos era Franciszek Gajowniczek, pai de família que, quando ouviu seu nome, começou chorar por causa dos filhos.
O Pe. Kolbe, então, se ofereceu para ir no lugar daquele pai. Por ser um padre, logo a guarda acolheu o pedido. Os dez presos sobreviveram 14 dias e, em 14 de agosto, para apressar a morte daqueles que os guardas encontravam sempre rezando, decidiram matá-los com uma injeção de fenol. Também partiu assim Maximiliano! O seu testemunho de liberdade, de dom, de entrega é o ressoar de quem assumiu radicalmente a Páscoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida.
* Diocese de Erexim/RS. Fonte: https://www.vaticannews.va
Corpo do padre encontrado morto depois de ficar desaparecido é sepultado
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População de Itaguara lotou o cemitério para se despedir do Padre Carvalho (foto: Divulgação Itapax)
Fiéis lotaram o velório do Padre Carvalho no Cemitério de Itaguara
Sepultado no início da tarde deste domingo (13/8), no Cemitério Jardim Parque Nossa Senhora das Dores, em Itaguara, o corpo do padre José de Souza Carvalho, de 61 anos, chamado carinhosamente de “Padre Carvalho”. Ele estava desaparecido desde o último dia 4 de agosto. O corpo foi encontrado, neste sábado (12/8), próximo à rodovia MG-431, em Itaúna, na região central do estado.
O velório foi realizado no mesmo local do sepultamento e reuniu praticamente toda a população de Itagura. Ele era muito querido e o que se viu foi muita choradeira por parte dos fiéis. Padre Carvalho comandou a Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de Itaguara, por seis anos.
Segundo a Polícia Militar, o corpo foi encontrado à beira de um córrego às margens da estrada em trecho que liga Itatiaiuçu a Itaúna. O cadáver estava parcialmente nu e a perícia não conseguiu fazer a identificação, mas há a suspeita de que a morte pode ter ocorrido há mais de dois dias.
A identificação do corpo foi feita por familiares que foram ao Instituto Médico Legal (IML). Mesmo com o reconhecimento, devido ao estado de decomposição, foi solicitado um exame de DNA para a confirmação da identidade.
A Polícia Civil aguarda a conclusão do exame de corpo de delito para dar continuidade às investigações sobre o que levou o padre à morte. Fonte: https://www.em.com.br
Notícia das mídias...
Padre desaparecido há uma semana é encontrado morto em Itaúna (MG)
Corpo de José de Souza Carvalho estava seminu, dentro de um córrego na MGC-431; Polícia Civil investiga causa da morte
Pollyana Sales, da Record TV Minas
O padre desaparecido há uma semana em Minas Gerais foi encontrado morto, neste sábado (12), a 76 km de Belo Horizonte. O corpo do homem estava seminu, dentro de um córrego próximo à MGC-431. A Polícia Civil investiga a causa da morte.
O pároco estava afastado das atividades há três anos. O motivo do afastamento não foi informado pela Diocese.
José de Souza Carvalho desapareceu no último dia 4 de agosto. O padre afastado morava com o pai em Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a família, ele saiu de casa sem os documentos, deixando o idoso sozinho, o que não era comum.
A sobrinha de Carvalho relatou à polícia que o tio teria ido encontrar um homem chamado Danilo que, segundo a PM, já cometeu crimes e foi preso. Desde o dia do desaparecimento, policiais tentaram contato com Danilo, mas ele não foi localizado.
O carro de Carvalho foi visto pela última vez na Avenida Amazonas, no Centro de Belo Horizonte, na madrugada do dia 5 de agosto.
Em nota, Diocese de Itaguara lamentou o ocorrido e declarou que aguarda esclarecimentos das circunstâncias da morte por autoridades policiais. Já a Polícia Civil informou que uma equipe foi ao córrego para realizar os levantamentos necessários para a identificação. O corpo do homem estavam em estado avançado de decomposição e será sepultado neste domingo (13), em Itaguara. Fonte: https://noticias.r7.com
Notícia das mídias...
Às margens de um rio em Minas é encontrado morto padre desaparecido
Detalhes do desaparecimento e da descoberta do corpo do Padre José de Souza Carvalho
Por Plox
Na última sexta-feira (11), uma descoberta chocante aconteceu em Itaúna, Região Central de Minas Gerais. O corpo de José de Souza Carvalho, um padre que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado às margens de um rio. A identificação do corpo foi confirmada pelos familiares e pela Polícia Civil.
José de Souza Carvalho, um respeitado membro da comunidade eclesiástica, estava desaparecido desde o dia 4 de agosto. Naquele dia, ele mencionou que sairia para dar uma volta de carro no final da tarde, e depois disso, não foi mais visto.
A Diocese de Oliveira, local onde o padre já atuou, foi uma das primeiras a comunicar a morte do religioso. Sua carreira também incluiu atuação em cidades como Itaguara, Santana do Jacaré e Ribeirão Vermelho. Segundo informações da Diocese, ele estava afastado da função desde dezembro de 2020 para cuidar do pai, que se encontrava em idade avançada.
Investigação em Curso:
A investigação sobre o caso ainda está em andamento e os detalhes permanecem escassos. A Polícia Civil declarou que o corpo foi encontrado em um estado avançado de decomposição, tornando a determinação das causas da morte um desafio no momento. "O corpo encontrado e identificado pelos familiares trata-se do padre José de Souza Carvalho, desaparecido desde o dia 06 deste mês", informou a Polícia Civil.
A comunidade religiosa e os residentes locais aguardam com angústia por respostas, enquanto as autoridades continuam suas investigações para elucidar as circunstâncias que cercam o trágico destino do Padre Carvalho.
O caso tocou corações em todo o estado e reforça a necessidade constante de vigilância e cuidado dentro e fora das comunidades eclesiásticas. As atualizações sobre a investigação são esperadas nas próximas semanas, enquanto as autoridades trabalham para esclarecer este mistério. Fonte: https://plox.com.br
19º DOMINGO DO TEMPO COMUM
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Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
Mensagem central do Evangelho – Jesus lhes disse: “não vos inquieteis, sou Eu mesmo. Não tenhais medo” (Mt 14, 22-33).
Jesus veio para evangelizar, edificar o Reino de Deus: salvar-nos da condenação eterna. Devia, por isso, continuar a educação do povo medroso, fraco e desanimado, como aquele do Êxodo. Razão pela qual, Ele é tido como o verdadeiro Moisés, do qual o anterior foi apenas pálido representante. Por isso, formou Seu povo pela Palavra, pelo agir e orar.
É preciso, portanto, conhecer bem Jesus Cristo: Sua obra, pessoa e missão. O relato, do Evangelho de hoje, não é mera crônica. É catequese, pela qual Mateus ensina que, mesmo havendo perseguições e dificuldades é preciso manter-se firme, pois Ele (Cristo) está sempre presente. Num mundo, como o de hoje, haverá forçosamente desânimos, defecções e abandonos da verdadeira vida cristã. Somos fracos. Mas acentuo: Cristo permanece eternamente conosco. Contudo, não podemos ser ingênuos, nem também, precisamos ver sempre fantasmas…. Onde existe o pecado, há também pecadores, assim como também, santos e até mártires. O discipulado cristão nunca foi fácil. Há, por isso, também hoje, Pedros se afogando, Thomés querendo ver os sinais do crucificado, como Judas traindo, mas, graças a Deus, há também, Joãos que dirão: “Cristo não falha, Ele está, sempre conosco, crede-O e crescereis, sempre, no amor e não vereis novos fantasmas. ”
Jesus é fiel à missão, porque está em união com o Pai, A quem ouve, ama, e por isso, ora. Educa, assim, o povo a Ele confiado pelo exemplo. Pedro impelido, pelo temperamento e não pela fé, ia naufragando, mesmo sendo tido, como bom pescador…. Pede, então, socorro e é atendido. Mostra fraqueza, mas aprende com seus erros. Iluminado pelo Espírito Santo, torna-se fiel e o demonstra, por seu martírio de cruz, como o mestre. Cumpriu, o que prometera a Jesus, quando este lhe perguntou: “Tu me amas mais, do que estes? Apascenta, então, meu rebanho.” (Jo 21,15). Fez uma bela caminhada. Portanto, se o imitamos no erro, aprendamos com ele. Imitemo-lo, na busca da fidelidade, mesmo quando enfrentarmos tempestades. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Sexta-feira, 11 de agosto-2023. 18ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os vosso filhos que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 16, 24-28)
Naquele tempo, 24Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. 25Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á. 26Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo suas obras. 28Em verdade vos declaro: muitos destes que aqui estão não verão a morte.
3) Reflexão Mateus 16,24-28
Os cinco versículos do evangelho de hoje são a continuidade das palavras de Jesus a Pedro que meditamos ontem. Jesus não esconde nem abranda as exigências do discipulado. Não permitiu que Pedro tomasse a dianteira e o colocou no seu devido lugar: “Atrás de mim!” O evangelho de hoje explicita estas exigências para todos nós;
Mateus 16,24: Tome a sua cruz e siga-me
Jesus tira as conclusões que valem até hoje: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga”. Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o império romano impunha aos marginais e bandidos. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. A Cruz não é fatalismo, nem é exigência do Pai. A Cruz é a conseqüência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs. Por causa deste anúncio revolucionário, Jesus foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão (Jo 15,13). O testemunho de Paulo na carta aos Gálatas mostra o alcance concreto de tudo isto: “Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”. (Gal 6,14) E ele termina aludindo às cicatrizes das torturas que sofreu: “De agora em diante ninguém mais me moleste, pois trago em meu corpo as marcas de Jesus” (Gal 6,17).
Mateus 16,25-26: Quem perde a vida por causa de mim vai encontrá-la
Estes dois versículos explicitam valores humanos universais que confirmam a experiência de muitos, cristãos e não cristãos. Salvar a vida, perder a vida, encontrar a vida. A experiência de muitos ensina o seguinte: Quem vive atrás de bens e de riqueza, nunca fica saciado. Quem se doa aos outros esquecendo-se a si mesmo, sente uma grande felicidade. É a experiência das mães que se doam, e de tanta gente que não pensa em si, mas nos outros. Muitos fazem e vivem assim quase por instinto, como algo que vem do fundo da alma. Outros fazem assim, porque tiveram uma experiência dolorosa de frustração que os levou a mudar de atitude. Jesus tem razão em dizer: Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”. Importante é o motivo: “por causa de mim”, ou como diz em outro lugar: “por causa do Evangelho” (Mc 8,35). E ele termina: “Com efeito, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que um homem pode dar em troca da sua vida?” Esta última frase evoca o salmo onde se diz que ninguém é capaz de pagar o preço do resgate da vida: “O homem não pode comprar seu próprio resgate, nem pagar a Deus o preço de si mesmo. É tão caro o resgate da vida, que nunca bastará para ele viver perpetuamente, sem nunca ver a cova”. (Sl 49,8-10).
Mateus 16,27-28: O Filho do Homem retribuirá a cada uma conforme a sua conduta
Estes dois versículos se referem à esperança do povo com relação à vinda do Filho do Homem no fim dos tempos como juiz da humanidade, como é apresentado na visão do profeta Daniel (Dn 7,13-14). O primeiro versículo diz: “O Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a própria conduta” (Mt 16,27). Nesta frase se fala da justiça do Juiz. Cada um vai receber conforme a sua própria conduta. O segundo versículos diz: “Alguns daqueles que estão aqui, não morrerão sem terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino”. (Mt 16,28). Esta frase é um aviso para ajudar a perceber a vinda de Jesus como Juiz nos fatos da vida. Alguns achavam que Jesus viria logo (1Ts 4,15-18). Jesus, de fato, veio e já estava presente nas pessoas, sobretudo nos pobres. Mas eles não o percebiam. Jesus mesmo tinha dito: “Aquela vez que você ajudou o pobre, o doente, o sem casa, o preso, o peregrino, era eu!” (Mt 25,34-45)
4) Para um confronto pessoal
- Quem perde a vida vai ganha-la. Qual a experiência que tenho neste ponto?
- As palavras de Paulo: “Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”. Tenho coragem de repeti-las na minha vida?
5) Oração final
Celebrai comigo o Senhor, exaltemos juntos o seu nome. Busquei o Senhor e ele respondeu-me e de todo temor me livrou. (Sl 33), 4-5
Quinta-feira, 10- São Lourenço: O maior tesouro da Igreja são os pobres
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SÃO LOURENÇO
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo, neste dia 10 de agosto nos reunimos para celebrar a vida e o testemunho do inspirador São Lourenço, um diácono e mártir da Igreja, cuja história ecoa através dos séculos.
São Lourenço nasceu em Huesca, na Espanha, durante o século III, em tempos turbulentos de perseguição aos cristãos. Desde jovem, demonstrou uma profunda fé e um desejo ardente de servir a Deus. Assim, ele se mudou para Roma, onde foi ordenado diácono e ingressou no serviço da Igreja.
Seu carisma e dedicação logo o destacaram aos olhos do Papa Sisto II, que o nomeou o primeiro diácono de Roma, confiando-lhe a importante responsabilidade de cuidar das finanças e administrar os bens da Igreja. Entretanto, a história de São Lourenço ficou ainda mais marcada por seu coração compassivo e generoso para com os mais necessitados.
Em uma época de perseguição, o imperador Valeriano ordenou que todos os líderes cristãos fossem presos e suas propriedades confiscadas. Ao ser confrontado pelas autoridades romanas e exigirem que entregasse os tesouros da Igreja, São Lourenço fez uma ousada resposta: ele reuniu os pobres, os doentes e os necessitados e apresentou-os como o verdadeiro tesouro da Igreja. Ele declarou que a verdadeira riqueza da Igreja era o amor, a caridade e a devoção a Deus.
Essa atitude desafiadora e corajosa custou-lhe a vida. São Lourenço foi condenado à morte pelo imperador e enfrentou seu martírio com uma fé inabalável. Conta-se que, enquanto estava sendo queimado na grelha, ele permaneceu calmo e até mesmo brincou com o carrasco, dizendo: “Vire-me, estou bem assado deste lado”. Sua atitude destemida e alegre na face da morte inspirou muitos a se converterem ao cristianismo.
A vida de São Lourenço é uma lição para todos nós. Ele nos ensina que a verdadeira grandeza está em servir a Deus e ao próximo, especialmente aos mais vulneráveis. Sua caridade e dedicação aos necessitados nos mostram que a fé deve ser vivida em ação, em amor concreto e solidariedade.
Quando revisitamos a história, somos convidados a refletir sobre como podemos seguir o exemplo de São Lourenço em nossas vidas diárias. Que possamos ser pessoas generosas, dispostas a compartilhar nossos dons com os outros, e a enxergar o verdadeiro tesouro naqueles que precisam de nosso cuidado e apoio.
Que a memória de São Lourenço nos inspire a sermos autênticos cristãos, dispostos a enfrentar desafios com coragem e alegria, a viver nossa fé com generosidade e a buscar sempre o bem do próximo.
Que a intercessão de São Lourenço nos ajude a trilhar o caminho da santidade e do amor, para que, como ele, possamos testemunhar a mensagem do Evangelho em nossas vidas e fazer a diferença no mundo através do serviço ao próximo.
Que Deus nos abençoe e nos conceda a graça de seguir os passos de São Lourenço, com humildade e alegria no coração.
Saudações em Cristo! Fonte: www.cnbb.org.br
Dom Jaime Spengler: evasão de fiéis católicos preocupa a CNBB
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Possibilidade de o Brasil perder o título de país mais católico do mundo e o número de fiéis ser inferior a 50%, leva a um convite de dom Jaime: “ser sal da terra e luz do mundo”.
Filipe Brogliatto – Porto Alegre
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enfrenta um cenário desafiador para combater a evasão de fiéis e a migração de católicos para outras religiões cristãs. Ao mesmo tempo, busca promover o diálogo e propor uma mensagem que seja relevante para diferentes faixas etárias, especialmente em um contexto de desigualdades sociais no país. A metáfora de "ser sal da terra" e "luz do mundo", baseada no Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 13-14, emerge como uma proposta para enfrentar esses desafios.
De acordo com o presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, a diminuição no número de católicos é uma questão que preocupa a Igreja. Em uma entrevista ao Vatican News, ele alerta sobre a possibilidade de o país perder o título de "mais católico do mundo" com a divulgação dos dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existe ainda apreensão de que o percentual de católicos possa se tornar inferior a 50%.
"Nós precisamos levar esses números em conta", afirma Dom Jaime. "Há quem diga que, ao serem publicados os resultados do Censo, provavelmente seremos [nós católicos] menos de 50% da população. É um dado que preocupa sim", completa o presidente da CNBB.
Diante desse contexto desafiador, Dom Jaime convoca os fiéis leigos, sacerdotes e religiosos e religiosas para uma reflexão sobre como ser "sal da terra", "luz do mundo" e "fermento na massa", conforme descrito no Evangelho de Mateus. A proposta, completa o arcebispo, “é encontrar uma linguagem que seja capaz de propor a mensagem ao adolescente, ao jovem, ao adulto de hoje num contexto social marcado por desigualdades imensas, mas também por avanços tecnológicos extraordinários”. Fonte: https://www.vaticannews.va
Terça-feira, 8 de agosto-2023. 18ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os vosso filhos que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 14, 22-36)
22Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a multidão.23Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite,estava lá sozinho.24Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.25Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar.26Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um fantasma! disseram eles, soltando gritos de terror.27Mas Jesus logo lhes disse: Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!28Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti!29Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus.30Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!31No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?32Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou.33Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus.34E, tendo atravessado, chegaram a Genesaré.35As pessoas do lugar o reconheceram e mandaram anunciar por todos os arredores. Apresentaram-lhe, então, todos os doentes,36rogando-lhe que ao menos deixasse tocar na orla de sua veste. E, todos aqueles que nele tocaram, foram curados.
3) Reflexão Mateus 14,22-36
O Evangelho de hoje descreve a difícil e cansativa travessia do mar da Galiléia num barco frágil, balançado pelo vento contrário. Entre o Sermão das Parábolas (Mt 13) e o da Comunidade (Mt 18), está, novamente, a parte narrativa (Mt 14 até 17). O Sermão das Parábolas chamava nossa atenção para a presença do Reino. Agora, a parte narrativa mostra como esta presença acontece provocando reações a favor e contra Jesus. Em Nazaré ele não foi aceito (Mt 13,53-58) e o rei Herodes pensava que Jesus fosse uma espécie de reencarnarão de João Batista, por ele assassinado (Mt 14,1-12). O povo pobre, porém, reconhecia em Jesus o enviado de Deus e o seguia no deserto, onde aconteceu a multiplicação dos pães (Mt 14,13-21). Depois da multiplicação dos pães, Jesus despede a multidão e manda os discípulos fazer a travessia, descrita no evangelho de hoje (Mt 14,22-36).
Mateus 14,22-24: Iniciar a travessia a pedido de Jesus.
Jesus forçou os discípulos a entrar no barco e ir para o outro lado do mar, onde ficava a terra dos pagãos. Ele mesmo sobe a montanha para rezar. O barco simboliza a comunidade. Ela tem a missão de dirigir-se aos pagãos e de anunciar também entre eles a Boa Nova do Reino que gera um novo jeito de conviver em comunidade. Mas a travessia é cansativa e demorada. A barca é agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Apesar de terem remado a noite toda, falta muito para chegar à terra. Faltava muito para as comunidades fazerem a travessia para os pagãos. Jesus não foi com os discípulos. Eles devem aprender a enfrentar juntos as dificuldades, unidos e fortalecidos pela fé em Jesus que os enviou. O contraste é grande: Jesus em paz junto de Deus rezando no alto da montanha, e os discípulos meio perdidos lá em baixo, no mar revolto.
A travessia para o outro lado do lago simboliza também a difícil travessia das comunidades do fim do primeiro século. Elas deviam sair do mundo fechado da antiga observância da lei para o novo jeito de observar a Lei do amor, ensinado por Jesus; sair da consciência de pertencer ao povo eleito, privilegiado por Deus entre todos os povos, para a certeza de que em Cristo todos os povos estavam sendo fundidos num único Povo diante de Deus; sair do isolamento da intolerância para o mundo aberto do acolhimento e da gratuidade. Também nós hoje estamos numa travessia difícil para um novo tempo e uma nova maneira de ser igreja. Travessia difícil, mas necessária. Há momentos na vida em que o medo nos assalta. Boa vontade não falta, mas não basta. Somos como um barco que enfrenta o vento contrário.
Mateus 14,25-27: Jesus se aproxima e eles não o reconhecem.
Na quarta vigília, isto é, entre as horas três e seis da madrugada, Jesus foi ao encontro dos discípulos. Andando sobre as águas, chegou perto deles, mas eles não o reconheceram. Gritavam de medo, pensando que fosse um fantasma. Jesus os acalma dizendo: “Coragem! Sou eu! Não tenham medo!” A expressão "Sou Eu!" é a mesma com que Deus tentou superar o medo de Moisés quando o enviou para libertar o povo do Egito (Ex 3,14). Para as comunidades, tanto as de ontem como as de hoje, era e é muito importante ouvir sempre de novo: "Coragem! Sou eu! Não tenham medo!"
Mateus 14,28-31: Entusiasmo e fraqueza de Pedro .
Sabendo que é Jesus, Pedro pede para poder andar sobre as águas. Quer experimentar o poder que domina a fúria do mar. Um poder que, na Bíblia, é exclusivo de Deus (Gn 1,6; Sl 104,6-9). Jesus permite que ele participe desse poder. Mas Pedro tem medo. Pensa que vai afundar e grita: "Senhor! Salva-me!" Jesus o segura e repreende: "Homem fraco na fé! Por que duvidou?" Pedro tem mais força do que ele imagina, mas tem medo diante das ondas contrárias e não acredita no poder de Deus que existe nele. As comunidades não acreditam na força do Espírito que existe dentro delas e que atua através da fé. É a força da ressurreição (Ef 1,19-20).
Mateus 14,32-33: Jesus é o Filho de Deus
Diante da onda que avança sobre ele, Pedro afunda no mar por falta de fé. Depois que foi salvo, ele e Jesus, os dois, entram na barca e a ventania para. Os outros discípulos, que estavam na barca, ficam maravilhados e se ajoelham diante de Jesus, reconhecendo nele o Filho de Deus: "De fato, tu és o Filho de Deus". Mais tarde, Pedro também vai professar a mesma fé em Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Assim, Mateus sugere que não é só Pedro que sustenta a fé dos discípulos, mas também é a fé dos discípulos, que sustenta a fé de Pedro.
Mateus 14,34-36: Levaram a Jesus todos os doentes
O episódio da travessia termina com este final bonito: “Acabando de atravessar, desembarcaram em Genesaré. Os homens desse lugar, reconhecendo-os, espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a Jesus todos os doentes, e pediram que pudessem ao menos tocar a barra da roupa dele. E todos os que tocaram, ficaram curados”.
4) Para um confronto pessoal
- Um vento contrário assim já aconteceu na sua vida? Como fez para vencer? Já aconteceu alguma vez na comunidade? Como superaram?
- Qual a travessia que hoje as comunidades estão fazendo? De onde para onde? Como tudo isto nos ajuda a reconhecer hoje a presença de Jesus nas ondas contrárias da vida?
5) Oração final
Afastai-me do caminho da mentira, e fazei-me fiel à vossa lei. Não me tireis jamais da boca a palavra da verdade, porque tenho confiança em vossos decretos. (Sl 118, 29.43)
Papa encerra jornada em Portugal com 1,5 milhão de fiéis e anuncia Seul como próxima sede.
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Diante de multidão católica em Lisboa, Francisco exorta jovens a terem coragem e volta a pedir fim da Guerra da Ucrânia
LISBOA
Último grande evento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, a missa celebrada pelo papa Francisco reuniu 1,5 milhão de pessoas na manhã deste domingo (6), de acordo com a Santa Sé.
Boa parte do público já havia participado da vigília na noite anterior, também comandada pelo pontífice, e pernoitou no local: um parque à beira do rio Tejo, com área equivalente à de 100 campos de futebol.
A celebração de despedida teve ainda o anúncio da próxima cidade a sediar a JMJ. Seul, na Coreia do Sul, receberá o evento, considerado o maior encontro internacional da Igreja Católica, em 2027.
"Desde a fronteira ocidental da Europa, [a JMJ] vai deslocar-se para o extremo Oriente, em 2027, bonito sinal da universalidade da Igreja", disse Francisco.
Segundo especialistas, a escolha da capital coreana mostra um desejo do Vaticano de se expandir de maneira mais consistente na Ásia. Será a segunda vez que o continente recebe a JMJ, que em 1995 foi realizada em Manila, nas Filipinas.
A missa final em Lisboa foi celebrada pelo papa Francisco em português, mas o discurso da homilia foi feito em espanhol. Em sua fala, o pontífice defendeu a necessidade de amar o próximo.
"Amar o próximo como é, não apenas quando está em sintonia conosco, mas também quando nos é antipático e apresenta aspectos de que não gostamos", afirmou.
Francisco também pediu várias vezes que os jovens tenham coragem diante dos desafios da vida. "A vós, jovens, que cultivais sonhos grandes mas frequentemente ofuscados pelo medo de não os ver realizados; a vós, jovens, que às vezes pensais que não ides conseguir; a vós, jovens, tentados neste tempo a desanimar, a julgar-vos inadequados ou a esconder a vossa dor disfarçando-a com um sorriso (…) Jesus diz: ‘Não tenhais medo’", afirmou.
Antes de terminar a celebração, o pontífice, que em seu primeiro dia em Portugal já havia criticado a falta de esforços da Europa para encerrar a Guerra da Ucrânia, repetiu o apelo pela paz.
"Amigos, permiti a mim, idoso, partilhar convosco, jovens, um sonho que trago cá dentro. O sonho da paz, o sonho de jovens que rezam pela paz, vivem em paz e constroem um futuro de paz." O argentino manifestou "dor e tristeza pela querida Ucrânia, que continua a sofrer".
Com dificuldades para caminhar, o papa de 86 anos usou uma cadeira de rodas nos momentos em que precisou se locomover pelo palco.
Além dos peregrinos vindos de todo o mundo –esta edição da JMJ bateu o recorde de nacionalidades, com representantes de todos os países, com exceção das Maldivas–, a missa contou ainda com um grande contingente de membros do clero: cerca de 10 mil sacerdotes, 700 bispos e 30 cardeais.
Em uma espécie de setor VIP da missa, diversos políticos de Portugal –onde 80,2% da população se declarou católica no último censo, em 2021– assistiram à celebração.
Entre os presentes estava o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, que acompanhou praticamente toda a agenda do papa no país. Católico praticante, o chefe de Estado recebeu um agradecimento de Francisco durante os momentos finais da missa.
O ato litúrgico aconteceu em um dos focos de maior polêmica da Jornada Mundial da Juventude: um altar-palco construído com recursos públicos. Em fevereiro, após a divulgação dos custos, o orçamento para a plataforma acabou reduzido de € 4,2 milhões (R$ 22,5 milhões) para € 2,9 milhões (R$ 15,5 milhões), pagos pela Câmara Municipal de Lisboa (equivalente à Prefeitura).
Há dez dias, o artista plástico português Bordalo II realizou um protesto no local, instalando uma espécie de "tapete de dinheiro", formado por reproduções de notas de € 500. Batizada de "Walk of Shame" (caminhada da vergonha, em tradução literal), a obra criticava o dinheiro público no encontro católico.
O gasto público total na JMJ ainda não foi contabilizado. O governo federal previu um investimento de € 36 milhões (R$ 187,9 milhões), enquanto a Câmara de Lisboa afirmou que gastaria no máximo outros € 35 milhões (R$ 182,7 milhões).
Quando Francisco foi ao Brasil em 2013, também para uma edição da JMJ, logo após ter sido eleito pontífice, o custo total estimado pelos organizadores à época foi entre R$ 320 milhões e R$ 350 milhões, com ao menos R$ 109 milhões em recursos públicos.
A principal justificativa para o investimento do Estado é o legado das estruturas para a cidade, além da movimentação econômica proporcionada pela enxurrada de peregrinos.
Esta edição da jornada foi também bastante marcada pela questão dos abusos sexuais. Em fevereiro, uma comissão independente que investigou os casos publicou um relatório revelando que pelo menos 4.815 menores foram vítimas de membros da Igreja Católica em Portugal desde 1950. Mais de 70% dos abusadores eram padres.
Na última terça-feira (2), Francisco se reuniu de forma reservada com 13 vítimas de abusos praticados por integrantes da igreja no país. O grupo foi acompanhado por representantes de órgãos da igreja responsáveis pela proteção dos menores.
Antes de regressar ao Vaticano no fim da tarde deste domingo, Francisco terá um encontro com os voluntários da JMJ. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Pesquisa diz que metade dos brasileiros é católico, mas é o evangélico que mais vai à igreja
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A conta é de Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva
Pesquisa diz que metade dos brasileiros é católico, mas é o evangélico que mais vai à igreja — Foto: Guito Moreto/ foto de arquivo
Por Ancelmo Gois
Pesquisa diz que metade dos brasileiros é católico, mas é o evangélico que mais vai à igreja — Foto: Guito Moreto/ foto de arquivo
Metade da população brasileira se declara católica. Mas são apenas 34% dos que frequentam templos no país. Já os evangélicos são 31% da população, mas 59% dos que vão às igrejas. A conta é de Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva. Fonte: https://oglobo.globo.com
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