O Frei Carlos Mesters está maravilhosamente bem. Amanhã, quarta-feira, dia 12, às onze, é o horário que ele vai fazer o cateterismo. Ocorrendo tudo normal- É o que esperamos- a noite ele já estará no Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.

Com informações do correspondente do Olhar Jornalístico Rio, Frei Donizetti Barbosa, Carmelita.

Frei Carlos Mesters, Carmelita.

Em cada um dos três anúncios, Jesus fala da sua paixão, morte e ressurreição como sendo parte do projeto de Deus: “O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e depois de três dias ressuscitar” (8,31; cf 9,31; 10,33). A expressão deve indica que a cruz já tinha sido anunciada nas profecias (cf Lc 24,26).

Cada um dos três anúncios da paixão é acompanhado de gestos ou palavras de incompreensão por parte dos discípulos. No primeiro anúncio, Pedro não quer a cruz e critica Jesus (8,32). Jesus reage e chama Pedro de Satanás, isto é, aquele que o desvia do caminho de Deus (8,33). No segundo anúncio, os discípulos não entendem, têm medo e querem ser o maior (9,32-34). No terceiro anúncio, eles estão assustados, com medo (10,32), e querem promoção (10,35-37). É porque nas comunidades para as quais Marcos escreve o seu evangelho havia muita gente como Pedro: não queriam a cruz! Eram como os discípulos: não entendiam a cruz, tinham medo ou queriam ser o maior; viviam assustados e queriam promoção.

Cada um dos três anúncios traz uma palavra de Jesus que critica e corrige a falta de com­preensão dos discípulos e ensina como deve ser o comportamento deles. No primeiro anúncio, ele exige: negar-se a si mesmo, carregar a cruz e segui-lo, perder a vida por causa dele e do evangelho, e não ter vergonha dele e da sua palavra (8,34-38). No segundo, exige: fazer-se servo de todos, e receber as crianças, os pequenos, como se fossem ele mesmo, Je­sus (9,35-37). No terceiro, exige: beber o cálice que ele vai beber, não imitar os poderosos que exploram, mas sim imitar o Filho do Homem que não veio para ser servido, mas para servir (10,35-45).

Em dois dos três anúncios Jesus pede silêncio. Ele parece não querer publicidade (8,30; 9,30). A mesma preocupação ele mostra depois da Transfiguração (9,9). Estas ordens de silêncio aos apóstolos tem a ver com a variedade que havia na esperança messiânica. O povo não tinha condições de aceitar um condenado à cruz como o Messias, pois a ideologia dominante só divulgava a imagem do Messias glorioso: rei, doutor, juiz, sacerdote, general! Ninguém se lembrava do Messias servidor e sofredor, anunciado por Isaías! Só mesmo quem decidisse caminhar com Jesus na mesma estrada do compromisso com os pequenos em vista da realiza­ção do Reino seria capaz de aceitar o Crucificado como o Messias. Só a prática poderia abrir para o anúncio!

Abre parêntesis. Antes disso, em três outras ocasiões, Jesus já tinha imposto silêncio aos demônios (1,25; 1,34; 3,12) e, três outras vezes, tinha dado ordem aos que foram curados de não divulgar a cura (1,44; 5,43; 7,36; 8,26). Mas nestes casos, o significado da ordem do silêncio é outro. Jesus pede silêncio, mas obtem o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa Nova se espalha (1,28.45; 3,7-8; 7,36-37). A força da Boa Nova é tão grande que ela se divulga por si mesma! Aliás, é só três ou quatro vezes que Jesus pede silêncio aos curados. Nas muitas outras vezes, não o pede. Uma vez até pediu publicidade (5,19). 

Na última sexta-feira dia 7, na cidade de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, o confrade, Frei Carlos Mesters sofreu um infarto e se recupera bem. Ontem, sábado dia 8, foi transferido de Angra dos Reis para o Hospital do Carmo na cidade do Rio de Janeiro. Nas próximas horas ele será transferido para um outro hospital onde será submetido a um cateterismo cardíaco- procedimento realizado com o objetivo de diagnosticar ou tratar doenças cardíacas.

As nossas preces para o confrade

 

Após uma pregação do Evangelho de três anos Jesus entra em Jerusalém pela terceira vez. Com muito jubilo e alegria foi recebido. Parecia, que todos começavam a reconhecer a finalidade sublime da missão de Jesus. Mas reconhecimento e descaso andam juntos. Numa semana acontecem fatos dolorosos em torno de Jesus.

 

De fato a mensagem da Salvação de Jesus trazem sofrimento e desprezo para alcançar a nossa Salvação. Jesus tinha consciência da sua morte na cruz, mas não quis fugir dela. Ele não procurou fama ou honrarias. Jamais se desviou das ameaças e violências, nem da morte.

A Semana Santa vai provar a Sua decisão. Jesus era fiel à Palavra de Deus Pai, que Ele anunciava com toda a firmeza. Esta Palavra o chamou também à fidelidade total e radical; vai até a morte da cruz. Jesus não escondeu este caminho aos seus discípulos, quando os convidou a tomar a sua cruz e segui-lo. Por isso o Domingo de Ramos não é o fim. Jesus mesmo há de dizer a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo”. O Reino de Jesus é o Reino de Deus, onde há lugar para todas as pessoas, que O querem bem.

A morte de Jesus parecia o fim da novela. A última cena: uma mãe em pranto. Algumas amigas dela com aromas. Em um dos canais, a novela termina com um dos amigos de Jesus, pendurado numa árvore. Em outro canal a última cena mostra um soldado romano, que sob o impacto do acontecimento brada em alta voz: ”Este homem é realmente o filho e Deus”. Mas ninguém tomava a sério este grito, sob o impacto do engano do engano. Ele que salvou outros, não podia salvar-se a se mesmo. Coitado! Grita ainda por Elias. Os graúdos, ao pé da cruz, tiveram dó de tanta ingenuidade. E mesmo sem a ressurreição a gente nem teria sabido, que Jesus de Nazaré era realmente durante todo o tempo da Sua vida, o Filho de Deus.

Matando Jesus, tentavam-se destruir Jesus como um ídolo a imagem de Deus vivo, que ele pregava. Ressuscitando-o da morte, Deus o colocou no meio de nós, como imagem de Deus verdadeiro, e quebrou todas as nossas imagens de Deus como ídolos vãos.

Celebrar a Semana Santa é converte-se dos ídolos vãos ao Deus vivo e verdadeiro, que quer abrir os olhos, para que morra em nós o homem velho e nasça o homem novo. Este sabe que, quando ele vive e morre com Jesus e como Jesus, será com Ele ressuscitado. Devemos, pois, desconfiar profundamente de uma Semana Santa, cujo ponto culminante e final, é o descimento da cruz e a procissão do Senhor Morto. Para os fariseus, escribas, anciãos e sumos sacerdotes era esse o fim. Para nós o Senhor Ressuscitado, a quem devemos nos converter para encontrar-nos com aquele Deus, que o tirou do túmulo e o fez sentar à Sua direita no céu.

O Frei Carlos Mesters, carmelita, já se encontra no Hospital do Carmo, aqui na cidade do Rio de Janeiro. Nas próximas horas ele será transferido para um outro hospital onde será submetido a um cateterismo cardíaco- procedimento realizado com o objetivo de diagnosticar ou tratar doenças cardíacas. As nossas preces ao confrade.

O Frei Carlos Mesters, Carmelita,  está sendo transferido neste momento da CTI de Angra dos Reis para a cidade do Rio de Janeiro. Ele sofreu um infarto ontem no Convento do Carmo de Angra. Mais informações nas próximas horas aqui no Olhar.

Ontem, (sexta, dia 7) na cidade de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, o confrade, Frei Carlos Mesters, sofreu um infarto e se recupera bem. As nossas orações. Mais informações nas próximas horas. 

(SEXTA FEIRA, ANTES DA SEXTA FEIRA DA PAIXÃO)

ACOMPANHANDO OS 7 PASSOS DE JESUS, RUMO À RESSURREIÇÃO. 

Frei Victor Kruger, O. Carm.

1- ACOLHIDA / ABERTURA  DA CELEBRAÇÃO.

(Cel- Celebrante. T- Todos. C- Comentarista. L1- Primeiro Leitor. L 2º- Segundo Leitor). 

COMENTÁRIO INICIAL:

1-Hoje celebramos de modo especial, o sofrimento, a incompreensão, a prisão, a tortura e a morte de Jesus.

Ele foi vítima das pessoas que se sentiam ameaçadas em seus privilégios pelas palavras e pelo modo de agir de Jesus

 1-Então se armaram contra Ele e o maltrataram até a morte e morte de cruz.

  1. A cruz de Jesus mostra o mal que existe no mundo. Mostra toda a violência da mentira, da injustiça e da exploração contra a vida.

 1-E essa violência se manifesta ainda hoje na cruz pesada do nosso povo.

  1. Eis o que significa a cruz de Jesus Cristo: Jesus não morreu para exaltar o sofrimento. Ele aceitou a cruz para ser fiel à sua missão e para não trair a verdade que viveu e pregou.

CAMINHANDO E ACOMPANHANDO JESUS ATRAVÉS DOS ÚLTIMOS 7 PASSOS  TRIUNFANDO  SOBRE A MORTE.

CANTANDO:

Eles queriam um grande rei que fosse forte dominador e por isso não creram nele e mataram o Salvador. ( bis )

1º- NO PRIMEIRO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS NO HORTO DAS OLIVEIRAS.

O SENHOR DA AGONIA

Cel. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!

  1. Porque pela vossa Santa cruz remiste o mundo!
  2. O quê se passa no íntimo de Jesus? Uma luta dramática em que entra em confronto a companhia e a solidão, o medo e a serenidade, a coragem de continuar o Projeto de Deus até o fim e a vontade de desistir e fugir.

A oração é a fonte que reanima nosso projeto de vida, segundo a vontade de Deus.

L1-.  LENDO MARCOS 14, 32 - 42

REFLEXÃO

Cel. Senhor Jesus! Na vossa agonia experimentastes  o mais intenso sofrimento e, diante da provação acolhestes sem reservas a vontade do Pai.

Concedei a nós vossos servos a graça de aceitar tudo, de suportar tudo, de confiar tudo, fazendo de nossa vida um ato contínuo de acolhida da vontade do Pai. Amém!

 CANTANDO:

Eu vim para que todos tenham vida! Que todos tenham vida plenamente! ( bis )

 2º-  NO SEGUNDO PASSO CONTEMPLAMOS A PRISÃO DE JESUS.

 Cel. Nós vos adoramos ...

1-Um dos discípulos se alia ao poder repressivo das autoridades e trai Jesus com um gesto de amizade. Todos fogem e Jesus fica sozinho e preso.

Aquele que realiza o projeto de Deus e atrai o povo é considerado pelos poderosos como bandido perigoso.

L2-  LENDO MARCOS 14, 43 – 46 . 53

REFLEXÃO.

Cel. Senhor Jesus! Vós viestes não para condenar, mas para salvar, não para  aprisionar, mas para libertar.

Infundi em nós a vossa serenidade, a fim de que possamos enfrentar as grandes lutas de nossa vida, sem ódio e sem violência. Amém!

CANTANDO:

Tu és Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará! ( bis )

3º- NO TERCEIRO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS ATADO À COLUNA E FLAGELADO.

Cel. Nós vos adoramos ...

L 1- O OLHAR DO PROFETA ISAIAS: 

Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. (Is 53, 4-5)

1-A flagelação de Jesus é ao mesmo tempo, uma covardia do sistema injusto de Pilatos e também já anuncia um julgamento premeditado.

 L2. LENDO JOÃO 18, 28 – 19, 1

REFLEXÃO

Cel. Senhor Jesus! Inspirai em cada um de nós a consciência de nossa fragilidade. Fazei-nos dignos do carinho e da confiança que depositastes em nós quando decidimos trilhar o caminho do Evangelho. Amém!

CANTANDO:

Entre nós está e não o conhecemos entre nós está e nós o desprezamos. (bis)

4º- NO QUARTO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS ESCARNECIDO E COROADO DE ESPINHOS

Cel. Nós vos adoramos ...

  1. Revestido com todos os sinais de poder: manto de púrpura, coroa, cetro e adoração, Jesus é motivo de zombaria.

L1.  LENDO JOÃO 19, 2 – 3

REFLEXÃO

Cel. Senhor Jesus! Zombado por todos como caricatura de rei; no entanto, quando retoma suas próprias vestes se revela como verdadeiro rei, aquele que entrega sua vida para salvar seu povo.

Que Tu sejas para nós: caminho, verdade e vida para nos tornar imensamente felizes. Amém!

CANTANDO:

No peito eu levo uma cruz e no meu coração o que disse Jesus. ( bis )

5º NO QUINTO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS APRESENTADO AO POVO POR PILATOS. EIS O HOMEM!

Cel. Nos vos adoramos ...

  1. O dilema de Pilatos é o mesmo do homem de hoje, dependente do sistema capitalista injusto e violento. Ou arrisca sua posição de poder, ou sacrifica o inocente.

L1. LENDO JOÃO 19, 4 - 7

REFLEXÃO

Cel. Senhor Jesus! Que Tu sejas para nós a força que nos sustenta na tentação, a mão que nos reergue no momento da queda e o bálsamo que alivia nossas chagas, afim de que perseveremos até o fim. Amém!

CANTANDO:

Prova da amor maior não há! Que doar a vida pelo irmão! ( bis )

6º NO SEXTO PASSO CONTEMPLAMOS JESUS CARREGANDO A CRUZ ÀS COSTAS.

O SENHOR DOS PASSOS.

Cel. Nós vos adoramos ...

  1. A cruz é o trono de onde Jesus exerce sua realeza. Ele não esta só, mas é a motivação daqueles que o seguem, aqueles que dão a vida como Ele “ para que todos tenham vida“.

L2. LENDO JOÃO 19, 16 – 18

REFLEXÃO

Cel. Senhor Jesus! Nós te contemplamos carregando a cruz e Te reconhecemos como nosso Deus.

Aceitando a cruz, Jesus nosso Salvador aponta para a vida nova, para um mundo mais humano e para a libertação dos males que oprimem homens e mulheres. Amém!

CANTANDO:

Sou bom pastor ovelhas guardarei, não tenho outro ofício nem terei! Quantas vidas eu tiver eu lhes darei!

7º NO SÉTIMO PASSO CONTEMPLAMOS A CRUCIFIXÃO E MORTE DE JESUS.

Cel. Nós vos adoramos ...

  1. Jesus está completamente só. Seu corpo está reduzido a uma fraqueza extrema. Contudo, até o fim Ele permanece fiel e consciente de sua entrega.

L1. LENDO JOÃO 19, 28 – 30

REFLEXÃO

Cel. Senhor Jesus! Tu não Te apegaste a tua condição divina, mas como homem  te esvaziaste por inteiro, assumindo a condição de servo, humilhando-se até a morte e morte de cruz.

Ensina-nos a dizer diante de cada angustia de nossa vida: “ Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito”.

CANTANDO:

Vitória, tu reinarás! Ó cruz tu nos salvará! ( bis)

8-CONCLUSÃO- DIANTE DO SACRÁRIO

L2.  LENDO 1 Cor 15, 1 -  8

REFLEXÃO

Cel. Celebrando os últimos 7 Passos de Jesus rumo à Ressurreição sentimos quanto e fraco é ainda nosso amor, apesar de entendermos um pouco melhor o sofrimento dos outros. Acreditamos que não há morte sem Ressurreição; essa é a razão de nossa fé!

  1. A VIDA TRIUNFA SOBRE A MORTE!

Cel.  Introdução ao...   Pai nosso que estais ...

CANTANDO:

Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há!

Mas eu bem sei que o meu futuro está nas mãos do meu Senhor que vivo está.

Cel.  Avisos / Despedida / Pedido de bênção.

*“ Desde meados do Sec. XVII, os carmelitas introduziram na Colônia a devoção da Via Crucis ou 7 Passos, em que se representava o drama da Paixão através de quadros ou Estações. Essa devoção passou a ser representada inicialmente através de uma Procissão que se realizava na SEXTA-FEIRA anterior à Semana Santa, designada também como SEXTA FEIRA do TRIUNFO.

No Sec. XIX Thomas Ewbank ainda pôde assistir a essa Procissão promovida pelos carmelitas, e que iniciava com o Quadro representando a Oração de Cristo no Horto das Oliveiras. Em São Paulo, ao que consta, a primeira Procissão desta Via Crucis foi realizada em 1681.”

Bibliografia

Riolando Azzi in A Teologia Católica na Formação da Sociedade Colonial Brasileira. Ed. Vozes, pg 197.

ELES QUERIAM UM GRANDE REI

Os Freis;  Petrônio de Miranda- Do Convento do Carmo da Lapa/RJ e Victor Krüger- Do Convento do Carmo de Salvador/BA (Atualmente e tratamento de saúde em Jaboticabal, São Paulo- Canta a música; Eles queriam um grande Rei. Música tradicional da Semana Santa. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 7 de abril-2017. DIVULGAÇÃO: www.olharjornalistico.com.br

LETRA.

Eles queriam um grande rei
que fosse forte e dominador,
e por isso não creram Nele
e mataram o Salvador. (BIS)

1- Quantos surdos que escutaram,
quantos cegos que enxergaram,
quantos coxos que andaram...
Só eles não enxergaram.

2- Quantas pessoas de má vida
se converteram e aceitaram
no que viram e ouviram...
Só eles o rejeitaram!

3- Quantos vinham lhe escutar
e escreveram, pra não esquecer,
que falava brilhantemente
como a luz do amanhecer!

4- Jesus Cristo aceita o homem
que se entrega inteiramente;
não aquele apegado ao mundo
que hora é frio, outra hora é quente.

 

 

A Ordem do Carmo e a Ordem dos Carmelitas Descalços, motivadas pela celebração do I Centenário das Aparições de Fátima, decidiram oferecer à sua própria família e a toda a Igreja um congresso mariano internacional a fim de reavivar a sua espiritualidade mariana, pois o Carmelo é todo de Maria. Foi sob a sua inspiração e proteção que, no Séc. XII, os primeiros frades se reuniram no cimo do Monte Carmelo para cultivarem a relação com o Deus vivo. Este Congresso a realizar de 15 a 17 de Setembro de 2017, na Domus Carmeli, em Fátima, terá o seguinte programa: 

PROGRAMA 

Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017 

10h30 – Acolhimento 
11h00 – Sessão de abertura 
11h30 – I. Conferencia: Maria, que escuta a Palavra de Deus – Fr. Armindo Vaz, Ocd 
13h00 – Almoço 
15h00 – Saudação a Nossa Senhora na Capelinha 
16h00 – II. Conferência: Maria na história do Carmelo – Fr. Desidério Garcia Marquez, Oc 
17h00 – Intervalo 
17h30 – III. Conferência: Mística mariana carmelita – Fr. Pedro Bravo, Oc 
19h00 – Eucaristia e Vésperas 
20h00 – Jantar 
21h30 – Documentário sobre Fátima 
23h00 – Descanso 

Sábado, 16 de Setembro de 2017 

08h00 – Pequeno-Almoço 
09h00 – Eucaristia e Laudes 
10h15 – IV. Conferência: Mensagem e Espiritualidade de Fátima – Ir. Ângela Coelho 
11h15 – Intervalo 
11h45 – V. Conferência: A experiência mística no Carmelo e nos Pastorinhos – Fr. Adrian Attard, Ocd 
13h00 – Almoço 
15h00 – Apresentação multimédia sobre o Monte Carmelo 
16h00 – Intervalo 
16h30 – VI. Conferência: Maria, modelo de vida comunitária e eclesial – Fr. Savério Cannistrà, Ocd 
17h30 – Intervalo 
18h00 – Painel: Maria nos Santos do Carmelo 
- Santa Maria Madalena de Pazzi – Fr. Pedro Bravo, Oc 
- Santa Teresa do Menino Jesus – Fr. António Olea, Ocd 
- Santa Edith Stein – Fr. Ezequiel Garcia Rojo, Ocd 
- Beato Tito Brandsma – Fr. Fernando Millán, Oc 
19h15 – Vésperas e Salve Rainha 
20h00 – Jantar 
21h30 – Terço e Procissão de Velas 
23h00 – Descanso 

Domingo, 17 de Setembro de 2017 

08h30 – Pequeno-Almoço 
09h00 – Laudes 
10h00 – VII. Conferência: Maria, profecia de um mundo novo – Fr. Fernando Millán, Oc 
11h00 – Intervalo 
12h00 – Eucaristia no Carmelo de S. José 
13h00 – Almoço 

Inscrições: 25€ 

Domus Carmeli 
Rua Imaculado Coração de Maria, 17 
2495-441 Fátima 
Portugal 

Inscrições e contatos: 
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. 
Tel. 00 351 249 530 650 

Para mais informações consulte o nosso site em: 
http://www.congressomarianocarmelita.com

 

Nasceu em Bolsward, Holanda, em 1881. Filho de uma família católica. Devoto fervoroso de Nossa Senhora, decide entrar na Ordem do Carmo. Ordena-se em 1905. Inteligente e sempre dedicado aos estudos, ele revela uma admirável vocação para o jornalismo. Escreve artigos para jornais e revistas. Em Roma, doutora-se em filosofia e Sociologia. Ao voltar para a Holanda, torna-se professor, escritor, pregador e editor de revista. Em 1932, é eleito Reitor da Universidade Católica de seu País. Escreve o livro “Exercícios Bíblicos com Maria para chegar a Jesus”, um pequeno tratado de Mariologia. Esta publicação é fruto de suas orações e meditações que ele jamais descuidava, apesar de sua intensa atividade apostólica: missões, união das igrejas, escola e educação católica, meios de comunicação.

Os problemas começaram quando os nazistas invadem a Holanda, em 1940. Na época, Frei Tito era Presidente da União dos Jornalistas Católicos. Protestou corajosamente contra a invasão. Foi preso dia 19 de janeiro de 1942. Passou pelos presídios de Scheveninguem, Amersfoort, Kleve e Dachau. Foi espancado, submetido à fome e ao frio. Nos interrogatórios deu testemunho de fé, de suas convicções católicas em defesa da justiça. Foi um exemplo de ânimo, de paciência até para aqueles que eram inimigos de sua religião. Seu corpo serviu de cobaia para experiências bioquímicas. Esteve em estado de coma durante dois dias. Antes de morrer, exclamou: “Faça-se a Tua vontade, não a minha”. Faleceu a 27 de julho de 1942, aos 61 anos. Foi beatificado dia 3 de novembro de 1985, pelo Papa João Paulo II.

Oração feita diante da imagem de Cristo na prisão

“Ó Jesus, quando te contemplo,
Eu redescubro, a sós contigo,
Que te amo e que teu coração
Me ama como a um dileto amigo.

 

Ainda que a descoberta exija
Coragem, faz-me bem a dor:
Por ela me assemelho a ti
Que ela é o caminho redentor.

 

Na minha dor me rejubilo:
Já não a julgo sofrimento,
Mas sim predestinada escolha
Que me une a ti neste momento.

 

Deixa-me, pois, nessa quietude,
Malgrado o frio que me alcança.
Presença humana não permitas,
Que a solidão já não me cansa,

 

Pois de mim sinto-te tão próximo
Como jamais antes senti.
Doce Jesus, fica comigo,
Que tudo é bom junto de ti”.

Esta oração foi escrita por Frei Tito, na passagem do dia 12 para 13 de fevereiro de 1942, na prisão de Scheveningen.

Frei Joseph Chalmers, O. Carm.

Onde está Deus no meio de todos os nossos problemas? (Sl 42(41),4; 79(78),10; Jl 2,17). Nossa fé nos diz que Deus não pode estar realmente ausente de nossas vidas. Isto seria o inferno. O Profeta Isaías fala do Deus escondido (Is 45,15). Talvez tenhamos que aprender a discernir a presença de Deus na aparente ausência de Deus e aprender uma nova linguagem, a linguagem de Deus. São João da Cruz nos diz que:

“O Pai disse uma palavra, que era Seu Filho, e esta palavra ele repete sempre no silêncio eterno, e no silêncio ela deve  ser ouvida pela alma”  (Máximas e Conselhos, 21). Espanhol – Ruiz Salvador – Dichos de luz y amor, 104.

Devemos cultivar um profundo silêncio dentro de nós para que possamos ouvir o que Deus quer nos dizer (cf. Is 50,4). É claro que devemos ouvir a Deus na oração mas também nos acontecimentos do nosso dia-a-dia. Muitas vezes fazemos tanto barulho dentro de nós que não podemos ouvir ou discernir qualquer coisa. Como carmelitas, esse silêncio deveria vir naturalmente a nós ou, pelo menos, o desejo dele. Não é apenas uma prática ascética e não se refere meramente ao silêncio exterior. É um silêncio interno para discernir a presença de Deus mesmo diante da situação mais desesperadora, para que possamos continuar nossa jornada com esperança. Nossa Regra nos diz: “O apóstolo recomenda o silêncio, quando nos diz que é nele que se deve trabalhar. E como afirma o profeta: a justiça é cultivada pelo silêncio. E ainda: no silêncio e na esperança estará a força de vocês” (Regra 21).

Precisamos tentar identificar o barulho dentro de nós: os comentários sobre os outros, sobre os acontecimentos e sobre nós mesmos. Uma vez que estejamos conscientes de nosso barulho interior, podemos começar a deixá-lo ir embora, para que não influencie tudo que fazemos, pensamos ou dizemos. Se continuarmos nesta jornada, seremos levados face a face com nossos preconceitos, medos irracionais e presunções. Essa experiência não é para nos deprimir mas para que possamos nos libertar.

É necessário cultivar um silêncio interior para que estejamos conscientes daquilo que Deus nos fala através de algum mensageiro simples e humilde. Se não cultivarmos o silêncio interior, a vida passa por nós e nunca alcançaremos o real significado do que nos aconteceu (cf. Mt 16,1-3). Muitos de nós não se sentem inteiramente à vontade com o silêncio exterior.

Temos uma espécie de fita ou CD interno, que comenta sobre tudo e todos durante todo o dia. Os comentários na fita interior são baseados em nossa perspectiva pessoal da vida que, é claro, geralmente está a nosso favor. Instintivamente nos defendemos quando nos sentimos sob ataque e buscamos a estima e a aceitação dos outros. Fazemos isso geralmente sem estarmos conscientes do que está acontecendo dentro de nós. É um barulho interno constante que nos dificulta ouvir qualquer outra voz. A jornada de fé em direção à transformação nos leva através da brilhante luz do sol e de vales escuros (cf. Sl 23(22),4).

Deus usa todos os fatos de nossa vida, bons e maus, como instrumentos de purificação, o que é essencial se desejamos nos tornar o que Deus nos chama a ser. Devemos tentar discernir a mão de Deus trabalhando, mas este discernimento é mais fácil se acalmarmos o barulho dentro de nós e ouvirmos a voz de Deus que fala no som da brisa suave, ou como dizem alguns exegetas: “o som do leve silêncio” ou “o som do puro silêncio” (1Rs 19,12).

*FR. JOSEPH CHALMERS, O. CARM.

Nascido em Glasgow, na Escócia, em 5 de abril de 1952, e pós-graduado em Direito, Pe. Joseph Chalmers entrou na Ordem Carmelita em 1975. Completou seus estudos filosóficos e teológicos na Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma) com uma licença em espiritualidade que ganhou a Medalha de Ouro do Papa.

Em 1981, um ano antes de terminar seus estudos, Pe. Joseph foi ordenado sacerdote em Glasgow pelo cardeal, o arcebispo Thomas Winning.

De 1995 a 2007, o Pe. José era prior geral de toda a Carmelita. Depois de dois mandatos como Prior Geral ele retured à sua própria província e serviu como Novice Director durante os últimos quatro anos em Aylesford Priory em Kent. Fr. Chalmers recentemente ingressou no Instituto Saint Luke como Diretor de Formação.

Como Prior Geral da Ordem Carmelita entre 1995 e 2007, o Padre Joseph é muito conhecido em toda a Família Carmelita internacional e além. Desde que retornou ao ministério em sua província nativa da Grã-Bretanha, ele publicou uma série de livros mais vendidos, incluindo O Som do Silêncio: Ouvindo a Palavra de Deus com Elias, o Profeta, e Let It Be: Orando as Escrituras em companhia de Maria, a Mãe de Jesus. Fonte: http://ocarm.org