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Frei Carlos Mesters, O. Carm.
O Evangelho de Lucas gosta de imitar o jeito do Antigo Testamento. O Cântico de Maria é uma retomada do cântico de Ana, mãe do profeta Samuel (1Sm 2,1-10). Maria, a mãe de Jesus, representa o povo do Antigo Testamento que reconhece em Jesus a chegada do Novo e, por isso, canta a sua gratidão. Jesus é o Novo que chega; ele realiza a promessa do Antigo que se despede.
Lucas 1,46-47: Minha alma proclama a grandeza do Senhor
Para entender bem todo o significado do Cântico de Maria, é importante lembrar que Lucas, quando fala de Maria, ele pensa nas comunidades. No Antigo Testamento, o povo de Deus era simbolizado como sendo a Filha de Sião. Maria é a nova Filha de Sião. Ela representa o novo povo de Deus que nasce ao redor e a partir de Jesus. Quando Maria começa a cantar, não é só ela que canta, mas nela e com ela cantam as pequenas comunidades cristãs, cantamos todos nós. Como Maria, as comunidades proclamam a grandeza do Senhor e se alegram em Deus, pois em Jesus e por Jesus, Deus veio realizar as promessas de salvação que animaram a esperança que guiou o povo durante séculos. Jesus é o “sim” de Deus a todas as promessas do passado (2Cor 1,19-20).
Lucas 1,48: Todas as gerações me proclamam bem-aventurada
Maria proclama a mudança que aconteceu na sua própria vida, “porque Deus olhou para a humilhação da sua serva”. Ela e, depois dela, as comunidades têm consciência das coisas grandes que Deus operou nelas em favor de toda a humanidade: “todas as nações vão proclamar-me bem-aventurada”. Isto acontece assim, não por mérito de Maria nem dos pobres, mas por iniciativa da misericórdia de Deus.
Lucas 1,49-50: O todo poderoso fez grandes coisas em mim
Deus realizou maravilhas em Maria e nas Comunidades. Para vir ao mundo, Deus não pediu licença ao imperador romano, o dono do mundo, mas foi falar com uma moça pobre e humilde, lá em Nazaré, para ela dar o seu consentimento. Ela deu o seu consentimento e, por isso, a Palavra de Deus se fez carne e começou a viver no meio de nós. Os pobres deram o seu consentimento e, por isso, Deus pôde chegar perto e encarnar-se na vida deles, para que eles se tornassem, como diz a profecia de Isaías, a “Luz das Nações” (Is 42,6; 49,6). É esta experiência tão bonita do amor de Deus, que é celebrada no cântico de Maria e das Comunidades.
Lucas 1,51-53: Derruba os poderosos e eleva os humildes
Em seguida, Maria canta a fidelidade de Deus para com seu povo e proclama a salvação que Ele estava realizando. A expressão "braço de Deus" evoca a libertação do Êxodo e indica a força salvadora de Deus. Finalmente, depois de tantos séculos de espera ansiosa, a esperança dos pobres se realizou. Com a vinda de Jesus aconteceu a mudança que lês tanto esperavam: “dispersou os soberbos de coração, derrubou os poderosos dos seus tronos, elevou os humildes, encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias”. Isto não significa que a mudança fosse apenas uma virada da mesa: os de cima para baixo e os de baixo para cima. Não! Nas comunidades dos pobres as causas das desigualdades e das injustiças começam a ser eliminadas e agora todos e todas poderão conviver na fraternidade, na justiça e na paz.
Lucas 1,54-55: Em favor de Abraão e sua descendência para sempre
No fim, Maria lembra que tudo isto é expressão da misericórdia de Deus para com o seu povo e da sua fidelidade. Em Jesus se realiza a esperança, suscitada nos pobres pela promessa feita por Deus a Abraão e a seus filhos para sempre. A Boa Nova de Deus veio, não como recompensa pela observância da Lei, mas como expressão da bondade e da fidelidade de Deus às suas promessas.
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(Foto: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm, Eduardo Valim, Prior da Ordem Terceira do Carmo de São João del Rei-MG, esposa e filho neste domingo, 7).
A subida do Monte Carmelo, digo, a vivência da Espiritualidade Carmelitana por parte de um irmão terceiro carmelita (a), em primeiro lugar, implica em seguir a Cristo com todo o seu ser e servi- Lo “fielmente com coração puro e total dedicação”. O espírito de Cristo misericordioso, manso e humilde de coração deve “contaminar” todo o seu ser a ponto de poder repetir com o Apóstolo São Paulo, “não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20), de forma que todo o agir ocorra “sob sua palavra”. Como dizia o Beato Carmelita, Frei Tito Brandsma, “Assim como Maria, devemos nos engravidar de Jesus”. Ou seja, quem tem e vive Jesus transborda mansidão, alegria, perdão e humanidade...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2017/05/humanizar-no-carmelo.html
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Frei Carlos Mesters, O. Carm, Mercedes Lopes e Francisco Orofino
Jesus é o Bom Pastor: "Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância!"
João 10,1-18
Acolhida:
1- Criar um bom ambiente. Dar as boas vindas. Colocar as pessoas à vontade.
2- Canto inicial. Sugestão: "Eu vim para que todos tenham vida"
3- Apresentar brevemente o assunto que vai ser refletido, meditado e rezado neste encontro.
4- Invocar a luz do Espírito Santo.
Olhar de perto as coisas da nossa vida
No encontro de hoje, vamos meditar sobre a imagem do Bom Pastor. Jesus é o bom pastor que veio para que todos tenham vida em abundância! O pastor era a imagem e o símbolo do líder. Jesus diz que muitos se apresentavam como pastor, mas na realidade eram ladrões e assaltantes. Hoje acontece a mesma coisa. Muitas pessoas se apresentam como líder, mas na realidade, são ladrões e assaltantes. Pois, em vez de servir, buscam os seus próprios interesses. E às vezes, têm uma fala tão mansa e fazem uma propaganda tão inteligente, que conseguem enganar o povo. Vamos conversar sobre isto.
1- Você já teve a experiência de ter sido enganado assim? Conte como foi.
2- Quais são os critérios que voce usa para avaliar uma liderança?
Olhar no espelho da vida: Introdução à leitura do texto
O texto que vamos ouvir fala das ovelhas do rebanho de Deus e usa várias imagens para falar dos que tomam conta do rebanho. Durante a leitura, vamos prestar atenção nas imagens que Jesus usa para se apresentar a nós como verdadeiro pastor:
1- Leitura do texto: João 10,1-18
2- Momento de silêncio.
3- Perguntas para a reflexão:
O que mais chamou a sua atenção? Por que?
1- Quais as imagens que Jesus aplica a si mesmo e o que elas significam?
2- Quantas vezes, neste texto, Jesus usa a palavra vida e o que ele diz sobre a vida?
3- Pastor-Pastoral. Será que nossas pastorais continuam a missão de Jesus-Pastor?
Celebrar a vida que Deus nos deu
Sugestões para a celebração:
1- Canto: "Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão"
2- Colocar os símbolos de Jesus como Bom Pastor.
3- Colocar em forma de prece o que refletimos sobre o evangelho e sobre a vida. Como refrão após cada prece digamos: "O Senhor é meu pastor, nada me falta!"
4- Agora, depois que meditamos a Palavra de Deus, o que esta Palavra está pedindo de mim, de nós?
5- Rezar um salmo. Sugestão: Salmo 23(22): “O Senhor é meu pastor, nada me falta..”
6- Terminar tudo com um Pai-Nosso.
Uma ajuda para o grupo: Situando
1-Discurso sobre o Bom Pastor traz três comparações ligadas entre si:
2- Comparação: pastor e assaltante (Jo 10,1-5)
3- Comparação: Jesus é a porteira das ovelhas (Jo 10,6-10)
4- Comparação: Jesus não é simplesmente um pastor, mas sim o Bom Pastor (Jo 10,11-18)
5-Temos aqui um outro exemplo de como foi escrito o evangelho de João. O discurso de Jesus sobre o Bom Pastor (Jo 10,1-18) é como um tijolo inserido numa parede já pronta. Com ele a parede ficou mais forte e mais bonita. Imediatamente antes, em Jo 9,40-41, João falava da cegueira dos fariseus. A conclusão natural desta discussão sobre a cegueira está logo depois, em Jo 10,19-21. Ora, o discurso sobre o Bom Pastor foi inserido aqui, porque, como veremos, ensina como tirar esse tipo de cegueira dos fariseus.
Comentando
1-João 10,1-5:
1-Imagem: Entrar pela porteira e não por outro lugar
Jesus inicia o discurso com a comparação da porteira: "Quem não entra pela porteira mas sobe por outro lugar é ladrão e assaltante! Quem entra pela porteira é o pastor das ovelhas!" Para entender esta comparação, tem que lembrar o seguinte. Naquele tempo, os pastores cuidavam do rebanho durante o dia. Quando chegava a noite, levavam as ovelhas para um grande redil ou curral comunitário, bem protegido contra ladrões e lobos. Todos os pastores de uma mesma região levavam para lá o seu rebanho. Um porteiro tomava conta durante a noite. No dia seguinte, de manhã cedo, o pastor chegava, batia palmas na porteira e o porteiro abria. O pastor entrava e chamava as ovelhas pelo nome. As ovelhas reconheciam a voz do seu pastor, levantavam e saiam atrás dele para a pastagem. As ovelhas dos outros pastores ouviam a voz, mas elas não se mexiam, pois era uma voz estranha para elas. De vez em quando, aparecia o perigo de assalto. Ladrões entravam por um atalho ou derrubavam a cerca do redil, feita de pedras amontoadas, para roubar as ovelhas. Eles não entravam pela porteira, pois lá havia o guarda que tomava conta.
2-João 10,6-10: 2ª Imagem: Jesus é a porteira
Os ouvintes, os fariseus (Jo 9,40-41), não entenderam o que significava "entrar pela porteira". Jesus então explicou: "Eu sou a porteira das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes". De quem Jesus está falando nesta frase tão dura? Provavelmente, se referia a líderes religiosos que arrastavam o povo atrás de si, mas que não respondiam às esperanças do povo. Não estavam interessados no bem do povo, mas sim no próprio bolso e nos próprios interesses. Enganavam o povo e o deixavam na pior. Entrar pela porteira é o mesmo que agir como Jesus agia. O critério básico para discernir quem é pastor e quem é assaltante, é a defesa da vida das ovelhas. Jesus pede para o povo tomar a iniciativa de não seguir o fulano que se apresenta como pastor, mas não busca a vida do povo. É aqui que ele disse aquela frase que até hoje cantamos: "Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente!" Este é o critério!
3- João 10,11-15: 3ª Imagem: doar a vida pelas ovelhas
Jesus muda a comparação. Antes, ele era a porteira das ovelhas. Agora, diz que é o pastor. Todo mundo sabia o que era um pastor e como ele vivia e trabalhava. Mas Jesus não é um pastor qualquer, mas sim o bom pastor! A imagem do bom pastor vem do AT. Dizendo que é o Bom Pastor, Jesus se apresenta como aquele que vem realizar as promessas dos profetas e as esperanças do povo. Há dois pontos em que ele insiste. Na defesa da vida das ovelhas: o bom pastor dá a sua vida. No mútuo entendimento entre o pastor e as ovelhas: o Pastor conhece as suas ovelhas e elas conhecem o pastor. Assim, para quem quer vencer sua cegueira é importante conferir a própria opinião com a do povo. Era isto que os fariseus não faziam. Eles desprezavam as ovelhas e as chamavam de povo maldito e ignorante (Jo 7,49; 9,34). Jesus, ao contrário, diz que no povo há uma percepção infalível para saber quem é o bom pastor. Os fariseus pensavam ter o olhar certo para discernir as coisas de Deus. Na realidade eram cegos. O discurso sobre o Bom Pastor ensina duas regras como tirar este tipo de cegueira. 1) Prestar muita atenção na reação das ovelhas, pois elas reconhecem a voz do pastor. 2) Prestar muita atenção na atitude daquele que se diz pastor para ver se o interesse dele é a vida das ovelhas, sim ou não, e se ele é capaz de dar a vida pelas ovelhas.
4- João 10,16-18: A meta onde Jesus quer chegar: um só rebanho e um só pastor
Jesus abre o horizonte e diz que tem outras ovelhas que não são deste redil. Elas ainda não ouviram a voz de Jesus, mas quando a ouvirem, vão perceber que ele é o pastor e vão seguí-lo. Aqui transparece a atitude ecumênica das comunidades do Discípulo Amado, de que falamos na Introdução.
5-Alargando: A imagem do Pastor na Bíblia
Na Palestina, a sobrevivência do povo dependia em grande parte da criação de cabras e ovelhas. A imagem do pastor guiando suas ovelhas para as pastagens era conhecida por todos, como hoje todos conhecem a imagem do motorista de ônibus. Era normal usar a imagem do pastor para indicar a função de quem governava e conduzia o povo. Os profetas criticavam os reis por serem maus pastores que não cuidavam do seu rebanho e não o conduziam para as pastagens (Jr 2,8; 10,21; 23,1-2). Esta crítica dos maus pastores foi crescendo na mesma medida em que, por culpa dos reis, o povo acabou sendo levado para o cativeiro (Ez 34,1-10; Zc 11,4-17).
Diante da frustração sofrida com os desmandos dos maus pastores, aparece a comparação com o verdadeiro pastor do povo que é o próprio Deus: "O Senhor é meu pastor nada me falta!" (Sl 23,1-6; Gn 48,15). Os profetas esperam que, no futuro, Deus venha, ele mesmo, como pastor guiar o seu rebanho (Is 40,11; Ez 34,11-16). E esperam que, desta vez, o povo saiba reconhecer a voz do seu pastor: "Oxalá ouvisseis hoje a sua voz!" (Sl 95,7). Esperam que Deus venha como Juiz que fará o julgamento entre as ovelhas do rebanho (Ez 34,17). Surge o desejo e a esperança de que, um dia, Deus suscite bons pastores e que o messias seja um bom pastor para o povo de Deus (Jr 3,15; 23,4).
Jesus realiza esta esperança e se apresenta como o Bom Pastor, diferente dos assaltantes que roubavam o povo. Ele se apresenta também como o Juiz do povo que, no final, fará o julgamento como um pastor que sabe separar as ovelhas dos cabritos (Mt 25,31-46). Em Jesus se realiza a profecia de Zacarias que diz que o bom pastor será perseguido pelos maus pastores, incomodados pela denúncia que ele faz: "Vão bater no pastor e as ovelhas se dispersarão!" (Zc 13,7). No fim, Jesus é tudo: é a porteira, é o pastor, é o cordeiro!
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Irmão Paulo Daher –OTC-Angra dos Reis
Coordenador da Comissão para Ordem Terceira da Província Carmelitana de Santo Elias
A Família Carmelita Secular é formada pelos Sodalícios da Ordem Terceira do Carmo, pelas Confrarias do Escapulário, pelas Fraternidades, pelos Grupos de Espiritualidade Carmelita filiados à Ordem do Carmo e por todos aqueles que são devotos do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, ou seja, que usam o Escapulário por devoção e imposto por um Sacerdote, participando dos benefícios espirituais adquiridos por essa devoção e que o usam de modo coerente com as práticas cristãs.
Usar o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo é comprometer-se com Jesus, é atender ao mandato de Maria: “Fazei tudo o que Ele vos disser”; é cumprir integralmente o compromisso batismal de seguir e servir Jesus na missão de evangelizar e implantar o Reino de amor e paz.
A Família Carmelitana Secular é composta por todos os fiéis leigos carmelitas que está espalhada por todo mundo e aqui no Brasil é composta notadamente pelos irmãos e irmãs das Ordem Terceira do Carmo, mas temos também algumas Confrarias e Fraternidades. No Brasil temos Sodalícios na Província Pernambucana (nordeste) e na Província Carmelitana de Santo Elias que abrange os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Brasília. Na Província de Santo Elias são 33 os Sodalícios.
Para pertencer a uma Ordem Terceira do Carmo é necessário que a pessoa seja convidada por um irmão, por uma irmã, por um sacerdote ou ainda demonstre interesse próprio de pertencer ao Sodalício, mas é extremamente importante que o interessado à admissão, tenha VOCAÇÃO para a vida religiosa, pois apesar se tratar de grupos de leigos, trata-se de uma vida religiosa na Ordem do Carmo. De nada adianta ter somente vontade e achar bonito e ser devoto de Nossa Senhora; a vocação ao Carmelo é uma chama viva que abrasa o coração para sempre no sentido de ser discípulos e discípulas de Jesus Cristo, vivendo e praticando a espiritualidade carmelita, pois o “Carmelo é, há séculos, uma via privilegiada e segura para o caminho de santidade” (cf Regra da OTC – Preâmbulo – p. 16).
Os terceiros carmelitas são chamados a viver no mundo secular (trabalho, família, escola etc) a sua vocação, iluminando o ambiente com a luz de Cristo e espalhando à devoção a Nossa Senhora do Carmo. “Hoje, portanto, os seculares são chamados, na especificidade de sua vocação, a iluminar e a dar justo valor a todas as realidades temporais, de forma que sejam vividas segundo os valores proclamados por Cristo... Espera-se que os leigos carmelitas sejam colaboradores da nova evangelização...” (cf Regra da OTC 10 – pgs 21 e 22). Os Sodalícios possuem uma Regra de Vida, aprovada pelo Prior Geral da Ordem e pela Santa Sé, e são regidos pelos estatutos locais, mas são ligados à Ordem do Carmo e têm como Superior, o Prior Geral Carmelita a quem devem obediência na pessoa do Provincial e do Delegado Provincial. Apesar das Ordens Terceiras estarem inseridas numa Paróquia, elas são diretamente ligadas à Ordem do Carmo que confere a Carta de Provisão para a fundação de um Sodalício e na aprovação do Estatuto.
O vínculo fundamental do terceiro com o Carmelo é a PROFISSÃO PERPÉTUA através da emissão dos votos de obediência, pobreza e castidade segundo as obrigações do próprio estado. É desta maneira que ocorre a consagração do terceiro a Deus. A Profissão ocorre depois de um período de formação que tem as seguintes etapas: Postulantado (um ano); Noviciado (um ano), que após o discernimento adequado o noviço emite os votos provisórios por três anos. Após a continuidade da formação ao longo desses três anos, o Conselho da OTC aconselha ou não que o irmão ou a irmã faça sua profissão definitiva ou perpétua. O fato de emitir votos perpétuos não significa que acabou a formação, pois a mesma é permanente para todo o Sodalício. Todos os anos, por ocasião da Festa de Nossa Senhora do Carmo, os membros da OTC, de forma individual ou coletiva, renovam a profissão.
A vocação carmelita é exercida na Igreja, chamados ao apostolado em várias modalidades que a Paróquia onde a OTC está inserida possui, e desta forma o terceiro deve engajar-se numa atividade eclesial/Pastoral. “Como todo os Carmelitas, o leigo Carmelita é chamado a realizar algum tipo de serviço parte integrante do carisma... para muitos terceiros esta é a contribuição fundamental para a edificação do Reino” (cf Regra da OTC – 46 – p. 44).
O terceiro carmelita, assim deve esforçar-se no trabalho eclesial e social, buscando proclamar a mensagem sempre nova do Senhor da vida e da história. Alguns Sodalícios mantém assistência social em creches, distribuição de cestas básicas, escolas etc. Individualmente, também exercem seu papel cristão no mundo secular e eclesial, espalhando o carisma do Carmelo; assim é possível viver a vocação cristã e carmelita.
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Frei Carlos Mesters, O. Carm.
Escutar e aprender são sinônimos. Quem escuta aprende. Condição para escutar é fazer silêncio. Sem silêncio não se escuta. Silenciar para poder escutar, aprender e conversar. O que mais nos falta é o silêncio. Muitos desejam que alguém os escute. Mas não encontram um ouvido aberto, disposto a acolher o grito calado do irmão, da irmã.
Na solidão do Monte Carmelo, reinava um grande silêncio. Não havia barulho, a não ser os ruídos da própria natureza que convidam ao silêncio, como os pássaros, os riachos, o vento. Mesmo assim, a Regra do Carmo recomenda com muita insistência o silêncio. Numa cidade barulhenta tem sentido insistir que se faça silêncio; mas pedir que se faça silêncio naquela serra imensa do Carmelo, cheia de solidão, qual o sentido? Qual o silêncio que a Regra pede de nós Carmelitas?
Há muitos tipos e formas de silêncio: o silêncio de uma sala de estudo ou de uma biblioteca; o silêncio que se pede num hospital; o silêncio da noite ou da madrugada; o silêncio da natureza, o silêncio da morte; o silêncio que precede à tempestade; o silêncio do medo; o silêncio do censurado e do povo amordaçado; o silêncio do aluno que não sabe a resposta; o silêncio do fulano frustrado ou do jovem abafado; o silêncio do namorado na presença da namorada; o silêncio da quebra interior: tudo que a pessoa tinha imaginado e planejado até àquele momento cai no vazio e se desintegra, parece que não valeu nada; o silêncio do místico; o silêncio de Deus que nunca aparece. Tantos silêncios! ..... Qual o silêncio que a Regra pede e recomenda?
Eis o texto do capítulo 19 da Regra do Carmo que fala sobre o Silêncio:
O apóstolo recomenda o silêncio, quando manda que é nele que se deve trabalhar. E como afirma o profeta: A justiça é cultivada pelo silêncio. E ainda: No silêncio e na esperança estará a força de vocês.
Por isso, determinamos que, depois da recitação das completas, vocês guardem o silêncio até depois da Hora Primeira do dia seguinte. Fora desse tempo, embora a observância do silêncio não seja tão rigorosa, com tanto mais cuidado abstenham-se do muito falar, porque, conforme está escrito e não menos ensina a experiência: No muito falar não faltará o pecado; e: Quem fala sem refletir sentirá um mal-estar; e ainda: Quem fala em demasia prejudica a sua alma; e o Senhor no Evangelho: De toda palavra inútil que os homens disserem, dela terão que prestar conta no dia do juízo.
Portanto, cada um faça uma balança para as suas palavras e rédeas curtas para a sua boca, para que, de repente, não tropece e caia por causa da sua língua, numa queda sem cura que conduz à morte.
Como diz o profeta, cada um vigie sua conduta para não pecar com a língua, e se empenhe, com diligência e prudência, em observar o silêncio pelo qual se cultiva a justiça.
Para descrever o valor do silêncio, a Regra cita duas frases do profeta Isaías: "A justiça é cultivada pelo silêncio", e “É no silêncio e na esperança, que se encontrará a vossa força”. O silêncio recomendado pela Regra tem a sua origem nos profetas. É um silêncio profético!
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Nesta visão Deus mostrou a Elias o tempo em que seus discípulos veriam nascer aquela nuvenzinha (ou seja, a Virgem Maria), e subir do mar da amarga e manchada natureza humana. Na mesma visão se significou que ninguém a veria subir antes que ele subisse uma vez pelos dez escalões e olhasse o mar, e logo voltasse a olhar o mar outras sete vezes pelos mesmos escalões, uma vez que Elias disse ao seu criado: “vai e observa o mar. O criado foi e voltou dizendo que não havia nada.
Agora pergunto: que significa o criado de Elias subir uma vez os dez escalões para olhar o mar e não ver nada especial?
Certamente isto quer dizer que o criado, ou seja, a Congregação dos discípulos de Elias, subiu meditando primeiramente por aquelas dez gerações humanas que São Lucas põe na genealogia de Cristo e existiram antes do dilúvio na primeira idade do mundo desde Adão até Noé e examinando desde Noé até Adão se neste tempo se via alguma nuvenzinha que nascesse em frente ao mar, isto é, contra e fora da descendência amarga e triste da natureza humana, e não vendo naquela primeira idade do mundo nuvenzinha ou jovenzinha semelhante, o criado ou a Congregação de religiosos disse: não há nada.
Obedecendo ao mandato de Elias voltou o criado ou congregação, outras sete vezes a olhar o mar pelos mesmos dez escalões; volta outras sete vezes; nas seis primeiras não se apresentou nada diante de seus olhos.
Que o criado, ou seja, a Congregação dos discípulos de Elias voltasse a subir os dez escalões e não visse nada, significa que continuou examinando e olhando por outras seis décadas de gerações humanas escritas por São Lucas na genealogia de Cristo desde Sem, filho de Noé, até Jamne, filho de José.
A primeira década destas gerações começa em Sem, filho de Noé e termina em Tare, filho de Nacor.
A segunda começa em Abraão, filho de Tare e termina em Salmon, filho de Naasão.
A terceira começou com Booz, filho de Salmon, e terminou com Joná, filho de Eliaquim.
A quarta começou com José, filho de Joná, e terminou com Elmadon, filho de Her.
A quinta começou com Cosan, filho de Elmadan e terminou com José, filho de Judá.
A sexta começou com Semei, filho de José, e terminou com Jamna, filho de outro José.
O criado, ou seja, a Congregação dos discípulos de Elias, subiu examinando e meditando por estas seis décadas escritas por São Lucas na genealogia de Cristo, isto é, por todo o transcurso de tempo que passou desde Jamne até Sem, observando se neste tempo havia aparecido a nuvenzinha, ou seja, a meninazinha, e como em todo este tempo não havia nascido, os discípulos de Elias não puderam vê-la.
Mas quando voltaram pela sétima vez, a nuvenzinha lhes apareceu por que no tempo que transcorre durante a sétima década daquelas gerações, nasceu a Virgem Maria e os discípulos de Elias a viram.
Na sétima vez, eis que subia do mar uma nuvenzinha pequena como a pegada de um homem.
O referido Jamne em quem termina a sexta década daquelas gerações teve um filho a quem pôs o nome de Melqui; e neste filho começou a sétima década destas gerações.
Este Melqui foi pai de Levi e Levi teve dois filhos: um a quem São Lucas chama Hatat, porém outros chamam Melqui, conservando o nome do avô; e outro filho chamado Panter. Este Panter teve um filho chamado Bompanter e Bompanter teve Joaquim, casado com Ana, de cujo matrimônio nasceu a Virgem Maria. E assim, na sétima vez que voltou, ou seja, naquela década das gerações correspondente à sétima (isto é, desde Sem, filho de Noé), ou seja, desde que, depois do dilúvio, Deus mandou aos homens que voltassem a povoar a terra, nasceu a Virgem Maria, até a metade desta sétima década e morreu antes que terminasse este década de gerações.
Mas antes que Deus levasse a Virgem Maria deste mundo, a visitaram muitas vezes em Nazaré, em Jerusalém e em outros lugares, os religiosos que pertenciam a esta religião.
*Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo, por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém.
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Ontem, sábado dia 29, o confrade, Frei Carlos Mesters, Carmelita, voltou a ser internado no Hospital do Carmo aqui na cidade do Rio de Janeiro.
Após se recuperar de um infarto no último dia 7 na cidade de Angra dos Reis e de problemas da próstata, agora está com a pneumonia.
Amanhã, dia 1º de maio, Dia do Trabalhador e de São José Operário, os Bispos Carmelitas; Dom Frei Antônio Muniz, Arcebispo da Arquidiocese de Maceió, Dom Frei João Costa, Arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, Dom Frei Wilmar Santin, Bispo da Prelazia de Itaituba-PA e Dom Frei Francisco Sales, Bispo de Cajazeiras-PB vem fazer uma visita ao confrade. Continuemos em oração.
(Com informação do correspondente do Olhar Jornalístico, Frei Donizetti Barbosa, do Carmo da Lapa/RJ).
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A atitude contemplativa para com o mundo em torno de nós, que nos faz descobrir Deus presente nas nossas experiências quotidianas, leva-nos a encontrá-Lo especialmente nos nossos irmãos. Assim, somos levados a valorizar o mistério das pessoas que nos são próximas e com as quais compartilhamos a nossa vida. A nossa Regra quer que sejamos acima de tudo "fratres" e recorda-nos como a natureza das referências e das relações interpessoais, que caracteriza a vida da comunidade do Carmelo, se desenvolveu no exemplo inspirador daquela primitiva comunidade de Jerusalém. Ser "fratres" significa para nós crescer na comunhão e na unidade, na superação das distinções e privilégios, na participação e na corresponsabilidade, na partilha dos bens, de um projeto comum de vida e dos carismas pessoais; significa, também, amadurecer atitudes de atenção ao bem-estar espiritual e psicológico das pessoas, percorrendo os caminhos do diálogo e da reconciliação.
Estes valores da fraternidade são expressos e fortificam-se na Palavra, na Eucaristia e na oração.
Na Palavra escutada, rezada e vivida no silêncio, na solidão e na comunidade, especialmente na forma da "lectio divina", os Carmelitas são guiados, diariamente, ao conhecimento experiencial do mistério de Jesus Cristo. Animados pelo Espírito e radicados em Jesus Cristo, permanecendo n'Ele dia e noite, inspiram na sua Palavra todas as suas opções e ações.
Inspirados pela Palavra e em comunhão com toda a Igreja, os "fratres" celebram juntos os louvores do Senhor e convidam outros a partilhar a experiência da oração.
Os "fratres", todos os dias, quanto possível, são chamados da solidão ou do trabalho apostólico à Eucaristia, fonte e cume da sua vida, a fim de que, em torno da mesa do Senhor, sejam «um só coração e uma só alma», vivendo a verdadeira comunhão fraterna na gratuidade e no serviço mútuo, na fidelidade ao projeto comum e na reconciliação animada pela caridade de Cristo.
Como fraternidade contemplativa, buscamos o rosto de Deus e servimos a Igreja no coração do mundo ou, eventualmente, na solidão eremítica.
*DAS CONSTITUIÇÕES DA ORDEM DOS IRMÃOS DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA DO MONTE CARMELO.
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Já em vida do Profeta Elias, de tal maneira chegou a estender-se o instituto dos Filhos dos Profetas, que tanto nos desertos como nos subúrbios das cidades, se constituíram centros ou grupos de monges, sendo necessário que, além de Elias, alguns de seus discípulos mais destacados, estivessem à frente, dirigindo-os e governando-os.
Os monges chamavam a estes que os precediam e dirigiam de Pais e eles eram chamados Filhos dos Profetas.
Parece-me oportuno dizer aqui algo, ainda que brevemente, sobre estes Profetas, discípulos de Elias, não de todos, mas apenas dos quatro principais.
O primeiro de todos que Elias escolheu foi São Jonas. Jonas era natural de Get em Ofir (Galiléia), filho daquela mulher viúva à qual Elias se apresentou em Sarepta dos Sidônios quando recolhia um pouco de lenha e em cuja casa se refugiou durante o tempo em que o rei Acab mandou procurá-lo por todo o reino para matá-lo.
Elias havia ressuscitado este Jonas em sua infância, quando o Profeta se hospedava e comia na casa de sua mãe. A mãe, por gratidão pelo milagre e ao Profeta, lhe entregou o filho para que o instruísse na ciência profética da vida monástica e, feito discípulo de Elias, o servia.
Quando Elias se pôs a orar no monte Carmelo para pedir ao Senhor que enviasse a chuva logo, mandou o jovem Jonas olhar para ver se aparecia algo no mar e, tendo olhado, lhe disse: “não se vê nada”. Replicou-lhe Elias: “volta até sete vezes e em uma das vezes Jonas viu que subia do mar uma pequena nuvenzinha como a pegada de um homem”, (III Rs 18, 43). Quando comunicou isto a Elias, ele compreendeu que ia cair uma grande chuva sobre a terra e mandou que Jonas fosse dizer isto ao Rei que tanto o detestava.
Depois que Elias foi levado ao céu, também Eliseu enviou Jonas para que em Ramot de Galaad ungisse a Jehu rei de Israel e que vingasse a morte dos profetas discípulos de Elias.
Finalmente, por ordem do Senhor, foi a Nínive pregar que, passados quarenta dias, seria destruída; viu, por revelação do Espírito Santo, que, movidos por sua pregação, os ninivitas fariam penitência e alcançariam o perdão de Deus.
E para que não duvidassem do que lhes anunciasse, fugia de Nínive, até que, lançado ao mar, e devorado por um peixe descomunal foi vomitado na praia depois de três dias.
Sabendo também por revelação do Espírito Santo, que os ninivitas, convertidos por sua pregação, arruinaram a sua nação hebraica, tinha preocupação de que se convertessem, porque, com isto, temia a destruição de seu povo de Israel.
Porém, revelando-lhe Deus que ainda não era chegado o tempo da ruína final de Israel, mandou-lhe que voltasse aos israelitas e vaticinasse que Jeroboão, rei de Israel, restabeleceria os limites de sua nação desde a entrada de Emat até o mar Morto.
*Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo, por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém.
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Mandando Deus a Elias que deixasse a gruta Horeb, na qual viveu durante algum tempo, e que voltasse à terra de Israel, retirou-se com seus discípulos para o Monte Carmelo e loco começou a formá-los na vida monástica como o Senhor lhe havia ensinado, exortando-os a vivê-la; também os instruiu com esmero na ciência profética ordenando-lhes que cantassem devotamente os louvores de Deus acompanhando-se do saltério, da cítara e de címbalos de júbilo.
Não lhes havida sido possível realizar antes este ofício com perfeição, vendo-se continuamente perseguidos pelo rei Acab e mais ainda pela rainha Jezabel, sua mulher.
Passadas as perseguições pela misericórdia de Deus, o Senhor, desde então, escolheu por profetas alguns homens excelentes dentre estes monges que se distinguiam sobre os demais na arte de cantar com devoção e alegria os salmos louvando ao Senhor e acompanhando-se com instrumentos musicais, para que profetizassem e cantassem como o fazia Elias.
Com o som jubiloso do canto dos salmos ofereciam a Deus, tão amorosamente seus corações e, não raras vezes, o Senhor infundia em suas almas o espírito de profecia. Por isto quando desejavam que o Senhor lhes manifestasse o futuro, o invocavam com este devoto e harmonioso canto dos salmos.
Temos como exemplo o que nos narra o Livro dos Reis. Numa ocasião, perguntando o Rei Josafá a Eliseu, muito preparado nesta ciência, que lhe anunciasse o futuro, e não tendo Eliseu inspiração sobre o que havia de acontecer, pediu que lhe trouxessem um altério, e enquanto cantava muito recolhido, ofereceu seu coração a Deus, pedindo luz, e o Senhor lhe concedeu o espírito de profecia e lhe deu o conhecimento que pedia.
Desde então, como pela divina Sabedoria crescesse o número destes monges fundados por Elias, o próprio Elias escolheu alguns eminentes profetas que prediziam o futuro para que fizessem este ofício, para que em sua companhia e depois quando faltasse instruíssem com esmero os monges na vida monástica segundo o próprio Senhor lhe havia ensinado e lhes ensinassem o conhecimento ou ante profética e a cantar os salmos acompanhando-se do saltério, e os formasse com tanta solicitude e esmero como se fossem seus próprios filhos.
Esta é a razão pela qual estes monges, conhecidos antes com o nome de profetas, se chamassem depois filhos dos profetas, uma vez que eram discípulos dos referidos profetas desta religião e viviam a vida de observância profética e monástica sob a sua direção e governo, como se os Profetas fossem seus verdadeiros pais. Quando o Livro dos Reis menciona estes monges, os chama, quase sempre, FILHOS DOS PROFETAS.
*Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo, por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém
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Amanhã, às 8h:30min, na Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo na cidade de Cachoeira-BA, com a presença de; Frei Petrônio de Miranda/RJ, Delegado Provincial para Ordem Terceira do Carmo; Paulo Daher/RJ, Coordenador da Comissão Provincial da Ordem Terceira e Frei Raimundo Brito, assistente espiritual do Sodalício(Fotos), teremos a reunião do novo Prior e seu Conselho.
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Logo que Eliseu aceitou o cargo de dirigir a religião profética fundada por Elias, foi visitar cada um dos centros de monges Filhos dos Profetas e, para consolá-los da ausência de Elias, fazia milagres e prodígios diante deles, já para que não parecesse que havia recebido inutilmente esta graça extraordinária de Deus, já para mostrar-lhes com isto que estava no lugar de Elias, já também para fortalecê-los na perseverança da vida monástica.
E por isto, vivendo com os monges Filhos dos Profetas de Jericó, tornou doces as águas amargas da cidade a pedido de seus habitantes, lançando sal no manancial em presença deles.
Subindo dali para visitar os Filhos dos Profetas que moravam em Betel, os homens desta cidade tratavam o profeta como a um homem detestável, porque adorava o verdadeiro Deus, e incitaram os jovens para que insultassem e zombassem de Eliseu: “e saíram da cidade uns jovens e zombavam dele, dizendo: sobe calvo, sobe calvo” (IV Rs 2, 23).
Ao ver que aqueles cidadãos idólatras olhavam o Deus verdadeiro como se não fosse nada, pois o desprezavam a ele por dar-lhe culto, Eliseu, voltando-se para os jovenzinhos, olhou-os e os amaldiçoou em nome do Senhor, querendo, desde modo, engrandeceu o nome, do Senhor a quem eles desprezavam e, “em seguida, saindo do bosque dois ursos despedaçaram 42 daqueles rapazes” (IV Rs 2, 24). Quando os homens de Betel tiveram notícia do acontecido, temeram muito o nome do Deus de Eliseu e os Filhos dos Profetas que viviam ali, ante tão grande prodígio, receberam a Eliseu como seu Pai e Mestre com grande honra e cheios de alegria.
“Depois Eliseu partiu para o monte Carmelo” (IV Rs 2, 25) para visitar e consolar os Filhos dos Profetas que ali residiam. Então se deteve por pouco tempo no Monte Carmelo pelo desejo que tinha de visitar logo a todos os demais Filhos dos Profetas e logo voltar ao Carmelo.
Foi, pois a Samaria e visitou também os Filhos dos Profetas naquela cidade; ali encontrou a esposa de Abdias oprimida pelas dívidas contraídas por causa do alimento que Abdias proporcionou aos cem discípulos de Elias quando lhes conservou a vida, escondendo-os em grutas. Eliseu pagou a dívida da viúva e proporcionou alimento a ela e a seus filhos, multiplicando milagrosamente em grande quantidade o pouco azeite que a mulher tinha em sua casa; a viúva vendeu o azeite e com o preço pagou ao seu credor e ainda lhe sobrou para alimentar a si e a seus filhos.
Voltando Eliseu ao monte Carmelo passou pela cidade de Sunan onde vivia uma mulher rica em cuja casa se hospedava sempre que passava por aquele lugar. Esta mulher o recebia em sua casa, o atendia com presteza e até fez uma casa destinada só para o Profeta e mantinha com generosidade com tudo que precisava. Não tinha filhos, pois seu marido já era velho. Mas Eliseu como prêmio pela caridade com que o recebia, lhe prometeu que teria um filho de seu marido. Cumprida a profecia, aconteceu que, correndo o tempo, o filho crescido morreu.
A mulher disse a seu marido que queria ir ver Eliseu no monte Carmelo, porém ignorando o marido a morte do filho, lhe respondeu: “por que queres ir visitá-lo? Hoje não é dia de festa nem sábado” (IV Rs 4, 23); como se dissesse: se hoje fosse dia de festa terias razão para subir lá.
As pessoas piedosas costumavam visitar Eliseu e os demais monges do monte Carmelo, nos dias de festa, pela devoção que tinham de escutar de seus lábios e dos outros profetas a palavra de Deus e lhes levavam alimentos como agradecimento.
Chegando esta mulher a Eliseu, no monte Carmelo, lançando-se por terra se abraçou a seus pés e lhe disse: “por ventura te pedi um filho? Não te disse que não me enganasses?” (IV Reis 4, 28). Considerava-se enganada porque perdeu tão depressa o filho que Eliseu lhe havia obtido de Deus sem que ela o pedisse.
Vendo-a Eliseu tão cheia de amargura, levantou-se e a seguiu até sua casa e, entrando no quarto onde estava o menino morto, se pôs em oração até que o ressuscitou. Entregando-o o vivo à sua mãe, ela se lançou por terra aos pés de Eliseu, venerando-o e dando graças a Deus e ao Profeta.
Com estas e outras muitas maravilhas, Eliseu mostrou aos Religiosos os Filhos dos Profetas e discípulos de Elias haver recebido dele o espírito em dobro e por isto o receberam todos estes monges por Pai principal e comum e Mestre de todos.
*Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo, por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém
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Nós, Frades Carmelitas do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro, comunicamos aos confrades e ao povo de Deus que nesta manhã de terça-feira 25, o Frei Carlos Mesters, após passar 18 dias internado aqui na cidade do Rio de Janeiro, teve alta do Hospital do Coração – Prontocor.
A partir desta data, ele estará aqui no Carmo da Lapa em recuperação. Agradecemos as mensagens e orações.
Frades Carmelitas do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Prior
Frei Adailson dos Santos, Carm.
Frei Donizetti Barbosa, O. Carm.
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Nós, Frades Carmelitas do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro, comunicamos aos confrades e ao povo de Deus que nesta manhã de terça-feira 25, o Frei Carlos Mesters, após passar 18 dias internado aqui na cidade do Rio de Janeiro, teve alta do Hospital do Coração – Prontocor.
A partir desta data, ele estará aqui no Carmo da Lapa em recuperação. Agradecemos as mensagens e orações.
Frades Carmelitas do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Prior
Frei Adailson dos Santos, Carm.
Frei Donizetti Barbosa, O. Carm.
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Acabamos de conversar com o médico do hospital Prontocor da Tijuca/RJ. Segundo o mesmo, o confrade, Frei Carlos Mesters, só terá alta na próxima quinta-feira. Continuemos em oração.
Frades Carmelitas do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Prior
Frei Adailson Quintino, O. Carm
Frei Donizetti Barbosa, O. Carm
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