Vale afirma que não tem a informação de quantas das 168 barragens que estão atualmente sob sua responsabilidade foram construídas pelo método de alteamento - o mesmo da barragem 1 do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). O método de alteamento a montante é considerado por especialistas uma opção menos segura e mais propensa a riscos de acidentes, embora seja bastante comum.

Corpos encontrados nesta segunda em meio à lama podem ser de funcionários da Vale que estavam no refeitório. O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, disse que, apesar de estarem a 800 metros de onde ficava a o restaurante, as vítimas estavam perto de um mobiliário que indica ser do refeitório.

Manifestantes realizaram um protesto no início da noite desta segunda em frente à sede da Vale, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Palavras de ordem eram ditas em coro pelos manifestantes. Os participantes afirmavam que os executivos da empresa devem ser responsabilizados pelo caso. De acordo com eles, o episódio não pode ser considerado um acidente. Fonte: https://www.globo.com

Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de MG, tem sido a voz da equipe de resgate que lida com a ansiedade do país na busca de sobreviventes do rompimento na barragem da mina do Feijão (Foto: facebook)

HELOÍSA MENDONÇA

Desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), o tenente Pedro Aihara se tornou o rosto conhecido do trabalho árduo de centenas de bombeiros que têm corrido contra o tempo para localizar as vítimas e desaparecidos da tragédia. Porta-voz da corporação desde o primeiro dia da tragédia, tem sido entrevistado repetidamente pelas dezenas de jornalistas que acompanham os desdobramento do desastre na mina administrada pela Vale. Sua desenvoltura e serenidade para lidar com as perguntas têm surpreendido o Brasil inteiro, até por conta de sua pouca idade. Ele tem 26 anos e já participou do resgate na mina do Fundão, em Mariana (MG). Mesmo preparado, ele segue sendo humano. O tenente se emocionou na manhã desta segunda-feira ao falar sobre a incansável busca pelos desaparecidos. "A maior dificuldade é ter de lidar com a angústia. Podem ter certeza de que estamos trabalhando como se essas pessoas fossem nossas mães e nossos pais”, disse com os olhos marejados no início da manhã.

Aihara, que tem dormido de três a quatro horas por dia desde a tragédia, ressalta em todos os seus anúncios que o trabalho tem sido feito da maneira mais ágil possível, mas que ele demanda muitas particularidades, já que se trata de uma “operação de guerra”. “A gente entende que os familiares das vítimas estejam numa situação em que buscam muita informação, mas temos que entender que essa atuação é muito delicada, estamos falando de milhões de rejeitos de minério de ferro, trabalhamos com uma barragem. E, dentro da área quente, trabalhamos com material orgânico envolvendo animais, plantas e pessoas. É preciso fazer um trabalho muito criterioso”, diz. “Um trabalho rápido, por mais que a gente se esforce, não é possível de ser feito na agilidade que as famílias querem”, lamenta. A buscas, explica ele, se estendem por uma área de 10km de distância e milhões de metros cúbicos de rejeitos.

Aihara não tem se esquivado das perguntas da imprensa nem do questionamento mais doloroso feito repetidamente nas coletivas sobre a possibilidade de encontrar sobreviventes. Segundo o tenente, pela característica da lama, será muito difícil que alguém que foi arrastado pelos rejeitos da barragem da Vale tenha sobrevivido. O relógio tampouco ajuda. Com o passar dos dias, as chances de encontrar sobreviventes é ainda menor, mas não está descartada. Os bombeiros trabalham também em áreas limítrofes para tentar encontrar alguém que possa ter conseguido fugir. “A tragédia envolve lama, que é um tipo de material que ocupa muito espaço, é diferente de quando a gente tem algum tipo de desabamento, em que há bolsões de ar e é provável encontrar sobreviventes... Mas ainda trabalhamos com todas as possibilidades”, ponderou na manhã desta segunda.

A possibilidade de as buscas se estenderem por meses dependerá de como será o trabalho de recuperação de corpos, na avaliação do tenente. “É um trabalho extremamente pontual. É preciso ter cuidado para o material de animas não ser confundido com a de humanos. Pela quantidade de rejeitos, irá durar semanas”.

Atualmente, 280 bombeiros trabalham na operação da tragédia de Brumadinho. Cerca de 14 aeronaves, fornecidas pela própria corporação, Polícia Militar, Polícia Civil, Força Aérea Brasileira e o Governo do Rio de Janeiro, estão em uso para auxiliar as equipes. Alguns bombeiros vieram de outros estados, como São Paulo, Rio, Espírito Santo, Alagoas e Goiás. O número de integrantes de Minas Gerais chega a 130.

Assim como o tenente Aihara, muitos deles trabalharam há três anos na tragédia de Mariana, quando a barragem de Fundão se rompeu, matando 19 pessoas e deixando um mar de lama pelo Rio Doce. O episódio deu a eles mais experiência nesse tipo de resgate, mas lidar psicologicamente com tamanha perda de pessoas é ainda um grande desafio. Segundo Aihara, as equipes que estão trabalhando nos resgates estão passando por atendimento psicológico.

Trabalhando incansavelmente em um resgate perigoso que envolve lama e uma área de risco, os esforços dos bombeiros são reconhecidos por muitos moradores e familiares de desaparecidos que assistem dos bairros e estradas o sobe e desce constante de helicópteros. A missão dos bombeiros mineiros, no entanto, não tem sido valorizada adequadamente pelo Estado de Minas Gerais, que vive uma crise fiscal. Atualmente os salários dos bombeiros estão sendo parcelados e a quitação integral do 13º salário de 2018 está atrasada, e sem perspectiva de ser recebido em curto prazo. Fonte: https://brasil.elpais.com

Número de desaparecidos está em 292, de acordo com último boletim

Cleide Carvalho

BRUMADINHO (MG) — O número de mortos em decorrência do rompimento da barragem 1 da Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho, subiu para 60. Segundo o tenente coronel Flávio Godinho, um dos coordenadores da operação de resgate, dezenove corpos foram identificados. O número de desaparecidos chega a 292, segundo o último boletim, divulgado na manhã desta segunda-feira.

Um equipe com cerca de dez bombeiros estão no local onde foi encontrado ontem à noite um ônibus. Cães farejadores e uma escavadora auxiliam nas buscas de corpos. Ainda não se sabe quantas pessoas estavam no ônibus.

Um morador de Córrego do Feijão que acompanhou o resgate desde cedo disse que no local onde estava o ônibus havia uma estrada.  

— Ali era um terreno muito baixo, há muita, muita lama — disse.

A lama vermelha chegou hoje pelo rio Paraopeba na altura da ponte do centro da cidade de Brumadinho. O Paraopeba, dizem os moradores, era o que tinha mais peixes na região do Vale do Paraopeba, que fica entre seis serras, como Rola-Moça e da Moeda.

Hoje, o trabalho de resgate recebeu o reforço de 136 militares de Israel , que chegaram ontem em Belo Horizonte, com 16 toneladas de equipamentos de alta tecnologia, como sonares usados em submarinos para localizar pessoas em grandes profundidades. Cães farejadores também foram enviados pelo governo de Israel. A previsão é de que os israelenses ajudem nas buscas durante uma semana.

Segundo o coronel Golan Vach, líder das tropas enviadas por Israel, os sonares são capazes de identificar calor e sinais de telefones celulares em uma profundidade de até quatro metros. A expectativa é que o instrumento ajude a encontrar vítimas soterradas pela lama. Fonte: https://oglobo.globo.com

Ela acha que o pai não está soterrado e reclama da falta de interesse das autoridades

BRUMADINHO (MG) —  No terceiro dia depois da tragédia do Córrego do Feijão, emBrumadinho (MG), familiares de pessoas que trabalhavam na mina da Vale reclamam da dificuldade de informações e da demora até mesmo de incluir nomes de desaparecidos nas listas oficiais. Gisele Santana Loures, 22 anos, disse que o celular de seu pai ainda toca e recebe mensagens. Para ela, pode ser um indício que ele pode estar machucado, mas não morto ou soterrado.

Parte superior do formulário

— O celular do meu pai não está soterrado. Ele pode estar em algum lugar, precisando de ajuda, mas eles não querem essa informação que eu tenho para dar — diz Gisele.

Sebastião Santana Loures, o pai de Gisele, tem 58 anos e trabalhava como motorista da Della Volpi, uma das terceirizadas da Vale. A última mensagem que ele trocou por whatsapp com a família foi as 12h19 de sexta-feira. Mas Gisele acredita que ele pode não ter morrido porque o celular toca e recebe mensagens.

— A bateria pode estar quase acabando, mas o celular está ligado. Meu pai não tinha qualquer problema de saúde e era muito esperto. Se ele percebeu alguma movimentação na barragem ele conseguiu correr — diz a jovem.

Gisele disse que só no sábado incluiu o nome do pai na lista de desaparecidos e que a empresa Della Volpi não tem outras informações. 

- Eles têm a mesma informação que eu. Queria que usassem os dados da rede de celular para tentar achar meu pai, mas ninguém dá atenção - afirma Gisele.

Gisele mandou uma mensagem agora para o pai, às 12h47 deste domingo, e a resposta da rede é que a mensagem foi entregue.

Desabrigado pela segunda vez

Davi Laurindo Pereira,  39 anos, é um sobrevivente. Na sexta-feira, estava em casa com a mulher e os dois filhos, Isabela, 18 anos, e Iraci, um garoto de 13, quando a barragem desabou. Ao ouvir o estrondo, na hora do almoço, correram para um morro próximo. A família se salvou,mas perdeu tudo. Sem teto, Davi procurou abrigo na casa de parentes.

Na madrugada deste domingo, a sirene tocou pela primeira vez - e pela segunda vez Davi, a mulher e os filhos tiveram de sair às pressas. 

Eram quase 10h da manhã e o grupo estava num posto de saúde de um bairro na área rural de Brumadinho, ainda sem saber onde ir. 

— Hoje teve sirene. No dia que precisou nao teve nada — reclamava Davi.

Elaine Alves Teixeira, de apenas 15 anos e com a filha de 6 meses no colo, também aguardava para onde ir. Mora num cômodo da casa da mãe, Maria Pinheiro, de 41 anos, que hoje teve de ser evacuada por estar em área de risco do Rio Parauapeba.

— A água ainda não chegou. Estou aqui esperando para ver o que vão mandar a gente fazer — dizia Elaine.

Maria se conforma: 

— Não tem outro jeito, não tem o que fazer. Fonte: https://oglobo.globo.com

Bombeiros iniciaram a evacuação de comunidades após a constatação de que uma quarta barragem da Vale apresenta risco iminente de rompimento

O alarme de aviso sobre rompimento de barragem soou às 5h30 da manhã deste domingo (27), em Brumadinho. Bombeiros iniciaram a evacuação de comunidades após a constatação de que uma quarta barragem da Vale apresenta risco iminente de rompimento.

A evacuação acontece em áreas de risco, próximas ao leito do rio Paraopeba e às áreas já atingidas por lama. As comunidades Tejuco e Córrego do Feijão serão evacuadas.

 “Como medida preventiva, a comunidade da região está sendo deslocada para os pontos de encontro determinados previamente pelo Plano de Emergência”, informou a Vale em nota.

De acordo com os bombeiros, deverão ser evacuadas 350 pessoas. As famílias serão levadas para a parte mais alta do núcleo urbano ou deslocadas para outras localidades na região de Brumadinho.

O volume de água a ser drenado nesse período e que, portanto, desceria pelo rio Paraopeba seria mais que o triplo do que vinha sendo drenado até então.

Os trabalhos de resgate estão suspensos. Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros está empenhado na evacuação. Uma das áreas prioritárias é Parque da Cachoeira, onde há 25 casas em risco. Fonte: www.revistaforum.com.br

 

Não cuidar da Casa Comum "é uma ofensa ao Criador, um atentado contra a biodiversidade e, definitivamente, contra a vida": Repam publica nota sobre a tragédia em Minas Gerais.

Brasília

O cardeal Cláudio Hummes, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil, assinou uma nota lamentando o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho/MG.

No texto, o arcebispo emérito de São Paulo/SP alerta para as consequências da atividade de mineração, recorda o desastre de Mariana/MG, há três anos, e adverte para os interesses de projetos na Amazônia, “nova fronteira mineral cobiçada por grupos internacionais e ofertada pelo governo brasileiro à custa das populações tradicionais, com riscos a terras indígenas já demarcadas”.

NOTA DA REPAM SOBRE O ROMPIMENTO DE BARRAGEM EM BRUMADINHO

“Não cuidar da Casa Comum “é uma ofensa ao Criador, um atentado contra a biodiversidade e, definitivamente, contra a vida”. (DAp 125)


Mais uma vez famílias choram por seus entes queridos e a Terra geme em dores de parto. Após três anos, Minas Gerais enfrenta outro desastre ambiental causado pela atividade de mineração, tendo a mesma empresa como protagonista. A Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil, cuja inspiração e serviço situam-se na espiritualidade da ecologia integral, manifesta solidariedade às vítimas e familiares afetados pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração no município de Brumadinho/MG.

Também lamentamos e nos sentimos estarrecidos com as consequências desta atividade que ignora as indicações da Igreja, as quais incentivam uma economia a serviço da vida humana e dos ecossistemas com sua grande biodiversidade (Carta Pastoral do CELAM – Discípulos Missionários Guardiões da Casa Comum, 93).

Não é possível dissociar a relação do acontecido desta sexta-feira com o desastre de Mariana, cada um com suas terríveis proporções na vida dos mais pobres e consequências para o meio ambiente. Este é mais um crime ambiental que nasceu e se consolidou pela impunidade dos anteriores. O que sucedeu do rompimento da barragem em Mariana ainda não foi reparado e os responsáveis não foram criminalmente punidos. Infelizmente, a lógica do rigor contra os infratores da lei ataca cada vez mais os pequenos e poupa o grande capital.

Chama atenção o fato de o próprio licenciamento da mina Córrego do Feijão e de sua barragem de rejeitos estar impreciso e contraditório. A aprovação da expansão da exploração na área teve forte resistência da comunidade local.

Com os bispos do Brasil, reforçamos a ideia de que a “atividade mineradora no Brasil carece de um marco regulatório que tire do centro o lucro exorbitante das mineradoras ao preço do sacrifício humano e da depredação do meio ambiente com a consequente destruição da biodiversidade” (Nota da CNBB sobre o rompimento da barragem de Fundão, 25/11/2015).

Consideramos importante também salientar que estamos num contexto político de flexibilização das leis ambientais e de desmanche dos procedimentos de licenciamento ambiental. A atenção para esta realidade também deve estar voltada para a Amazônia, nova fronteira mineral cobiçada por grupos internacionais e ofertada pelo governo brasileiro à custa das populações tradicionais, com riscos a terras indígenas já demarcadas.

A ação das empresas mineradoras é conhecida pelas violações dos direitos humanos das populações indígenas ou originárias, tradicionais e campesinas, principalmente as da Amazônia, “onde tendem a ocupar, sem consulta prévia e com o apoio dos Estados, os territórios dessas populações, confinando-as em espaços de vida cada vez mais reduzidos, limitando, assim, as possiblidades de acesso a seus meios tradicionais de subsistência e destruindo suas culturas”. (Carta Pastoral do CELAM – Discípulos Missionários Guardiões da Casa Comum, 41)

As perspectivas de expansão dos projetos de mineração na Amazônia serão à custa da segurança da população e do meio ambiente, mais uma vez por conta do contexto político brasileiro, no qual a análise dos riscos tende a ser minimizada e os órgãos de fiscalização e monitoramento enfraquecidos, preferindo-se o automonitoramento das próprias empresas.

Depositamos a nossa esperança de mais justiça e cuidado com a Casa Comum Naquele que veio para que todos tenham vida, e a tenham em abundância (cf. João, 10, 10b).


Brasília, 25 de janeiro de 2019
Cardeal Cláudio Hummes
Arcebispo Emérito de São Paulo/SP
Presidente da REPAM-Brasil

Fonte: www.vaticannews.va

Chega a 34 mortes confirmadas em Brumadinho; oito corpos são identificados

Segundo Corpo de Bombeiros, há 81 desabrigados e 23 vítimas foram encaminhadas a hospitais

BRUMADINHO, RIO, SÃO PAULO e BRASÍLIA — De acordo com balanço divulgado pelo governo de Minas Gerais na noite deste sábado, o total de corpos resgatados em Brumadinho (MG) chegou a 34. O governo de Minas Gerais havia informado anteriormente que havia 40 mortes confirmadas, mas corrigiu a informação.

As mortes confirmadas, portanto, já superam o registrado na tragédia de Mariana, também em Minas Gerais, em 2015, quando houve 19 vítimas.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, há 81 desabrigados e 23 vítimas foram encaminhadas a hospitais. Até agora, foram resgatadas 366 pessoas, sendo 221 funcionários da Vale e 145 terceirizados da empresa.

As buscas foram interrompidas às 20h. As equipes retomam os esforços às 4h deste domingo.

O Ministério Público disponibilizou um e-mail para receber informações sobre desaparecidos. O endereço é Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.. As informações serão incluídas no Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (SINALID).

A primeira vítima identificada é a médica Marcele Porto Cangussu , de 35 anos. O corpo foi reconhecido através das impressões digitais. Além dela, outros sete mortos foram identificados: Jonatas Lima Nascimento, Carlos Roberto Deusdeti, Leonardo Alves Diniz, Fabricio Henriques, Robson Máximo Gonçalves, Willian Jorge Felizardo Alves e Eliandro Batista de Passos. Fonte: https://oglobo.globo.com

Daniel Vasco de Oliveira estava com o irmão gêmeo Rafael, a mulher e amigos na praia na hora do acidente

RIO — No momento em que foi atingido por um raio em Copacabana no fim da tarde de sexta, na Zona Sul do Rio, o motorista brasiliense Daniel Vasco de Oliveira, de 35 anos, estava na areia perto da mulher, do irmão gêmeo e de amigos. O episódio durante o temporal que castigou a cidade, na tarde desta sexta-feira. Daniel chegou a ser levado por equipes do Corpo de Bombeiros para o Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, também na Zona Sul, mas morreu ao dar entrada na unidade.

— A gente estava numa boa curtindo a praia com alegria. A mulher dele tinha acabado de sair da água, eram umas 17h30m e chovia bem fininho. Ele estava na areia já. Havia umas dez pessoas próximas, já tinha esvaziado. Mas quando percebemos os relâmpagos falamos 'olha que perigo'. E, de repente, só ouvimos o barulho da trovoada. Meu irmão tinha sido atingido e a mulher dele, que estava mais próxima, lançada no chão — conta o Rafael Vasco de Oliveira, irmão gêmeo de Daniel.

— Sou enfermeiro e na hora fui conferir a pulsação, mas sabia que ele já estava morto —  detalha Rafael, que na manhã deste sábado foi ao Instituto Médico Legal (IML) identificar e liberar o corpo de Daniel.

De férias no Rio desde o dia 21, a vítima e todos os outros vieram de Brasília — a volta estava marcada para a próxima segunda-feira. Estavam hospedados num flat na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Segundo Rafael, a mulher de Daniel não sofreu nenhum ferimento e passa bem. Ele diz que Daniel não deixa filhos. Os pais deles moram em Brasília e ficaram sabendo da tragédia através de um dos amigos, por telefone.

— Pedi para um amigo ligar e avisar porque não tenho condições — afirma Rafael.

Como Daniel só trouxe a carteira de habilitação, o IML aguarda um documento com foto e digital para liberar o corpo, que será levado para Brasília onde será velado e sepultado.

Por ano, no Brasil, cerca de 300 pessoas são atingidas por raios e dessas, 100 morrem, segundo informações do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Fonte: https://oglobo.globo.com

POR BERNARDO MELLO FRANCO

Autora do livro-reportagem "Tragédia em Mariana" (Record), a jornalista Cristina Serra classifica o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) como "mais um desastre anunciado".

— O Brasil não aprendeu nada com a tragédia de Mariana. É desalentador — afirma.

Mais de três anos depois do vazamento de 2015, ela lembra que o caso continua sem punições.

— O processo tem 21 réus e nenhuma perspectiva de desfecho. Muitas indenizações não foram pagas e a maioria dos povoados ainda não foi reconstruída.

Depois de estudar o caso de Mariana a fundo, Cristina diz que não se surpreendeu com a tragédia desta sexta-feira.

— O poder público não tem estrutura para fiscalizar as barragens. A sociedade pensa que está protegida, mas não está — afirma. Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com

Corpo de Bombeiros divulga lista de sobreviventes da tragédia em Brumadinho

A Polícia Militar também está no local para prestar apoio e garantir a segurança dos bombeiros.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou na noite de sexta-feira uma lista com os nomes dos sobreviventes da tragédia em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até o momento, cerca de 150 pessoas continuam desaparecidas.

 

CONFIRA A LISTA

Renato Menezes Oliveira

Adriana Ferreira de Jesus

Laci Lambeu de Carvalho 

Lucas Vitor de Jesus Alves

Daniel Coelho

Elson Ribeiro de Oliveira

Adeilson Henrique Gomes Rabelo

George Washington Mendes 

Sergio Gonçalves da Silva 

Jose Rodrigues de Oliveira 

Ariane Aparecida de Oliveria

Marcio de Resende Junior

Mayana Vitoria de Resende 

Emilly Vitoria de Resende 

Marcio Eusebio de Resende 

Elaine Maria de Assis Souza

Juci Albina de Assis

Milena rodrigues de Assis Souza 

Wilson Pereria de Souza

Adilson dos Santos 

Juraci do Santos Padilha 

Reinaldo de Augusto Chagas 

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Maria Geraldo de Souza 

Charles cicero Lima 

Jeferson Gonçalves da Silva 

Lucimar Ferreira da Cunha 

Lucilene Pratos Xavier 

Jasiel Leandro Silva Ramos 

Sebastião Miguel de Oliveira

Conceição Maria de Oliveira 

Alan Rodrigues Costa

Jose Apolinario Ferreira 

Genercy Pereira da Silva 

Ivan Lucio da Silva

Jeferson Alberto Pereira Silva

Eduardo Batsita Gama Diniz

Marco Sandro Ribeiro

Dulcilanje Aparecida de Oliveira Silva

Igor Natanael Mendes Cândido

José Eduardo Soares

Sérgio Ramos dos Reis

Claudiene de Fátima severiano

Marcos Lucio de Oliveira

Marcos Antônio Costa

Wedson Pereira da Silva

Carlos Antonio

Evandro Antonio de Sousa e da Silva 

Junio Paula Vilela

Leandro Carvalho Brandao

Varley de Souza Roque

Claudio de Jesus Santana

José Raimundo Alves Pereira

Marcos Vinicius da Silva

Jailson Rodrigues Martins

Washington Luciano Ferreira

Cleber de Paulo Junior

José Cassio Valerio de Jesus

Flaviano Alves Siqueira

Roberto das Graças Simplicio

Valderci Geraldo Miranda

Alex Ricardo Pereira

Cristiano Alves Ferreira

Nilton Nilo

Jordano Almeida

Marcelo de Oliveira

Jorge Tiago de Oliveira Pinto

Pedro Ivo de Morais

Dainison de Souza Batista

Terlan Matos

Francisco Estevao da Silva Filho

Edna Candido Rodrigues

Wanderson Jorge Pinto

Luciney Alves Neto

Ednei Candido Rodrigues

Vinicius Rodrigues Alexandrino

João Otaviano de Campos

Edilson Ferreira

Marcelo Hernrique Nascimento

Douglas Abdo de Souza

Rangel da Silva Araújo

Elias de Jesus Nunes

Luciano Oliveira dos Santos

Maria de Lourdes da Silva Almeida

Mirella Almeida Cardoso

Melissa Tainara Almeida Cardoso

Angelo Ferreira Resende

Marcelo Luiz de Paula

Manoel Wison Alves de Souza

Jailson Patrick Martins dos Reis

Alexandre de Sales Barbosa

Diego Henrique da Silva

Elias Ferreira Santos Araújo

Amilton Ferreira de Oliveira

Roberth Pereira da Silva

Hugo Simão Carlos

Robson de Oliveira

Jailton Rodrigues Pereira

Rawgleison Batista Amaral

Leandro Peixoto Carvalho Dias

Fernando Junior de Freitas

Paulo Henrique Rocah Chagas

Joao Roque de Paula 

Leonardo da Silva Mendes

Marcela Vitória Almeida Alves

Eliana Almeida Cardoso 

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Wellington Euclides da Silva

Adrinao Monteiro 

Claudio Aparecido da Sailva Almeida 

Everton Dias 

Marcos Roberto Silva de Souza

Reinaldo Marques 

Denilson Bleme Candido

Oseios Sales Barbosa 

Sidnei Marcos da Rocha 

Leonardo dos Reis Azevedo

Wiler Isodório de Jesus

Jeferson Alberto Silva 

Denilson Bleme Candido

Emerson dos Santos 

Jason Queiroz

Rone Marques da Silva 

Jordan Rendrius Damian Ladslau

Oseios Magahaes 

Marcio Julio 

Gilberto joaquim Junior silva 

George Mendes 

Isacc Xavier dos Santos 

Wilson Candiso Batista 

Luis Felipe da Silva Mendes 

Marcelo Magela Coelho 

Admilson Rodrigues Monteiro 

Nilson Barbosa

Renato de Almeida Santos

Wesley Silva Ferreira

Luciano Claudio da Silva Coelho

Jose Cassio Valerio

Denis Rodrigues

Lilian de Melo costa

Daniel Messias Nunes

Elder Correia dos Reis

Carlos Alberto Fonseca

Geraldo Ribeiro Morais Reis

Sinval Figueiredo

Vinicius de Paula

Luis Antonio de Miranda

Jailson Rodrigues Martins

Douglas do Nascimento Garcia

Julio Cesar Brandão Cecílio

Jeferson Alberto Pereira Silva

Claudio Jesus de Santana

Ivan Batista da Silva

Marcelo de Oliveira

Leonardo 

Marcos Jose Pereira

Rafael Alves da Cruz

Walcir Carvalho Mendes Lopes

Olavo de Jesus Freitas

Francis Charles de assis

Denis Geraldo Santos Medeiros

Eva Aparecida Pereira de Oliveira

Rafael Arcanjo Pereira

Edivaldo Alves Moreira

Cristiane França da Fonseca Penido

Mônica Gonçalves Coelho

Abner Pereira dos Santos

Wander Araújo Divino

Welington Euclides

Messias Alípio Medeiros Leite

Bruno Alves Evangelista

Adriano Monteiro

Darlane Silva Oliveira

Jeferson Felie de Oliveira

Wallace Teixeira de Andrade

Sebastião de Sousa Cândido

Renato Almeida dos Santos

Jose da Silva Filho

Tranquedo Emerson dos Reis

Jordan Damião Ladislau

Claudio Pereira dos Santos

Clever Junior dos Santos

Marcelo Jose Diniz

Jose de Paula Soares Filho

Helder Correa dos Reis

Fonte: https://www.em.com.b

Funcionários próprios:

Abner Pereira Dos Santos
Adair Custodio Rodrigues
Adelson Claudio De Jesus
Adisley Vinicio Caio
Admilson Rodrigues Monteiro
Adnilson Da Silva do Nascimento
Adriano Aguiar Lamounier
Adriano Caldeira Do Amaral
Adriano Gonçalves dos Anjos
Adriano Junio Braga
Agostinho Jose De Sales
Ailton Pereira Dos Santos
Alexandre De Sales Barbosa
Alexis Adriano Da Silva
Alexis Cesar Jesus Costa
Allison Andrade Duarte Silva
Aloisio Carlos Mendes
Altair Jesus Da Silva
Amanda de Araujo Silva
Amilson Andrade Pessoa Junior
Ana Paula da Silva Mota
Anailde Souza Pereira
Andre Luiz Almeida Santos
Angelica Aparecida Avila
Angelita Cristiane Freitas De Assis
Anizio Coelho Dos Santos
Antonio Geraldo Alves
Antonio Luciano Pedrosa Silva
Antonio Marcos Nunes
Arildo De Amorim Carmo
Arildo Patricio Passos
Aroldo Oliveira
Artur Vinicius Dos Santos
Brenda Maria Maia Campos
Bruno Eduardo Gomes
BRUNO ROCHA RODRIGUES
Camila Santos de Faria
Carlos Alberto Da Fonseca
Carlos Antonio
Carlos Eduardo Campos Do Amaral
Carlos Magno De Almeida
Carlos Roberto Souza
Caroline Mirian da Silva Reis
Claldiene de Fatima Severiano
Claudio Aparecido da Silva Almeida
Claudio Fernando Padila
Claudio Marcio Dos Santos
Cleidson Aparecido Moreira
Cleiton Luiz Moreira Silva
Cristhiani Franca da Fonseca Penido
Cristhiano Almeida Rocha
Cristiane Antunes Campos
Cristiano Clemente Patrocinio
Cristiano Passos Sousa
Cristiano Vinicius Oliveira De Almeida
Cynthia Martins Brandao
Daiana Caroline Silva Santos
Daniel Messias Nunes
Daniel Tadeu Ferreira Costa
Delfonso Geraldo Da Silva
Denilson Bleme Candido
Denilson Rodrigues
Denis Rodrigues Saiao
Denis Silva
Dennis Augusto Da Silva
Derli Batista De Oliveira
Diego Antonio de Oliveira
Diego Geraldo Marinho
Diego Hermano Da Silva Martins
Diogo Soares Matozinhos
Djener Paulo Las Casas Melo
Douglas Abdo De Souza
Eder Luiz Alves Diniz
Edgar Bento Da Silva
Edgar Carvalho Santos
Edgar Santos
Edimar da Conceicao de Melo Sales
Edirley Antonio Campos
Edivaldo Alves Moreira
Edmar De Rezende
Ednei Candido Rodrigues
Edson Geraldo Eleoterio
Eduardo Batista Gama Diniz
Eduardo Da Silva Araujo
Elias De Jesus Nunes
Elias Jose de Moura
Elisson Ribeiro De Oliveira
Eliveltom Mendes Santos
Elizeu Caranjo De Freitas
Elon Silva Figueiredo
Elson Ribeiro De Oliveira
Eudes Jose De Souza Cardoso
Evandro Luiz Dos Santos
Everton Lopes Ferreira
Fabio Lucio De Paiva
Fabricio Henrique Silva Rodrigues
Fabricio Lucio Faria
Fabricio Ramos Silva
Fernanda Cristhiane da Silva
Flaviano Fialho
Gabriel Augusto Maia Rios
Geikson Taytson Amador Campos Lacerda
Genercy Pereira da Silva
Geraldo Ribeiro De Morais
Gilberto Joaquim Da Silva
Giovani Paulo Da Costa
Gislaine Michelle de Oliveira Anastacio
Gislene Conceicao Amaral
Givaldo Antonio dos Santos
Glayson Leandro Da Silva
Gleison Welbert Pereira
Gustavo Andrie Xavier
Gustavo Moreira De Faria
Gustavo Queiroz Esteves
Haroldo Junior De Oliveira
Helbert Firmino Pena
Helder Correa Dos Reis
Helder Pires Borges
Heleno Andre Da Silva
Hernane Junior Morais Elias
Hugo Marques Barbosa
Hugo Maxs Barbosa
Iaria Luiza Silva Sousa
Isacc Xavier Dos Santos
Istelio Barbosa de Araujo
Ivan Alves
Ivan Batista Da Silva
Ivan Lucio Da Silva
Izabela Barroso Camara Pinto
Jaconias Goncalves Da Silva
Jailson Patrick Martins dos Reis
Jailson Rodrigues Martins
Jairo Nunes Dos Santos
Janice Helena Do Nascimento
Jaqueline Amorim dos Santos
Jardel Souza Dutra
Jeferson Alberto Pereira Silva
Jenner Leonardo Guimaraes Rezende
Jeremias De Jesus Rocha
Jesiel Eduardo da Paixao
Jhonathan Santos Rocha
Joao Batista Da Costa
Joao Paulo De Almeida Borges
Joao Paulo Pizzani Valadares Mattar
Jonatas Lima Nascimento
Jonis Andre Nunes
Jorge Luiz Ferreira
Jorge Vicente da Silva
Jose Apolinario Ferreira
Jose Carlos Domeneguete
Jose De Avila
Jose Eduardo Soares
Jose Francisco Mateiro
Jose Henriques Neto
Jose Maria da Conceicao Araujo
Josiane Santos
Jucelia Pereira Lima de Oliveira
Juliana Creizimar De Resende Silva
Juliana Esteves Da Cruz Aguiar
Juliana Parreiras Lopes
Julio Cesar De Freitas
Junia Firmino Prado
Katia Gisele Mendes
Keleson Maia De Aguiar
Kelyson Martins Fraga
Leandro Borges Candido
Lecilda De Oliveira
Lelis Marcos De Oliveira Melo
Lenilda Cavalcante Andrade
Leonardo dos Reis Azevedo
Leticia Mara Anizio de Almeida
Lilian De Melo Costa
Lourival Alexandre De Queiroz
Lucas Misael de Souza Coutinho Gomes
Luciano Batista Das Chagas
Luciano de Almeida Rocha
Luciano Ferreira Da Silva
Luciano Las Casas Goncalves
Lucimara Martins Cardoso Coelho
Lucio Pereira De Lima
Lucio Rodrigues Mendanha
Luis Antonio Parreiras
Luis Felipe da Silva Mendes
Luiz Antonio De Miranda
Luiz Cordeiro Pereira
Luiz De Oliveira Silva
Luiz Felipe Alves
Maicon Vitor Alves Santos
Manoel Wilton Alves de Souza
Marcelle Porto Cangussu
Marcelo Alves De Oliveira
Marcelo Guimaraes
Marcelo Henrique Nascimento
Marcelo Magela Coelho
Marcelo Tito Da Silva
Marcio Pampulini Junior
Marcio Tulio Rezende Amaral
Marco Antonio Ribeiro da Silva
Marco Aurelio Santos Barcelos
Marco Sandro Ribeiro
Marcos Evangelista Da Cruz
Marcos Lucio De Oliveira
Marcos Roberto Silva de Souza
Marcos Vinicius Borges do Carmo
Marcus Tadeu Ventura Do Carmo
Mario Miranda Marques
Marlon Rodrigues Goncalves
Mauro Ferreira Do Prado
Mauro Lucio Santos
Max Elias De Medeiros
Maycom Augusto Da Silva Paula
Messias Alipio Medeiros Leite
Milene Cristina Costa Souza
Moises Moreira De Sales
Natalia Fernanda da Silva Andrade
Nathalia de Oliveira Porto Araujo
Neemias Martins da Silva
Neftali Goncalves Da Silva
Nilson Barbosa
Nilson Dilermando Pinto
Nilton Nilo Martins Severino
Ninrode de Brito Nascimento
Noe Sancao Rodrigues
Norberto Paula Fernandes
Olavo Henrique Coelho
Oseias Sales Barbosa
Oziel Vieira Da Silva
Ozilis Adalberto Ferreira
Patrick Giordani Gomes
Patrick Petterson Ambrosio Almeida
Paulo Sergio Cardoso De Almeida
Paulo Sergio Fecundo
Paulo Wellington Da Silva
Petersen Coelho Andronico
Poliana de Souza Oliveira
Priscila Elen Silva
Rafael Mateus De Oliveira
Rafhael Euber Martins Boanares
Ramon Junior Pinto
Rangel da Silva Araujo
Rangel do Carmo Januario
Reginaldo Ferreira De Oliveira
Reginaldo Henriques Chaves
Reginaldo Rodrigues Reis
Reinaldo Goncalves
Reinaldo Marques
Renato Eustaquio De Sousa
Renato Rodrigues Da Silva
Renato Rodrigues Maia
Renato Vieira Caldeira
Renildo Aparecido Do Nascimento
Ricardo Alves Caetano
Ricardo Generoso De Brito
Richard Heindel Melo Xavier
Roberto das Graças Simplicio
Roberto Mauro Martins Dos Santos
Robson Cleber Passos
Rodrigo Diniz Silva
Rodrigo Monteiro Costa
Rodrigo Monteiro Costa
Rogerio Antonio Dos Santos
Roliston Teds Pereira
Rolni Angelo Da Silveira
Ronaldo Aparecido Dos Santos
Ronan De Castro Pinheiro
Ronnie Von Olair Da Costa
Rosaria Dias Da Cunha
Ruberlan Antonio Sobrinho
Ruy Nunes Ferreira
Samuel Da Silva Barbosa
Sandro Andrade Goncalves
Sebastiao Gomes
Sergio Geraldo Penido
Sergio Goncalves Da Silva
Sergio Magalhaes Diniz
Sidnei Marcos Da Rocha
Simone Vieira Benfica Silva
Sinval Soares Figueiredo
Sueli De Fatima Marcos
Terlam de Mattos Oliveira
Thiago Mateus Costa
Tiago Barbosa Da Silva
Tiago Luiz Martins Amorim
Tiago Tadeu Mendes da Silva
Vagner Nascimento Da Silva
Valdilei Rocha Gomes
Valter Luis Da Silva
Vanderley De Souza Fecundo
Vanderlucio Coelho Dos Santos
Vanderlucio Dos Santos
Varley Moreira Pinto
Vicente Aparecido De Amorim
Victor Alexandre de Souza
Vinicius De Paula
Vinicius Rodrigues Alexandrino
Wagner Lopes Sergio
Wagner Rodrigues Monteiro
Wagner Valmir Miranda
Waldeci Fernandes Pego
Waldemar Maria Botelho
Walisson Eduardo Paixao
Wallisson Lemos Da Silva
Wanderson Carlos Pereira
Wanderson Oliveira Valeria
Wanderson Paulo da Silva
Wanderson Ribeiro Da Silva
Wanderson Soares Mota
Waner Costa Magalhaes
Warley Gomes Marques
Warley Lopes Moreira
Wdison Cesar Barbosa
Weberth Ferreira Sabino
Weberth Ferreira Sabino
Wedson Pereira Da Silva
Wellington Da Rocha Ribeiro
Wendell Rodrigues Pereira
Weslei Antonio Belo
Weslei Silva Ferreira
Wesley Antonio Das Chagas
Wiliam Isidoro de Jesus
Wilson Candido Batista Junior
Wilson Jose Da Silva
Zilber Ferreira

 

Terceiros:

ADEMARIO BISPO
Alex Mario Moraes Bispo
Alisson Martins de Souza
Amarina De Liordes Ferreira
Amauri Geraldo da Cruz
Andrea Ferreira Lima
Angelo Gabriel da Silva Lemos
Antônio Ribas
Armando Rage Grossi
Bruna Lelis de Campos
Camilo de lelis do Amaral
Carla Borges Pereira
Carlos Augusto dos Santos Pereira
Carlos Eduardo de Souza
Carlos Eduardo Faria
Carlos Roberto da Silveira
Carlos Roberto Deusdedit
Carlos Roberto Pereira
Cassia Regina Santos Souza
Cassio Cruz Silva Pereira
Claudio Leandro Rodrigues Martins
Cristiano Braz Dias
Cristiano Jorge Dias
Cristiano Serafim Ferreira
Daniel francisco Orlando
Daniel Guimarães Almeida Abdalla
Daniel Muniz Veloso
David Marlon Gomes Santana
Dirceu Dias Barbosa
Edione Reis
Ednilson dos Santos Cruz
Edson Rodrigues dos Santos
Edymayra Samara Rodrigues Coelho
Egilson Pereira de Almeida
ELIANE DE OLIVEIRA MELO
Elindro Batista de Passos
Elizabeth de Oliveira Espindola
Emerson Jose da Silva Augusto
Eridio Dias
Eva Maria de Matos
Evenir Nascimento
Everton Guilherme Ferreira Gomes
Fabricio Henriques da Silva
Fauller Douglas da Silva Miranda
Felipe Jose de Oliveira
Francis Marques da Silva
GEORGE CONCEICAO DE OLIVEIRA
Geraldo de Medeiro Filho
Gisele Moreira da Cunha
Gustavo Junior Souza
Herminio Ribeiro Lima Filho
ICARO DOUGLAS ALVES
Jhobert Donadonne Gonçalves Mendes
Joao Paulo Autino
Joiciane de Fatima dos Santos
Juraci Santos Padilha Souza
Katia Aparecida da Silva
Lenilda Martins Cardoso Diniz
Leonardo da Silva Godoy
Leonardo Pires de Souza
Leticia Rosa Ferreira Arrudas
Liz Mirna
Lourival Dias de Rocha
Luiz carlos Silva Reis
Marceleia da Silva Prado
Marcelo Alves de Oliveira
Marcio de Freitas Grilo
Mauricio Lauro de lemos
Miraceibel Rosa
Miramar Antonio Sobrinho
Nelson Prado Junior
Nilton Xisto
Noel Borges
Olimpo Gomes Pinto
Paulo Natanael de Oliveira
Pedro Bernardino de Sena
Reinaldo Simão de Oliveira
Rodney Sander Paulino Oliveira
Rodrigo Miranda dos Santos
Roselia Alves Rodrigues Silva
Rosiane Sales Souza Ferreira
Samara Cristina dos Santos Souza
Sebastião Divino Santana
Sergio Carlos Rodrigues

Terceiros- local 
Thiago Leandro Valentim

TIAGO COUTINHO DO CARMO
Valdeci de Souza Medeiros
Walaci Junhior Candido da Silva
Willian Jorge Felizardo Alves.

Fonte: www.facebook.com/PrefeituraMunicipalDeBrumadinho

 

Governo de Minas confirma 9 mortos e cerca 300 desaparecidos em Brumadinho

Ao todo, havia 427 pessoas no local, sendo que 279 foram resgatadas vivas

Bruno Rosa

RIO - As equipes de resgate que atuam na área do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho já resgataram nove corpos, segundo informou em nota o governo de Minas Gerais. Ainda não há a identificação das vítimas fatais. Foram retiradas nove pessoas com vida da lama e cerca de 100 pessoas ilhadas foram resgatadas. O governo informa que, segundo dados transmitidos pelo representante da Vale ao governador Romeu Zema, havia 427 pessoas no local, sendo que 279 foram resgatadas vivas. Cerca de 300 pessoas desaparecidas, no momento, com vinculação à empresa ou próximas da região da barragem.  Bombeiros já solicitaram o nome dessas pessoas à empresa.

O governador Romeu Zema, acompanhado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi para o local do rompimento das barragens.  em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O acidente em Brumadinho ocorre três anos depois da tragédia em Mariana , também em Minas, que deixou 19 mortos.

O governo informou ainda que cerca de 100 bombeiros estão no local e o contingente será dobrado a partir desta madrugada. Um posto de comando foi montado em uma faculdade de Brumadinho e será mantido pelos próximos dias. Um número 0800 para envio de informações sobre pessoas desaparecidas na região será criado.

Em entrevista, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse que havia 300 funcionários no local no momento da tragédia. A maioria dos atingidos é formada por funcionários próprios e terceirizados. Abarragem tinha baixo risco de acidente, mas alto potencial de danos , segundo documento da Agência Nacional de Águas. Fonte: https://oglobo.globo.com

Barragem da Vale se rompe em Brumadinho, Grande BH; há 7 mortos. 200 estão desaparecidos.

RESUMO

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu nesta sexta, em Brumadinho, Região Metropolitana de BH. Há 7 mortos e cerca de 200 desaparecidos. A Vale informou que o rompimento ocorreu no início da tarde de hoje, na Mina Córrego do Feijão; uma barragem rompeu e fez outra transbordar.

Um mar de lama destruiu casas da região. Rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. Governo montou gabinete de crise; Bolsonaro irá sobrevoar o local no sábado.

Um projeto do Senado que endurecia a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) não prosperou na Casa e foi arquivado no final do ano passadoA proposta, apresentada pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) em 2016, foi elaborada depois dos trabalhos de uma comissão temporária criada para debater a segurança de barragens após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015. Fonte: https://g1.globo.com

Para comandante dos Bombeiros, tragédia em Brumadinho será maior do que a der Mariana

O Corpo de Bombeiros confirmou no início desta tarde que pelo menos três pessoas morreram e 200 ficaram feridas após o rompimento de uma barragem de resíduos de minérios no município de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. Tanto o número de mortos quanto o de feridos devem subir no decorrer das próximas horas.

Segundo o Ministério da Saúde, há 150 leitos hospitalares montados em Brumadinho para amenizar os efeitos da tragédia. O equipamento deverá ser necessário. De acordo com o tenente-coronel Eduardo Ângelo Gomes, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres, se suas suspeitas forem confirmadas, a tragédia desta sexta-feira será maior do que a ocorrida quando outra barragem da Vale, em Mariana (MG), também rompeu, em novembro de 2015, deixando 18 mortos e um desastre ambiental sem precedentes no estado de Minas Gerais. O presidente Jair Bolsonaro lamentou, em mensagem no Twitter, o rompimento da barragem na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

“Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional [Gustavo Canuto] e Minas e Energia [Bento Costa Lima], bem como nosso secretário Nacional de Defesa Civil [Alexandre Lucas] para a região afirmou o presidente na rede social. O ministro do Meio Ambiente [Ricardo Salles] também está a caminho. Todas as providências cabíveis estão sendo tomadas. Nossa maior preocupação neste momento é atender eventuais vítimas desta grave tragédia”. A uma rádio de Brumadinho, o presidente disse que não esperava uma tragédia como essa tão cedo, principalmente após o que ocorreu em Mariana (MG), em novembro de 2015.

O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas, informou à imprensa que está a caminho do município mineiro. “Uma equipe da Defesa Civil Nacional está se deslocando para a região para apoiar as operações do estado e dos municípios”, disse.

Vale

A Vale, empresa responsável pela barragem, divulgou nota:

“No início desta tarde, ocorreu o rompimento da Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho (MG). A companhia lamenta profundamente o acidente e está empenhando todos os esforços no socorro e apoio aos atingidos.

Havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas. Parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida.

O resgate e os atendimentos aos feridos estão sendo realizados no local pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil. Ainda não há confirmação sobre a causa do acidente. A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais.”. Fonte: www.cartacapital.com.br

Centenas de milhares de venezuelanos saíram ontem às ruas em todo o país para protestar contra o regime de Nicolás Maduro

 

Treze pessoas morreram na Venezuela nas últimas 24 horas em protestos contra o presidente Nicolás Maduro, informou a ONG Observatório Venezuelano da Conflitividade Social (OVCS).

As mortes, a maioria por armas de fogo, ocorreram em Caracas e nos estados de  Táchira, Barinas, Portuguesa, Amazonas e Bolívar, na fronteira com o Brasil, onde ocorreram saques.  Os distúrbios mais violentos ocorreram na noite de terça-feira em Caracas e Bolívar, e prosseguiram nesta quarta em outras regiões do país em um dia de manifestações de opositores e chavistas.

A polícia de choque enfrentou um grupo de manifestantes nesta quarta-feira em um bairro do leste de Caracas, após uma passeata na qual o líder do Parlamento, Juan Guaidó, se proclamou presidente interino da Venezuela.

Os choques começaram quando dezenas de jovens, alguns encapuzados, bloquearam uma importante avenida no bairro de Altamira, e a polícia de choque utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes.

Em Bolívar, uma estátua do finado presidente Hugo Chávez foi queimada por dezenas de manifestantes na cidade de San Félix, por volta da meia-noite de terça. Os protestos desta quarta-feira, que deixaram cerca de 20 detidos, foram a primeira grande queda de braço entre Maduro e a oposição nas ruas, após as manifestações que deixaram 125 mortos entre abril e julho de 2017.

Convocados por Guaidó, os opositores exigiram a saída de Maduro e a convocação de eleições livres por um governo de transição, enquanto os chavistas rejeitaram o golpe de Estado em curso orquestrado por Washington. Fonte: www.correiobraziliense.com.br

Confronto em Washington entre jovens católicos trumpistas, indígenas norte-americanos e um grupo supremacista negro se transforma em um símbolo da fratura do país e do papel incendiário das redes

O lugar não podia ser mais simbólico: o Monumento a Lincoln, em Washington. E os protagonistas não podiam proceder de galáxias mais afastadas entre si: um grupo de alunos brancos de um colégio masculino católico, manifestando-se contra o aborto; outro de indígenas norte-americanos que marchavam contra as injustiças impostas aos povos nativos do país; e vários membros do grupo afro-americano Israelitas Negros Hebreus, apontado pela ONG Southern Poverty Law Center como um movimento de ódio, supremacista e polígamo, que se considera escolhido por Deus. Estes, segundo as notícias daquele dia, estavam protestando contra um pouco de tudo.

Quando as três manifestações se encontraram na sexta-feira neste local sagrado da história americana – que homenageia o presidente responsável por abolir a escravidão, e onde Martin Luther King pronunciou seu famoso discurso “Eu tenho um sonho” –, ocorreu um confronto que revelou com crueldade as tensões raciais, religiosas e políticas que assolam o país. Qual uma bola de neve, o episódio foi ganhando corpo dia após dia. Tirou metade do país do sério, inflamou o debate sobre os vídeos virais e, claro, provocou uma reação do presidente Donald Trump. O colégio católico suspendeu suas aulas nesta terça-feira devido aos protestos, e pelo menos um dos envolvidos recebeu ameaças de morte.

Os adolescentes, alunos do Colégio Covington, no Kentucky, faziam uma visita à capital dos EUA para participar da grande manifestação anual contra o aborto, a Marcha pela Vida. Um primeiro vídeo mostrou um círculo com dezenas deles, todos brancos, e muitos usando os bonés trumpistas com o slogan “Torne a América Grande Outra Vez”. Zombavam de Nathan Phillips, um idoso da tribo Omaha e veterano da Guerra do Vietnã que se encontrava na esplanada de Washington para engrossar a Marcha do Povo Indígena. Phillips, um ativista calejado, aparecia dançando e tocando um tambor, rodeado de adolescentes que o ironizavam, cantarolavam e riam. Em outro trecho, um dos adolescentes o encara a poucos centímetros de distância, sorrindo de maneira afetada, enquanto o idoso canta e dança.

O ativista contou que os meninos antes haviam gritado frases como “Construa o muro” – o grande lema de Trump contra a imigração irregular – e “Volte para a sua reserva”, algo também mencionado por testemunhas citadas em uma reportagem do The Washington Post, mas que os vídeos não mostram. As imagens dos menores, em todo caso, já exalavam racismo por si sós, e as redes sociais pegaram fogo. Ao longo do sábado, a grande mídia norte-americana ecoou o fato, e os organizadores da Marcha pela Vida emitiram um comunicado condenando as atitudes dos garotos.

No domingo, a narrativa virou. O jovem que protagoniza um dos dois vídeos mais compartilhados, Nick Sandmann, emitiu, por intermédio de um advogado e de uma agência de relações públicas, um comunicado alegando que os menores haviam sido previamente insultados (“racistas”, viados”, “ratos brancos”) pelo grupo dos Hebreus Negros, e que os estudantes então pediram a seus monitores para responderem com coros “em tom positivo”. Foi então, segundo o adolescente, que Phillips apareceu, avançou até eles e encarou Sandmann. “Achei que permanecendo quieto e tranquilo ajudaria a suavizar a situação”, afirmou.

Nesse mesmo dia, de fato, outro vídeo, este de duas horas, publicado no Facebook por um dos membros dos Hebreus Negros, registrava insultos aos garotos, mas também contra os indígenas que protestavam. Os organizadores da Marcha pela Vida divulgaram um segundo comunicado alertando que os novos vídeos mostravam uma história mais complexa do que parecia inicialmente, e que não fariam novos comentários. O deputado Thomas Massie, do Kentucky, defendeu que os garotos, cercados por insultos, evitaram responder e faltar com o respeito aos demais.

A imprensa também mostrou uma reação pendular. “Emerge uma imagem mais completa do vídeo viral do nativo americano e dos estudantes católicos”, titulou o The New York Times. “A encarada viral entre um ancião de uma tribo e um secundarista é mais complicado do que parecia a princípio”, observa o The Washington Post. Meghan McCain, comentarista da ABC, entoou o mea culpa na televisão: “Eu, como muitos, reagi rápido demais”. Os meios conservadores, com a Fox à frente, também saíram em defesa dos adolescentes.

Na verdade, os vídeos posteriores e os insultos do grupo Hebreus Negros aos estudantes não ajudam a explicar as zombarias dos garotos contra Phillips. Mas o relato já havia mudado. “Como destruímos vidas hoje em dia”, escrevia o colunista David Brooks no Times, refletindo sobre o dano à imagem dos menores. Phillips diz que foi ao encontro dos meninos para ouvir seus ataques.

Todo o episódio resume a atmosfera polarizada dos Estados Unidos, a tensão racial e o caráter maleável das narrativas na era das redes sociais e da informação instantânea. O jovem Sandmann diz que começou a receber ameaças de morte. A escola decidiu suspender as aulas nesta terça (a segunda-feira foi feriado) para evitar problemas decorrentes de alguns protestos convocados diante da instituição de ensino. Pela manhã, Trump entrou na história: “Nick Sandmann e os alunos do Covington se tornaram símbolos de como essa mídia mentirosa pode ser nociva. Chamaram a atenção do mundo, e sei que mesmo assim usarão isso para fazer o bem, talvez para unir as pessoas. Começou como algo desagradável, mas pode acabar como um sonho”, escreveu no Twitter, em um ataque contra um de seus inimigos prediletos. Fonte: https://brasil.elpais.com