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Dom Frei Jaime Spengler, OFM, Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre
O momento político nacional exige discernimento. A democracia é certamente a forma mais adequada de organizar a política, embora existam contradições e limitações, provocadas, talvez, pelo pouco conhecimento e capacidade de observação, pelos agentes políticos de fundamentos ético-morais sólidos.
Não existe autêntica democracia sem fundamentos ético-morais consensuais que possibilitem uma determinação livre da vontade das pessoas. Ora, a política é o reino do relativo, pois permite a diversidade de opiniões sobre os temas mais diversos.
No sistema democrático, os eleitores podem ser manipulados em suas escolhas através da propaganda veiculada pelos meios de comunicação social, segundo orientações de uma oligarquia.
O bem comum, referência basilar da atividade política, é uma miragem! Diante desse fato, vale se perguntar se o sistema da maioria e da minoria é verdadeiramente um sistema de liberdade.
A democracia fundamenta-se no princípio da liberdade. Mas, o que é a liberdade? Não é certamente o direito de se fazer o que se deseja! É, antes de tudo, o pressuposto de uma racional autodeterminação da vontade.
A democracia que se orienta simplesmente pelo princípio da maioria é uma forma de relativismo ético-moral, que pode desembocar na anarquia ou no totalitarismo.
Tais elementos requerem serenidade, reflexão e discernimento. Há no coração do povo brasileiro um desejo de renovação, purificação e autêntico exercício democrático.
A história nacional é marcada por figuras que dignificaram a República, mas também pela presença de oligarquias que dominaram e dominam, o cenário sócio-político-financeiro nacional.
É urgente a necessidade de construir um projeto de nação, tendo à frente estadistas. Conchavos, bancadas e partidos políticos sem identidade e sem ideal, não têm o que dizer diante do desespero de tantos ‘filhos e filhas da Pátria amada’.
A liberdade conquistada com braço forte, cantada no Hino Nacional, transformou o Brasil na sétima economia do mundo. No entanto, a nação está entre os 10 países com a pior distribuição de renda do mundo. Os sinais são inocultáveis!
Porque a Igreja se ocupa e preocupa com tais questões? A partir do Evangelho, ao longo de seus dois mil anos de história, com erros e acertos, ela desenvolveu uma doutrina ética que orienta o agir das pessoas e uma doutrina social que contempla a sociedade como um todo. Atenta ao exercício da política, a Igreja é impelida a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu” (CELAM. Doc. de Aparecida, n. 395).
A Igreja deseja e promove a mobilização de todos, independentemente de partidos políticos, em vista de uma convivência pacífica, fraterna e solidária, desejosa de colaborar na construção de uma ‘Terra sem males’.
Não se pode permitir que nos roubem a esperança! Os discípulos e discípulas de Jesus estão a serviço da vida plena para todos. Esse é um serviço de purificação e renovação.
Não podemos perder aquele desejo humano profundo por sentido: sentido da vida e da morte, do eu e do tu, em vista de um nós, do amor, da esperança e da história.
O Brasil deseja contar com homens e mulheres que “sejam abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático, que conjuguem a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação” (Papa Francisco), dispostos a realizar um autêntico caminho de renovação e purificação, em vista da construção sólida da ‘Pátria amada’, onde seus cidadãos possam se sentir verdadeiramente ‘filhos de uma mãe gentil’. Fonte: www.arquidiocesepoa.org.br
ELEIÇÕES-2018: Competências necessárias ao perfil de um Presidente do Brasil, por dom Murilo Krieger
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A pessoa que deseja ocupar o cargo máximo do poder Executivo no Brasil, a Presidência da República, precisa ser firme quando enfrentar situações em que estejam em jogo a justiça, a solidariedade e a paz no Brasil. Esta é uma das características que o arcebispo primaz de Salvador (BA) e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Murilo Krieger, destaca ao apontar um conjunto de competências, qualidades e atitudes ético-morais que precisam constar no perfil do candidato ou candidata a ser eleito pela população brasileira nas próximas eleições gerais de outubro.
“Precisa ser um Estadista e, ao mesmo tempo, alguém sensível à situação do povo, especialmente dos mais necessitados”, apontou. Qualidades como “grande cultura geral”, “capacidade de coordenação” e “uma grande disposição ao trabalho” também foram enumeradas como essenciais ao perfil de um ou uma Presidente da República.
O arcebispo de Salvador também apontou o diálogo e a capacidade de se relacionar com todos como capacidades indispensáveis e necessárias para exercer a chefia do maior posto do Executivo. É importante, segundo dom Murilo, que este candidato seja uma pessoa transparente e não governe pensando na reeleição.
“É necessário que um presidente saiba cercar-se de pessoas incapazes de exercer suas responsabilidades pensando em si, nos seus ou no seu partido”, disse. Em sua avaliação, o presidente a ser eleito nas próximas eleições gerais precisa ser alguém que ame o Brasil e o coloque no centro de sua atuação política.
Expectativa para o “Debate de Aparecida” – Dos candidatos que vão participar do debate que a CNBB promove dia 20 de setembro, em Aparecida (SP), o vice-presidente da entidade disse esperar propostas claras, coerentes e exequíveis. Para o religioso, muitas promessas feitas pelos candidatos são meros sonhos nos quais nem mesmo eles acreditam.
“Que os candidatos digam de onde vão tirar os recursos para fazer o que prometem; o que farão para tornar o país mais ágil (pense-se nas filas de postos médicos, na burocracia para se fazer qualquer coisa, numa máquina pública que parece viver para justificar sua própria existência, de forma autofágica)”, considerou. Dos telespectadores, o arcebispo diz esperar um maior senso crítico, menos emocionalismo e apoios por convicção e não por ideologia. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Candidaturas foram registradas na Justiça Eleitoral, que tem até 17 de setembro para fazer a análise inicial dos pedidos.
Em 2018, os eleitores do Rio de Janeiro vão poder eleger dois senadores. Veja a lista dos candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em ordem alfabética.
Arolde de Oliveira (PSD)
O Partido Social Democrático (PSD), que lançou a candidatura de Índio da Costa (PSD) ao Governo do RJ, terá o deputado federal Arolde de Oliveira como candidato único na disputa ao Senado. Capitão reformado do exército, graduado em engenharia Eletrônica pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), Arolde tem 81 anos, nasceu no Rio Grande do Sul e está em seu nono mandato consecutivo na câmara. Na última eleição o parlamentar somou 55.380 votos.
O deputado também teve algumas participações no poder executivo. Entre 2003 e 2008, Arolde foi secretário municipal de transportes do Rio de Janeiro, na gestão do prefeito César Maia. Em 2010, Arolde assumiu a Secretaria Estadual de Trabalho e Renda, durante a administração do governador Luiz Fernando Pezão. Além do PSD, o candidato também já foi filiado ao PDS, PFL, DEM e PSC.
Aspásia (PSDB)
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) terá a ex-deputada estadual Aspásia Camargo como candidata ao Senado. A legenda faz parte da coligação que apoia o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) na disputa ao Governo do Rio de Janeiro.
Aspásia foi vereadora pelo Partido Verde, entre 2005 e 2010. Deixou o Palácio Pedro Ernesto para ocupar uma vaga na Alerj, onde exerceu o cargo de deputada estadual por um mandato. Em 2014, a candidata tentou uma nova eleição para o parlamento fluminense, mas não obteve sucesso. Nas últimas eleições municipais, Aspásia foi candidata a vice-prefeita, na chapa de Carlos Osorio.
Antes de se filiar ao PSDB, em 2016, a candidata teve rápida passagem pelo PSB, quando presidiu a executiva municipal da legenda. Camargo foi professora de sociologia e ciências políticas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Na política, além dos cargos eletivos, foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), secretária executiva do Ministério de Meio Ambiente (MMA) e secretária de cultura do Estado do Rio de Janeiro.
Cesar Maia (DEM)
O vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia será o candidato do Democratas ao Senado. O partido é dono da maior coligação do Estado para as eleições de outubro, com um total de 11 partidos alinhados. O candidato da aliança ao Governo do Estado é o ex-prefeito Eduardo Paes, que teve sua candidatura oficializada no último dia 29 de julho.
César Maia, de 73 anos, está em seu segundo mandato seguido como vereador. Em 2016, foi o terceiro mais bem votado do Rio, quando teve 71.468 votos. Nascido na capital fluminense, o ex-prefeito é formado em economia, pela Universidade do Chile, e em engenharia da mineração, pela Universidade Federal de Ouro Preto.
Durante sua trajetória pública, César foi eleito deputado federal, em 1986 e em 1990. Já em 1992, o candidato chegou pela primeira vez ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro, repetindo o feito em 2000 e em 2004. Em 2010, o político concorreu ao Senado, mas não obteve sucesso. Maia teve 1.514.727 votos no pleito, mas ficou em segundo lugar, perdendo a única vaga em disputa.
Como prefeito do Rio de Janeiro, César Maia ficou conhecido pela construção da Linha Amarela, a Cidade do Samba e o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. Antes de entrar para o DEM, o candidato foi filiado ao PDT, PMDB, PFL e ao PTB.
Chico Alencar (PSOL)
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que terá como candidato ao governo do Rio de Janeiro o vereador Tarcísio Motta, confirmou o nome do deputado federal Chico Alencar como candidato único da legenda ao Senado nas eleições de outubro.
Chico Alencar é deputado federal pelo quarto mandato consecutivo, eleito pela primeira vez em 2002. Antes disso, o candidato foi vereador do Rio de Janeiro entre os anos de 1989 e 1996. Foi também deputado estadual por um mandato, eleito em 1998. Atualmente, o deputado é líder da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados e é membro titular da Comissão de Constituição e Justiça.
O socialista nasceu no Rio de Janeiro, tem 68 anos, e é formado em história pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Chico foi professor da rede pública e particular do Rio de Janeiro por mais de 20 anos. Hoje, é professor licenciado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O candidato ao Senado também é autor de 32 livros, entre eles a História da Sociedade Brasileira; Brasil Vivo; e BR-500.
Cyro Garcia (PSTU)
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) terá dois nomes concorrendo para conseguir uma das vagas do Rio de Janeiro no Senado Federal. Cyro Garcia, de 63 anos, é a principal aposta da legenda, que terá a professora Dayse Oliveira como candidata ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
O candidato ao Senado conta com uma longa trajetória na vida pública. Cyro foi fundador e secretário-geral da Central Única do Trabalhadores (CUT), além de participar da fundação da seção regional do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro, 1981. Garcia também foi presidente do Sindicato dos Bancários, entre 1988 e 1991. O candidato foi deputado federal pelo PT em 1992. Em 1994, ajudou a fundar o PSTU. Pela sigla, suas disputas mais recentes foram por uma vaga na Câmara Federal, em 2014, e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2016.
Cyro Garcia se formou em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é doutor em história pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Senador Eduardo Lopes (PRB)
O senador Eduardo Lopes tentará a reeleição pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) durante o pleito eleitoral de outubro. O candidato conta com o apoio de outros cinco partidos, entre eles o PRP, sigla do candidato ao Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que oficializou sua candidatura no último domingo (5).
Eduardo Lopes, de 54 anos, foi suplente do senador Marcelo Crivella, assumindo o mandato em 2017, quando o pastor se tornou prefeito do Rio de Janeiro. Entre 2007 e 2010, o candidato também exerceu o cargo de deputado federal. Atualmente o senador é titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
O candidato do PRB nasceu em Santo André, São Paulo, se formou em teologia e é presidente regional do Partido Republicano Brasileiro (PRB), no Rio de Janeiro, desde 2011.
Pastor Everaldo (PSC)
O Partido Social Cristão (PSC) confirmou o nome do Pastor Everaldo como candidato único ao Senado pela legenda. A sigla, que fechou coligação com o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), concorre ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, com o juiz federal Wilson Witzel, que teve sua candidatura lançada no último dia 21 de julho.
Atual presidente nacional do PSC, Everaldo Dias Pereira, de 62 anos, nasceu no Rio de Janeiro e é formado em ciências atuariais pela Faculdade de Economia e Finanças do Estado do Rio de Janeiro. O evangélico e pastor da Assembleia de Deus, foi camelô e servente de pedreiro antes de passar em um concurso público no Instituto de Resseguros do Brasil. Pastor Everaldo se filiou ao PSC em 2003.
Fernando Fagundes (PCO)
O Partido da Causa Operária (PCO) confirmou a candidatura de Fernando Fagundes para a disputa por uma das vagas do Rio de Janeiro no Senado Federal. O candidato é professor de filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Na corrida pelo Governo do Estado, o PCO conta com uma chapa própria, sem coligações. O metalurgico Luiz Eugenio Honorato é o candidato principal da sigla, que tem o professor de física do colégio Pedro II, Joaquim Augusto Nogueira Neto, como candidato a vice-governador.
Flávio Bolsonaro (PSL)
Flávio Bolsonaro é o candidato do Partido Social Liberal (PSL) na disputa por uma vaga no Senado Federal. Deputado estadual desde 2003, o candidato, de 37 anos, tem na segurança pública sua principal área de atuação. Na Assembleia Legislativa do Rio, Flávio foi presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública e Assuntos de Polícia; presidente da Comissão Permanente de Legislação Constitucional Complementar e Códigos; presidente da Comissão Permanente de Defesa Civil; membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania; e presidente da Comissão Especial de Planejamento Familiar.
Filho de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República, Flávio teve 160.359 votos, em 2014, quando foi eleito pela última vez como deputado estadual. Em 2016, o candidato ao senado tentou ser prefeito do Rio de Janeiro. Sem sucesso, Flávio Bolsonaro terminou a eleição com 424.307 votos e o quarto lugar na disputa.
José Bonifácio (PDT)
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) confirmou o nome do economista Jose Bonifácio como candidato a uma das vagas no Senado Federal. A legenda terá o deputado estadual Pedro Fernandes concorrendo ao cargo de governador do Rio de Janeiro.
Jose Bonifácio Ferreira Novellino, de 73 anos, nasceu em Cabo Frio, na Região dos Lagos, é economista formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e começou na vida pública em 1972, como vereador de sua cidade. Com apensa 31 anos, o candidato foi eleito prefeito do município. Em 1986, Bonifácio foi diretor-geral do Departamento das Municipalidades do Estado do Rio, durante a gestão do governador Leonel Brizola. Além de mais um mandato como chefe do poder executivo de Cabo frio, o líder do PDT também foi secretário de Saúde de Arraial do Cabo, deputado estadual, superintendente regional do Ministério do Trabalho no Estado do Rio, subsecretário adjunto dos Direitos do Consumidor da Secretaria de Estado da Casa Civil, secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap) e presidente do Procon-RJ.
Em 2008 e em 2016, José Bonifácio concorreu a prefeito de Arraial do Cabo. Na sua melhor participação, terminou o pleito com 7.579 votos, mas não foi eleito.
Lindbergh (PT)
O Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou a candidatura de Lindbergh Farias ao Senado. A legenda fechou, nesta segunda-feira (6), uma aliança com o Partido Comunista do Brasil (PC do B) para a disputa pelo Governo do Rio de Janeiro. A coligação terá a professora Márcia Tiburi (PT) como candidata principal e o vereador de Niterói, Leonardo Giordano (PC do B), como candidato a vice-governador.
Lindbergh Farias tem uma trajetória política de destaque. Em 1992, quando foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), liderou o movimento dos cara-pintada, pressionando os parlamentares pelo impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello.
Lindbergh foi deputado federal por dois mandatos. O primeiro deles pelo PCdoB, eleito em 1994. Já pelo PT, venceu a eleição em 2002.
O político também foi prefeito de Nova Iguaçu (RJ), entre 2005 e 2010, quando deixou o poder executivo municipal para tentar uma vaga no Senado. Na ocasião, Lindbergh foi o senador mais votado do Rio de Janeiro, com 4.213.749 votos, o equivalente a 28,65% dos votos válidos.
Marta Barçante (PCB)
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) confirmou o nome de Marta Barçante como candidata da legenda ao Senado Federal. O PCB faz parte da coligação "Mudar é possível", junto com o PSOL, que terá o vereador Tarcísio Motta como candidato ao Governo do Rio.
Marta Maria Barçante Pires, de 63 anos, nasceu no Rio de Janeiro e se aposentou como serventuário de justiça no Rio de Janeiro. A candidata ao senado tentou, em 2014, uma vaga como deputada estadual. Na ocasião, Marta terminou o pleito com apenas 686 votos e não foi eleita.
Mattos Nascimento (PRTB)
O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) confirmou, na última segunda-feira (6), o nome do cantor gospel Mattos Nascimento para a disputa por uma das vagas do Rio de Janeiro no Senado Federal. O PRTB também anunciou que terá uma candidatura própria na corrida pelo Governo do Estado. O candidato da sigla será o subtenente da Polícia Militar, André Monteiro.
Mattos Nascimento, de 64 anos, é cantor, compositor e, nos anos 80, atuou na banda Paralamas do Sucesso. O candidato se tornou evangélico em 1989 e desde então se dedica à carreira solo. Mattos nasceu no Rio de Janeiro, mas em 2014 tentou se eleger deputado federal por São Paulo, pelo PSC. O cantor obteve 19.912 votos e não conseguiu vencer a eleição.
Miro Teixeira (Rede)
O partido Rede Sustentabilidade terá o deputado federal Miro Teixeira como candidato ao Senado no pleito de outubro. O candidato é o principal nome da coligação entre o seu partido e o Podemos, que terá o senador Romário como candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Miro Teixeira, de 73 anos, é deputado federal pelo décimo mandato, o primeiro deles em 1971. Advogado e jornalista por formação, o candidato ao Senado também foi ministro das comunicações durante o governo Lula, entre de 2003 e 2004. Antes de se filiar a Rede, Miro fez parte do PMDB, MDB, PP, PDT, PPS, PT, PDT e PROS.
Samantha Guedes (PSTU)
O PSTU confirmou que lançará dois nomes na disputa ao Senado. Cyro Garcia e Samantha Guedes são os escolhidos para representar a legenda, que terá Dayse Oliveira como candidata ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
Samantha Guedes, de 46 anos, é natural do Rio de Janeiro e servidora do município. A candidata ao Senado tentou uma vaga como vereadora em 2016, quando obteve apenas 314 votos.
(ATUALIZAÇÃO: As candidaturas de Ericsson Gal (Avante), Gabrielle Burcci (PMB), Marcelo Monteiro (PPL), Vivaldo Barbosa (Podemos) e Walter Cristie (Patriota) foram oficializadas pelos partidos, mas eles não as registraram dentro do prazo). Fonte: https://g1.globo.com
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Publicitário Sidônio Palmeira disse também que ele seria "simpático, tem boa entonação e fala direito"
O marqueteiro de candidaturas petistas Sidônio Palmeira disse, em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (27), que o candidato a vice e provável substituto de Lula em eventual impugnação, Fernando Haddad, é “simpático, tem boa entonação e fala direito”. No entanto, faltaria a ele uma característica do ex-presidente, que também estaria entre as qualidades do governador baiano Rui Costa: “cara de povo”.
“O Rui tem o fenótipo do povo, já o Jaques Wagner [pele clara, olho azul] é um príncipe de Gales”, afirmou. O publicitário que comanda a agência Leiaute é amigo de Jaques Wagner e atuou nas três vitórias do PT na Bahia nos últimos 12 anos. Ele chegou a ser convidado para estar à frente da campanha de Lula, mas já tinha aceitado integrar a tarefa de reeleição de Rui Costa.
Os sócios da Leiaute Carlos Andrade e Raul Rabelo acabaram indo para a dianteira da campanha de Lula e Sidônio colaborou com a criação do conceito da candidatura de Lula: “O Brasil feliz de novo”. A campanha do ex-presidente aposta na “saudade” dos eleitores dos tempos de bonança dos governos Lula, de 2003 a 2010.
Sidônio disse ao Valor que, se a previsão das pesquisas for confirmada com Rui Costa se reelegendo no primeiro turno, ele estará liberado para se juntar ao time no que, provavelmente, já terá se convertido na campanha de Haddad. Fonte: http://bahia.ba/eleicoes2018
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685 Ex-ministra tem 12% das intenções de voto entre os fiéis dessas igrejas, porcentual igual ao obtido com os católicos; na eleição passada, suporte nesse segmento era de 43%
Marianna Holanda e Daniel Bramatti, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Única evangélica entre os principais candidatos a presidente nas eleições 2018, Marina Silva (Rede) perdeu o embalo do crescimento do eleitorado dessa religião desde 2014. Hoje ela tem entre os evangélicos apenas 12% das intenções de voto, porcentual igual ao obtido entre os católicos ou seguidores de outras religiões, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Há quatro anos, o quadro era muito diferente.
Quando disputou a Presidência em 2014, Marina tinha desempenho acima da média entre evangélicos: 43%, 12 pontos porcentuais a mais do que a taxa registrada entre os católicos. Se ela não tivesse perdido apoio entre os fiéis de sua religião, poderia liderar a corrida presidencial. No cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina tem 12% das preferências no eleitorado total. Ela está oito pontos porcentuais atrás de Jair Bolsonaro, do PSL, que usa a religião para atacar Marina.
O eleitorado evangélico, que já tinha peso significativo em 2014, expandiu-se desde então, segundo pesquisas realizadas agora e há quatro anos. Naquela época, os evangélicos eram aproximadamente um em cada cinco eleitores. Agora, são um em cada quatro. Além de já não ter um eleitorado marcadamente evangélico, a candidata da Rede não é a preferida nesse grupo – no cenário sem Lula, Bolsonaro tem 26% no segmento, desempenho superior ao registrado entre católicos (17%).
Em 2014, Marina começou a campanha como candidata a vice-presidente de Eduardo Campos (PSB), e assumiu a cabeça de chapa após a morte do titular. Na época, ela se envolveu em polêmicas relacionadas a aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Voto religioso
Em um cenário sem a presença do ex-presidente Lula, Bolsonaro lidera entre os evangélicos
Sobre o primeiro tema, se declara contrária, mas defendeu e continua defendendo a realização de um plebiscito sobre legalização. Em relação ao segundo, logo após publicar seu programa de governo, a campanha trocou “casamento gay” por “união civil” no capítulo que discutia direitos dos homossexuais. A alteração foi interpretada como tentativa de evitar reações negativas no eleitorado religioso.
Marco Feliciano diz que Marina 'traiu questão evangélica'
“Acreditávamos que ela era nossa candidata. Quando chegou a questão do aborto, do casamento homoafetivo, ela não se posicionou”, disse o deputado Marco Feliciano(Podemos), um dos principais nomes da bancada evangélica na Câmara. “Com a história do plebiscito, ela traiu a questão evangélica.”
Segundo o parlamentar, chegou a sugerir ao seu então partido, PSC, que retirasse o candidato Pastor Everaldo da disputa ao Planalto para apoiar Marina como a candidata dos evangélicos em 2014. Depois, diz ter se arrependido.
Agora, a candidata não parece tão preocupada com a possibilidade de desagradar a esses eleitores. Sem meias-palavras, seu programa defende garantir por lei o casamento entre pessoas do mesmo sexo e direitos iguais para adoção. Com um programa mais à esquerda que o de 2014 – elaborado em conjunto com o PSB – o atual partido de Marina busca seduzir eleitores que podem ficar “órfãos”, após a provável declaração de inelegibilidade de Lula – condenado em 2.ª instância e preso desde abril.
As pesquisas mostram que Marina, neste momento, é quem mais se beneficia da saída de Lula da corrida eleitoral. A ex-ministra sai de 6% para 12%, no cenário com e sem o petista, respectivamente. Seu eleitorado é marcadamente feminino, nordestino e pobre.
Distante de religiosos mais conservadores, Marina tenta se aproximar de pastores que se contrapõem à agenda da bancada evangélica do Congresso e a bandeiras de Bolsonaro. Em entrevista ao canal do YouTube do pastor Caio Fábio, no início do mês, Marina afirmou que “o Estado é laico, graças a Deus”.
Cabo eleitoral declarado de Marina, o pastor disse que a queda de apoio a ela entre evangélicos se deve mais aos próprios eleitores do que às propostas de Marina. “Isso tem a ver com o embrutecimento religioso.”
Ao Estado, Marina disse que “a comunidade evangélica é grande e relevante no Brasil, são cidadãos dignos de respeito nas suas demandas de saúde, educação, segurança pública como qualquer outro cidadão”.
Ao ser questionada sobre a perda de apoio entre eles, disse que vai “dialogar com todos os brasileiros, independentemente do credo, da cor e da condição social”. Eduardo Jorge(PV), vice de Marina, afirmou que não vale tudo para vencer a eleição, e que a candidata “paga o preço de manter sua fé intacta e ter abertura para conversar com os diferentes”. / COLABOROU GILBERTO AMENDOLA
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Geraldo Alckmin tem 11min03s de propaganda gratuita diária, um latifúndio audiovisual que ocupa 44,2% do tempo total de rádio e televisão; mas Geraldo Alckmin tem, no cenário com Fernando Haddad, apenas 7% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada ontem. O que vai acontecer com ele daqui para a frente vai ser interessantíssimo de observar, já que ele é um dos candidatos com pior penetração nas redes sociais, se não o pior. Apesar de ter 934 mil seguidores no Facebook e 972 mil no Twitter — muito para uma pessoa comum, mas pouco para quem está na vida pública há tanto tempo — ele gera pouquíssimo engajamento, e praticamente não “acontece” na internet.
Tenho uma TL bastante movimentada. Vivo, como todos os usuários, dentro de uma bolha mais ou menos uniforme mas, apesar disso, ao longo dos últimos meses, seguidores têm repostado na minha área de comentários vídeos de uma quantidade de candidatos, de Lula a Bolsonaro, passando por Ciro, Marina e Amoêdo. Detalhe: nunca, em momento algum, alguém trouxe qualquer post do Alckmin — sendo que, provavelmente, eleitores dele são maioria na minha página, frequentada por muita gente de centro.
Redes sociais são animais estranhos e imprevisíveis, que nunca se comportam exatamente como imaginamos ou esperamos; mas, se Alckmin vier a ter qualquer tração on-line, vou ficar muito surpresa. As suas páginas inexpressivas são quase um manual de como não fazer, das aberturas (a mesma foto posada e pesadamente fotoshopada dele e da vice Ana Amélia, sobre fundo neutro de tons clarinhos Brasil-bebê) aos posts, que nada fazem além de repetir todos os chavões da política mais convencional.
No domingo, por exemplo, ele esteve em Alter do Chão, no Pará. Mostrou alguma coisa da região? Conversou com alguém, manifestou espanto diante da natureza exuberante? Que nada. Gravou às margens do rio Tapajós como se estivesse num escritório, usando impecável camisa social button down, boa talvez para quem quer parecer descontraído numa reunião na Avenida Paulista, mas perfeitamente inadequada ao calor e à paisagem de resort amazônico que se via ao fundo. Disse que quer aumentar o turismo na área: dã. O filmete é péssimo sob todos os pontos de vista. Teve 1,3 mil curtidas no Facebook e 675 no Twitter, número que qualquer vídeo de gato ultrapassa com quatro patas nas costas.
É óbvio que Alckmin não tem a menor intimidade com redes sociais. Não vive a sua realidade, não conhece os seus mecanismos. Sua única esperança é o tempo gigantesco de propaganda gratuita que conquistou. E é aí que vai ser interessante observar seu desempenho nas pesquisas. Será que, nesses tempos de WhatsApp, de Facebook e de Twitter, a propaganda gratuita ainda faz a cabeça dos eleitores?
De modo que, além do natural embate entre candidatos, temos, nessas eleições, um novíssimo embate para acompanhar — o da internet contra as mídias tradicionais. João Amoêdo, que até outro dia ninguém sabia quem era, tem mais de 1,5 milhão de seguidores no Facebook, e seu Partido Novo tem tido imenso engajamento nas redes, mas ele tem apenas seis segundos de propaganda gratuita; Marina, com quase 2,4 milhões de seguidores no Facebook e 1,9 milhão no Twitter, mal vai conseguir dar “boa noite” aos ouvintes e telespectadores, assim como Bolsonaro, campeão das redes sociais com 5,5 milhões de seguidores no Facebook, e cerca de 1,3 milhão no Twitter. Fonte: https://oglobo.globo.com
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Os eleitores terão como opção ainda Ninguém, Galo Cego, Magnólia Bereguedê, Pato Roco da Ambulância, Emerson o Bolsomaritano, Renato Trezoitão e SD Andrade Justiceiro do Povo
Dada a largada para a campanha eleitoral de 2018, muitos eleitores ainda se mostram indecisos com seus votos. Há quem tenha candidatos definidos e há também quem diga que “neste ano, não votarei em ninguém”. Mas e quando Ninguém (PTC) também é candidato?
Com o início do registro de candidaturas e a aproximação da propaganda eleitoral, os pitorescos candidatos, que acabam como “memes” na internet, voltam a tona. Se em 2016 nomes como Mãe Boa, Grande Homem, Na Fé Bomba e Gegê Só Alegria, a irreverência está garantida para 2018 também.
Além do já citado ninguém, candidatos como Binho do Dois de Julho(PCdoB), Cacete Pão Dividido (PCdoB), Galo Cego (PSOL), Magnólia Bereguedê (PHS) e Pato Roco da Ambulância (Solidariedade) estarão na disputa pela vaga na Assembléia Legislativa (AL-BA).
Na aba do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e em seu discurso sobre segurança pública, uma nova leva de vigilantes também poderá reforçar o Legislativo com nomes como Emerson o Bolsomaritano (PSL), um baita trocadilho diga-se de passagem, Renato Trezoitão (PSL) e SD Andrade Justiceiro do Povo (PSL).
E da Democracia Cristã (DC), ironicamente, Teno Metralhando a Corrupção, que como o Batman,“não é o herói que merecemos, mas é o herói que precisamos”.
Federais – Visando vôos mais altos, rumo a Câmara Federal, a Bahia poderá contar com O Tabareu (PSOL), Bira do Jegue (DEM), Delegada Negona (PSOL), João de Furão (PHS) e Pedra Desse Chão (MDB). E se um Da Luz (PRTB) é pouco, que tal dois Da Luz (PSB)?
Como Coração de Mãe (PDT), sempre cabe mais um no plenário e Banda Roxa (MDB), Fernando da Gata (PROS) e os “americanizados” Kojack (DEM), em provável homenagem à icônica serie dos anos 70, e Lyndon Johnson (PSL), 36º presidente dos Estados Unidos, também estão no páreo.
Outra prática comum é puxar seu nome nas urnas por um referencial pessoal, como é o caso de Policia Federal Anderson Muniz (PTC), que de fato é policial federal e Barro o Homem dos Videos (PHS), que provavelmente teria uma locadora?
Alheio à tensão política, o eleitor provavelmente dará boas risadas ao longo do programa eleitoral obrigatório com personagens que parecem saídos da ficção, mas que são bem reais e, na busca por um espaço na vida política, fazem qualquer negócio. Fonte: http://bahia.ba
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Dinho Kapp, famoso na internet, tenta uma vaga de deputado estadual pelo PSD em campanha que já tem slogan e jingle
Luiz Felipe Fernandez
Em ano de eleições, muitos aproveitam alguma fama para tentar uma cobiçada vaga na política. Se na Bahia figuras icônicas como Ninguém, Cacete Pão Dividido e Emerson, o Bolsomaritano, já registraram as suas candidaturas, o estado de Alagoas ganha um forte candidato no quesito irreverência.
Dinho Kapp, conhecido pela série de vídeos ‘Papa Capim dos meus sonhos’, deve concorrer à vaga de deputado estadual em Alagoas pelo Partido Social Democrático (PSD), legenda do candidato ao Senado da Bahia Ângelo Coronel.
Nas redes sociais, uma peça com a foto de Dinho já circula com o slogan ‘Voto dos meus sonhos’, em alusão ao seu jargão que ficou popular na internet. O status da sua candidatura no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fonte: http://bahia.ba
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É com ingredientes inerentes a um reality show que Alagoas vê nascer um “programa” nas próximas eleições. No centro desta disputa uma única família. Assim como As Kardashian e Os Gretchen estão para o entrenimento, Os Collor estão para o próximo pleito no país.
De um lado, Fernando Collor tenta mais uma vez vez ser governador do estado. Sua ex-mulher, Rosane Malta, vai usar o sobrenome do candidato com quem foi casada durante 22 anos para tentar uma vaga como deputada estadual. O filho de Collor, Fernando James (que teve sua paternidade reconhecida pelo político em 1998), segue os passos do pai e cobiça uma cadeira no Congresso como deputado federal.
Em São Paulo, a ex-cunhada Thereza Collor, que foi casada com Pedro Collor e musa do impeachment em 1992, entra na briga para o Legislativo em Brasília e também sai como candidata a deputada federal.
De fora desse curral eleitoral está apenas Joaquim Pedro Monteiro de Carvalho Collor de Mello, um dos herdeiros do Grupo Monteiro Aranha, fruto do casamento de Fernando com Lilibeth Monteiro de Carvalho. “É sabido em Maceió inteira que ele não se envolve nos negócios do pai nem quer aproximação. Eles mal se falam”, conta um antigo aliado da família.
O primogênito Arnon Affonso, namorado da diretora Amora Mautner, que trocou a política pelo basquete (ele é vice-presidente da NBA no Brasil), está apoiando os familiares. Até trocou o título de eleitor para a capital alagoana a fim de dar seu voto ao pai e ao irmão. “O Collor queria que Arnon fosse o candidato, mas ele não quis concorrer outra vez. Não tem identidade com o povo alagoano”, conta um oponente da família: “Arnon foi candidato a deputado federal em 2002, teve até uma votação expressiva, mas foi prejudicado pela legenda do partido na época”.
A saída de Thereza, viúva de Pedro Collor, para São Paulo, contam por lá, deve-se ao sobrenome Lyra não ter mais força no estado. Mas também por ela ser casada com Gabriel Halbreich, empresário paulista do ramo da construção civil. “Apesar de ela ser uma espécie de embaixadora de Alagoas, politicamente os Lyra acabaram. Em São Paulo ela tem mais chances”, diz uma socialite, que se diz amiga de Thereza. Os filhos Fernando e Victor fazem franca campanha pela mãe. Thereza e Rosane não se falam desde que a ex-cunhada apoiou Pedro na delação de Fernando Collor, o que culminou com sua saída do governo.
Caso seja eleito (embora esteja em segundo lugar nas pesquisas pré-eleitorais), Fernando Collor pode ter uma pedra no sapato se Rosane fizer o dever de casa direitinho. “Ele não terá paz um dia sequer. Farei questão de fiscalizar o governo dele”, avisa a ex-primeira-dama do Brasil: “Tem gente que vai votar em mim porque não gostam dele”.
Nas fichas dos candidatos, que sempre apareceram em condições bastante abastadas, chama a atenção a lista de bens declarados. Collor diz que tem patrimônio que soma R$ 20.683.101,57. O ex-presidente enumera suas possses e algumas causam comoção. Fernando Collor de Mello tem um prédio (estamos falando de um prédio!) residencial no valor de R$ 346,97 e um terreno de R$ 69,39. Curioso mesmo é saber quanto ele declara numa caderneta de poupança: R$ 1,41. Para quem não se lembra, quando eleito presidente, Fernando aprovou um plano econômico que confiscava as poupanças, deixando aos brasileiros apenas R$ 50 disponíveis. Parece não crer muito na aplicação até hoje. Em compensação, soma mais de R$ 17 milhões em créditos de empréstimos.
Do outro lado, sem pensão há nove meses, Rosane Collor diz que tem apenas um bem. “Só meu carro, no valor de R$ 70 mil. A casa em que moro, que já deveria estar no meu nome depois que foi feita a partilha, que ainda se arrasta na Justiça, está caindo aos pedaços. Vou para a campanha com uma calça jeans, uma camiseta, um tênis, e minha garra. Mas se encontrasse com ele, diante deste patrimônio que declarou, que sabemos ser bem mais, pediria que me pagasse o que deve”, alfineta a ex.
Na declaração do filho Fernando, o patrimônio é mais modesto. Entre os bens do moço estão um apartamento de R$ 79 mil e uma casa de R$ 80 mil. Mais prudente, ele tem na poupança R$ 214.592,37. O total declarado em patrimônio foi de R$ 743.411,62. “Não é um garoto esbanjador”, diz um correligionário. Já Thereza diz que possui R$ 2.643.986,01. Mais da metade disso é proveniente de joias e obras de arte. Ela não possui caderneta de poupança.
Os primogênitos de Collor são descritos como homens de negócios e pouco esbanjadores. “Quando o Joaquim era pequeno, eu dizia que ia jogar um tênis velho dele fora. Já não dava mais para ser usado e ele me falava: ‘tia, alguém tem que ser econômico nessa família”, recorda Rosane: “Talvez a próxima geração passe a limpo a história dessa família”.
Fonte: https://extra.globo.com
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Apesar do desencanto, da descrença e da falta de confiança na Política no Brasil, o bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Geovani Mol defende que é importante acompanhar o processo eleitoral pelo qual o país atravessa com as campanhas já nas ruas em plena busca de votos.
O reitor da pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais afirma que a política não é um mau sem si. “O mau são os políticos eleitos para trabalharem pelo bem comum e que passam a trabalhar pelos seus próprios interesses e interesses de grupos econômicos e elitistas da sociedade brasileira”, afirmou.
Neste processo eleitoral que o Brasil está vivendo, o religioso convoca os cristãos a ficarem atentos às falsas informações, conhecidas como “Fake News”. “Antes de acreditar, desconfie. Nunca passe adiante uma informação que você não tem certeza sobre ela”, ressaltou. Há uma outra questão crucial, de vida ou morte, em sua avaliação: “A que segmento da sociedade e segmento político o candidato está vinculado?”. “Isso é indispensável porque, embora todos dizem que é necessário ‘mudar’ o Brasil, muitos querem mesmo é ‘continuar tirando proveito’ do Brasil”, avaliou.
Outra postura importante, ressalta dom Mol, é confrontar as informações que estão sendo disseminadas com a trajetória e com a vida do candidato, sempre com algumas perguntas em mente: Como ele vive? Quem são seus amigos? Com quem ele anda? O que ele faz com os pobres? Já exerceu cargos políticos? É um defensor das causas populares? Está envolvido com corrupção? Usa a religião para se promover? É democrático? Respeita as diversidades? Estimula a participação das pessoas? Pensa e trabalha por um Brasil mais justo e fraterno? É uma pessoa de paz e diálogo?
“Só mesmo confrontando o que ‘falam’ com o que ‘fazem’ ou fizeram até agora poderemos ter mais possibilidade de acerto na escolha”, reforça. O religioso também chama a atenção para a importância de prestar atenção às ideias dos candidatos alertando que muitas delas são pregadas em tempo de campanha eleitoral apenas para satisfazer o eleitor e fazê-lo acreditar que, o que ele deseja, está expresso naquelas ideias, mas apenas como recurso para angariar votos.
5 pontos que merecem atenção dos cristãos no Período Eleitoral do Brasil:
1- É preciso identificar candidatos/as que defendam a vida em toda em qualquer circunstância, da gestação ao seu término natural. Mas, como nos lembrou o Papa Francisco, é preciso defender a vida tanto contra o aborto quanto contra as desigualdades sociais e suas mazelas e misérias. Pois ambos matam com a mesma intensidade. O papa e a Igreja são movidos pela mesma convicção, numa postura de coerência, principalmente agora que ele declarou a pena de morte inaceitável em qualquer situação.
2- É preciso identificar candidatos/as que priorizem três áreas de atuação de forma clara e inequívoca e apresentem propostas concretas para a educação, a saúde e o emprego. Uma das graves causas da situação difícil de nosso País são os baixos níveis de qualidade na educação, no cuidado da saúde e na geração de empregos. Um povo educado com qualidade e consciência crítica, com boa saúde universalizada e pleno emprego consegue dar passos largos na construção dos seus destinos.
3- É preciso identificar candidatos/as que tenham compromisso sério com o meio ambiente, numa expressão do cuidado com a Casa Comum e neste contexto seja inserido o compromisso de respeito e forte defesa dos povos tradicionais, comunidades indígenas, ribeirinhas, negras e outras.
4- É preciso identificar candidatos/as que promovam a paz e a dignidade humana; trabalhem contra toda violência; restaurem a confiança e a democracia, aperfeiçoando-a com a participação popular; comprometam-se com as reformas necessárias de forma justa, sem supressão de direitos do povo trabalhador e dos segmentos excluídos da sociedade; colaborem com a necessária reforma do Judiciário e do Ministério Público do País, que a cada dia se mostram como “castas” superiores e corporativistas.
5- Ainda, é preciso identificar candidatos/as que respeitem a laicidade do Estado e cuidem da pacífica convivência entre as várias culturas e religiões, as regionalidades e as tradições, com espírito fraterno de tolerância e justiça. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Oito dos 12 candidatos ao governo estarão no encontro, a partir das 22h
O primeiro debate na televisão entre candidatos ao governo do Rio de Janeiro será transmitido pela Band, hoje, data que, oficialmente, dá início às campanhas. A atração vai ao ar às 22h. Anthony Garotinho (PRP), o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), o deputado federal Índio da Costa (PSD), a filósofa Márcia Tiburi (PT), o deputado estadual Pedro Fernandes (PDT), o senador Romário (PODEMOS), o vereador Tarcísio Motta (PSOL) e o juiz federal Wilson José Witzel (PSC), chegarão aos estúdios da emissora, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a partir das 20h30. A previsão de duração do debate é de duas horas e meia.
Participam candidatos cujas coligações somam pelo menos cinco representantes no Congresso, como prevê a legislação eleitoral. Assim, ficaram de fora Marcelo Trindade (Partido Novo), Dayse Oliveira (PSTU), André Monteiro (PRTB) e Luiz Eugênio Honorato (PCO). No mesmo horário do debate da TV, Marcelo Trindade exibirá, ao vivo, nas suas redes sociais, uma entrevista que concederá ao jornalista Sidney Rezende. Fonte: http://www.jb.com.br
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Preso em Curitiba, ex-presidente pode ter o registro para concorrer negado por conta da condenação de 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP)
O Partido dos Trabalhadores (PT) registrou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, na tarde desta quarta-feira (15/8). A partir de agora, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avalia se existe algum impedimento para que o petista concorra nas eleições deste ano.
O registro foi apresentado por representantes do PT, já que Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, integrou a comitiva que seguiu até o TSE. Ela afirmou que o ex-presidente será representado por Fernando Haddad durante a campanha. "Lula é nosso candidato e vamos percorrer o país para apresentar suas propostas. Vamos divulgar as ideias. Ele será representado por Fernando Haddad. Podem prendê-lo, mas não podem impedir a circulação de suas ideias", afirmou.
O TSE deve divulgar nas próximas horas o edital com o nome dos candidatos. A partir de então, será possível que qualquer partido ou concorrente entre com pedido de indeferimento de qualquer um das candidaturas ao Palácio do Planalto.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por corrupção e lavagem de dinheiro, no processo relacionado ao tríplex do Guarujá (SP). Ele pode ser enquadrado no artigo da Lei da Ficha Limpa que proíbe a participação na disputa eleitoral de condenados por um tribunal colegiado. Após a publicação do edital, a defesa dos candidatos impugnados tem até cinco dias para apresentar recurso.
O relator do caso, cujo ministro deve ser definido ainda hoje pelo TSE, deve produzir um parecer sobre a situação do candidato. O prazo máximo para todo o trâmite se encerra 20 dias antes do primeiro turno das eleições, marcado para 7 de outubro. Ou seja, a data-limite é 18 de setembro. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
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Da série, ELEIÇÃO 2018 E VOTO CONSCIENTE, o Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, apresenta o candidato ESTRUPÍCIO. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 13 de agosto-2018. Divulgação: www.olharjornalistico.com.br; www.instagram.com/freipetronio; www.twitter.com/freipetronio; www.facebook.com/freipetros
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Estadão Conteúdo
12/08/18 - 15h19
Eduardo Cunha, fiel da Assembleia de Deus e então presidente da Câmara dos Deputados, retardava o início dos trabalhos no plenário da Casa naquele 24 de setembro de 2015. Comprava tempo para que uma comissão especial concluísse a votação do Estatuto da Família. Apresentado por um deputado evangélico, o projeto que define a família como entidade formada pela união de um homem com uma mulher passou por 17 votos. Doze deles vieram de parlamentares evangélicos.
A aprovação mostrava, logo no início da nova legislatura, que o grupo estava unido na defesa de seus interesses. Mostrava também o esforço dos deputados evangélicos de manter - e quiçá aumentar - o poder político alcançado nos quatro anos anteriores, quando ocuparam a Comissão de Direitos Humanos com o pastor Marco Feliciano (Podemos-SP). Para esses deputados, Deus tem poder. A bancada evangélica precisa ter também.
A quarta reportagem da série Os donos do Congresso mostra que o grupo é uma força em ascensão no Congresso Nacional. A cada legislatura, cresce em tamanho, capacidade de organização e influência. Levantamento do Estadão/Broadcast indicou que a bancada é composta por pelo menos 84 parlamentares: 82 deputados e dois senadores. É mais que o dobro do número de congressistas evangélicos que se elegeram em 2006, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o Diap.
Esses parlamentares estão organizados na Frente Parlamentar Evangélica (FPE). Oficialmente, há 182 integrantes em exercício em sua lista. No entanto, 105 deputados seguem outras religiões. Lá entraram com suas assinaturas somente para viabilizar a criação da frente, anabolizando a representação parlamentar evangélica.
Para chegar à formação da bancada atual - com a entrada de suplentes, por exemplo -, o Estadão/Broadcast procurou cada congressista da lista original na FPE, além de parlamentares indicados pela Frente e que têm atuação próxima ao grupo.
Os 84 parlamentares representam 23 Estados, 21 legendas e 19 denominações evangélicas. Uma vez no Congresso, porém, para boa parte deles as diferenças regionais e partidárias são esquecidas em prol da união em torno de pautas morais.
Costumes
Votações que marcaram a legislatura, como o impeachment de Dilma Rousseff ou a PEC do teto de gastos, não entraram nas conversas da bancada. Não se trata de um grupo homogêneo. O que os une é a defesa dos valores cristãos e da família. Organizam-se para aprovar projetos favoráveis a essa plataforma e, especialmente, para barrar projetos desfavoráveis a ela. Ali não persevera o debate econômico. Em torno dos temas morais, há prioridades claras: impedir a realização de abortos, o debate sobre identidade de gênero nas escolas, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a liberação dos jogos de azar, a legalização das drogas.
Dentro desse roteiro, a aprovação da PEC 181 é celebrada como uma das principais vitórias dos evangélicos na atual legislatura Originalmente, ela propunha ampliar o tempo de licença-maternidade em caso de parto prematuro. No meio do caminho legislativo, foi desfigurada por um deputado evangélico e passou a incluir a ideia da "inviolabilidade do direito à vida desde a concepção", abrindo caminho para tornar ilegal todo tipo de aborto - hoje permitido em casos como de estupro e de risco para a mãe.
Em 2017, a "PEC da Vida" foi aprovada na comissão, resultado celebrado aos gritos de "Vida sim! Aborto não!" pela bancada evangélica. Graças às manobras do grupo, uma proposta progressista tornou-se projeto conservador de alto impacto e com chances de prosperar na Casa.
Tanto o Estatuto da Família quanto a PEC 181 aguardam votação no plenário da Câmara e, para virar lei, ainda precisam passar pelo Senado. Há, portanto, um longo caminho até lá. Mas são vitórias políticas expressivas para um grupo que, até outro dia, lograva, no máximo, impedir a vitória dos outros.
Para emplacar os projetos, a atuação da bancada foi decisiva. Os evangélicos inscreveram-se em peso nas comissões - na PEC 181 chegaram a ter quase metade das vagas. "Não é no grito que vamos conseguir o que queremos, é no voto. Daí a importância de estarmos organizados. Não podemos comer mosca", diz Leonardo Quintão (MDB-MG), que é presbiteriano. Ele avalia que o grupo foi aprendendo a operar na Casa. O uso das comissões é um exemplo. Hoje, os 82 deputados evangélicos estão distribuídos em 159 das 184 comissões permanentes e temporárias da Casa, segundo levantamento do Estadão/Broadcast.
A comissão da PEC 200, que pretende isentar do pagamento de IPTU templos alugados, é a com maior número de integrantes da bancada: 17 dos 21. Entre as permanentes, a de Ciência e Tecnologia e a Constituição e Justiça são as que mais concentram evangélicos. "A esquerda milita. Entendemos que precisávamos de um grupo para militar também", diz o pastor Hidekazu Takayama (PSC-PR), presidente da FPE.
'Valores cristãos'
Na bancada evangélica, a ordem é clara: detectar e atuar para bloquear iniciativas que possam afrontar o ideário conservador. Nos cálculos da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), há mais de 300 projetos em tramitação hoje na Câmara que ameaçam frontalmente os valores defendidos pelos evangélicos.
"O segmento se organizou e agora está muito bem representado. Há uma lista com os números dos projetos que são nocivos. Temos uma torre de vigia preparada para atuar", afirma a deputada Tia Eron (PRB-BA), que chegou ao Congresso egressa dos quadros da Igreja Universal do Reino de Deus.
Para garantir a articulação, os evangélicos fazem reuniões às terças na Câmara. O quórum nem sempre é alto, mas há os cultos. Realizados às quartas pela manhã num dos plenários da Casa, eles atraem um público fiel. Após o louvor, é comum que os deputados despachem sobre temas de interesse. O que funciona mesmo, porém, é o WhatsApp. É lá que, a qualquer hora de qualquer dia, surgem avisos e lembretes de votações para os quase 160 integrantes do chat "FP Evangélica".
No núcleo duro da articulação, ao lado do presidente Hidekazu Takayama, estão nomes como Marco Feliciano (Podemos-SP), João Campos (PRB-GO) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Mas a FPE diz contar com mais de 70 deputados firmes na causa evangélica.
Sozinhos, os ativistas evangélicos são somente 16% da Câmara. Para vencer, portanto, a bancada precisa de aliados. Há sintonia fina com as frentes "Católica Apostólica Romana" e "Em Defesa da Família e Apoio à Vida" - não por acaso é grande o número de católicos na composição oficial da FPE. Juntos, formam a "bancada da Bíblia".
As lideranças das frentes estão em constante contato e há afinidade em temas centrais, como a defesa de posição contra o aborto. A atuação espraia-se pela Esplanada. Há monitoramento e intensa pressão sobre o Executivo. Em 2017, num dos mais rumorosos episódios de atuação da bancada da Bíblia, os presidentes das frentes Evangélica, Católica e da Família marcharam juntos ao Palácio do Planalto para exigir alterações na base nacional curricular. Estavam contrariados com a inclusão do conceito de respeito à identidade de gênero e orientação sexual. Pouco depois, o Ministério da Educação de Michel Temer divulgou novo texto, suprimindo qualquer menção ao tema.
A articulação dos evangélicos estende-se ainda a outros grupos conservadores, como os das chamadas bancadas do boi (Frente Parlamentar Agropecuária) e da bala (Frente Parlamentar da Segurança Pública). "A bancada 'BBB' - boi, bíblia e bala - funciona de verdade. A gente conversa, se protege", afirma Sóstenes Cavalcante, membro da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que em seu primeiro mandato se tornou uma das vozes mais influentes da bancada evangélica. Fonte: www.otempo.com.br
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Ao menos 56 processos pedem remoção de links publicados na rede; entre os presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT) é o que mais usa o recurso
Em ano eleitoral marcado pela polarização nas redes sociais, candidatos recorrem à Justiça para tentar remover conteúdos da internet que consideram falsos ou enganosos. Tramitam, atualmente, ao menos 56 processos que pedem a retirada de conteúdos envolvendo políticos no País. Os alvos são páginas anônimas de Facebook, youtubers e imprensa.
O maior número de pedidos foi apresentado pelo ex-prefeito e candidato ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB), e pela ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney(MDB), que vai tentar a reeleição, com oito ações cada. Entre os presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT), por meio de seu partido, foi o que mais usou deste recurso. Ele é parte em seis ações que pediram remoção de vídeos e links - todas indeferidas até agora.
Ao todo, há ao menos dez ações ligadas aos presidenciáveis neste ano. Além de Ciro, outros três presidenciáveis recorreram à Justiça: Marina Silva, com dois pedidos - um deles indeferido; Geraldo Alckmin (PSDB), com uma ação indeferida; e Jair Bolsonaro (PSL), com duas ações, uma delas deferida. Procurados, os candidatos à Presidência não se manifestaram sobre as ações, assim como João Doria. Em nota, a defesa de Roseana disse que as representações miram “exclusivamente” páginas anônimas. “Não há que se falar em ataque à liberdade de manifestação, expressão ou imprensa.”
Os dados foram compilados pelo Estadão Dados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pela plataforma Ctrl-X, criada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que reúne dados sobre políticos que acionam a Justiça para combater informações falsas. A plataforma também inclui informações de tribunais nos Estados. Foram considerados somente casos de 2018 que não têm sigilo.
O Ctrl-X foi criado para medir um problema que a entidade já identifica há mais tempo: as ações judiciais contra jornalistas feitas por políticos. O criador da ferramenta, Tiago Mali, aponta que a plataforma ajudar a mapear quais e políticos e partidos tentam adotar esse tipo de ação.
"É um indicativo do quanto especialmente alguns políticos estão tentando esconder algumas publicações, críticas, postagens da internet, para que não tenham a sua imagem atingida. É possível descobrir quem está por trás desses processos, quais são os partidos cujos candidatos mais processam para tentar retirar alguma coisa do ar e tentar fazer com que eles sejam confrontados com essas ações. Há candidatos que têm discursos pró-liberdade de expressão, mas, nos bastidores, contratam escritório de advocacia para retirar tudo de negativo do nome deles na internet".
Ciro pediu a remoção de diversos vídeos e postagens nas quais é chamado de “coronel”, “autoritário”, “socialista”, entre outros termos. Na mais recente, de 6 de julho, sua defesa pede a remoção do vídeo “Ciro Gomes confessa a Caetano: vou implantar o socialismo”. A publicação é um pequeno trecho recortado de entrevista do político feita pelo músico Caetano Veloso e publicada originalmente em 24 de junho no canal do YouTube da Mídia Ninja.
Caetano questiona o político sobre como ele pesa o fato de experiências socialistas terem fracassado pelo mundo, ao que ele responde: “eu quero correr esse risco”. A frase como foi colocada, no entanto, é ambígua, pois, antes da pergunta, Ciro falava sobre o que significava ser de esquerda no País. O vídeo é acompanhado da legenda “Ciro Gomes confessa que pretende insistir em mais uma experiência socialista”. A publicação teve 28,4 mil visualizações e foi replicada por outros canais do site.
Para a defesa do político, “a notícia desborda dos limites da mera crítica e macula a imagem do pré-candidato.” A ministra Rosa Weber, presidente do TSE, no entanto, indeferiu o pedido. “É natural que pessoas públicas estejam sujeitas a maior escrutínio por parte da opinião pública, o que não revela, por si só, violação dos direitos de personalidade”, votou.
‘Nenhum’
Em ação, Bolsonaro acusou Alckmin de difundir o link para o site “motivosparavotarembolsonaro.org”, que tem como conteúdo uma tela preta e a frase “não existe nenhum”. Segundo a ação, o link era enviado automaticamente, por meio de mensagem privada da página de Alckmin, a todos que fizessem comentários com menções a Bolsonaro. Mesmo com liminar proferida em 27 de junho, determinando a remoção do conteúdo, o site continua no ar.
“Sabemos que fake news é um fenômeno bastante complexo, porque não tratamos somente de informações falsas, mas também descontextualizadas. Mas a Justiça Eleitoral decidiu que só vai intervir em casos de fatos sabidamente inverídicos”, disse o professor Alexandre Pacheco, da Escola de Direito da FGV-SP. Fonte: https://politica.estadao.com.br
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ- direto de São João del Rei-MG- fala sobre vocação a partir da ótica do trabalho. E-mail do Frei Petrônio para contato- críticas ou sugestões de temas. Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. FACE: www.facebook.com/freipetros SITE: www.olharjornalistico.com.br TWITTER: www.twitter.com/freipetronio Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 11 de agosto-2018.
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Primeiro encontro entre os candidatos à presidência nas Eleições 2018.
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