"O processo de reconciliação de ambas identidades não foi fácil. Sam levou muitos anos para ficar confortável com o fato de ser gay e católico. Ele conta que ficava muitas horas rezando para tentar conciliar sua fé católica e sua sexualidade, orando a Deus para poder ser um católico que seguia a doutrina da Igreja sobre o celibato para gays e lésbicas", escreve Kaitlin Brown, jornalista, em artigo publicado por New Ways Ministry, 14-05-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Eis o artigo.

Para muitas pessoas, ser queer e católico pode parecer identidades conflitantes. Para Sam Albano, de Carmel, Indiana, elas se complementam de forma poderosa. A blogueira Katie Grieze entrevistou Albano sobre como o jovem de 30 anos administra esses dois polos.

Abertamente gay, ele vem trabalhando dentro de sua paróquia, St. Elizabeth Ann Seton, em Carmel, para tornar a Igreja Católica um lugar mais diverso e acolhedor para todos. No entanto, após apoiar publicamente o casamento homossexual em 2014, o pastor pediu que ele se retirasse do conselho paroquial. Na entrevista, Sam Albanoconta sobre sua decisão de se demitir da liderança e se recusar a comprometer suas crenças:

"Não sou chamado a ficar em no conselho de uma paróquia a vida inteira. Sou chamado a ser honesto sobre minha fé e minha experiência. Sou chamado a melhorar as coisas para os companheiros LGBT na Igreja. Se não posso fazer isso e servir à paróquia ao mesmo tempo, me demito".

Apesar de ter sido difícil deixar a liderança, era importante para Sam, como católico, manter sua vida religiosa. Segundo Grieze, "Sam pode falar das falhas da Igreja, mas nunca quis ficar contra ela. Isso seria estar contra si mesmo. [Ele disse] 'Eu sou a favor da Igreja Católica. Sou contra as práticas que acontecem que são prejudiciais para as pessoas dentro da Igreja'".

Ele também deu outro motivo pelo qual decidiu ficar: "Porque se formos embora não haverá presença LGBT na Igreja Católica. E não haverá motivação para melhorar as coisas".

O processo de reconciliação de ambas identidades não foi fácil. Sam levou muitos anos para ficar confortável com o fato de ser gay e católico. Ele conta que ficava muitas horas rezando para tentar conciliar sua fé católica e sua sexualidade, orando a Deus para poder ser um católico que seguia a doutrina da Igreja sobre o celibato para gays e lésbicas. Ele lembra sua oração: "'Deus, eu quero acreditar nesta doutrina. Quero acreditar que devo ser celibatário pelo resto da vida. Mas não sei se consigo'. Ele sentou e tentou escutar. 'Talvez não seja necessário', Sam sentiu Deus responder. "Talvez parte da vocação esteja em estar num relacionamento com outro homem'".

Depois disso, ele conheceu outros católicos LGBT na convenção de 2013 do DignityUSA, uma organização de católicos LGBT e apoiados nos Estados Unidos, assim como o capítulo de sua região, o Dignity/Indianapolis. Após essas conexões, houve uma série de conversas com Deus nas quais Sam ficou mais confortável com sua sexualidade. Ele relembra um incidente: "Eu estava dirigindo na rodovia I-465 de Indianápolis numa tarde de domingo e comecei a rezar.

'Sabe, Deus, eu acho mesmo que tudo bem eu ser gay. Acho que não seria um problema eu começar a namorar. Mas não tenho certeza absoluta se seria tudo bem para o senhor'.

"Naquele momento, tive uma sensação de paz".

Sam não está sozinho. Estimativas apontam que cerca de 4% dos católicos se identificam como LGBT e dois terços dos católicos dos EUA aprovam o casamento homossexual - proporção similar à da população em geral. Muitas outras pessoas LGBTQ se identificam como ex-católicos que não conseguiram conciliar sua identidade e o mal que a Igreja Católica tem causado a eles. Sam Albano faz grandes esforços para garantir que a Igreja Católica continua sendo um lugar acolhedor para ele e para outras pessoas LGBTQ. Não sem luta e sofrimento, Albano acabou encontrando a paz.

E reza: “Obrigado, Deus, por eu ser gay e católico”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Boeing 737 cai logo após decolar de Havana; presidente cubano fala em 'grande número de vítimas'

Voo doméstico com 104 passageiros ia para Holguín, e era operado pela empresa Cubana de Aviación com aeronave arrendada de companhia italiana.

Um Boeing 737 caiu logo após decolar do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, informou a imprensa cubana nesta sexta-feira (18). Os bombeiros estão no local. O presidente Miguel Diaz-Canel disse que havia 113 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação.

"Houve um acidente de aviação lamentável. De acordo com o pessoal da Cubana, há 104 passageiros e 9 tripulantes. As notícias não são muito promissoras, parece que há um grande número de vítimas", disse Diaz-Canel após chegar ao local do acidente.

A emissora CubaTV aponta que o voo, que ia para Holguín, no leste do país, era da companhia Cubana de Aviación, mas a aeronave era arrendada da empresa italiana Blue Panorama.

A rede americana CNN afirma que uma enorme bola de fogo foi vista depois que o avião caiu. Relatos citados pela emissora também indicam que há uma espessa nuvem de fumaça visível ao redor do aeroporto, o principal do país. Fonte: https://g1.globo.com

*Doutor alerta para necessidade de olhar com atenção todos os casos para prevenir quadros psíquicos graves

O adoecimento psiquiátrico ainda hoje é tratado como tabu pela sociedade. O preconceito leva a uma tendência de minimização do impacto que o sofrimento psíquico causa nas pessoas afetadas, afirma Eduardo Humes, psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Psiquiatria do Hospital Universitário e do Grupo de Assistência Psicológica ao Aluno da Faculdade de Medicina da USP. O doutor lamenta essa realidade por entender que a preocupação com a dor do outro é parte do estar em sociedade e deveria ser um tema de engajamento de todos.

Humes conta que o sofrimento psíquico é caracterizado por um conjunto de condições que leva o indivíduo à dor, tendo sido essa causada por reatividade ao ambiente – como o luto ou um momento difícil na vida – ou por um quadro psiquiátrico. O doutor alerta para a necessidade de olhar com atenção mesmo os casos que não configuram quadros mais graves, justamente para evitar que eles se tornem doenças e levem a prejuízos maiores, como danos por uso de drogas e suicídio.

Além do cuidado com quem já parece estar sofrendo, Humes lembra da importância de intervenções individuais e coletivas que envolvam mesmo os que estão bem, cotidianamente. A adoção de hábitos de vida saudável – como alimentação balanceada, prática de esportes, exposição ao sol e técnicas de meditação – e a promoção de ambientes de convivência sadios – com rodas de conversa, atividades de socialização e espaços de entretenimento – servem para diminuir os impactos negativos do ambiente sobre o organismo.    

O psiquiatra indica que as pessoas estejam sempre atentas ao seu redor e, ao menor sinal de sofrimento psíquico do outro, não se calem. Ele sugere que se ofereça companhia, pergunte como pode ajudar e auxilie o colega na busca por apoio, inclusive médico. Humes lembra que pessoas que estão no seu “limiar” e convivem com quem está sofrendo estão mais suscetíveis a desencadear quadros de burnout ou mesmo de ansiedade e depressão.

Dentro da USP, o doutor conta que o debate sobre o tema está mais presente entre alunos, professores e funcionários, e avalia isso de forma muito positiva. Estão sendo colocados de lado os estigmas relacionados a essas doenças, completa. Sobre o atendimento dentro da Universidade, trabalhadores da USP, docentes e estudantes têm direito a consultas no Hospital Universitário, que devem ser agendadas. Humes convida, ainda, para um colóquio no Instituto de Física, que tratará do assunto hoje, dia 17, às 16h, no Auditório Abrahão de Moraes, com transmissão pelo site do IPTV.  

Jornal da USP no Aruma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

*Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular. Você pode ouvir a entrevista completa no player. Fonte: http://jornal.usp.br

Cabo Rafael Silva Estevão saía de seu carro quando foi abordado pelos bandidos, que atiraram contra ele

Rio - O policial militar Rafael Silva Estevão, de 34 anos, foi morto durante uma tentativa de assalto, na noite desta quarta-feira, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. O crime aconteceu por volta das 20h40, na Rua Dezenove de Fevereiro. O cabo estava na corporação desde 2012 e era lotado no Centro de Controle Operacional da Polícia Militar (Cecopom). Ele saía de seu carro quando foi surpreendido pelos bandidos. O PM tentou se desvencilhar, mas foi atingido pelas costas.

Segundo a Polícia Militar, agentes do 2º BPM (Botafogo) foram acionados para verificar a suspeita de um homem baleado. Ao chegarem no local, o cabo Rafael já estava morto.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) foi acionada e esteve no local para realizar a perícia. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do crime e a autoria dos disparos. As investigações estão em andamento e os agentes buscam imagens de câmeras de segurança e testemunhas. 

Nas redes sociais, moradores da região relataram o que ouviram no momento do crime. "Passei ali. Vi uma pessoa morta. Um homem. Ouvi os tiros. Foram muitos", contou um internauta. "Foram uns 10 tiros", relatou outro. "Ouvi de casa", postou um terceiro. O cabo será enterrado, às 11h15 desta sexta-feira, no Cemitério Jardim Sulacap.

Dois policiais mortos

Rafael Silva Estevão é o 49° policial militar morto no Estado do Rio em 2018, o segundo em menos de 24 horas. Na manhã desta terça, Robert Nogueira de Almeida, de 42 anos, também foi assassinado em uma tentativa de assalto, em Cascadura, na Zona Norte. O sargento da PM foi abordado por criminosos enquanto ia para o trabalho. Os bandidos atiraram em Robert ao perceber que ele era policial. O grupo fugiu sem levar nada.

Já na parte da tarde, o agente penitenciário Alex Almeida foi morto a tiros em mais uma tentativa de assalto, na Avenida do Comércio, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele e outras três pessoas estavam em um carro preto, trabalhando para um sistema de monitoramento de veículos, quando quatro bandidos anunciaram o assalto. Alex teria reagido e teve troca de tiros. O agente foi socorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas não resistiu. Fonte: https://odia.ig.com.br

O voo MH370, da Malaysia Airlines, que transportava 239 pessoas em 8 de março de 2014, pode ter desaparecido "deliberadamente" em um "ato planejado pelo piloto" da aeronave, apontaram especialistas aéreos durante o programa australiano "60 minutes".

A conclusão foi feita por pesquisadores que procuravam uma tese para resolver o mistério do Boeing 777 há quatro anos. A mesma ideia é compartilhada por Martin Dolan, responsável pelas buscas dos destroços. De acordo com o grupo, formado por ex-pilotos, o capitão da aeronave, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, foi o responsável pelo desaparecimento depois de ter provocado a despressurização da cabine para deixar os passageiros inconscientes.

"Se alguém me deu a tarefa de fazer desaparecer o 777, eu faria exatamente a mesma coisa", disse um dos especialistas, que não acha que o ato tenha sido "terrorismo". Caso "fosse um evento terrorista seria quase inevitável a reivindicação de uma organização terrorista. E ninguém fez", acrescentou.

Os dados de satélite ainda indicam que o avião, que decolou de Kuala Lumpur rumo à Pequim, na China, desviou a rota para uma região na cidade de Panang, onde Zaharie nasceu. Segundo a teoria, o piloto teria alterado o trajeto do voo para se despedir da sua cidade natal.

"O ponto que é mais discutido é quando o piloto desliga o transponder, despressuriza o avião, o que incapacita os passageiros. Ele estava se matando. Infelizmente, ele estava matando todos a bordo. E fez isso deliberadamente", explicou Larry Vance, um investigador da aviação canadense.

Alguns objetos e partes do avião foram encontrados em praias banhadas pelo Oceano Índico, mas a busca – coordenada pelo Gabinete para a segurança australiana – foi interrompida depois de quase dois anos, em janeiro de 2017.

A investigação oficial revelou que Zaharie e o copiloto Fariq Abdul Hamid foram os principais suspeitos pela tragédia. A construção de um simulador de voo em casa, no qual o massacre teria sido planejado, é uma das evidências contra o piloto que tinha mais de 20 mil horas de voo no currículo. Fonte: www.metrojornal.com.br

Homem estava preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, mas teria conseguido fugir para cometer o crime. Atual marido de uma das vítimas contou que motivação seria uma condenação do policial por estupro das outras duas assassinadas

Um policial civil entrou em uma residência de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, matou uma mulher, duas filhas dela e se matou em seguida na madrugada desta terça-feira. As informações que constam no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar para o caso dão conta de que quando os militares chegaram na residência da Rua Sebastião Fernandes, no Bairro Monte Carlo, eles encontraram três mulheres caídas na sacada do segundo andar da casa já sem vida e um homem caído próximo aos estilhaços, com uma arma em punho. As vítimas são Luciana Carolina Petronilho, 40 anos, Nathalia Diovana Petronilho, 18, e Victoria Regina Graciane Petronilho, 15.

Paulo José de Oliveira, 40 anos, foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São Benedito e em seguida transferido ao Hospital João XXIII, onde faleceu por volta das 4h10. Junto com ele os militares acharam duas facas, um alicate e um documento de identificação xerox da Polícia Civil. Em contato com a central de operações policiais, a PM recebeu a informação de que Paulo estava preso desde 27 de julho do ano passado na Casa de Custódia da Polícia Civil, que fica no Bairro Horto, Leste de Belo Horizonte, e é exclusiva para ex-policiais presos.

TRIPLO ASSASSINATO 

O dono da casa de Santa Luzia, onde ocorreu o crime, que consta na ocorrência como marido Luciana, disse aos militares que estava dormindo e escutou um barulho semelhante ao arrombamento do portão. Logo depois ele já se deparou com o autor armado dentro de casa. Paulo determinou que o homem saísse de casa junto com outra mulher, que seria a terceira filha da vítima, de 22 anos, para que não morressem junto com as três mulheres.

Em seguida o policial civil foi na direção das três vítimas e atirou nas três, matando todas com disparos na região da cabeça, e depois se matou, atirando contra a própria cabeça. 
A principal testemunha do crime ainda contou aos policiais militares que a motivação do triplo assassinato seria a condenação de Paulo José pelo crime de estupro praticado contra as duas jovens que foram assassinadas, filhas de Luciana. A perícia recolheu cinco cápsulas de munição .380 e outra bala intacta do mesmo calibre. Os peritos que atuaram no caso também encontraram em um dos quartos uma substância semelhantes a maconha, além de um triturador de drogas e um papel que seria usado para embalar substâncias entorpecentes.

Fonte: www.em.com.br

 

Os documentos de Joana*, de 11 anos, representam um importante capítulo na vida dela e de sua família. Nos novos registros, atualizados há dois anos, constam o nome, que ela mesma escolheu, e o gênero: feminino. Joana tornou-se a primeira criança transgênero no Brasil a conseguir autorização na Justiça para que pudesse mudar seus documentos.

A permissão para que a criança alterasse seus registros foi concedida após os pais da garota - os comerciantes Jaqueline*, de 39 anos, e Carlos Alberto*, de 46 - pleitearem a mudança ao longo de três anos na Justiça. "Eu gosto bastante de pensar que eles conseguiram mover montanhas para isso", diz Joana, enquanto sorri para a mãe. A reportagem é de Vinícius Lemos, publicada por BBC Brasil, 11-05-2018.

A decisão que autorizou a alteração dos documentos foi dada em 2016 pelo juiz Anderson Candiotto, da Terceira Vara da Comarca de Sorriso. O caso repercutiu em todo o país. Passados mais de dois anos, médicos que acompanham crianças transgêneros afirmaram à BBC Brasil que desconhecem outra família que tenha conseguido a mesma autorização no Brasil. Desta forma, Joana ainda pode ser a única criança brasileira que conseguiu o direito de mudar de gênero em seus registros. A informação, porém, não pode ser confirmada em razão de os processos de outros menores tramitarem em sigilo.

Joana nasceu Juliano. Mas desde os cinco anos de idade, a criança utilizava 'Joana' como nome social na escola, conquista obtida após os pais recorrerem ao Ministério Público de Mato Grosso. Os problemas surgiam quando ela precisava apresentar os documentos, no qual constava o gênero masculino e o nome de batismo. "Ela sempre ficava com muita vergonha", relembra a mãe da garota. Para evitar que a filha passasse por mais constrangimentos, Jaqueline recorreu à Justiça. "O processo foi tão demorado, que chegou um momento em que pensei que não iria conseguir", diz.

A família vive no município de Sorriso (MT). Na região, somente os mais próximos sabem que a criança é transgênero. Para muitos, trata-se de uma garota que nasceu com o mesmo gênero com o qual se identifica, pois desde os quatro anos ela sai às ruas vestida como menina. O medo de Joana sofrer ataques preconceituosos faz com que os pais evitem revelar a história dela a conhecidos. "Nunca deixei que ela sentisse nenhum tipo de preconceito. Sempre evitamos que isso acontecesse. Há a nossa barreira na frente. Mas sei que vai chegar a hora em que ela vai ter de lidar com isso sozinha", conta Jaqueline.

A história de Joana

Joana é a caçula da família que conta com mais um filho, de 12 anos. Nascida em uma cidade do interior do Paraná, a garota se mudou com a família para Sorriso, cidade considerada capital nacional do agronegócio, com pouco mais de um ano de vida. Ali, os pais enxergavam mais perspectivas de sucesso financeiro.

Quando tinha dois anos de idade, Joana passou a intrigar os pais. Eles perceberam que a criança costumava se portar como uma garota. "Ela me imitava e queria usar roupas e maquiagens. Eu achava que era uma fase. Na creche, as professoras me disseram que ela pegava calçados e presilhas das coleguinhas. Eu sempre pensei que ela seria um homossexual afeminado, pois não sabia o que era uma pessoa transexual", relata Jaqueline.

Os pais acreditavam que era uma postura temporária, mas a criança continuava afirmando ser uma menina. "No começo foi muito complicado. Nós não conseguíamos entender o que estava acontecendo", diz Carlos Alberto. "Procuramos várias igrejas, para tentar ajudá-la. Chegaram a dizer que ela estava com o 'coisa ruim' no corpo. Mas nós sabíamos que as coisas não eram assim".

Enquanto os pais buscavam respostas, a filha demonstrava sinais de tristeza. "Eu procurei ajuda na cidade, mas não encontrava. Na época era um assunto completamente desconhecido", relata Jaqueline. Ela revela que percebeu a dimensão das dificuldades da filha após presenciar Joana tentando cortar o próprio órgão genital. "Eu tinha chegado do trabalho e quando a vi, ela estava sentada com a tesoura na mão e com a toalha aberta. Eu fiquei bastante assustada."

Depois do episódio, a comerciante afirma ter tido a certeza de que precisava de ajuda. "No dia seguinte, fui pesquisar sobre o assunto e descobri um documentário - My Secret Self (Meu eu secreto, em tradução livre), da rede americana ABC - que falava sobre crianças transgêneros. Foi assim que percebi que minha filha poderia ser transexual, porque a situação dela era idêntica àquelas histórias. Mostrei o documentário ao meu marido e ele concordou que estávamos vivendo aquela situação."

O casal decidiu recorrer ao Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos), do Hospital das Clínicas em São Paulo. Na época, o espaço atendia somente adultos. "Mas eu insistia, dizia que tinha um filho que precisava muito de atendimento."

Os pais de Joana, então com três anos e meio, passaram a permitir que ela utilizasse vestimentas de menina. "Nós combinamos que poderia usar essas roupas em casa e na rua deveria se vestir como um garoto", diz Carlos Alberto. Nesta época, ela pedia para ser chamada de Juju. "Era um apelido mais feminino que o nome dela na época, então ela preferia", explica a mãe.

O acordo para que a filha utilizasse roupas femininas somente em casa foi bem-sucedido nos primeiros meses. Porém, os pais dizem que ela foi aos poucos evitando sair de casa. "Ela não gostava mais de ir para a escola e passou a ficar nervosa quando chegava a hora de sair. Minha filha começou a desenvolver uma espécie de dupla personalidade", conta Carlos Alberto.

Acompanhamento profissional

Após insistir por seis meses, Jaqueline conseguiu que a filha, então com quatro anos, fosse recebida no ambulatório do Hospital das Clínicas e passasse a ser a primeira paciente criança do local.

O atendimento inicial foi feito em dezembro de 2011. "Em 20 minutos de conversa, confirmamos o que já sabíamos: a nossa filha é transexual", diz. Os pais admitem que a constatação trouxe tristeza. "Doeu bastante, porque no fundo a gente esperava que não fosse. É difícil a aceitação no começo, mas nunca deixamos de amá-la. Nosso amor só aumentou", afirma Jaqueline.

Depois da primeira consulta, a garota começou a fazer acompanhamento constante. Os pais passaram a aceitar o fato de a criança ser transgênero e solicitaram ao Ministério Público que ela pudesse utilizar 'Joana' como nome social. "Quando voltei a Sorriso, minha filha já veio vestida como uma menina. Decidimos que ela passaria a andar apenas assim, porque é como ela sempre se sentiu."

Joana faz acompanhamento no ambulatório do Hospital das Clínicas a cada três meses. No local, é atendida por psiquiatra, psicólogo e endocrinologista. Há quatro meses, as visitas dela ao Amtigos ganharam mais uma motivação: aplicar a injeção que bloqueia os hormônios masculinos da puberdade. Ela deve fazer a aplicação a cada 28 dias. Quando está no ambulatório, o procedimento é feito gratuitamente. Porém, nas vezes em que precisa aplicar em casa, a medicação é comprada pelos pais da garota.

Para as viagens trimestrais a São Paulo, a família recebe passagens de ônibus por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFE), concedido a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os gastos com hospedagens e alimentação ficam a cargo da família.

Daqui a cinco anos, a expectativa é de que a garota comece a utilizar hormônios femininos. Somente aos 21, caso queira, poderá passar pela cirurgia de redesignação sexual no Brasil. Para a criança, o maior problema nos procedimentos é a demora. "Sempre quis que tudo fosse rápido. Fiquei triste, pois falaram que demoraria muito pra eu começar a tomar os hormônios femininos", conta Joana.

Desde que atendeu Joana, no fim de 2011, o Amtigos passou a receber outras crianças e adolescentes. A demanda por menores de idade foi tamanha que atualmente a unidade atende apenas crianças de três anos a jovens menores de 18. "Somos o primeiro ambulatório que se dedica exclusivamente a eles", afirma o médico Alexandre Saadeh, coordenador do Amtigos.

O ambulatório atende, atualmente, cerca de 100 adolescentes e 50 crianças. Há ainda 140 pacientes, menores de 18 anos, em espera. Além deles, há adultos que já se tratavam no local e continuam recebendo acompanhamento.

Psiquiatra do Amtigos, Saulo Vito Ciasca destaca a importância do acompanhamento na unidade para as pessoas que possuem Transtorno de Identidade Sexual. "Nesses atendimentos, observamos melhora na saúde mental das crianças e dos adolescentes. Eles encontram um lugar onde podem existir, porque a sociedade não oferece esse local."

Desde 2011, Joana também faz acompanhamento em Sorriso. Durante seis anos, a psicóloga Cristiane Gheno atendeu a garota no município mato-grossense. A profissional destaca que o apoio que a menina recebe desde os quatro anos foi fundamental. "Acho que hoje ela tem maturidade e necessidade para ser aceita como é. Ela já sabe que não há nada de mal em ser transexual."

A decisão judicial

O acompanhamento com médicos e psicólogos foi fundamental para que os pais de Joana decidissem, em dezembro de 2012, entrar na Justiça para solicitar que o nome e o gênero da garota fossem alterados.

A mãe da criança passou por diversas situações em razão da antiga identidade da filha. "Quando a gente viajava, era um caos, porque ela era uma menina com documentos de menino. Uma vez chegaram a chamar policiais federais em um aeroporto, porque pensaram que eu a estava sequestrando", relembra.

Casos como este exigem cautela. É preciso ser pontual, assertivo e justo. Não poderia errar, porque essa criança vinha sofrendo há muito tempo, por conta da sua situação - Juiz Anderson Candiotto, da Terceira Vara da Comarca de Sorriso

Em entrevista à BBC Brasil, o juiz Candiotto conta que considerou o acompanhamento recebido pela garota e também a análise feita por uma psicóloga do Poder Judiciário para dar decisão favorável à mudança. "Foi a primeira vez que me deparei com uma situação que fugisse tanto do cotidiano. Casos como este exigem cautela. É preciso ser pontual, assertivo e justo. Não poderia errar, porque essa criança vinha sofrendo há muito tempo, por conta da sua situação."

A decisão do magistrado foi alvo de críticas. Na época, o senador Magno Malta (PR-ES) se reuniu com representantes das frentes católica, evangélica e da família e chegou a afirmar que faria uma representação contra a decisão do magistrado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "Nunca fui intimado, então não posso afirmar se chegaram a protocolar algo (contra o juiz)", explica Candiotto.

As diversas críticas após o caso ser divulgado pela imprensa magoaram Jaqueline, que não contava à filha sobre os comentários. "Milhares de opiniões me machucaram muito. Eu perdia noites de sono pensando no que as pessoas diziam. Muitos falavam que ela era muito nova. Mas desde que a minha filha passou a fazer acompanhamento, eu tive a certeza de que ela é transgênero."

Apesar dos comentários negativos, os pais de Joana relatam que a decisão judicial foi fundamental para que a garota pudesse levar uma vida melhor. "A mudança nos documentos facilitou muito a nossa vida. A gente entra em qualquer lugar, pois os registros dela estão no feminino. Hoje, acho estranho alguém dizer alguma coisa sobre ela ser menino", afirma o pai.

Cerca de dois meses após a decisão, Joana alterou a certidão de nascimento, o CPF (Cadastro de Pessoa Física) e a Carteira de Identidade (RG).

Religiosidade e política

Entre os documentos de Joana que foram alterados também está a certidão de batismo na Igreja Católica. "Foi um procedimento muito rápido. Enquanto na Justiçademoramos mais de três anos, na igreja conseguimos a mudança no documento em dois meses, depois da decisão judicial", explica Carlos Alberto. Os pais dela fizeram o pedido para alterar o gênero e o nome da criança na cidade em que ela nasceu e foi batizada, no interior do Paraná. "Nós conversamos na paróquia do município, eles encaminharam o pedido para a diocese e o bispo assinou."

Depois de passar a se apresentar como garota, a criança chegou a ser coroinha por dois anos. "Não houve nenhuma negativa da coordenadoria da igreja nem do padre. Eles sabiam sobre ela e nunca enfrentamos nenhum problema. Ela só deixou de ser coroinha porque não tinha mais tempo, pois agora também faz outras atividades, como aulas de inglês e basquete", diz Carlos Alberto.

O pai de Joana revela que representantes da igreja fizeram somente uma exigência após permitirem a alteração no documento religioso. "Disseram que ela deve revelar que é transgênero ao futuro namorado. É uma questão que não querem que ela esconda do companheiro. Mesmo que faça a cirurgia, a igreja a orienta a não esconder isso", pontua.

Passamos a entender, depois de um tempo, que Deus a criou dessa forma e pronto. Não é uma deficiência ou um defeito dela - Carlos Alberto, pai de Joana

Carlos Alberto revela que a religiosidade foi fundamental para que pudesse compreender a filha. "Passamos a entender, depois de um tempo, que Deus a criou dessa forma e pronto. Não é uma deficiência ou um defeito dela", declara. Sargento aposentado do Exército, o pai da garota teve de rever alguns posicionamentos para que pudesse aceitar melhor Joana. "No Exército, ensinam que você deve ser homem e pronto. Mas eu nunca tive nenhum preconceito, tenho vários amigos homossexuais. É aquela coisa, você não espera que isso possa acontecer na sua casa. Mas a vida segue um rumo que a gente nem imagina."

O período em que passou no Exército é utilizado por Carlos Alberto como argumento para apoiar o pré-candidato a presidente do Brasil, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Em seu Facebook, o pai de Joana demonstra apoiar a postura do parlamentar. No entanto, o sargento aposentado assegura que não concorda com todas as opiniões de Bolsonaro, que costuma atacar a comunidade gay.

"Fui militar por cinco anos, então, há pontos em que concordo com ele e outros nos quais acho que ele é muito radical. Por exemplo, sou a favor do porte de arma e também sou favorável à redução da maioridade penal. Mas sou contra as visões radicais que ele possui, seja em questão política, religiosa, social ou qualquer outro aspecto", afirma.

Ao ser questionado sobre a visão de Bolsonaro em relação à comunidade LGBTQ, o pai da garota afirma não ter certeza se o pré-candidato é realmente contrário às questões relacionadas ao tema. "Eu, particularmente, não tenho nada contra [a comunidade LGBTQ]. Procuro falar com meus filhos para que jamais tenham preconceitos. Mas eu sei do Bolsonaro somente o que dizem na mídia, quem me garante que tais afirmações dele são reais?", questiona.

O comerciante, porém, afirma que seu voto para presidente ainda não está definido. "Hoje, eu o apoio. Mas pode ser que eu mude de opinião por algum motivo. Preciso pesquisar e comparar."

Preconceito contra transgêneros

A alteração dos documentos da criança representou um capítulo importante na vida de Joana. Porém, os pais sabem que isso não a salvará de situações difíceis.

Para poupar a filha do preconceito, os pais chegaram a mudar Joana de escola logo que ela conseguiu permissão para usar o nome social. "Preferimos que os colegas dela a conhecessem como menina", explica a mãe. Jaqueline também passou a contar uma versão diferente sobre a história da família a conhecidos. "Logo que ela passou a sair como menina, muita gente me perguntava: 'mas você não tem dois meninos?'. No início, eu explicava a história dela, mas depois passei a dizer que a pessoa estava se confundindo, porque eu sempre tive um casal. Foi o modo que encontrei para não ter que ficar me explicando para todos."

Os pais da garota temem que ela sofra violência. O medo deles se intensifica quando veem casos de agressões contra transexuais. "É triste, me dói muito. Me coloco no lugar daquela família." O temor do casal é justificado por um dado alarmante: o Brasil é o país onde há mais registros de assassinatos de travestis e transexuais no mundo. A constatação é feita com base em levantamento da ONG Transgender Europe (TGEU).

Conforme a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), houve 179 assassinatos de travestis ou transexuais no Brasil em 2017, uma morte a cada 48 horas.

Bullying

Aos colegas da escola, Joana prefere não contar sobre a transexualidade. "Eles pensam que eu nasci uma menina. Para alguns, tenho medo de contar. Mas sei que outros vão entender, porque são meus amigos. Mas se não forem, arrumo outros", afirma a garota.

Para alguns, tenho medo de contar. Mas sei que outros vão entender, porque são meus amigos. Mas se não forem, arrumo outros – Joana

Joana relata que já chegou a ser alvo de comentários maldosos.

"Eu estava na catequese e um garoto, que estuda comigo, começou a falar para outras meninas que eu tinha nascido um menino. Ele começou a me perguntar se era verdade e eu falei que não. Depois, eu fui embora chorando e contei pra minha mãe."

Em casa, a mãe conta que a filha não enfrentou preconceito. Segundo ela, o irmão mais velho de Joana a compreende. "Sempre explicamos que a irmã nasceu menina, mas no corpo de menino. Isso nunca foi um problema para ele", diz.

Os sonhos da garota

De voz suave e sorriso constante, Joana se orgulha da criança que se tornou. O cabelo longo representa parte da liberdade que conquistou: são seis anos cortando apenas as pontas. Quando menor, ela usava pregador de roupa ou toalha de banho para fingir ter cabelo longo. Nas orelhas, gosta de brincos pequenos. Possui diversos vestidos, porém prefere blusas e calças. Ela costuma se maquiar com frequência, inspirada por tutoriais na internet.

Expansiva e falante, Joana sonha em se tornar famosa. Ela quer aparecer em revistas, na televisão e criar um canal no YouTube. Em seu quarto, a garota possui uma câmera e equipamentos para fazer vídeos. No entanto, lamenta não poder divulgar as gravações que faz, nas quais costuma mostrar seu cotidiano e falar sobre assuntos de crianças. "Os meus pais não deixam", diz. A fala da criança é interrompida pela mãe, que se justifica. "A gente sabe que ainda não é o momento para ela se expor, então preferimos evitar."

A lista de sonhos de Joana não se resume à divulgação de seus vídeos. Como é comum em crianças da idade dela, ela possui outros diversos planos para o futuro. "Eu quero ser médica, modelo, jornalista, apresentadora de televisão, fotógrafa, atriz e jogadora de basquete", enumera.

"Eu sei que o mundo é bastante perigoso. Se pudesse, mudaria isso", afirma. Um dos objetivos da garota, que atualmente cursa o sexto ano do ensino fundamental, é poder ajudar minorias quando crescer. "Eu quero ser médica, então penso em montar uma clínica para ajudar pessoas trans. Mas não só elas, como quem tem algum problema ou deficiência", planeja.

Junto com a família, a garota aguarda a realização daquele que considera ser o maior sonho dentre os tantos que possui: a cirurgia de redesignação sexual. "Eu sei que nunca vou me tornar uma menina, porque eu sou transexual. Porém acredito que vou me sentir mais menina quando fizer a cirurgia. Eu gosto de ser uma garota transexual. Todo mundo é diferente, eu também."

* Os nomes foram trocados para preservar a família.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Motoristas se jogaram no chão, e vigilante diz ter trocado tiros com criminosos que faziam assalto, na altura da Penha: 'Dei três pra cima deles (...) O maluco virou o fuzil para mim'.

Um vídeo gravado na tarde desta quinta-feira (10) mostra momentos de pânico na Avenida Brasil durante um roubo de cargas, na altura da Penha, Zona Norte. Nas imagens, um vigilante aparece se protegendo depois de atirar contra os bandidos.

De acordo com testemunhas, três homens armados com fuzis roubam a carga de um caminhão de frango e tentaram levar um outro caminhão, por volta das 13h. Devido ao tiroteio, motoristas assustados abandonaram os carros e se protegeram deitados no chão.

Um vídeo mostra o vigilante correndo para se esconder atrás de um caminhão, que também estava parado numa outra pista. Ele confirma que atirou contra os assaltantes.

"Dei três pra cima deles", conta.

Alguém pergunta: "Tentaram pegar o caminhão de vocês"?.

O vigilante responde: "Não, de um amigo ali... Mas o maluco virou o fuzil pra mim".

Nas imagens, dá para ver motoqueiros jogados no chão, atrás da roda do caminhão, tentando se proteger dos tiros.

Uma testemunha contou que os três assaltantes foram surpreendidos por vigilantes que faziam a escolta de um outro caminhão e também de um carro-forte da Casa da Moeda, que passavam aqui na região bem na hora da tentativa de assalto.

"As marcas do tiroteio ficaram num dos carros que faziam escolta", lembra a testemunha.

As duas pistas da Avenida Brasil ficaram fechadas por meia hora. O caminhão que transportava frangos foi levado pelos bandidos para a favela Kelson's e, até agora, não foi recuperado pela polícia.

A Avenida Brasil é a via com maior número de roubo de cargas do estado do Rio. Nos três primeiros meses deste ano, foram 203 roubos: média de mais de dois por dia. A Via Dutra é segunda rodovia mais procurados pelos criminosos; em terceiro lugar, vem a BR-101. Fonte: https://g1.globo.com

Ninguém se feriu, diz Inframerica. Latam afirma que pouso ocorreu em 'completa segurança'.

Um avião da Latam estourou um dos pneus ao aterrissar no Aeroporto de Brasília na manhã desta terça-feira (8). O voo JJ 3814 decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 9h.

A Inframerica – concessionária que administra o espaço – afirmou que nenhum passageiro se feriu e que todos desembarcaram da aeronave. Segundo a empresa, a pista onde ocorreu o acidente funciona normalmente.

A LATAM afirmou ao G1 que a aeronave pousou em Brasília "em completa segurança" por volta das 10h29 e foi conduzida até a área de desembarque.

A companhia não informou de forma explícita o que houve com a avião, e caracterizou os problemas como "questões técnicas".

Incidente comum

O estouro de pneus durante o pouso é razoavelmente frequente na aviação, e os passageiros e tripulantes não costumam se ferir.

Em janeiro de 2012, os pneus traseiros de um avião da Latam romperam no Aeroporto de Belém (PA). Na época, a companhia afirmou que o dano foi causado pela chuva. A pista de pousos e decolagens ficou interditada por mais de cinco horas.

Uma outra aeronave da mesma companhia perdeu o controle após o rompimento do pneu, e só freou no fim da pista. O avião fazia a rota São Paulo–São José do Rio Preto e, na ocasião, o aeroporto foi fechado. O caso foi em maio de 2014.

O incidente não ocorre apenas com aviões comerciais: em um período de apenas quatro dias, duas aeronaves da Força Aérea Brasileira estouraram o pneu quando chegavam ao Aeroporto de Brasília. Os incidentes aconteceram em setembro de 2016.

Fonte: https://g1.globo.com

Categoria protesta contra o aumento do preço do combustível. No início da manhã, somente ônibus e veículos leves tinham passagem liberada

Caminhoneiros de Minas Gerais participam de um protesto nesta terça-feira na BR-040, em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais. A categoria protesta contra o aumento do preço do combustível. Por volta das 7h30, o congestionamento chegou a 4 quilômetros no sentido Rio de Janeiro e 2 quilômetros em direção a Belo Horizonte.

Segundo a Via 040, concessionária responsável pelo trecho, os caminhoneiros pararam no km 602, perto do Bairro Pires. Somente a passagem de ônibus e veículos leves era permitida pelos manifestantes. Fonte: https://www.em.com.br

Um sargento da Polícia Militar foi assassinado a tiros, na manhã desta quarta-feira, no bairro Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O corpo de Luiz Alves de Carvalho Filho estava num automóvel modelo Renault Duster. O agente era lotado no 21º BPM (São João de Meriti). Segundo as primeiras informações da polícia, o crime foi uma execução.

Policiais militares foram acionados para o local após receberem informações sobre um homem assassinado na Avenida Canal. Os PMs encontraram o sargento já morto. O trecho em que o carro do policial estava parado fica perto da casa dele.

De acordo com as informações iniciais, tiros contra o PM foram disparados por ocupantes de um Fiat Siena. Eles teriam emparelhado com o Duster do sargento e atirado. No local, foram apreendidas cápsulas de pistola e fuzil.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada para fazer uma perícia no carro. O corpo de Filho será encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Caxias. O sargento estava na PM havia 21 anos, era casado e deixa quatro filhos. Fonte: https://extra.globo.com

A nova ferramenta não buscará facilitar os encontros casuais, e sim de ajudar as pessoas a formar casais estáveis por meio da rede

O Facebook anunciou nesta terça-feira sua intenção de se lançar ao mercado de aplicativos de relacionamentos e enfatizou os esforços da empresa para proteger os dados de seus usuários após o escândalo da Cambridge Analytica.

Mark Zuckerberg, presidente e diretor-executivo da maior rede social do mundo, fez o anúncio na conferência anual de desenvolvedores do Facebook em San José, na Califórnia.

A nova ferramenta não buscará facilitar os encontros casuais, e sim de ajudar as pessoas a formar casais estáveis por meio da rede. "Será para construir relações autênticas e duradouras, não somente planos casuais", afirmou.

Zuckerberg não explicou, contudo, se esse serviço será pago, mas até agora a maioria dos aplicativos da plataforma são gratuitos. Paralelamente, o Facebook informou que os usuários poderão crear separadamente um "perfil de encontro" distinto do perfil de sua página do Facebook e que companheiros potenciais serão recomendados com base nos dados deste segundo perfil.

A ação de um dos principais sites de encontros nos Estados Unidos, o Match, caiu quase 20% em Wall Street, pouco depois do anúncio. Nesta terça-feira, o Facebook conferiu a seu popular aplicativo Messenger a capacidade de traduzir mensagens em tempo real, permitindo conversas de texto entre pessoas que usam diferentes idiomas.

O Messenger se tornou uma ferramenta para que as empresas se comuniquem com clientes, e a possibilidade de conversar em uma variedade de idiomas poderá ajudar a impulsionar a publicidade.

"A capacidade de falar com qualquer pessoa sem nenhuma barreira de idioma é algo que realmente nos entusiasma", disse o CEO do Messenger, David Marcus, no começo da conferência de desenvolvedores.

Segurança dos usuários

Entre as outras inovações anunciadas hoje pela rede social, está a possibilidade de que os usuários apaguem seu histórico de navegação. "Esta característica lhes permitirá ver os sites e os aplicativos que nos enviam informação quando são utilizados, eliminar essa informação da sua conta e desabilitar nossa capacidade para armazená-la no futuro", disse Facebook em um blog, nesta terça-feira.

"Se apagarem seu histórico, ou usarem a nova configuração, eliminaremos as informações de identificação para que o histórico dos sites e os aplicativos que usaram não sejam associados à sua conta", acrescentou.

"Continuaremos fornecendo aplicativos e sites com análise agregada. Por exemplo: podemos criar informes quando recebermos essa informação para que possamos dizer aos desenvolvedores se seus aplicativos são mais populares entre homens, ou mulheres, de uma certa faixa etária", de acordo com a mesma publicação. Fonte: www.em.com.br

Acidente ocorreu na altura do km 575, próximo à Lagoa dos Ingleses; trânsito é lento nos dois sentidos da rodovia e congestionamento é de cinco quilômetros

Um grave acidente envolvendo dois carros deixou três pessoas mortas e seis feridas na tarde dessa terça-feira, na BR-040, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Por causa da batida, a rodovia foi interditada nos dois sentidos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu na altura do km 575, próximo à Lagoa dos Ingleses. Um Chevrolet Corsa, emplacado na capital mineira, e um Volkswagen Logus, de Congonhas, Central de Minas, bateram de frente. 

Segundo a corporação, no Logus estavam mãe e filha. A criança foi resgatada, mas a mulher acabou morrendo. As seis vítimas que sobreviveram ao acidente, quatro mulheres e dois homens, estão em estado grave. Uma das mulheres precisou ser socorrida pelo helicóptero da Polícia Militar (PM). A identidade dos mortos também não foi divulgada. Os corpos ainda estão presos às ferragens. 

Peritos da Polícia Civil são aguardados na rodovia para apuração das causas do acidente. O rabecão também foi acionado para remoção dos corpos. 

A Via 040, responsável por administrar a rodovia, informou que a BR-040 está completamente interditada. Motoristas que se deslocam no sentido BH enfrentam congestionamento de quatro quilômetros, enquanto as faixas para o sentido Rio de Janeiro têm lentidão de um quilômetro. Fonte: www.em.com.br